Plano de Aula: jogos e brincadeira na cultura corporal do movimento 10 (Ensino Fundamental 2) – 7º Ano

A educação física é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento integral do aluno, especialmente quando se trata de abordar jogos e brincadeiras na cultura corporal do movimento. Esse plano de aula foi elaborado para ser aplicado a estudantes do 7º ano do Ensino Fundamental II, proporcionando uma interação significativa entre a prática esportiva, o respeito às regras, o trabalho em equipe e a valorização cultural. Ao longo da atividade, buscamos explorar as diversas dimensões que os jogos e brincadeiras oferecem, ao mesmo tempo em que promovemos a reflexão sobre seu papel na formação de uma cultura de movimento saudável, lúdica e inclusiva.

Neste plano, os alunos serão estimulados a participar ativamente, promovendo o senso crítico acerca das práticas corporais e a importância do convívio social. O objetivo é utilizar jogos como uma ferramenta educacional para desenvolver tanto habilidades motoras quanto sociais, enfatizando a diversidade cultural presente nas diferentes brincadeiras, respeitando diferentes ritmos e garantindo que todos tenham a oportunidade de participar e se expressar. O foco está na apreciação dos jogos populares e tradicionais, que permeiam a história e a identidade cultural do Brasil, enriquecendo assim o aprendizado dos alunos.

Tema: Jogos e brincadeiras na cultura corporal do movimento
Duração: 10 aulas (1 aula por semana, totalizando 10 semanas)
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 12 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a integração dos alunos por meio da prática de jogos e brincadeiras, desenvolvendo habilidades motoras e sociais, valorizando a diversidade cultural e estimular o prazer do movimento na cultura corporal.

Objetivos Específicos:

1. Identificar e praticar diferentes jogos e brincadeiras tradicionais de diversas culturas.
2. Desenvolver habilidades motoras, como coordenação, equilíbrio e agilidade.
3. Fomentar o trabalho em equipe, a convivência e o respeito à diversidade.
4. Analisar o impacto cultural dos jogos na formação da identidade e na expressão corporal.
5. Refletir sobre a importância da atividade física para a saúde e o bem-estar.

Habilidades BNCC:

– (EF67EF01) Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários.
– (EF67EF02) Identificar as transformações nas características dos jogos eletrônicos em função dos avanços das tecnologias e nas respectivas exigências corporais colocadas por esses diferentes tipos de jogos.
– (EF67EF03) Experimentar e fruir esportes de marca, precisão, invasão e técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
– (EF67EF09) Construir, coletivamente, procedimentos e normas de convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exercícios físicos, com o objetivo de promover a saúde.

Materiais Necessários:

– Cordas para pular
– Bolas variadas (futebol, vôlei, etc.)
– Materiais para criação de jogos (ex.: cones, fitas, obstáculos)
– Materiais para artesanato (papel, canetas, tesoura, etc.) para elaboração de perguntas e fichas sobre as regras dos jogos
– Materiais audiovisuais (se disponível), como projetor e computador para vídeos e demonstrações

Situações Problema:

1. Como os jogos tradicionais podem influenciar a cultura e identidade de um povo?
2. Quais são as habilidades que podemos desenvolver por meio dos jogos?
3. De que maneira o respeito às regras contribui para uma convivência harmoniosa em grupo?

Contextualização:

Os jogos e brincadeiras são manifestações culturais que vão além do entretenimento. Eles fazem parte da história e da identidade de diversas comunidades. Explorar esses aspectos em sala de aula permite que os alunos não só aprendam as regras dos jogos, mas também compreendam sua relevância social e cultural. É um espaço propício para a descoberta de novas formas de interação, além de possibilitar o desenvolvimento motor e a inclusão de todos.

Desenvolvimento:

1. Apresentação do tema: iniciar a aula com uma discussão sobre o que são jogos e brincadeiras, seu significado e importância na cultura.
2. Demonstração de jogos: realizar uma demonstração de jogos populares e tradicionais, envolvendo toda a turma.
3. Prática em grupos: dividir a turma em pequenos grupos para que cada grupo escolha um jogo para praticar.
4. Discussão e reflexão: após as práticas, promover um debate sobre as experiências vividas durante os jogos, perguntando o que cada um aprendeu, como se sentiram e como a atividade contribuiu para a convivência em grupo.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Conhecimento: Apresentar a todos os alunos a história de diferentes jogos tradicionais. O professor pode fornecer uma folha com uma breve descrição das regras e contextos de cada um e, em seguida, perguntará aos alunos o que sabiam sobre cada um dos jogos.
* Objetivo: Desenvolver o conhecimento e a apreciação de jogos diferentes e suas origens culturais.
2. Prática de Jogos Coletivos: Organizar um dia de jogos em equipes, alternando entre jogos de invasão, tradicionais e de precisão. O professor pode dividir as turmas em grupos e dar espaço para cada grupo apresentar o seu jogo, explicando as regras.
* Objetivo: Fomentar o trabalho em equipe e a convivência.
3. Elaboração de Jogo: Dividir os alunos em grupos e desafiá-los a criar um novo jogo ou adaptar um tradicional, preservando ou incorporando elementos da cultura local.
* Objetivo: Estimular a criatividade e a colaboração entre os alunos.
4. Reflexão e Apresentação: Ao final do desenvolvimento do jogo, ter uma sessão onde cada grupo apresentará seu jogo adaptado e contará sobre as regras, a inspiração e as dificuldades encontradas.
* Objetivo: Promover a comunicação e o respeito à diversidade de ideias e processos.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, promover uma roda de conversa onde os alunos poderão compartilhar suas experiências, discorrendo sobre como os jogos ajudaram a melhorar a convivência e quais aprendizagens importantes foram adquiridas. Perguntas podem direcionar a discussão, como “Qual foi o jogo que você mais gostou? Por quê?”.

Perguntas:

– O que você acha que torna um jogo divertido?
– Como você se sentiu jogando em grupo?
– Quais habilidades você acha que desenvolveu durante as atividades?
– Por que as regras são importantes em um jogo?

Avaliação:

A avaliação será contínua e observacional, levando em consideração a participação, o respeito às regras, a colaboração em grupo, a criatividade nas atividades e a capacidade de reflexão crítica sobre as experiências em sala de aula e ao ar livre. A habilidade dos alunos em se expressar e fazer análises sobre suas vivências também será um importante critério de avaliação.

Encerramento:

Para fechar, os alunos poderão compartilhar um pouco do que aprenderam e a importância que os jogos têm nas relações interpessoais e na cultura. Além disso, o professor pode sugerir que os alunos tragam jogos que conhecem de suas comunidades, criando uma troca cultural rica e diversificada nas próximas aulas.

Dicas:

– Sempre promova um ambiente seguro e respeitoso, onde todos se sintam acolhidos.
– Incentive a variação de jogos, considerando a diversidade encontrada entre os alunos.
– Faça perguntas abertas que estimulem a reflexão crítica sobre práticas e aprendizado.

Texto sobre o tema:

Os jogos e brincadeiras têm desempenhado um papel crucial na formação da cultura e identidade de sociedades ao longo da história. Eles são uma forma de expressão que transcende gerações, mantendo vivas tradições e fortalecendo os laços sociais. Historicamente, muitos jogos não apenas proporcionam entretenimento, mas também funcionam como uma forma de transmitir valores, conhecimentos e habilidades. Ao participar de atividades lúdicas, as crianças aprendem a trabalhar em equipe, a respeitar regras e a desenvolver habilidades motoras que são essenciais para um crescimento saudável.

As diversas práticas de jogos e brincadeiras testemunham a riqueza cultural de um povo. Jogos de diferentes regiões do Brasil, por exemplo, revelam influências indígenas, africanas e europeias, refletindo a diversidade e a pluralidade cultural do país. Além disso, a prática de jogos ajuda a promover a inclusão social, uma vez que todos podem participar e desenvolver suas habilidades. O aprendizado através do jogo é muitas vezes mais eficaz do que a educação tradicional, pois envolve o corpo e a mente, promovendo uma formação integral.

Dessa forma, torna-se essencial abordar os jogos e brincadeiras não apenas como uma escola de habilidades motoras, mas como uma oportunidade de educação social e cultural. Através da prática lúdica, podemos cultivar um ambiente educacional que valorize a diversidade, promova o respeito e ensine a importância da colaboração e do convívio harmonioso. É fundamental que, como educadores, possamos proporcionar experiências significativas que despertem o interesse dos alunos, contribuindo para uma formação mais completa e enriquecedora.

Desdobramentos do plano:

Após a implementação deste plano de aula, várias direções podem ser tomadas para expandir o aprendizado dos alunos. Primeiramente, seria enriquecedor realizar um festival de jogos onde os alunos, em grupos, presentem os jogos desenvolvidos ou adaptados, promovendo uma grande interação com a comunidade. Essa atividade favorece o envolvimento da família e da comunidade escolar, criativa um espaço para partilha cultural e experiências.

Outro desdobramento viável seria integrar as atividades lúdicas a outras disciplinas, como a arte, onde os alunos poderiam criar cartazes ou materiais ilustrativos sobre os jogos, ou ainda, incorporar elementos de matemática ao calcular medidas de espaço e distâncias durante os jogos, promovendo uma abordagem interdisciplinar. Essa interconexão entre diferentes áreas do conhecimento fortalece a aprendizagem de forma holística, demonstrando que os jogos e brincadeiras não estão apenas limitados ao âmbito da educação física, mas são uma rica fonte de aprendizado significativo.

Por último, é fundamental valorizar a trajetória dos alunos através do registro de suas experiências e aprendizados ao longo do plano de aula. Essa documentação pode ser feita na forma de um diário de classe, onde os alunos poderiam relatar suas vivências, as dificuldades enfrentadas e as soluções encontradas. A reflexão escrita é uma poderosa ferramenta de aprendizado que enriquece o processo educativo e oferece ao aluno a chance de expressar suas opiniões e sentimentos, consolidando a construção do conhecimento de forma crítica.

Orientações finais sobre o plano:

Neste plano de aula, a abordagem dos jogos e brincadeiras é pensada para ser inclusiva e promovente da diversidade cultural. Ao final, é essencial que o professor busque sempre adaptar as atividades de acordo com os interesses e as necessidades da turma. Cada grupo pode ter uma dinâmica única, e o educador deve ser flexível para ajustar o plano conforme necessário.

Além disso, o respeito às regras e à diversidade deve ser uma constante durante as atividades. Promover um espaço onde todos se sintam confortáveis para se expressar e participar é primordial para o sucesso da aprendizagem. Estimular discussões abertas sobre o que os jogos significam para cada um, e quais as logísticas que podem ser delineadas para a curiosidade e o envolvimento dos alunos, possibilita um ambiente de respeito e colaboração.

Por fim, encorajar a colaboração entre alunos e sua capacidade de criar um legado de jogos e brincadeiras pode ser uma forma de desenvolver não apenas habilidades motoras, mas também uma consciência crítica e social. Por meio das experiências lúdicas, os alunos não aprendem apenas a jogar, mas também a conviver, respeitar e valorizar as diferenças que fazem parte da diversidade humana.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Roda de Dança de Brincadeiras: Incentive os alunos a trazerem brincadeiras que brincavam quando crianças, sejam elas de roda, de correr ou de imitar. O objetivo é promover um resgate cultural e o compartilhamento de experiências positivas, onde cada um poderá ensinar e aprender com os demais.
– Materiais: Não são necessários, a não ser que os alunos queiram incorporar instrumentos musicais.
– Como conduzir: Autorize que cada aluno explique a brincadeira antes de executar. O professor pode fazer uma mediação caso alguma regra não esteja clara.

2. Talento e Criação: Propor que os alunos, em grupos, criem uma dança ou uma coreografia que incorpore elementos de brincadeiras populares. Isso encoraja a criatividade e o envolvimento coletivo.
– Materiais: Música, espaço para dança e materiais para figurinos se desejarem.
– Como conduzir: Oferecer um tempo adequado para a prática, e após isso, promover uma apresentação para a classe.

3. Oficina de Jogos de Tabuleiro: Estimule a personalização de jogos de tabuleiro conhecidos, onde cada grupo pode adaptar suas regras ou criar suas próprias versões.
– Materiais: Papel, lápis, jogos de tabuleiro antigos que possam ser adaptados.
– Como conduzir: Os alunos devem explicar a regra de cada jogo e, em seguida, jogarem em grupos.

4. Cerimônia de Jogos: Criação de uma cerimônia ou competição amigável que reúna várias atividades lúdicas na escola. Os alunos podem ser organizados em equipes e cada atividade pode gerar pontos para uma competição saludable.
– Materiais: Materiais de jogos, bandeirinhas para marcar pontos e prêmios simbólicos.
– Como conduzir: Planeje uma sequência de jogos e mantenha a pontuação visível.

5. Fazendo Jogos de Corda: Uma atividade que remete a brincadeiras antigas, onde vai além do lúdico, pois as crianças brincam e trabalham a coordenação motora em uma atividade que exige interação entre os colegas.
– Materiais: Corda longa e macia.
– Como conduzir: Ensine os alunos a brincadeira e incentive os que não conseguem saltar a irem com seus colegas, sempre oferecendo apoio.

Essas sugestões lúdicas visam diversificar as práticas em sala de aula e encorajar a interação social entre os alunos, respeitando e celebrando sua diversidade.

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