“Plano de Aula Lúdico: Aprendendo Números com Bebês de 3 a 4 Anos”
A elaboração deste plano de aula é voltada para a Educação Infantil, especificamente para bebês com faixa etária de 3 a 4 anos. O foco é a revisão dos números 1 e 2, além da apresentação do número 3. É essencial que as atividades sejam interativas e exploratórias, proporcionando um aprendizado significativo que envolva os pequenos em situações ricas de desenvolvimento. Neste sentido, o planejamento deve contemplar a diversidade de modos de interação e expressão das crianças.
Para que os bebês possam desenvolver um aprendizado efetivo sobre os números, é relevante integrar ações que estimulem tanto a cognição quanto as habilidades motoras. O uso de diferentes materiais, como brinquedos e instrumentos sonoros, pode facilitar essa exploração e aprofundar a compreensão dos conceitos numéricos. As atividades devem ser simples, lúdicas e pertinentes ao cotidiano das crianças, fazendo com que a aprendizagem ocorra de forma natural e prazerosa.
Tema: Revisão dos números 1 e 2 e apresentação do número 3
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 3 e 4 anos
Objetivo Geral:
Promover a compreensão dos números 1, 2 e 3 através de atividades lúdicas, que estimulem a interação social, a exploração sensorial e a expressão corporal das crianças.
Objetivos Específicos:
1. Identificar e reconhecer os números 1, 2 e 3 por meio de jogos e canções.
2. Proporcionar experiências de contagem utilizando materiais concretos.
3. Fomentar a comunicação de emoções e interações sociais entre os pares.
4. Estimular o movimento e a expressão corporal através de brincadeiras.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG03) Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF02) Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc.).
Materiais Necessários:
– Brinquedos de contagem (como blocos ou bonecos).
– Instrumentos musicais simples (maracas, tambor).
– Cartões com os números 1, 2 e 3.
– Livros ilustrados com temática numérica.
– Materiais para expressão artística (papel, lápis de cor).
Situações Problema:
– Como podemos contar os brinquedos que temos?
– Quantos sons diferentes você consegue fazer juntando alguns instrumentos?
– Como podemos brincar com os números e movimentos simultaneamente?
Contextualização:
A aprendizagem dos números na Educação Infantil é fundamental para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Compreender os números vai além da mera memorização; envolve a vivência e a exploração de conceitos como quantidade, relação e comparação. Esta aula utilizará músicas, brincadeiras e interação social para que as crianças possam vivenciar a matemática de forma divertida e prazerosa, explorando seus limites e possibilidades.
Desenvolvimento:
1. Boas-vindas e apresentação da aula (5 minutos): Receber as crianças com uma música animada, criando um ambiente acolhedor.
2. Revisão dos números 1 e 2 (10 minutos): Usar cartões com os números e contar junto com as crianças objetos em sala, como brinquedos ou blocos. Perguntar quantos são e solicitar que eles repitam os números.
3. Apresentação do número 3 (10 minutos): Introduzir o número 3 com brincadeiras de contagem, utilizando bonecos ou outros objetos. Realizar a contagem juntos, incentivando a participação.
4. Atividade musical (10 minutos): Incorporar uma canção que envolva os números e possibilite a movimentação, fazendo com que as crianças dancem e imitem gestos relacionados aos números.
5. Brincadeira livre com os materiais (10 minutos): Liberar os brinquedos de contagem e permitir que as crianças explorem livremente, contando em grupos pequenos e interagindo entre si.
6. Encerramento da aula (5 minutos): Reunir todos para fazer um resumo dos números que foram trabalhados, incentivando que cada criança compartilhe algo que encontrou ou sentiu durante as atividades.
Atividades sugeridas:
1. Contando os Brinquedos
– Objetivo: Familiarizar as crianças com a contagem através de objetos.
– Descrição: Espalhar brinquedos e pedir que cada criança encontre um número específico de brinquedos (1, 2, 3).
– Instruções: Incentivar a colocar os brinquedos em fila e contar em voz alta. Variar os brinquedos para manter o interesse das crianças.
– Materiais: Brinquedos variados.
– Adaptação: Para crianças que não conseguem distinguir números, usar cores ou tamanhos para ajudá-las na classificação.
2. Música Matemática
– Objetivo: Associar música aos números e movimentos.
– Descrição: Criar uma canção simples que inclua os números 1, 2 e 3.
– Instruções: Demonstrar movimentos correspondentes a cada número explicado. Incluir palmas e batidas com os pés quando os números são mencionados.
– Materiais: Letra da música.
– Adaptação: Para crianças com dificuldades auditivas, incorporar sinais visuais e gestos.
3. Arte Numérica
– Objetivo: Explorar a criatividade ao abordar os números.
– Descrição: Pedir que as crianças desenhem ou pintem algo que represente os números que aprendemos.
– Instruções: Criar um mural na sala com as obras de arte feitas pelos crianças e facilitar discussões sobre como eles representam os números.
– Materiais: Papel, lápis de cor, tintas.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldades motoras, oferecer materiais de arte que sejam mais fáceis de manusear.
4. Jogo do Som
– Objetivo: Reconhecer sons e associá-los aos números.
– Descrição: Criar um jogo onde os alunos precisam imitar sons que correspondam a cada número. Por exemplo, um tambor para o 1, dois toques de mãos para o 2, três batidas com os pés para o 3.
– Instruções: O educador inicia e as crianças imitam. Variar a ordem dos números para mantê-los engajados.
– Materiais: Instrumentos musicais simples.
– Adaptação: Para alunos calmos, integrar movimentos lentos e suaves antes de aumentar o ritmo.
5. A Caça ao Número
– Objetivo: Explorar o ambiente e encontrar números.
– Descrição: Espalhar cartões com números pela sala e pedir que as crianças os encontrem.
– Instruções: Ao encontrarem, devem mostrar e dizer o número em voz alta.
– Materiais: Cartões com números.
– Adaptação: Para crianças que podem se sentir sobrecarregadas, restringir a área da busca a um espaço pequeno.
Discussão em Grupo:
Reunir as crianças ao final da aula para compartilhar suas experiências. Perguntar como se sentiram ao brincar com os números, quais atividades mais gostaram e se conseguiram perceber os números em objetos ao seu redor. Este espaço é uma oportunidade para que as crianças desenvolvam a habilidade de comunicar suas emoções e experiências, enriquecendo o aprendizado coletivo.
Perguntas:
– Quantos brinquedos você encontrou?
– O que você sentiu enquanto cantava a música?
– Pode mostrar um número com seu corpo?
– Qual foi a sua parte favorita da aula?
Avaliação:
A avaliação será contínua e observacional, durante as atividades. O educador deve analisar como cada criança se envolve nas propostas, sua capacidade de comunicação e a forma como interage com os colegas. Notar a compreensão dos conceitos numéricos e a habilidade de expressar emoções também é fundamental.
Encerramento:
Finalizar a aula reunindo-se em círculo e fazendo uma recapitulação sobre os números 1, 2 e 3, reforçando as aprendizagens que ocorreram. Incentivar as crianças a falarem sobre o que mais gostaram e reforçar o prazer da aprendizagem. Esta é uma maneira de valorizar a participação de cada um e criar empatia entre os colegas.
Dicas:
1. Esteja sempre atento às reações das crianças e esteja preparado para modificar atividades que não estejam gerando engajamento.
2. Utilize sempre o movimento corporal como uma forma de aprendizado, já que os bebês adoram se mexer e explorar.
3. Mantenha um ambiente acolhedor, onde todas as crianças se sintam seguras para se expressar e participar, fortalecendo o vínculo e a confiança.
Texto sobre o tema:
O desenvolvimento da matemática na infancia, especialmente nos primeiros anos de vida, é fundamental para o alicerce de habilidades futuras que as crianças desenvolverão ao longo de sua vida escolar. A matemática, em suas mais variadas formas, é um componente importante da inteligência quantificadora que será essencial para a lógica e resolução de problemas. Ao apresentar os números de forma lúdica, estamos possibilitando à criança não apenas uma aprendizagem memorística, mas uma compreensão das relações e significados.
Os números são conceitos abstratos que, quando apresentados de forma concreta por meio de jogos e canções, se tornam mais acessíveis. Ao trabalhar o número 1, 2 e 3, a proposta é que as crianças não apenas aprendam a contar, mas desenvolvam um senso de quantidade, ou seja, o reconhecimento de que cada número representa uma quantidade específica de objetos. É através da exploração e manipulação de diferentes materiais que os pequenos começam a sua jornada de descoberta e a construção do pensamento lógico-matemático.
A música e a movimentação também desempenham um papel crucial nesse processo educativo. Os bebês adoram dançar e cantar, e essas atividades são poderosas aliadas que estimulam o aprendizado. Quando eles associam movimentos corporais aos números, estão criando conexões que vão além do simples ato de contar e podem ajudar na memorização e compreensão do que esses números representam. Portanto, ao finalizar uma aula, é essencial proporcionar um espaço onde as crianças possam refletir sobre suas experiências, expressando-se de maneira livre, proporcionando um fechamento significativo e consolidando o que foi aprendido.
Desdobramentos do plano:
A continuidade da aprendizagem pode se dar de diversas formas, especialmente quando abordamos a matemática na primeira infância. É importante que, após a apresentação dos números 1, 2 e 3, o educador busque tecer vínculos com outras áreas, possibilitando que a criança veja a matemática como presente em sua vida cotidiana. Por exemplo, se em uma próxima aula formos abordar o número 4, podemos realizar uma contagem de mãos e pés, estimulando a capacidade de subtração através da relação entre seu próprio corpo e os números. Essa exploração empírica do conhecimento é fundamental para que a matemática seja percebida de uma forma mais orgânica.
Além disso, é essencial que as práticas de educação estética e artística sejam incluídas no cotidiano da sala. Trabalhar com a produção artística ao mesmo tempo em que se revisita os números etaria-se potencializando o desenvolvimento das capacidades criativas dos pequenos. Incorporar atividades de arte numérica, onde as crianças possam desenhar, pintar ou até mesmo criar colagens com números, é uma forma efetiva de integrar linguagem e número, promovendo o rico desenvolvimento das crianças. A matemática se torna visível nas expressões artísticas, o que cria uma interconexão e favorece que a aprendizagem aconteça de forma mais rica e duradoura.
Importante também lembrar que o cuidado com as emoções das crianças, ao longo da jornada de aprendizado, não deve ser deixado de lado. Já que a matemática pode representar um desafio para muitos, criar um ambiente onde as crianças se sintam seguras e apoiadas é fundamental. Isso pode ser feito através de diálogos abertos, onde os pequenos são incentivados a compartilhar suas frustrações e triunfos no aprendizado dos números, criando um espaço de acolhimento e comunicação. A evolução dos números e das interações sociais dentro da sala de aula vai além do planificado, permitindo um desenvolvimento global da criança.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final da aula, é vital refletir sobre os aprendizados e as experiências proporcionadas durante as atividades. Traga à tona as conversas que foram geradas, bem como as reações e interações que ocorreram ao longo do desenvolvimento da aula. A visão respeitosa e fundamentada sobre o aprendizado dos pequenos é um pilar importante que deve ser sempre fortalecido. Esse acolhimento e valorização do que se passou na aula podem se refletir em futuras interações e engajamentos das crianças em novos conteúdos.
Os educadores devem estar sempre preparados para adaptar suas abordagens às dinâmicas de cada turma, reconhecendo que cada grupo tem suas características e habilidades. Uma aula bem-sucedida envolve escuta ativa e uma abordagem flexível, permitindo que os pequenos aprendizes se sintam verdadeiramente parte do processo educativo. O aprendizado deve ressoar não apenas como uma rotina, mas como uma experiência enriquecedora e divertida, onde se aprende e cresce emocionalmente.
As oportunidades de aprendizagem na educação infantil são vastas e diversas. Portanto, é importante que o educador se mantenha constantemente atualizado e aberto a novas metodologias que possam enriquecer suas práticas. Isso inclui a pesquisa contínua de novas ferramentas e recursos que podem ser utilizados em sala de aula, sempre buscando uma abordagem que favoreça a interação e participação dos alunos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Mini Contadores Móveis
– Objetivo: Proporcionar uma experiência visual dos números através de movimentação.
– Descrição: Utilize bonecos com números colados e faça contar todos juntos, movendo os bonecos de acordo com os números.
– Materiais: Bonecos de papel, adesivos de números.
– Como Conduzir: Permita que as crianças dancem com os bonecos, contando em voz
