Plano de Aula “Leitura e Contação de Histórias: Imaginação em Ação”
O presente plano de aula tem como objetivo desenvolver a contação de histórias com crianças na faixa etária de 3 a 5 anos, no ambiente da Educação Infantil. A prática da contação de histórias é fundamental para o desenvolvimento de diversas habilidades linguísticas, sociais e emocionais. Durante esta aula, as crianças serão estimuladas a ampliar seu vocabulário, fortalecer sua imaginação e aprender a expressar suas ideias e sentimentos. O trabalho em grupo e a interação entre as crianças será reforçada, promovendo um ambiente de cooperação e escuta ativa.
A contação de histórias não se limita apenas à narração, mas também à criação e à interação, fazendo com que as crianças façam parte da narrativa. Neste plano, será planejada uma dinâmica onde as crianças não só ouvirão as histórias, mas também terão a oportunidade de participar ativamente, seja através de encenações simples, ilustrações ou expressão corporal, de acordo com as suas habilidades. Essa abordagem lúdica visa garantir que cada criança se sinta confortável e entusiasmada, colaborando assim para a construção de um ambiente de aprendizado rico e envolvente.
Tema: Contador de História
Duração: 1 hora
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 a 5 anos
Objetivo Geral:
Estimular o interesse pela leitura e pela contação de histórias de forma participativa, desenvolvendo a imaginação e a interação social entre as crianças.
Objetivos Específicos:
– Promover a escuta atenta e a interação por meio da contação de histórias.
– Desenvolver a capacidade de expressão verbal e não verbal das crianças ao contar e representar histórias.
– Estimular o compartilhamento de ideias e experiências pessoais relacionadas às histórias narradas.
– Fomentar a criatividade e a imaginação através da criação de novas narrativas.
Habilidades BNCC:
– (EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
– (EI02EF03) Demonstrar interesse e atenção ao ouvir a leitura de histórias e outros textos, diferenciando escrita de ilustrações, e acompanhando, com orientação do adulto-leitor, a direção da leitura (de cima para baixo, da esquerda para a direita).
– (EI02EF06) Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
Materiais Necessários:
– Livros ilustrados e de fácil leitura.
– Materiais para confecção de fantoches (meias, papel colorido, colas, etc.).
– Materiais de desenho (papel, lápis de cor, giz de cera).
– Um espaço adequado para a contação e encenação das histórias.
Situações Problema:
As crianças podem ser questionadas sobre como se sentem ao ouvir uma história. Por exemplo: “O que você sentiu quando ouviu o personagem fazer isso?”. Além disso, indagações sobre o que fariam em determinada situação apresentada na história podem ajudar a estimular o pensamento crítico e a expressão.
Contextualização:
As histórias fazem parte da cultura humana, e sua contação é um dos principais meios de transmissão de saberes. No ambiente das creches e pré-escolas, as crianças têm a oportunidade de vivenciar diferentes narrativas, emocionando-se e refletindo sobre as histórias contadas, além de se reconhecendo nelas. Ao inserir a contação de histórias nas práticas pedagógicas, tornamo-nos mediadores que ajudam as crianças a conectar-se com o mundo.
Desenvolvimento:
– Início da aula com uma roda de conversa onde serão apresentadas algumas imagens das histórias que serão contadas.
– Leitura em voz alta de uma história curta e envolvente, utilizando recursos como entonação de voz e expressões faciais para tornar a narrativa mais dinâmica.
– Após a leitura, realizar perguntas simples sobre a história: “Qual é seu personagem favorito?” ou “O que você faria se estivesse na história?”. Esta etapa busca promover a interação e estimular o diálogo.
– Apresentação de fantoches, onde cada criança poderá escolher um personagem para representar e criar sua própria versão da história.
– Realização de uma atividade de desenho onde cada criança ilustrará sua parte favorita da história contada, promovendo a expressão artística.
Atividades sugeridas:
1. Roda de Leitura: Iniciar com uma roda onde a professora lê uma história ilustrada. O objetivo é que as crianças tenham prazer na escuta e que compreendam a sequência da narrativa.
– Materiais: livros ilustrados.
– Adaptações: Alunos que não falam podem expressar suas emoções através de sorrisos ou gestos.
2. Fantoches de Meia: Com a ajuda da professora, as crianças podem confeccionar fantoches com meias e desenhar características dos personagens da história.
– Materiais: meias, materiais de colagem.
– Adaptações: Oferecer diferentes tipos de materiais para os que têm diferentes habilidades manuais.
3. Desenho da História: Após a contação, cada criança deverá desenhar uma cena da história.
– Materiais: folha de papel, lápis de cor.
– Adaptações: Para alunos com dificuldades motoras, pode-se permitir que o desenho seja feito com ajuda.
4. Encenação: Criar uma encenação simples onde as crianças utilizam os fantoches para contar a história.
– Materiais: fantoches e um espaço.
– Adaptações: Incluir crianças que preferem não se expor em papéis de apoio, como narradores.
5. Jogos de Som: Criar sons e ruídos para cada parte da história contada, envolvendo as crianças de forma lúdica.
– Materiais: objetos que geram som.
– Adaptações: Utilizar instrumentos simples que todas as crianças possam tocar.
Discussão em Grupo:
Promover uma discussão ao final da atividade onde cada criança poderá compartilhar o que aprendeu e o que mais gostou nas atividades. A professora pode fazer algumas perguntas estimuladoras como: “Se você pudesse ser um personagem da história, quem você seria e por quê?”, ou “Qual foi sua parte favorita da atividade de hoje?”.
Perguntas:
1. Que parte da história você mais gostou?
2. Como você se sentiu quando o personagem ficou triste?
3. O que você faria se estivesse no lugar do personagem da história?
Avaliação:
A avaliação deve ser contínua e formativa, observando a participação das crianças nas atividades propostas, a capacidade de expressar ideias e sentimentos, bem como a interação entre os colegas durante a contação de histórias e atividades complementares. O ensino se deve basear na observação do comportamento e das reações dos alunos, incentivando e valorizando cada uma das participações.
Encerramento:
Para finalizar a aula, reunir as crianças em roda novamente e agradecer pela participação. Pode-se narrar rapidamente a história, reforçando os elementos principais e chamando a atenção para as ilustrações que foram feitas pelos alunos. Ao encerrar, enfatizar a importância de contar histórias e como elas podem nos fazer sentir e aprender.
Dicas:
– Varie os tipos de histórias contadas: use contos tradicionais, histórias de autores contemporâneos ou narrativas que reflitam a cultura local.
– Permita que as crianças escolham as histórias que gostariam de ouvir em aulas futuras, promovendo um senso de pertencimento e voz.
– Utilize gestos e transportes visuais, como ilustrações, para ampliar a compreensão da história entre crianças que possam ter dificuldade com verbalizações.
Texto sobre o tema:
A contação de histórias é uma prática poderosa no universo da Educação Infantil. Através dela, as crianças são capazes de não apenas ouvir, mas também sentir e vivenciar diferentes emoções. As histórias criam um espaço mágico onde a imaginação pode fluir livremente, permitindo que os pequenos se conectem com um mundo rico em significados e ensinamentos. Contar histórias vai além do simples relato; é um processo dinâmico que envolve o diálogo, a expressão artística e a partilha de experiências.
Quando os educadores utilizam essa prática lúdica, promovem a escuta ativa e o compartilhamento de ideias, fomentando um ambiente de aprendizagem colaborativa e inclusiva. Adicionalmente, a contação de histórias oferece uma rica oportunidade para o desenvolvimento da linguagem, uma vez que as crianças são incentivadas a pensar sobre os personagens, os cenários e os desafios apresentados. Neste contexto, os pequenos aprendem não apenas novas palavras, mas também a articular suas próprias narrativas e a expressar suas emoções e opiniões, vital para seu crescimento pessoal e social.
O ato de contar histórias, portanto, é uma forma de propor um espaço seguro para que as crianças explorem suas emoções e compreendam o mundo à sua volta. Ao ouvir e recontar experiências através de histórias, elas têm a chance de confrontar medos, descobrir novos horizontes e desenvolver uma imagem positiva de si. Tais experiências são fundamentais, pois ajudam as crianças a se sentirem parte de um coletivo e a entenderem seu papel nas interações sociais. Assim, a contação de histórias se mostra não apenas um recurso pedagógico, mas uma ponte para o fortalecimento de vínculos e a promoção de um clima educacional afetivo e cooperativo.
Desdobramentos do plano:
A contação de histórias é uma ferramenta que pode ser utilizada em várias disciplinas, além da língua portuguesa. Em matemática, por exemplo, histórias que envolvem contagem e medidas podem ajudar as crianças a desenvolver noções básicas de quantidade e comparação. Em ciências, narrativas que abordam o crescimento de plantas e animais permitem que os alunos façam conexões com o mundo natural e suas transformações. Também é possível trabalhar com a arte, utilizando a ilustração das histórias para que a turma possa expressar sua criatividade e habilidades motoras.
Além disso, este plano pode abrir espaço para discussões sobre as diferentes culturas presentes na sala, permitindo que crianças compartilhem histórias de suas famílias ou tradições. Essa prática contribui para o desenvolvimento de uma visão ampla e respeitosa sobre a diversidade cultural. A integração de elementos de diferentes culturas nas histórias contadas reforça a aprendizagem e faz com que cada aluno se sinta valorizado em sua individualidade e singularidade.
Por fim, o envolvimento na contação de histórias deve ser contínuo, podendo ser realizado ao longo do ano letivo, sempre com a introdução de novas narrativas que abordem temas pertinentes ao desenvolvimento das crianças. A prática regular cria um hábito de leitura, um vínculo maior com as histórias e, consequentemente, aprimora a capacidade de escuta, expressão e imaginação, pilares fundamentais na formação integral das crianças.
Orientações finais sobre o plano:
Primeiramente, é essencial que o professor familiarize-se com as histórias escolhidas, para que possam explorar os detalhes e características que mais possam captivar a atenção das crianças. O tom de voz, as expressões e a interação são elementos cruciais que devem ser cuidadosamente preparados para garantir que a experiência de contação de histórias seja tão rica e envolvente quanto possível. As histórias devem ser escolhidas de acordo com a faixa etária e interesses das crianças, sempre respeitando seu ritmo de aprendizagem, o que ajudará a manter o engajamento.
Além disso, o ambiente em que a contação se dá deve ser preparado previamente, com um espaço tranquilo e confortável, onde as crianças possam se sentir seguras para participar. A criação de um ambiente acolhedor e estimulante é fundamental para que as experiências de aprendizagem sejam positivas e memoráveis. Utilizar materiais visuais, como ilustrações grandes e coloridas, pode muito bem enriquecer a experiência, proporcionando um convite visual que desperte a curiosidade e o interesse dos pequenos.
Por último, não subestime a importância do acompanhamento e da observação durante as atividades. As reações das crianças podem fornecer ao educador insights valiosos sobre seu avanço e interesse em narrativas, bem como sua capacidade de trabalho em equipe. O feedback contínuo é imprescindível para aprimorar as futuras aulas, tornando-as um espaço ainda mais rico e significativo para todos os envolvidos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Sombras: As crianças são convidadas a criar figuras simples de papel que serão utilizadas para contar histórias na luz de um projetor. O objetivo é estimular a criatividade e a coordenação motora. Materiais necessários incluem papel preto, tesoura e uma fonte de luz.
2. Caça ao Tesouro da História: Esta atividade envolve esconder pequenos itens que representem elementos de uma história conhecida pela turma (por exemplo, um pedaço de lã para representar uma ovelha). As crianças devem procurar os itens e depois recontar a história usando as representações.
3. Roda de Rimas: Criação de rimas a partir de personagens ou elementos da história narrada, incentivando a criança a criar versos, associando a literatura ao desenvolvimento da linguagem. A atividade pode ser feita em grupos, promovendo a comunicação entre elas.
4. Música e Movimento: As crianças serão incentivadas a criar uma canção ou uma dança que represente a história ou os personagens. Este tipo de atividade promove o movimento e a expressão física, sendo uma forma divertida de recontar narrativas.
5. Contos Coletivos: Em pequenos grupos, as crianças são convidadas a criar uma história coletivamente. Um começa e os outros devem seguir, contribuindo com partes da narrativa. Isso ajuda a promover a colaboração e o desenvolvimento da criatividade.
Estas sugestões têm como foco não apenas a contação de histórias, mas também o engajamento das crianças em diferentes formatos artísticos, permitindo que elas explorem a narrativa de maneiras diversas e criativas.

