“Plano de Aula Lúdico: A Lenda do Boto Cor de Rosa na Educação Infantil”

A elaboração de um plano de aula para a Educação Infantil, especialmente para a faixa etária de bebês, demanda um cuidado especial com a linguagem e com as atividades propostas. Neste sentido, o tema do folclore é extremamente rico e proporciona inúmeras possibilidades de exploração no ambiente educativo. Neste plano de aula específico, vamos abordar de maneira lúdica a lenda do boto cor de rosa, uma das histórias mais emblemáticas do nosso folclore brasileiro, utilizando recursos visuais e táteis que possibilitam a interação e o desenvolvimento das crianças.

O objetivo é criar um ambiente acolhedor e estimulante, onde as crianças possam explorar suas emoções, seu corpo e suas habilidades de comunicação por meio da narrativa envolvente do folclore. A lenda do boto cor de rosa não é apenas uma história; ela é uma porta de entrada para o entendimento cultural e para o desenvolvimento de habilidades essenciais nessa primeira fase de vida. Por meio da conta da lenda, as crianças poderão se conectar com o tema proposto, enquanto exploram diferentes texturas e materiais em atividades de colagem.

Tema: Folclore na Educação Infantil
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 0 a 1 ano e 6 meses

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar às crianças a oportunidade de vivenciar e explorar a lenda do boto cor de rosa, promovendo o desenvolvimento social, emocional e motor por meio da contação de histórias e atividades de colagem.

Objetivos Específicos:

1. Fazer com que as crianças reconheçam suas emoções ao ouvir a lenda.
2. Estimular a interação entre as crianças através da história.
3. Desenvolver a coordenação motora fina ao colar papéis na ilustração do boto.
4. Fomentar a comunicação e a expressão ao discutirem sobre a lenda e o que sentiram.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
(EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor.
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Livrinho ou cartaz com a ilustração do boto cor de rosa.
– Papéis coloridos rasgados (de preferência em diferentes texturas como papel seda, jornal e papel crepom).
– Cola.
– Tesoura (apenas para o uso do educador).
– Ambiente acolhedor e colorido, com espaço suficiente para a movimentação das crianças.

Situações Problema:

As crianças podem se sentir curiosas sobre o que está acontecendo quando o adulto começa a contar a história, levando-as a questionar e a expressar suas emoções sobre a lenda do boto. O uso de diferentes materiais para colagem pode provocar questionamentos sobre texturas e cores, estimulando a exploração sensorial.

Contextualização:

Veremos que o folclore é um patrimônio cultural fundamental do Brasil. Histórias como a do boto cor de rosa ajudam a construir a identidade cultural das crianças e a desenvolver a imaginação. Relacionar a lenda com elementos do cotidiano das crianças os ajuda a fazer conexões e a vivenciar a cultura de maneira mais próxima e significativa.

Desenvolvimento:

1. Contação da Lenda – Sente-se com as crianças em um ambiente tranquilo e aconchegante. Utilize entonações diferentes e gestos ao narrar a lenda do boto. Pergunte às crianças o que elas acham da história, incentivando-as a se expressarem.
2. Exploração dos Materiais – Após a leitura, apresente as ilustrações do boto para cada criança. Mostre os papéis coloridos e explique que elas irão colar o papel na imagem do boto. Deixe que explorem as texturas e cores.
3. Colagem – Disponibilize a cola e ajude as crianças a colarem os papéis na ilustração. Incentive-as a perceber as diferenças entre os papéis utilizados.
4. Roda de Conversa – Após a atividade, reúna as crianças para uma roda e converse sobre como elas se sentiram durante a atividade e o que mais gostaram na história.

Atividades sugeridas:

1. Contação da História
Objetivo: Desenvolver a linguagem e a escuta atenta.
Descrição: Realizar a contação da lenda do boto cor de rosa, utilizando expressões faciais e variações de entonação.
Instruções: Sentar com as crianças em círculo, manter a história dinâmica e envolvente.

2. Exploração de Texturas
Objetivo: Incentivar a exploração tátil.
Descrição: Apresentar papéis de diferentes texturas aos bebês.
Instruções: Permitir que as crianças toquem e explorem os papéis antes da atividade de colagem.

3. Atividade de Colagem
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora fina.
Descrição: As crianças colarão papéis na ilustração do boto.
Instruções: Acompanhar e auxiliar no uso da cola, estimulando a interação.

4. Canto da História
Objetivo: Fomentar a expressão corporal.
Descrição: Criar uma música ou canto que resuma a história do boto.
Instruções: Cantar junto com as crianças, incentivando movimentos corporais.

5. Explorando Sons
Objetivo: Desenvolver habilidades auditivas.
Descrição: Fazer sons imitando o ambiente do rio e os animais envolvidos na lenda.
Instruções: Usar instrumentos simples ou apenas a voz e incentivar a participação das crianças.

Discussão em Grupo:

Promover uma discussão em grupo onde as crianças possam expressar o que aprenderam ou o que mais gostaram na história. Utilize gestos e balbucios para facilitar a comunicação. Pergunte o que mais as fascina sobre o boto e o que sentiriam se vissem um realmente.

Perguntas:

1. O que você achou do boto cor de rosa?
2. Onde vive o boto?
3. O que você acha que ele faz no rio?
4. Como você se sentiu ouvindo essa história?

Avaliação:

A avaliação poderá ser feita através da observação das crianças durante a contação da história e suas reações. Também é importante verificar como elas interagiram durante a atividade de colagem e se conseguiram se expressar sobre o que aprenderam.

Encerramento:

Conclua a atividade reunindo as crianças em um círculo e revisitando os principais pontos da lenda do boto cor de rosa, destacando as emoções que elas sentiram. Explique que o folclore é uma parte importante da nossa cultura e que existem muitas outras histórias para explorar.

Dicas:

1. Utilize um ambiente confortável e seguro para a contação da história e a atividade de colagem.
2. Atente-se às reações das crianças, adaptando a entonação e a narrativa conforme suas respostas.
3. Inicie as atividades de colagem de maneira livre, permitindo que as crianças expressem sua criatividade.

Texto sobre o tema:

A lenda do boto cor de rosa é um dos elementos mais fascinantes do folclore brasileiro. Segundo a tradição, esse golfinho doce vive nos rios amazônicos e possui uma aparência encantadora. Os relatos dizem que durante as festas, à noite, ele se transforma em um jovem bonito para conquistar as mulheres. Essa narrativa tem várias interpretações, refletindo tanto os mitos indígenas quanto as influências portuguesas. Contar essa lenda para os bebês é não apenas uma forma de entretenimento, mas também uma maneira de conectá-los à sua cultura e história.

É fundamental que as crianças, desde tenra idade, tenham acesso a histórias que falam sobre suas raízes e tradições. Isso ajuda a formar uma identidade cultural que será importante na moldagem da sua personalidade. Além do mais, as lendas folclóricas perpetuam o imaginário popular e permitem que as crianças explorem suas fantasias. Desta forma, além de contá-las, vivenciá-las por meio de arte, movimento e sons enriquece significativamente a experiência educacional.

Estimulando a curiosidade e o interessem das crianças pela cultura local, podemos incentivá-las a fazer perguntas, a querer saber mais sobre o seu país, suas tradições e como elas fazem parte desses relatos. Deste modo, com atividades lúdicas, podemos conectar o passado à modernidade, construindo um aprendizado significativo e duradouro.

Desdobramentos do plano:

Após trabalhar a lenda do boto cor de rosa, pode-se explorar outras lendas folclóricas brasileiras em sequência. Histórias como a do Curupira, que protege as florestas, ou a da Sereia, que encanta os pescadores, podem ser introduzidas, ampliando o repertório cultural dos bebês. Essas histórias devem ser apresentadas de forma interativa, permitindo que as crianças se movimentem e expressem suas emoções através da arte ou da música, fortalecendo não apenas o aprendizado cultural, mas também social e emocional.

Outro desdobramento interessante é trabalhar com a música e a dança relacionadas a essas lendas. Criar um momento em que as crianças possam interpretar as histórias através de danças livres estimula a expressão cultural e o desenvolvimento motor. Além disso, proporcionar atividades ao ar livre, que conectem as crianças com a natureza, pode ser uma proposta que favorece não só a saúde física, mas também a consciência ambiental.

Por fim, é importante ressaltar a possibilidade de envolver os pais e responsáveis. Fazer uma exposição das atividades na sala de aula, onde as crianças apresentam o que aprenderam sobre o folclore, fortalece o vínculo familiar e valoriza a participação dos familiares no processo educativo. Com isso, não se fomenta apenas a aprendizagem, mas também a construção da identidade e o estabelecimento de laços entre escola e família.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o educador tenha clareza em relação aos objetivos e habilidades a serem trabalhadas durante a aula. Adaptar as atividades para que sejam acessíveis e relevantes para as crianças é uma tarefa que envolve observação e sensibilidade. O uso de músicas, histórias e artes visuais deve ser constantemente modificado para manter o interesse e a atenção dos bebês.

A contação de histórias, em especial, deve ser vibrante e cheia de entusiasmo, pois os bebês reagem positivamente a narrativas engajadoras. A linguagem corporal do professor e a criação de um espaço seguro são fundamentais para que as crianças se sintam à vontade e instigadas a participar ativamente das atividades propostas.

Por fim, promover um ambiente inclusivo é crucial. Cada criança tem seu próprio ritmo e modo de interação, e respeitar essas individualidades é o primeiro passo para uma aprendizagem efetiva. Por isso, esteja sempre aberto a adaptações e a inovações, criando experiências de aprendizagem que sejam significativas e prazerosas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches: Criar um pequeno teatro utilizando fantoches que representem os personagens da lenda do boto cor de rosa. As crianças podem ajudar a mover os fantoches e participar da encenação. A atividade incentiva a criatividade e a expressão verbal.

2. Coleção de Sons: Organizar uma atividade onde as crianças irão explorar sons imitando os animais do folclore, incluindo o boto. Isso pode ser uma forma divertida de trabalhar a sonoridade e a musicalidade, estimulando a sensibilidade auditiva.

3. Caminhada pelo Folclore: Planejar uma caminhada exploratória em um espaço externo, como um parque, incentivando as crianças a observar e relatar o que veem, ouvindo sons da natureza e associando-os com as histórias folclóricas contadas. Essa atividade conecta as narrativas com o ambiente real.

4. Brincadeiras de Água: Se possível, criar uma experiência de brincadeiras com água, como uma piscina de bolinhas ou uma caixa de água. Durante a atividade, sugerir que as crianças “mergulhem” como o boto. Esse contato sensorial promove desenvolvimento motor e coordenação.

5. Arte com Textos: Criar uma exposição de artes onde cada criança traz seu “boto” decorado em papel e apresenta aos outros. Essa atividade permite que as crianças compartilhem suas criações e contem, com suas palavras, a história do que aprenderam.

Essas sugestões garantem um aprendizado dinâmico, lúdico e envolvente, respeitando o universo de cada bebê e seu desejo de explorar e descobrir o mundo ao seu redor. Com atividades bem planejadas, podemos incentivar a curiosidade e o respeito à rica cultura brasileira desde os primeiros anos de vida.

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