“Plano de Aula: Justiça Climática para Bebês de 4 a 5 Anos”

Este plano de aula para a Educação Infantil é voltado para a faixa etária de bebês de 4 a 5 anos, apresentando o tema da justiça climática. A proposta é um convite à exploração sensorial e à conscientização sobre o meio ambiente, através de atividades que promovem a interação entre os pequenos e seus pares, além de estreitar a relação com adultos. O objetivo principal é despertar a curiosidade natural das crianças em relação ao mundo ao seu redor e inspirar um sentimento de responsabilidade em relação à natureza e à sua preservação.

A abordagem da justiça climática nesta atividade pretende introduzir conceitos simples sobre o meio ambiente de maneira lúdica, promovendo a percepção das interações que as crianças têm com o mundo natural. Isso inclui tanto o desenvolvimento das habilidades motoras e sensoriais quanto a promoção do social e do acolcimento emocional, essenciais na formação desta faixa etária.

Tema: Justiça Climática
Duração: 50 min
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 4 a 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a exploração sensorial e a interação social a partir do tema da justiça climática, despertando a compreensão da importância da natureza nas vidas das crianças e como suas ações podem impactar o meio ambiente.

Objetivos Específicos:

– Incentivar a interação entre os bebês através de brincadeiras e atividades.
– Proporcionar experiências que despertem a atenção dos bebês para os recursos naturais e sua preservação.
– Fomentar a expressão corporal das emoções em relação ao ambiente, utilizando música e movimento.

Habilidades BNCC:

Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”:
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.

Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”:
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– (EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

Campo de Experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”:
– (EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– (EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

Materiais Necessários:

– Tintas de diferentes cores e texturas.
– Papel em branco e papel reciclado.
– Instrumentos de percussão (como tambores de plástico ou garrafas com arroz).
– Objetos naturais como folhas secas e pedaços de madeira.
– Espaço amplo para movimentação.
– Jogo de água em bacia com brinquedos de borracha (para simular chuva).

Situações Problema:

Uma situação que pode surgir é quando algum bebê não demonstra interesse pelas atividades propostas, ou quando se recusa a participar. O educador deve estar preparado para adaptar a atividade, garantindo que todos tenham uma experiência positiva e enriquecedora.

Contextualização:

A justiça climática é um conceito que refere-se à capacidade de todos os seres humanos de viver em um ambiente saudável e sustentável. Através da exploração dos materiais naturais e da interação com outros, as crianças podem começar a entender como pequenas ações podem fazer uma grande diferença no mundo. Envolver bebês neste processo permite que eles desenvolvam um senso de empatia e responsabilidade desde cedo.

Desenvolvimento:

Inicie a aula com uma pequena roda, onde o professor pode falar sobre o que é a natureza e como ela é importante para todos. Utilize objetos naturais para isso, como folhas e pedras, permitindo que as crianças toquem e sintam essas texturas. Depois, organize a atividade de exploração sensorial, onde usando a água, a criançada pode “plantar” as folhas em um espaço delimitado, até observando como os objetos diminuem ou aumentam na água. A música e a dança devem estar presentes durante todo o desenvolvimento da aula para tornar o ambiente leve e divertido.

Atividades sugeridas:

1. Exploração Sensorial Natural
Objetivo: Estimular os sentidos dos bebês através do toque e da observação.
Descrição e Instruções: Organize um espaço seguro com diferentes objetos naturais. Permita que os bebês toquem, cheirem e explorem os materiais. O educador deve interagir com eles, incentivando o uso das palavras e gestos.
Materiais: Diversos objetos naturais.
Adaptação para Diferentes Perfis: Para bebês mais tímidos, iniciar com um ou dois objetos para facilitar a interação.

2. Dança da Chuva
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora através da dança e do movimento.
Descrição e Instruções: Organizar uma pequena música que fale sobre a chuva e estimular os bebês a se moverem, imitando gestos que representem a chuva caindo e a natureza acordando.
Materiais: Música suave sobre a natureza.
Adaptação para Diferentes Perfis: Para aqueles que não se movem ainda, incentivo através de balanços e danças em apoio no colo do adulto.

3. Pintura com Elementos Naturais
Objetivo: Desenvolver a percepção visual e o uso criativo de materiais.
Descrição e Instruções: Usar folhas como pincéis para pintar em papel. Propor diferentes texturas e cores para que os bebês façam experimentações.
Materiais: Tintas, folhas, papel.
Adaptação para Diferentes Perfis: Usar tintas em gel para os que gostam de tocar e explorar manualmente.

4. Brincadeira com Água
Objetivo: Explorar a relação com os elementos naturais, neste caso, a água.
Descrição e Instruções: Organizar uma bacia com água e brinquedos, como animais marinhos. Permitir que os bebês explorem a água, observando como ela se movimenta e muda formas.
Materiais: Bacia, água, brinquedos de borracha.
Adaptação para Diferentes Perfis: Certificar-se de ter toalhas à disposição ou balsas para aqueles que se empolgam com a água.

5. Momento de História
Objetivo: Fomentar a escuta e atenção aos sons e palavras.
Descrição e Instruções: Contar uma história simples sobre animais da natureza enquanto mostra ilustrações. Estimular as crianças a apontarem os elementos mencionados.
Materiais: Livros ilustrativos.
Adaptação para Diferentes Perfis: Para bebês que ainda não conseguem prestar atenção por muito tempo, usar imagens grandes e coloridas que prendam a atenção.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, promover um momento em que as crianças possam expressar o que mais gostaram de fazer. O educador pode usar perguntas como “Qual foi a parte mais divertida?” e “Como se sentiram ao tocar as folhas?”. É essencial que as crianças tenham a oportunidade de falar sobre suas experiências, mesmo que através de gestos, balbucios ou sorrisos.

Perguntas:

– O que você viu enquanto brincava?
– Como você se sentiu quando tocou a água?
– O que você mais gostou de explorar?
– Podemos cuidar da natureza? Como?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua através da observação da participação dos bebês nas atividades, seu interesse e interação com os materiais e outros colegas. O educador deve registrar como os bebês respondem às situações propostas e como se relacionam com o espaço e os objetos, além de avaliar se conseguem se comunicar suas necessidades durante as atividades.

Encerramento:

Finalizar a aula em roda, promovendo a reflexão coletiva sobre as atividades realizadas. Utilize frases de incentivo e reafirme a importância da natureza e do nosso cuidado com ela. É vital que os bebês saiam da aula com uma sensação positiva, reconhecendo que são parte da natureza e que suas ações impactam o mundo ao seu redor.

Dicas:

– Esteja sempre atento às reações e necessidades dos bebês, garantindo um ambiente seguro e confortável.
– Mantenha um espaço de aprendizado flexível que possa ser adaptado às necessidades do grupo.
– Ao final de cada atividade, incentive momentos de acolhimento e carinhos, reforçando laços afetivos.

Texto sobre o tema:

Neste plano de aula, o conceito de justiça climática é abordado de forma lúdica, considerando as características e necessidades dos bebês. É fundamental compreender que, mesmo numa faixa etária tão precoce, o contato com a natureza é capaz de estimular um sentimento de pertencimento e responsabilidade em relação ao meio ambiente. Ao permitem que os bebês explorem a natureza a partir de suas percepções sensoriais, eles começam a internalizar a importância de cada elemento natural. A apresentação dos elementos naturais, como folhas, água e sons, permite aos bebês viverem experiências que fortalecem sua identidade, relação com o outro e sentimento de coletividade.

Ademais, trabalhar a justiça climática e a conscientização ambiental desde a infância é um passo crucial para formar futuros cidadãos mais conscientes e responsáveis. A interação entre os bebês, seus cuidadores e a natureza deve ser rica em afetividade, possibilitando experiências que promovam o desenvolvimento integral da criança. Motivar a curiosidade e o respeito pela natureza implica não só em permitir que as crianças explorem, mas também em introduzir a ideia de que cada um deve cuidar do seu ambiente, num ciclo de cuidado mútuo entre os seres humanos e a natureza.

Além disso, é importante que ao conduzir atividades voltadas para a exploração da natureza, o educador busque diferentes formas de engajar os bebês, utilizando recursos visuais e táteis que estimulem o aprendizado. A conscientização sobre a natureza deve ser uma construção contínua, e o papel do educador é guiá-los nesse processo, oferecendo estímulos e novas experiências que reforcem hábitos saudáveis e de respeito.

Desdobramentos do plano:

Ao abordar o tema da justiça climática, é possível promover desdobramentos em outras áreas do conhecimento, incentivando os bebês a se conectarem emocionalmente com a natureza e a desenvolverem habilidades importantes para seu futuro. Por exemplo, é possível realizar atividades que envolvam também práticas sustentáveis, como a reutilização de materiais, promovendo o conceito de reciclagem desde cedo. Por meio de jogos e propostas de atividades que estimulem o uso consciente de recursos como água e papel, os bebês podem começar a entender a importância de presenciar na prática o cuidado com o meio ambiente.

Outra sugestão é a conexão com histórias infantis que abordem a relação do ser humano com a natureza. A proposta de contação de histórias pode ser ligada a personagens que vivenciam aventuras relacionadas à preservação ambiental, estabelecendo um vínculo emocional que pode gerar empatia e respeito em relação à natureza. As narrativas podem ser utilizadas como uma ferramenta para ilustrar a importância de pequenas ações cotidianas que impactam a vida no planeta.

Por fim, os educadores podem promover um espaço de diálogo com os pais e cuidadores acerca da importância da educação ambiental, sugerindo práticas simples que podem ser realizadas em casa. Realizar campanhas de conscientização sobre a separação de recicláveis ou a preservação do espaço ao redor da casa pode se tornar um desdobramento interessante do aprendizado em sala. Discutir ações que envolvem toda a comunidade, como plantio de árvores e limpeza de parques, fortalece a relação social e o entendimento de que a justiça climática é uma responsabilidade coletiva.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o educador esteja preparado para adaptar o plano de aula conforme as necessidades dos bebês apresentam-se. Cada criança possui um tempo particular de desenvolvimento e, por isso, o professor deve ficar atento às interações e reações dos pequenos durante as atividades. Além disso, considerar a criação de um ambiente acolhedor, que encoraje a participação e a exploração, é um aspecto importante. Ao final de cada atividade, o educador deve promover um tempo de conversas, onde as crianças podem compartilhar suas experiências e sentimentos.

O envolvimento da família no processo educativo também é crucial para o sucesso do plano. Incentive os cuidadores a participarem ativamente das experiências promovidas e ofereça sugestões de atividades relacionadas que podem ser feitas em casa. Essa conexão entre o ambiente escolar e o familiar cultivará uma relação de aprendizado contínuo em favor da justiça climática.

Por fim, testemunhar a interação dos bebês com a natureza deve ser um momento de muita alegria e satisfação. Cada resposta, sorriso ou gesto dos pequenos reflete a construção de novas formas de se relacionar com o mundo, e é fundamental que o educador valorize essas manifestações. O caminho do conhecimento ambiental é um desafio que deve ser percorrido em conjunto, e a educação infantil é o primeiro passo para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a preservação do planeta.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jardim Sensorial
Objetivo: Integrar os sentidos à natureza.
Descrição: Criar um pequeno jardim onde os bebês possam tocar, cheirar e explorar diferentes plantas e flores, acompanhados de adultos.
Materiais: Plantas de diferentes texturas e aromas.
Adaptação: Utilizar potes plantados em áreas elevadas se necessário para segurança.

2. Caça às Cores
Objetivo: Estimular a percepção visual e a identificação de cores.
Descrição: Propor que os bebês, com ajuda de adultos, encontrem objetos da natureza com cores específicas.
Materiais: Sacolas de tecido para recolher itens.
Adaptação: Para bebês menores, permitir a exploração em um espaço controlado.

3. Circuito de Movimento Natural
Objetivo: Trabalhar a coordenação motora.
Descrição: Criar um circuito com obstáculos representando elementos da natureza, como “galhos” (de brinquedo) e “seus” (pequenos bancos).
Materiais: Tecido ou maquete de galhos e troncos.
Adaptação: Para os que têm mais dificuldade, oferecer suporte durante o movimento.

4. Música da Natureza
Objetivo: Envolver os sentidos com sons da natureza.
Descrição: Criar uma sessão onde os adultos imitam sons de animais e a natureza; os bebês podem imitar esses sons com os corpos.
Materiais: Instrumentos simples como tambor de borracha ou chocalho.
Adaptação: Propor sons em diferentes volumes para trabalhar a percepção.

5. Pintura com os Dedos
Objetivo: Estimular a criatividade e a expressão.
Descrição: Permitir que os bebês usem suas mãos para pintar, explorando texturas e cores.
Materiais: Papéis grandes, tintas seguras para a pele.
Adaptação: Garantir que todos os utensílios sejam seguros e adequados à criança.

Essas sugestões são pensadas para criar um ambiente de aprendizado através da exploração lúdica, cultivando a conexão com a natureza e o entendimento sobre a justiça climática desde os primeiros anos.

Botões de Compartilhamento Social