Plano de Aula: Jogo da memória (Ensino Fundamental 1) – 3º Ano
A criação de um Jogo da Memória utilizando massinha de modelar é uma oportunidade singular para promover a apreciação da arte e estimular o pensamento crítico e a criatividade dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental. Esta atividade propõe que os alunos não apenas aprendam sobre diferentes técnicas de modelagem, mas também desenvolvam habilidades valiosas, como atenção, memória e resolução de problemas, ao interagirem durante o jogo.
Neste plano de aula, os estudantes terão a chance de explorar e experimentar a modelagem com massinha, enquanto também se familiarizam com conceitos de linguagem escrita e matemática. O jogo é uma forma lúdica de ensino que permite a prática de diversos conteúdos curriculares, além de incentivar a colaboração e a socialização entre os alunos.
Tema: Jogo da Memória
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 09 a 11 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a habilidade de observação e memorização dos alunos através de um jogo de memória que utilize massinha de modelar, integrando elementos de aprendizagem da Língua Portuguesa e Matemática.
Objetivos Específicos:
– Estimular a criatividade e habilidades motoras ao modelar peças de memória com massinha.
– Desenvolver a percepção visual e a memória através do jogo de cartas.
– Promover a cooperação grupal e a socialização entre os alunos.
– Introduzir e reforçar conceitos básicos de números e leitura de palavras durante as atividades.
Habilidades BNCC:
– (EF03LP01) Ler e escrever palavras com correspondências regulares contextuais entre grafemas e fonemas.
– (EF03LP11) Ler e compreender, com autonomia, textos injuntivos instrucionais.
– (EF03MA04) Estabelecer a relação entre números naturais e pontos da reta numérica.
– (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística, fazendo uso sustentável de materiais.
Materiais Necessários:
– Massinha de modelar em várias cores;
– Cartolina ou papel cartão;
– Canetas hidrográficas ou marcadores;
– Tesoura;
– Régua;
– Forminhas ou moldes (opcional);
– Um cronômetro ou relógio.
Situações Problema:
– O que acontece se as peças não forem parecidas?
– Como podemos melhorar nossa memória na hora de jogar?
– De que forma podemos trabalhar experiências diferentes com a modelagem da massinha?
Contextualização:
No contexto atual, brincar e jogar são atividades fundamentais no processo de aprendizagem. O jogo da memória oferece aos alunos uma forma interativa de praticar e reforçar conhecimentos que vão além do simples entretenimento. Essa prática compartilhada não só ajuda no desenvolvimento da memória, mas também fomenta a inclusão e a interação social, importantes para o crescimento pessoal e coletivo dos estudantes.
Desenvolvimento:
1. Introdução (5 minutos): O professor inicia a aula conversando com os alunos sobre o que é o Jogo da Memória e sua importância. Olhar para as condições de palco vamos trabalhar.
2. Modelagem (15 minutos): Os alunos vão utilizar a massinha de modelar para criar figuras ou letras que serão utilizadas nas cartas do jogo. Cada aluno deve produzir duas peças idênticas de cada figura ou letra. O professor pode caminhar pela sala para auxiliar os alunos que tiverem dificuldades durante a criação.
3. Montagem do Jogo (15 minutos): Após a modelagem, os alunos devem colar as figuras em cartolinas ou papel cartão, criando um par de cartas para cada figura. O professor pode supervisar o trabalho para garantir que estejam focados e que haja paridade em cada par de cartas.
4. Jogando (10 minutos): Finalmente, o professor organiza os alunos em grupos de quatro e instrui-os sobre como jogar. As cartas devem ser viradas para baixo e cada jogo deve tentar encontrar os pares. É um jogo que promove não só o exercício da memória, mas também a colaboração e competição saudável.
Atividades Sugeridas:
1. Dia 1: Apresentação do Jogo da Memória
– Objetivo: Compreender as regras do Jogo da Memória.
– Descrição: Iniciar com uma roda de conversa sobre memorização e estratégias de aprendizado.
– Instruções: Os alunos devem compartilhar experiências de jogos e como se lembraram das cartas.
2. Dia 2: Modelando com Massinha
– Objetivo: Desenvolver habilidades motoras e criatividade.
– Descrição: Criar peças que representarão letras ou figuras.
– Instruções: O professor dará ideias, mas os alunos podem ser criativos.
3. Dia 3: Montagem das Cartas
– Objetivo: Aprender a usar ferramentas para montar o jogo.
– Descrição: Passo a passo na montagem de cartas com figuras.
– Instruções: Todos ajudarão a escrever as palavras correspondentes embaixo das figuras.
4. Dia 4: Ensaios e Prática do Jogo
– Objetivo: Fomentar a colaboração no jogo.
– Descrição: Os alunos praticarão em duplas, experimentando o jogo.
– Instruções: O professor circula para encorajar e intervir, caso necessário.
5. Dia 5: Jogos e Regras
– Objetivo: Colocar em prática o que foi discutido e aprendido.
– Descrição: Organizar um torneio de jogos de memória em sala.
– Instruções: Formar grupos, e o tempo para jogar pode ser monitorado pelo relógio.
Discussão em Grupo:
– O que você aprendeu sobre a memória jogando?
– Como você pode usar seus conhecimentos para melhorar em outros jogos?
– O que você achou mais difícil de modelar? Por quê?
Perguntas:
1. Quais figuras você criou e por que escolheu essas figuras?
2. Como você se sentiu durante a modelagem e ao jogar?
3. Você acha que a modelagem influencia a memória? Por quê?
Avaliação:
A avaliação será baseada na observação do envolvimento dos alunos durante as atividades, bem como a capacidade de seguir as instruções e trabalhar em grupo. Além disso, os alunos poderão criar um pequeno relatório sobre suas experiências de aprendizado, ilustrando os desafios e sucessos encontrados ao longo da semana.
Encerramento:
No final das atividades, o professor deve reunir todos os alunos e realizar uma breve discussão sobre o que aprenderam e apreciaram durante a atividade. Todos devem compartilhar suas experiências e refletir sobre a importância de memorização e criatividade no aprendizado.
Dicas:
1. Encoraje a colaboração criando um sistema de pontos para os grupos dependendo da forma como jogam.
2. Use diferentes cores de massinha para tornar o jogo mais vibrante e personalizado.
3. Para alunos com dificuldades motoras, considere oferecer modelos pré-formatados para facilitar a criação das peças.
Texto sobre o tema:
O Jogo da Memória é uma atividade que vai além de ser apenas uma brincadeira. Ele tem o potencial de ajudar as crianças a desenvolverem habilidades fundamentais. Ao criar e jogar, as crianças não só se divertem, como também aprendem a observar, a relacionar e a memorizar informações. Essas habilidades são essenciais para o desempenho acadêmico e a vida cotidiana. O jogo promove a interação social, sendo uma atividade que pode ser realizada em grupos, onde todos têm a chance de participar e contribuir.
Quando as crianças se envolvem em atividades lúdicas, elas estão mais propensas a desenvolver a criatividade e habilidades de solução de problemas. A modelagem com massinha permite que elas explorem sua imaginação e experimentem diferentes alternativas. Além disso, as crianças aprendem a trabalhar em equipe, a seguir regras e a respeitar as decisões dos colegas, o que reforça a cidadania no ambiente escolar e fora dele.
O uso de material como a massinha de modelar também é uma maneira de estimular a motricidade fina. O ato de apertar, moldar e detalhar as peças exige concentração e coordenação. Já a parte da memorização, inherentemente ligada ao jogo, desenvolve a memória visual e a capacidade de recordar informações, habilidades essenciais não apenas para a aprendizagem de conteúdos escolares, mas também para a vida pessoal futura dos alunos.
Desdobramentos do plano:
Uma vez que os alunos tenham dominado as técnicas básicas de modelagem e memorização, o plano pode ser ampliado para incluir outras mídias e formatos de jogo. Um desdobramento interessante seria criar um jogo da memória digital usando aplicativos simples, o que permitiria aos alunos explorar a tecnologia e ao mesmo tempo continuar a prática de memorização. O professor poderia introduzir conceitos de programação simples, utilizando plataformas como Scratch, estimulando ainda mais o desenvolvimento de habilidades que são cada vez mais exigidas no mundo atual.
Além disso, é possível organizar um concurso anual de jogos educativos, onde cada turma ou série seria responsável por criar seu próprio jogo utilizando diferentes técnicas e temáticas. Isso favoreceria a troca de experiências entre os alunos não só em termos de aprendizado, mas também de socialização. Essas atividades interativas gerariam um senso de comunidade e pertencimento, estimulando a inclusão e a diversidade cultural dentro do espaço escolar.
Essas experiências podem proporcionar um ambiente de aprendizado enriquecedor que valorize o processo criativo de cada aluno. Passar a valorizar as produções artísticas que não necessariamente seguem um padrão pré-estabelecido pode aumentar a autoestima e o engajamento dos estudantes em outras atividades. Um objetivo final pode ser a criação de uma exposição escolar onde os alunos possam mostrar não só seus jogos, mas também outros produtos de suas experiências em artes e tecnologia, tornando-se autores do seu aprendizado.
Orientações finais sobre o plano:
Ao planejar essa aula, é fundamental lembrar que o Jogo da Memória não é apenas um meio de diversão, mas também uma poderosa ferramenta de aprendizado. Os professores devem estar preparados para adaptar suas abordagens conforme as necessidades dos alunos e os desafios que podem surgir durante a atividade. Sempre que possível, é importante fazer uma conexão com experiências do dia a dia dos alunos para deixá-las mais relevantes e relacionáveis.
A importância de proporcionar um espaço seguro onde os alunos possam errar, experimentar e aprender com seus erros não pode ser subestimada. Promover uma cultura de feedback construtivo onde os alunos possam expressar suas opiniões e sugestões é vital para o engajamento e a motivação. Um acompanhamento constante e gentil pode aumentar a confiança dos alunos em suas habilidades.
Finalmente, sempre que o plano de aula for aplicado, não se esqueça de celebrar as conquistas dos alunos, por menores que sejam. Esse reconhecimento é um dos maiores motivadores no processo de aprendizagem e pode fazer uma diferença significativa no desenvolvimento da autoestima e do envolvimento das crianças nas atividades em sala de aula.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Criação de peças temáticas: Os alunos podem criar figuras relacionadas a um tema específico, como animais ou alimentos, e jogar o jogo da memória baseado nessas criações.
– Objetivo: Trabalhar a criatividade e o vocabulário.
– Materiais: Massinha de modelar, cartolinas.
– Instruções: Dividir a turma em grupos e estabelecer temas.
2. Jogo da memória com mistura de letras e palavras: Em vez de apenas formar pares de figuras, poderá trabalhar com letras e suas combinações para formar palavras.
– Objetivo: Aprender novas palavras e reforçar a ortografia.
– Materiais: Massinha, letras cortadas em papel.
– Instruções: Os alunos formam pares e depois praticam a escrita das palavras que formaram.
3. Roda de histórias: A cada vez que um aluno virar duas peças, ele deve contar uma breve história relacionada às figuras que encontrou.
– Objetivo: Desenvolver a habilidade narrativa.
– Materiais: As mesmas cartas do jogo.
– Instruções: Após cada jogada, o aluno conecta as peças a uma parte de uma história que vai sendo contada coletivamente.
4. Jogo da memória audível: Cortar figuras que representam sons ou instrumentos, e ao invés de pedir para identificar visualmente, o aluno deve identificar o som após uma batida ou sinal sonoro.
– Objetivo: Trabalhar a identificação auditiva e a memorização.
– Materiais: Sons gravados em aparelho de áudio e cartas com figuras.
– Instruções: O aluno deve associar o som à imagem correta.
5. Exposição de jogos feitos pelos alunos: Ao final de um período, os alunos podem expor seus jogos, criando um evento na escola para apresentar suas aprendizagens.
– Objetivo: Fomentar habilidades de apresentação e apreciação artística.
– Materiais: Todos os jogos criados ao longo da atividade.
– Instruções: Organizar em feira e cada grupo apresenta seu jogo para a escola.
Este plano de aula promete ser uma experiência enriquecedora e significativa, com um enfoque na arte, na ludicidade e na aprendizagem significativa. Com a flexibilidade para ser adaptado conforme as necessidades dos alunos, ele pode ser mais do que uma atividade em sala de aula; pode ser o início de um amor pela arte e pelo aprendizado que perdura por toda a vida.

