Plano de Aula: jogo da memória (Ensino Fundamental 1) – 1º Ano
A proposta deste plano de aula é introduzir o jogo da memória como uma ferramenta para o ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. O jogo da memória, além de promover a interação e a diversão, é uma estratégia pedagógica eficaz para a aprendizagem de idiomas, especialmente em um contexto inclusivo que valoriza a diversidade e a Acessibilidade. Esta aula também busca desenvolver a compreensão cultural dos alunos, ao mesmo tempo em que exercita a observação e a memorização, habilidades fundamentais para este período escolar.
A implementação do jogo como ferramenta lúdica de ensino é um instrumento para reforçar a importância da comunicação inclusiva e do respeito às diferenças. O conteúdo sobre Libras será transmitido de maneira envolvente, facilitando o aprendizado eficaz e divertido dos alunos, ao mesmo tempo que estimula sua curiosidade e interesse pela cultura surda.
Tema: Jogo da Memória com Libras
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 9 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a habilidade de reconhecimento e memorização de sinais da língua de Libras por meio de atividades lúdicas, promovendo a inclusão e a diversidade cultural.
Objetivos Específicos:
1. Permitir que os alunos reconheçam e pratiquem diferentes sinais da Libras.
2. Desenvolver a habilidade de observação e memorização através de jogos.
3. Promover a interação entre os alunos, respeitando as diferenças e a inclusão.
4. Estimular a produção escrita e oral a partir da experiência de jogo.
Habilidades BNCC:
– (EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas.
– (EF01LP08) Relacionar elementos sonoros com sua representação escrita.
– (EF01LP17) Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, listas e convites, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
– (EF12LP02) Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor, textos que circulam em meios impressos ou digitais, de acordo com as necessidades e interesses.
– (EF01HI05) Identificar semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras épocas e lugares.
– (EF12EF04) Colaborar na proposição e na produção de alternativas para a prática de brincadeiras e jogos.
Materiais Necessários:
– Cartões com imagens e palavras em Libras.
– Cartões em branco para que os alunos possam desenhar os sinais.
– Recursos audiovisuais (se disponível) para apresentar vídeos curtos sobre Libras.
– Quadro de giz ou flipchart para anotações.
– Material para anotações e desenhos (papel, canetas, lápis de cor).
Situações Problema:
Como podemos aprender a nos comunicar com as pessoas que usam Libras?
De que forma os jogos podem nos ajudar a lembrar os sinais?
Contextualização:
Introduzir aos alunos o conceito de Libras, apresentando a importância da comunicação nesta língua e a necessidade de conhecer sinais básicos. Utilizar vídeos curtos que mostrem pessoas se comunicando em Libras para instigar curiosidade.
Desenvolvimento:
1. Apresentação da Libras: (10 minutos)
– Iniciar apresentando o alfabeto e alguns sinais básicos da Libras com o auxílio de vídeos ou ilustrações.
– Promover uma discussão breve sobre a importância da comunicação acessível.
2. Jogo da Memória: (25 minutos)
– Preparação: Dividir a sala em grupos de 4 a 5 alunos. Distribuir os cartões já preparados.
– Instruções do Jogo:
a. Cada grupo deve misturar os cartões e dispor virados para baixo.
b. Os alunos jogam em turnos, formando pares de cartões que combinam a imagem com o sinal da palavra.
c. Os alunos devem tentar lembrar onde estão os sinais iguais, ajudando-se mutuamente.
– Debriefing: Após o jogo, discutir com a turma as palavras que aprenderam e permiti-los compartilhar como foi a experiência.
3. Atividade de Criação: (10 minutos)
– Cada aluno recebe cartões em branco para desenhar o que aprenderam com os sinais.
– Eles devem apresentar seus desenhos para a turma, explicando o significado dos sinais e como serão usados na comunicação.
Atividades sugeridas:
1. Dia 1 – Introdução à Libras (45 minutos): Apresentação breve, vídeos sobre Libras.
– *Objetivo:* Conhecer o tema.
– *Materiais:* Vídeo, cartões de sinais.
2. Dia 2 – Jogo da Memória (45 minutos): Aplicação do jogo para memorização.
– *Objetivo:* Praticar a memorização de sinais.
– *Materiais:* Cartões com sinais.
3. Dia 3 – Desenho dos Sinais (45 minutos): Desenho dos sinais em cartões.
– *Objetivo:* Criatividade ao expressar os sinais.
– *Materiais:* Cartões em branco, lápis, canetas.
4. Dia 4 – Criação de Histórias em Grupo (45 minutos): Criar histórias utilizando os sinais aprendidos.
– *Objetivo:* Aplicação e uso de Libras em comunicação.
– *Materiais:* Quadro para anotações, papel.
5. Dia 5 – Apresentação Final (45 minutos): Apresentação das histórias criadas.
– *Objetivo:* Reforçar o aprendizado e socialização.
– *Materiais:* Cartões e materiais de apoio.
Discussão em Grupo:
– Como foi jogar e aprender Libras através do jogo da memória?
– O que você aprendeu sobre a língua e a cultura surda?
Perguntas:
1. Por que a comunicação em Libras é importante?
2. Qual foi o sinal mais fácil ou mais difícil de lembrar?
3. Como você se sentiu ao aprender algo novo?
Avaliação:
– Observação da participação dos alunos durante as atividades e discussões.
– Avaliação do conhecimento adquirido na apresentação dos sinais.
– Realização de um breve teste escrito ou oral sobre os sinais utilizados em Libras.
Encerramento:
Concluir a aula destacando de forma positiva a importância da diversidade e da comunicação inclusiva, reforçando o que foi aprendido. Incentivar os alunos a continuarem se aprofundando na cultura surda e na prática de Libras.
Dicas:
– Incentive o uso de Libras no cotidiano da sala de aula.
– Mantenha um espaço aberto para perguntas e discussões sobre a comunidade surda.
– Utilize recursos audiovisuais para compor uma missão de aprendizagem mais rica.
Texto sobre o tema:
O Jogo da Memória é uma estratégia educativa que tem sido utilizada para diversos fins, incluindo o ensino de línguas. Quando se trata da Língua Brasileira de Sinais (Libras), ele se torna um recurso ainda mais eficiente. A inclusão deste jogo no processo de aprendizagem não só torna a experiência mais lúdica, como, também, facilita a fixação dos sinais. A interação dos alunos durante o jogo proporciona um ambiente seguro e envolvente, onde eles podem explorar e aprender com os colegas. Esta metodologia promove o desenvolvimento de habilidades sociais e linguísticas, essenciais na construção de uma sociedade mais inclusiva.
Ademais, ao jogar a memória, os alunos não apenas assimilam as informações visuais e auditivas, mas também exercitam a memória cognitiva, que é um aspecto mental fundamental no aprendizado. Por meio de jogos, é possível criar um clima de competição saudável, onde cada conquista se traduz em uma aprendizagem significativa. Este é um método que pode ser facilmente integrado ao cotidiano escolar, estimulando a curiosidade e o respeito pela diversidade cultural.
A implementação de atividades como o jogo da memória em Libras também prepara o terreno para futuras aprendizagens. Ao expandir a visão de mundo dos alunos, eles se tornam mais receptivos à inclusão e menos propensos a estigmatizar diferenças. A troca de conhecimentos e o reconhecimento de que todos têm algo a aprender e compartilhar são fundamentais para o processo de construção de uma sociedade que valoriza a diversidade. Com isso, o jogo da memória se transforma em uma potente ferramenta pedagógica que, além de ensinar um novo idioma, capacita crianças a se tornarem cidadãos mais empáticos e conscientes.
Desdobramentos do plano:
A continuidade deste plano pode se expandir para além do jogo, incluindo visitas e imersões na cultura surda, como palestras com intérpretes de Libras ou encontros com membros da comunidade surda. Esse tipo de atividade prática pode enriquecer ainda mais a compreensão da importância da Libras, desmistificando preconceitos e promovendo empatia. O engajamento com a cultura surda será uma extensão natural do aprendizado, promovendo mais oportunidades de interação e troca de experiências.
Além disso, a elaboração de um mural da memória na sala de aula, apresentando os sinais e suas imagens representativas, pode estimular um espaço permanente de aprendizado colaborativo. Os alunos poderão se referir a este mural sempre que necessário, reforçando a aprendizagem de Libras e incentivando consultas frequentes, o que pode auxiliar no processo de memorização. Essa prática se configura como um incentivo à pesquisa e à curiosidade.
Por fim, ao longo do ensino, integrar o uso de músicas e poemas em Libras nos próximos planejamentos de aula pode se revelar uma metodologia instigante e inovadora. Essa abordagem proporciona não apenas um aprimoramento na habilidade de leitura e interpretação mas também uma oportunidade de expressão artística, onde os alunos poderão vivenciar e interpretar a cultura surda de maneiras diversas.
Orientações finais sobre o plano:
É imprescindível que o professor esteja consciente da importância do ensino inclusivo e da diversidade cultural. A sensibilização sobre a Língua Brasileira de Sinais deve ser constante, promovendo sempre um ambiente que acolha e respeite a diferença. Os alunos precisam ser incentivados a expressar seus sentimentos diante do aprendizado e a compartilhar suas experiências em relação à cultura surda.
Além disso, recomenda-se a realização de formaturas de sinais e práticas em que os alunos possam utilizar efetivamente o que aprenderam em Libras em situações cotidianas. Essa prática ajuda não apenas no reforço dos conteúdos, mas também contribui para a formação de um coletivo respeitoso e empático. As recomendações devem ser contínuas, com foco no aprimoramento constante da metodologia, buscando sempre ouvir as vozes dos alunos e integrar suas opiniões sobre os métodos de ensino.
Por fim, ao encerrar as atividades, é importante reforçar a ideia de que a aprendizagem de uma nova língua, especialmente uma língua de sinais, é uma jornada que deve ser celebrada. Cada avanço, não importa quão pequeno, merece reconhecimento e encorajamento, criando um ciclo de aprendizagem em que todos se sintam valorizados e motivados a continuar aprendendo.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches: Utilizar fantoches para criar uma história que incorpore sinais em Libras. Isso ajuda o aluno a ver a aplicação prática da linguagem em um contexto divertido.
– *Objetivo:* Compreender Libras de forma prática.
– *Materiais:* Fantoches, espaço para apresentação.
– *Instruções:* Criar uma peça curta em grupo utilizando sinais.
2. Caça ao Tesouro em Libras: Criar um caça ao tesouro onde os alunos precisam encontrar objetos representados em Libras.
– *Objetivo:* Aprender sinais através da movimentação no espaço.
– *Materiais:* Cartões com sinais e objetos.
– *Instruções:* Esconder os objetos e dar dicas em Libras.
3. Desenho Coletivo: Promover uma atividade onde as crianças desenham o que aprenderam em Libras, e cada desenho faz parte de um mural.
– *Objetivo:* Fixar o aprendizado visualmente.
– *Materiais:* Papel, canetas, quadros.
– *Instruções:* Cada aluno é responsável por um sinal.
4. Música com Sinais: Escolher uma música que permita a utilização de sinais em Libras e organizar uma apresentação.
– *Objetivo:* Associar a música aos sinais em Libras para reforçar a memória.
– *Materiais:* Música em audio, letras da música.
– *Instruções:* Ensaiar em grupo para a apresentação.
5. Desafio de Sinais: Criar um desafio onde estudantes devem se comunicar apenas usando sinais para descrever objetos ou ações.
– *Objetivo:* Praticar a comunicação não verbal.
– *Materiais:* Cartões com palavras.
– *Instruções:* Um aluno apresenta o sinal enquanto os outros devem adivinhar.
Este plano de aula visa oferecer uma experiência rica e diversificada no aprendizado de Libras, utilizando o jogo da memória como meio para facilitar a compreensão e prática do idioma de forma lúdica.
