“Plano de Aula Lúdico: Contação de Histórias com Fantoches”
A criação de um plano de aula para a Educação Infantil, especificamente para bebês entre 1 e 2 anos, utilizando contos clássicos e fantoches é uma forma lúdica de estimular a imaginação e a expressão emocional das crianças. A proposta se direciona ao fortalecimento das habilidades sociais, do vocabulário, e do reconhecimento corporal, fundamentais nessa fase do desenvolvimento infantil. A interação com fantoches e histórias clássicas favorecerá o engajamento dos bebês e promoverá momentos de afeto e descoberta.
Neste plano de aula intitulado “Era uma vez”, a narrativa de contos clássicos como “Os Três Porquinhos” e “O Gato de Botas”, será mediada por fantoches que permitem uma abordagem mais dinâmica e visual, tornando a experiência mais rica para as crianças. Com apenas 30 minutos de duração, essa proposta busca explorar os sinais e sons da linguagem, acompanhados de gestos e movimentos, criando um ambiente acolhedor e interativo.
Tema: Era uma vez
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 a 2 anos
Objetivo Geral:
Promover a interação e a comunicação entre os bebês através da contação de histórias, utilizando fantoches como recurso lúdico para estimular a imaginação, a expressão corporal e o desenvolvimento social.
Objetivos Específicos:
– Proporcionar momentos de interação e comunicação entre crianças e adultos.
– Estimular a expressão emocional e corporal através de gestos e sons.
– Fomentar o interesse por narrativas e histórias.
– Encorajar a exploração dos sons e movimentos em ambiente lúdico.
Habilidades BNCC:
Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
Campo de Experiências “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor.
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Fantoches dos personagens dos contos clássicos (porco, lobo, gato, etc.).
– Livros ilustrados dos contos escolhidos.
– Materiais para produzir um cenário simples (tecidos para representar a casa dos porquinhos, por exemplo).
– Música suave para criar um ambiente relaxante.
Situações Problema:
– Como as reações dos bebês mudam ao ouvir a história narrada com fantoches?
– Qual é o impacto da música e dos sons na atenção dos bebês durante a contação de histórias?
Contextualização:
Neste plano, utilizaremos a abordagem de contação de histórias com fantoches de maneira interativa e envolvente. Bebês são naturalmente curiosos e respondem positivamente a estímulos visuais e sonoros. Os fantoches servirão como mediadores da história e permitirão que os bebês não apenas ouçam, mas também interajam, imitem e expressem suas emoções durante a narrativa.
Desenvolvimento:
1. Recepção (5 minutos): Inicie recebendo os bebês com músicas suaves e à medida que cada um chega, cumprimente. Mostre os fantoches, permitindo que as crianças toquem e interajam com eles.
2. Contação da História (15 minutos): Escolha um conto, como “Os Três Porquinhos”, e comece a contá-lo intercalando a narrativa com sons e gestos. Use o fantoche do lobo para dramatizar e tornar a narrativa mais viva. Peça que os bebês imitem os sons dos animais envolvidos na história.
3. Exploração Sensorial (5 minutos): Após a história, proponha que todos os bebês brinquem com os fantoches e explorem os sons através de objetos que imitam barulhos (ex: sinalizando os sons de uma casa batendo).
4. Despedida (5 minutos): Finalize a atividade repetindo os sons e gestos da história, encorajando os bebês a expressarem se gostaram da atividade.
Atividades sugeridas:
1. Atividade de Sensibilização Sonora:
Objetivo: Estimular a percepção auditiva.
Descrição: Utilize objetos do ambiente (panelas, colheres, etc.) para criar diferentes sons enquanto narram a história.
Instruções: Ao contar a história, peça aos bebês que imitem os sons dos personagens, utilizando os objetos disponíveis.
Materiais: Panelas, colheres, fantoches.
Adaptação: Para bebês menos desenvolvidos, utilize sons mais simples e repetitivos, enquanto para os mais desenvolvidos, introduza variações mais complexas.
2. Atividade de Movimento e Dança:
Objetivo: Promover a expressão corporal.
Descrição: Após a contação da história, coloque uma música suave e incentive os bebês a se moverem como os animais da história.
Instruções: Demonstre como os porquinhos pulam ou como o lobo se esconde.
Materiais: Música infantil.
Adaptação: Bebês que ainda não andam podem ser colocados em um local seguro para se moverem em seus lugares.
3. Atividade do “Pinta e Conta”:
Objetivo: Estimular a imaginação e expressão.
Descrição: Ofereça papéis coloridos e tintas (atendendo a segurança) para que as crianças façam representações dos personagens.
Instruções: Enquanto eles pintam, converse sobre os personagens e seus sentimentos na história.
Materiais: Papéis grandes, tintas atóxicas.
Adaptação: Para bebês menores, desenho com dedos ou superfícies grandes para facilitar.
Discussão em Grupo:
Promova um breve momento onde todos os cuidadores e professores podem compartilhar suas observações sobre a interação dos bebês com a história e os fantoches. Discuta o quão efetivo foi o uso dos fantoches para captar a atenção dos bebês e como eles reagiram aos diferentes sons e práticas.
Perguntas:
– O que você achou do lobo?
– Como os porquinhos se sentiram?
– Você consegue imitar o som da casa do porquinho?
Avaliação:
A avaliação será contínua e qualitativa, focando nas interações dos bebês com os fantoches, a capacidade de imitação de sons e gestos, assim como a participação durante a narrativa. Observar o envolvimento dos bebês com as histórias e a forma como eles expressam emoções será fundamental para aferir o sucesso da atividade.
Encerramento:
Finalizaremos a aula com um momento de reflexão onde os bebês poderão testar os fantoches novamente enquanto falamos sobre o que aprenderam. Reforce a interação e o afeto, reafirmando a importância de contar histórias e brincar juntos para construir um ambiente seguro e acolhedor.
Dicas:
– Esteja atento às necessidades dos bebês durante a atividade, permitindo que eles expressem suas emoções livremente.
– Caso algum bebê se mostre mais tímido, incentive a interação em pequenos grupos para que ele se sinta mais à vontade.
– Utilize objetos do cotidiano para criar um ambiente familiar e seguro enquanto faz a contação de histórias.
Texto sobre o tema:
A contação de histórias é uma prática fundamental na Educação Infantil, especialmente na fase de desenvolvimento dos bebês, onde a comunicação verbal e não verbal se entrelaçam. Histórias como “Os Três Porquinhos” se tornam janelas para abordagens educativas, permitindo que os cuidadores desenvolvam o vocabulário e a imaginação das crianças. O uso de fantoches para apresentar essas narrativas traz uma dimensão tátil e visual que encanta e fascina, estimulando não apenas a escuta, mas também a interação. Ao ver personagens em movimento, as crianças se sentem incentivadas a imitar, criar e inventar, o que vai muito além da simples narração de uma história.
A sonoridade, a música e as variações de tom durante a leitura ajudam na formação da escuta ativa, enquanto as expressões corporais dos fantoches proporcionam uma divertida maneira de engajar a atenção dos bebês. Por meio dessa interação, eles não apenas assistem, mas se tornam parte da história, o que facilita a aprendizagem e a compreensão, de uma forma leve e acolhedora. É importante destacar que o desenvolvimento emocional e social, promovido pela contação de histórias e pelas experiências compartilhadas em grupo, é vital para o crescimento saudável na infância, criando vínculos e memórias que estarão com as crianças por toda a vida.
Além de desenvolver habilidades linguísticas, as histórias também são espaços de reflexão e interpretação, onde as crianças começam a entender o mundo à sua volta. Através de personagens como o lobo e os porquinhos, os bebês poderão explorar questões de sentimentos, como medo e coragem, representando suas emoções de maneira segura. O ato de contar histórias é, portanto, uma forma autêntica de conexão humana que propicia o desenvolvimento da empatia, da curiosidade e da imaginação. Nos primeiros anos de vida, essas experiências são os alicerces para o aprendizado futuro, cabendo aos educadores e cuidadores a responsabilidade de oferecer um ambiente rico e inspirador.
Desdobramentos do plano:
A partir da experiência inicial com a contação de histórias e fantoches, podemos planejar desdobramentos e expansões dessa atividade. Uma das opções seria realizar uma semana temática de histórias onde diferentes contos seriam explorados a cada dia, permitindo que os bebês se familiarizem com variados personagens e enredos. Os professores podem intercalar as contações com atividades artísticas que visem criar objetos relacionados às histórias, como máscaras dos personagens.
Outra possibilidade é fazer uma exploração sensorial ao longo da semana, onde cada atividade poderia envolver diferentes texturas, sons e cores conectadas aos contos, como a construção de uma casa de porquinhos com materiais recicláveis, estimulando a interação entre as crianças e a explorando o cuidado com o meio ambiente. Por fim, uma apresentação final poderia ser realizada pelas crianças onde podem usar os fantoches que ajudaram a criar ou aqueles que foram utilizados nas contações, permitindo que se sintam como protagonistas da sua própria narrativa.
Além disso, o registro dessa experiência através de vídeos e fotos poderia ser compartilhado com os pais, incentivando a continuidade da contação de histórias em casa. Proporcionar esse espaço de interações familiares em leitura se tornaria um elo entre a educação e o lar, ressaltando a importância da participação dos pais no processo de desenvolvimento da linguagem e da imaginação. Esse compartilhamento poderia culminar em um evento no final da semana, onde pais e filhos pudessem assistir a apresentações de histórias contadas pelos próprios professores, promovendo um clima de celebração, empatia e interação social que reforce a comunidade escolar.
Orientações finais sobre o plano:
É essencial que as atividades planejadas sejam adaptadas às necessidades e ritmos de aprendizagem de cada bebê. Os educadores devem permanecer atentos às reações e níveis de engajamento dos pequenos, dando espaço para que cada um se expresse da forma que se sentir confortável, seja através de gestos, sons ou movimentos. O ambiente lúdico deve sempre proporcionar segurança e acolhimento, para que as crianças se sintam livres para explorar suas emoções e interagir com seus pares.
A flexibilidade é uma chave essencial neste plano, então o educador deve estar disposto a alterar a abordagem dependendo das reações das crianças durante a atividade. Observações sobre como cada bebê reage ao som, visual e toque, podem oferecer insights valiosos para futuras interações. Não esqueça que o mais importante nesse processo de amadurecimento é a diversão e o prazer em compartilhar momentos juntos, o que se reflete nas experiências e memórias que levarão consigo.
Por fim, lembre-se de que a contação de histórias é uma ponte entre o conhecimento e a emoção. Os educadores têm a responsabilidade não apenas de ensinar, mas de encantar, através de cada narrativa, construir um mundo de amor e curiosidade, que impulsionará as crianças rumo a um futuro de aprendizado contínuo. Portanto, ao final de cada sessão, é vital reforçar a importância da leitura e da escuta, encorajando as famílias a participar dessa jornada desde os primeiros anos de vida.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches: Propor um espaço onde os bebês possam explorar e apresentar suas histórias preferidas utilizando fantoches. Os educadores podem mediar e ajudar na expressão dos pequenos e oferecer materiais que aprimorem a experiência.
2. Sonorização dos Contos: Criar um “banco de sons” onde os bebês possam experimentar sons associados aos personagens, como o uivo do lobo e os sons do sopro do porquinho. Essa atividade pode ser realizada em pequenos grupos, promovendo a interação social e a comunicação.
3. Caixa de Surpresas: Criar uma caixa com objetos que representem os personagens e a história, permitindo que os bebês explorem e identifiquem, através do toque e do som, a narrativa que está sendo contada. Com isso, a exploração sensorial é feita de maneira divertida e interativa.
4. Música e Movimento: Desenvolver uma atividade onde as crianças possam dançar enquanto representam os personagens com movimentos e sons, reforçando a associação entre a narração da história e a expressão corporal.
5. Álbum de Histórias: Criar um álbum ou livro coletivo ilustrado que represente os personagens e as histórias abordadas durante a semana. Os bebês poderão participar da construção, pintando e colando, tornando-se coautores em sua própria aventura literária.