“Plano de Aula: Leitura e Escrita Espontânea para Crianças de 5 Anos”

Este plano de aula propõe um aprofundamento no tema da leitura e escrita espontânea para crianças pequenas, que abrange faixa etária de 4 a 5 anos. Durante um mês, os educadores terão a oportunidade de desenvolver atividades que incentivem a expressão oral e escrita dessas crianças, respeitando suas singularidades e estimulando a curiosidade. Este ciclo de atividades integra práticas lúdicas e criativas, alinhadas às habilidades definidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A proposta inclui uma variedade de exercícios que, além de promover a familiarização com a escrita, reforçam a importância do diálogo e da interação social. As práticas vão além da simples escrita, envolvendo jogos, narrativas e expressão artística, garantindo assim um aprendizado eficaz e prazeroso. O foco da metodologia é a escrita espontânea, um processo crítico na formação da linguagem escrita que respeita o estágio de desenvolvimento dos alunos.

Tema: Leitura e escrita espontânea
Duração: 1 mês
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: Crianças de 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar o desenvolvimento da leitura e escrita espontânea nas crianças, por meio de atividades lúdicas que promovam a expressão de ideias e sentimentos, a construção de narrativas e a interação social.

Objetivos Específicos:

1. Estimular a expressão oral e a comunicação entre os alunos.
2. Promover a escrita espontânea, estimulando a criatividade das crianças.
3. Desenvolver a escuta ativa, por meio da recontação de histórias compartilhadas.
4. Incentivar a interação entre as crianças, reforçando a ideia de cooperação e empatia.

Habilidades BNCC:

– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
– (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.
– (EI03EF09) Levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea.

Materiais Necessários:

– Papel em branco e colorido
– Lápis, canetas, giz de cera e pincéis
– Diversos tipos de livros ilustrados
– Caixas ou outros suportes para montar cenários de histórias
– Cartões e materiais recicláveis para construção de brinquedos

Situações Problema:

– Como podemos contar uma história que só existe na nossa imaginação?
– O que os nossos sentimentos podem nos dizer sobre a história que queremos criar?
– Como podemos usar diferentes materiais para expressar nossas histórias?

Contextualização:

A leitura e escrita espontânea são habilidades fundamentais para a formação da criança. Ao expor os pequenos a situações que encorajam a articulação dos pensamentos, eles aprendem a organizar suas ideias e emoções. Durante este mês, as atividades propostas buscam não apenas trabalhar a escrita, mas também a oralidade e a escuta, elementos essenciais para desenvolver uma comunicação efetiva e uma boa convivência social.

Desenvolvimento:

As atividades que compõem este plano devem ser realizadas ao longo de um mês, envolvendo os seguintes passos:

1. Contação de Histórias: Iniciar as atividades com sessões de contação de histórias, envolvendo livros ilustrativos. Após cada história, os alunos são incentivados a expressar suas impressões sobre os personagens e as situações apresentadas. Isso alimenta suas ideias para futuras produções.

2. Escrita e Registro: Após a contação da história, os alunos serão convidados a criar suas próprias narrativas, utilizando a escrita espontânea. É importante que o professor ajude as crianças a transcrever suas palavras e ideias, mesmo que ininteligíveis, respeitando o que dizem.

3. Desenhos e Artes: As crianças serão incentivadas a ilustrar suas histórias, utilizando diferentes materiais como lápis de cor, canetinhas e tintas. Esta atividade enriquece a compreensão da narrativa e proporciona uma nova forma de expressão.

4. Montagem de Histórias: Com o auxílio de caixas e outros materiais, as crianças poderão criar cenários e personagens para encenar suas histórias. Essa brincadeira desenvolve habilidades motoras e estimula a criatividade.

5. Roda de Conversa: Realizar rodas de conversa para que os alunos compartilhem suas histórias com os colegas. Esse momento é crucial para praticarem a escuta ativa, respeito ao próximo e aprimorarem suas habilidades de comunicação.

Atividades sugeridas:

1. Meu Livro de Histórias:
Objetivo: Estimular a criação de histórias.
Descrição: Cada aluno cria um pequeno livro onde desenha e escreve suas histórias.
Instruções: O professor deve ajudar na transcrição das ideias, e os alunos devem ser encorajados a desenhar suas narrativas.
Materiais: Papel A4, grampeador e canetas coloridas.
Adaptação: Para crianças que possuem mais facilidade com a escrita, eles podem tentar formar palavras de forma livre.

2. Cenários Mágicos:
Objetivo: Praticar a expressão artística.
Descrição: Criar pequenos cenários usando caixas e materiais recicláveis.
Instruções: Após a criação, cada criança apresenta seu cenário e conta uma história ligada a ele.
Materiais: Caixas, cola, tesoura, e diversos objetos recicláveis.
Adaptação: Alunos com dificuldades motoras podem trabalhar em grupos.

3. Pintura da Emoção:
Objetivo: Expressar emoções por meio da arte.
Descrição: Após uma sessão de contação de histórias, as crianças pintam como se sentem sobre a história.
Instruções: O professor deve fazer perguntas sobre as cores e formas que elas escolheram.
Materiais: Tintas e papel.
Adaptação: Disponibilizar pincéis de diferentes tamanhos e texturas.

4. Teatro de Fantoches:
Objetivo: Praticar a oralidade e a criatividade.
Descrição: As crianças fazem fantoches com materiais disponíveis e encenam suas histórias.
Instruções: Incentivar a criação dos personagens e diálogos.
Materiais: Meias, botões, lãs e outros.
Adaptação: Alunos que se sentem inseguros podem trabalhar em grupos, dividindo a tarefa.

5. Roda do Livro:
Objetivo: Conhecer diferentes gêneros literários.
Descrição: Todos trazem um livro que gostam para compartilhar com a turma.
Instruções: Cada criança fala brevemente sobre o que aprendeu com o livro.
Materiais: Livros diversos.
Adaptação: Oferecer suporte a crianças que falam menos, permitindo que descrevam as imagens.

Discussão em Grupo:

Ao final de cada atividade, é fundamental realizar uma discussão em grupo. Perguntas como “Qual foi a parte da história que você mais gostou e por quê?” ou “Como você se sentiu criando o seu livro?” devem ser incentivadas. Esse tipo de diálogo não apenas promove a reflexão sobre a atividade, mas também ajuda na construção de um ambiente acolhedor onde todos se sintam à vontade para compartilhar.

Perguntas:

– O que você mais gostou de desenhar na sua história?
– Como você se sentiu ao contar sua história para o grupo?
– Que materiais você usou para montar seu cenário?

Avaliação:

A avaliação dessas atividades se dará de forma contínua, levando em consideração a participação, o interesse e a habilidade de expressão dos alunos. É importante observar como cada criança se comunica e interage com os colegas, além de considerar o progresso na escrita espontânea e a compreensão das histórias apresentadas.

Encerramento:

Para encerrar o mês de atividades, uma Feira de Histórias pode ser organizada, onde os alunos expõem seus livros, cenários e fantoches. Isso valoriza o trabalho realizado e gera um momento de celebração do aprendizado. Todos são convidados a participar, incluindo outras turmas, pais e responsáveis, estimulando um ambiente comunitário, que celebra a literatura e a criatividade.

Dicas:

1. Estimular a Criatividade: Todas as atividades devem ser adaptadas ao interesse e ao nível de desenvolvimento das crianças; uma boa prática é observar o que as crianças mais gostam e incorporar esses elementos às atividades.
2. Incentivar a Colaboração: Promova atividades em grupo, onde as crianças possam compartilhar ideias e experiências, isso fortalece o aprendizado coletivo.
3. Fazer Conexões Com o Cotidiano: Relacione os temas abordados durante as atividades com a realidade dos alunos, isso gera maior identificação e interesse.

Texto sobre o tema:

A leitura e escrita espontânea são processos cruciais na formação da individualidade da criança, uma vez que permitem que ela se expresse por meios diversos, desde a oralidade até a escrita. Esses processos são muito mais do que simples atos de colocar palavras no papel, mas sim um esforço consciente de comunicar ideias, sentimentos e narrativas. Nas crianças pequenas, a escrita espontânea representa a forma mais genuína de confronto com a linguagem, onde elas exploram significados de maneira criativa e livre.

De acordo com a BNCC, a escrita espontânea deve ser incentivada nas idades mais precoces, pois é um meio eficaz de apreensão de novos conhecimentos. As práticas de contação de histórias e escrita criativa, como sugerido neste plano de aula, proporcionam um espaço seguro para que as crianças experimentem livremente com a linguagem. Além disso, a utilização das artes visuais e dramáticas enriquece a experiência, permitindo que cada aluno traduza suas ideias de formas únicas e pessoais.

Portanto, o educador deve estar atento ao potencial criativo de seus alunos, oferecendo oportunidades que respeitem o desenvolvimento individual e que estimulem a colaboração. A valorização da voz da criança na construção do conhecimento e a interação social são essênciais para o fortalecimento do vínculo dos alunos com a leitura e a escrita. O papel do educador é mediador e incentivador, facilitando a expressão de ideias e sentimentos, bem como promovendo um ambiente onde a troca de experiências enriquece a formação da turma.

Desdobramentos do plano:

Este plano pode ser ampliado por meio da introdução de novos gêneros textuais e diferentes formatos de narrativa. Por exemplo, o professor pode incluir a poesia como um vetor de inserção de novas formas de linguagem, permitindo que as crianças se sintam confortáveis em brincar com as palavras e os ritmos da fala. Além disso, as histórias podem ser gravadas em áudio ou vídeo, o que pode proporcionar uma nova forma de apreciação do material trabalhado.

Outra possibilidade interessante para dar continuidade às atividades planejadas é a realização de um clube do livro nas aulas. Nessa dinâmica, toda semana, os alunos podem levar um livro de casa para compartilhar ou poderão fazer uma visita a uma biblioteca local. Esse tipo de atividade proporciona um acesso maior à literatura e promove o gosto pela leitura.

Finalmente, o uso de tecnologias digitais pode ser um caminho inovador para ingressar os pequenos no mundo letrado. Sites e aplicativos que incentivam a leitura e a criação de histórias são ótimas ferramentas para auxiliar nesse processo, atraindo a atenção das crianças para a escrita de uma forma divertida e interativa. Por meio dessas abordagens, o aprendizado da leitura e escrita se torna um processo contínuo e envolvente.

Orientações finais sobre o plano:

É crucial que os educadores busquem sempre individualizar o ensino, adequando as atividades às necessidades de cada aluno. A observação constante do desenvolvimento de cada criança permitirá ao professor adaptar as dinâmicas de forma que todos os alunos se sintam incluídos e possam participar ativamente. A diversidade de atividades, como a contação e o recontar de histórias, permite que crianças com diferentes graus de entendimento e habilidades possam encontrar seu espaço e se expressar efetivamente.

Incorporar as experiências do dia a dia das crianças nas atividades pode contribuir para uma maior identificação com o conteúdo. Esse engajamento direto em torno de temas familiares para os pequenos enriquece o aprendizado, pois proporciona um ambiente de acolhimento e pertencimento. O diálogo constante com as famílias também é uma forma valiosa de alinhar as práticas pedagógicas com o que se vive no cotidiano, estabelecendo uma parceria que enriquece a aprendizagem.

Em suma, um plano de aula voltado para a leitura e escrita espontânea neste segmento etário deve sempre partir do interesse genuíno do aluno, explorando seus sentimentos e expressões. Dessa maneira, os professores não apenas ensinam a língua portuguesa como também formam cidadãos críticos que se relacionam bem com os outros e com o mundo, um aspecto essencial para a formação integral de qualquer criança.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Bingo das Palavras
Objetivo: Reforçar o vocabulário e o reconhecimento de palavras.
Descrição: Criar cartões de bingo com palavras que as crianças já conheceram em histórias contadas.
Instruções: As crianças devem marcar as palavras que o professor irá narrar. O bingo ajuda a reforçar a memorização de uma forma descontraída.
Materiais: Cartões em branco, canetas e palavras recortadas de revistas ou impressas.
Adaptação: Para alunos que não se sentem confiantes, oferecer placas com imagens que representam as palavras ajudará a visualização.

2. História em Quadrinhos
Objetivo: Incentivar a criação de histórias de maneira visual.
Descrição: Usar uma folha em branco dividida em quadros, onde os alunos desenham a sequência de uma história.
Instruções: Após a criação, os alunos podem compartilhar suas histórias em quadrinhos com os colegas, promovendo a oralidade.
Materiais: Folhas em branco, lápis e canetas coloridas.
Adaptação: Crianças que ainda não escrevem podem usar figuras e ícones para contar suas histórias visualmente.

3. Caça ao Tesouro das Palavras
Objetivo: Estimular a curiosidade e o reconhecimento de palavras.
Descrição: Esconder palavras ou pequenas frases pela sala, e as crianças devem encontrá-las e formar uma história.
Instruções: Discussão em grupo sobre as descobertas e as histórias formadas a partir das palavras encontradas.
Materiais: Cartões com palavras escritas ou frases curtas.
Adaptação: Para alunos mais novos, as palavras podem ser acompanhadas de imagens para facilitar a associação.

4. **Jogo do Dicionário

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