Plano de Aula: Jogo da Velha da Multiplicação – 4º Ano

A proposta deste plano de aula visa integrar a matemática de forma lúdica e envolvente, utilizando o tema do jogo da velha da multiplicação. Essa atividade não apenas promove a aprendizagem dos conceitos de multiplicação, mas também desenvolve habilidades sociais e cognitivas dos alunos em um formato colaborativo e descontraído. O envolvimento dos alunos em jogos pode facilitar a compreensão de conceitos matemáticos, tornando a aula mais dinâmica e interessante.

O jogo da velha, conhecido por sua simplicidade e interação, será adaptado para incluir operações de multiplicação, proporcionando uma forma envolvente de prática matemática. Além disso, este plano se alinha às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), focando no desenvolvimento de competências que permitem ao aluno não apenas compreender a matemática, mas também aplicá-la em situações do cotidiano.

Tema: Jogo da Velha da Multiplicação
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 4º Ano
Faixa Etária: 9 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Estimular o raciocínio lógico e a prática da multiplicação por meio do jogo, proporcionando uma forma lúdica de aprendizagem que envolva todos os alunos.

Objetivos Específicos:

– Promover a familiarização dos alunos com a multiplicação de forma lúdica.
– Desenvolver habilidades de resolução de problemas matemáticos.
– Estimular o trabalho em equipe, respeitando as visões e opiniões dos colegas.

Habilidades BNCC:

– (EF04MA01) Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem de dezenas de milhar.
– (EF04MA06) Resolver e elaborar problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação (adição de parcelas iguais, organização retangular e proporcionalidade).
– (EF04MA11) Identificar regularidades em sequências numéricas compostas por múltiplos de um número natural.

Materiais Necessários:

– Cartões ou papéis pequenos (10×10 cm) com multiplicações ou produtos (por exemplo: 2×3, 4, 4×5, 20)
– Lápis ou canetas para cada aluno
– Quadro branco ou flipchart para anotações
– Tabuleiro do jogo da velha (pode ser desenhado no quadro ou em uma folha)

Situações Problema:

Após a introdução do tema, o professor pode apresentar diferentes problemas que estejam relacionados à multiplicação, como por exemplo: “Se você tem 4 pacotes de balas e cada pacote tem 5 balas, quantas balas você tem no total?”. Esses problemas ajudarão a ancorar a necessidade do uso da multiplicação.

Contextualização:

Iniciar a aula com uma conversa sobre como a matemática está presente no nosso dia a dia, citando exemplos que incluam multiplicação, como na confecção de receitas ou compra de produtos. Destacar a importância de entender a multiplicação na resolução de problemas cotidianos.

Desenvolvimento:

1. Apresentar o jogo da velha tradicional, explicando as regras.
2. Fazer uma adaptação para incluir as multiplicações. Cada jogador irá marcar seu espaço no tabuleiro respondendo corretamente a uma multiplicação.
3. Dividir a turma em grupos de 4 a 5 alunos e fornecer o material necessário.
4. Cada aluno, por vez, seleciona um cartão com uma multiplicação. Se a resposta estiver correta, pode marcar o espaço no tabuleiro.
5. Se um jogador responder errado, o outro jogador tem a opção de responder e marcar o espaço.
6. O jogo termina quando um dos jogadores conseguir alinhar três marcas em uma linha horizontal, vertical ou diagonal.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Introdução ao Jogo
– Objetivo: Introduzir a multiplicação de forma lúdica.
– Atividade: Apresentar o jogo da velha e explicar suas regras.
– Materiais: Jogo da velha desenhado no quadro, cartões com multiplicações.
– Adaptação: Estudantes que já compreendem multiplicações podem criar suas próprias questões.

Dia 2: Prática de Multiplicação
– Objetivo: Praticar a multiplicação com os cartões.
– Atividade: Jogar em grupos de 4, intercalando entre responder e jogar o jogo da velha.
– Materiais: Cartões e tabuleiros.
– Adaptação: Usar produtos de multiplicações mais altas para alunos mais rápidos.

Dia 3: Desenho do Jogo
– Objetivo: Criar um tabuleiro de jogo da velha coletivo.
– Atividade: Os alunos desenham um tabuleiro grande e escrevem suas multiplicações.
– Materiais: Papel kraft, canetas.
– Adaptação: Grupos menores podem trabalhar juntos nas suas seções do tabuleiro.

Dia 4: Revisão e Estratégias
– Objetivo: Revisar a prática de multiplicações.
– Atividade: Discussão em grupo sobre estratégias que funcionaram.
– Materiais: Quadro para anotações.
– Adaptação: Estudantes podem apresentar desafios que encontraram.

Dia 5: Competição Amigável
– Objetivo: Realizar um torneio do jogo da velha.
– Atividade: Realização de um campeonato entre grupos.
– Materiais: Cartões e tabuleiros.
– Adaptação: Criar níveis de dificuldade para os grupos mais avançados.

Discussão em Grupo:

Após todas as atividades, formar um círculo e discutir como foi a experiência no jogo e como a prática da multiplicação se torna mais fácil e divertida nesse formato. Perguntar sobre as estratégias utilizadas e o que aprenderam com as experiências dos colegas.

Perguntas:

– Quais foram os maiores desafios que você encontrou ao jogar?
– Como você se sentiu ao trabalhar em equipe?
– A multiplicação parece mais fácil quando jogamos? Por quê?

Avaliação:

A avaliação deverá ser contínua e formativa, observando a participação dos alunos nas atividades em grupo e seu envolvimento nas discussões. O professor também pode criar rubric para avaliar a compreensão dos conceitos trabalhados.

Encerramento:

Finalizar a aula revisando os conceitos de multiplicação aprendidos e como eles foram testados e aplicados no jogo. Agradecer a participação de todos e reforçar a importância de aprender com diversão.

Dicas:

– Incentivar a participação ativa de todos os alunos, garantindo que cada um tenha a oportunidade de responder perguntas e jogar.
– Propor desafios adicionais aos estudantes que mostrarem mais facilidade, como multiplicações mais complexas ou jogos alternativos.
– Oferecer um tempo extra para conversas informais sobre a aula, permitindo que alunos compartilhem o que aprenderam entre si.

Texto sobre o tema:

O jogo da velha é um dos jogos mais simples e conhecidos que podem ser utilizados para trabalhar não apenas conceitos de lógica, mas também diversos conteúdos educacionais, como a matemática. A proposta de adaptar esse jogo para a multiplicação traz uma abordagem inovadora. Quando se fala em multiplicação, muitas crianças podem inicialmente sentir uma certa resistência à profundidade do conceito e à complexidade dos números envolvidos. No entanto, ao transformar a prática em um jogo, elas têm a oportunidade de integrar conceitos de maneira envolvente, experimentando a sensação de triunfo ao resolver multiplicações – um aspecto que é muitas vezes negligenciado em atividades mais tradicionais.

Além desses benefícios, o jogo da velha também ajuda a criar um ambiente colaborativo em sala de aula. Meios lúdicos e interativos, como jogos, promovem a interação entre os alunos, ajudando a cultivar não apenas o aprendizado dos conteúdos curriculares, mas habilidades sociais importantes, como a comunicação e o trabalho em equipe. Essa dinâmica é vital, pois ao trabalharmos essas questões desde cedo conseguimos preparar os estudantes para situações que enfrentarão ao longo de sua vida escolar e pessoal, onde a colaboração e a troca de experiências serão cruciais.

Por último, o uso do jogo no ambiente escolar também reverberará em uma melhor aceitação da matemática. Quando as crianças se divertem enquanto aprendem, creem que a matemática é um assunto acessível e interessante, tornando essa área do conhecimento uma das mais prazerosas. O engajamento dos alunos é um dos maiores desafios para um educador, principalmente nas disciplinas que são geralmente vistas como difíceis. Portanto, o planejamento de atividades que aliam aprendizagem e diversão, sem dúvida com o uso de ferramentas que cativam e permanecem na memória, é uma abordagem que deve ser sempre incentivada.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula pode ser ampliado para incluir outros jogos que sigam o mesmo raciocínio da multiplicação, como bingo de multiplicação ou até mesmo jogos digitais que integram a matemática de forma lúdica. Os educadores podem adaptar outras temáticas e incluir diferentes operações matemáticas, como a adição e subtração, para que todos os alunos tenham a oportunidade de praticar e reforçar suas bases. Cada jogo pode servir como uma ferramenta para identificar áreas que precisam de mais atenção, permitindo que o professor intervista de forma mais individualizada.

Além disso, ao final do ciclo de jogos, o professor pode convidar os alunos a criar suas próprias versões do jogo da velha, incorporando outros conceitos matemáticos, criando novas dinâmicas e convidando a criatividade dos alunos. Os resultados podem ser expostos e compartilhados com outras turmas, incentivando um ambiente de aprendizagem colaborativa não apenas dentro da sala, mas na escola como um todo. Assim como em um jogo, a habilidade de aprender com os outros será sempre um ponto forte que deve ser promovido na educação.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que ao aplicar esta atividade, o professor esteja atento às necessidades e ritmos dos alunos. Algumas crianças podem entender o conceito de multiplicação mais rapidamente do que outras, então, garantir que o espaço e a flexibilidade para essas diferenças sejam respeitados é essencial. Também é importante proporcionar um ambiente seguro onde os alunos se sintam confortáveis para compartilhar suas dúvidas e questionamentos. Um clima de colaboração faz com que todos os alunos se sintam parte do aprendizado, promovendo um desenvolvimento mais fluido e prazeroso.

A aplicação dessa metodologia pode não apenas ajudar os alunos a compreender conceitos mais amplos e complexos posteriormente, mas também moldar um amor pelas ciências exatas que pode durar a vida inteira. Sempre que um educador se propõe a integrar o lúdico ao ensino, ele não está apenas ensinando matemática. Ele está, essencialmente, despertando a curiosidade inerente às crianças, e isso é o que garante uma educação mais rica e efetiva.

Por fim, sempre que possível, o professor deve buscar avaliar e posteriormente reavaliar o planejamento. Ao refletir sobre as experiências anteriores e as respostas dos alunos, é possível aprimorar as atividades e adaptar melhor às necessidades do grupo, fazendo com que o ensino seja mais efetivo. Cada aula é uma nova oportunidade de crescimento, tanto para os alunos quanto para os educadores.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Bingo da Multiplicação: Prepare cartelas com resultados de multiplicação e sorteie as operações. Os alunos marcam se tiverem o resultado, criando uma competição amigável. Material: cartelas e marcadores. Objetivo: praticar a multiplicação repetidamente.

2. Caça ao Tesouro: Crie pistas que contêm operações de multiplicação como respostas, levando os alunos a diferentes pontos na sala ou escola. Cada resposta correta levará ao próximo local. Objetivo: aprender resolução de problemas de forma divertida. Materiais: pistas e prêmios simples.

3. Desafio do Relógio: A cada hora que alguém marca no relógio, o aluno precisa fazer uma multiplicação de forma rápida. Esse reforço em tempo real estimula a agilidade mental. Objetivo: conectar matemática com a vida cotidiana. Material: relógio grande e marcadores.

4. Desenho Animado da Multiplicação: Pedir que cada aluno desenhe o que representa a tabela de multiplicação de um número, criando uma ilustração que apresente a ideia numa forma visual. Objetivo: criar conexões e visualização do conceito. Materiais: folhas, lápis de cor, canetinhas.

5. Teatro de Sombras: Criação de um pequeno teatro onde os alunos representam uma história que envolve multiplicação, criando personagens que são números e operações. Objetivo: tornar a matemática parte da narrativa. Materiais: lençol, lanternas, personagens desenhados.

Essas sugestões visam proporcionar uma aprendizagem dinâmica e envolvente, onde os conceitos matemáticos tornam-se parte do cotidiano e do prazer de aprender.

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