Plano de Aula: Interpretar diferentes representações para a localização de objetos no plano, como mapas, células em planilhas eletrônicas e coordenadas geográficas, a fim de desenvolver as primeiras noções de coordenadas cartesianas. (Ensino Fundamental 1) – 1º Ano
Este plano de aula foi elaborado com o objetivo de promover a interpretação e a localização de objetos no plano por meio de diversas representações cartográficas, como mapas, células em planilhas eletrônicas e coordenadas geográficas. Isso permitirá que os alunos desenvolvam as primeiras noções de coordenadas cartesianas, um conceito fundamental na Matemática, que será explorado de maneira lúdica e envolvente, de forma a atender à curiosidade e ao espírito investigativo das crianças nessa faixa etária.
Durante a aula, os alunos terão a oportunidade de explorar e analisar diferentes formas de representação de localização, entendendo como essas ferramentas podem ajudar a orientar-se no espaço. A proposta se alinha às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e busca não apenas apresentar conceitos matemáticos, mas também trabalhar habilidades de leitura, escrita e interação social no contexto escolar.
Tema: Localização de objetos no plano e introdução às coordenadas cartesianas
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 7 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a capacidade de interpretar diferentes representações de localização de objetos e introduzir os alunos ao conceito de coordenadas cartesianas.
Objetivos Específicos:
– Compreender a importância dos mapas e das representações para a localização de objetos.
– Identificar e utilizar termos como “direita”, “esquerda”, “acima” e “abaixo”.
– Compreender a ideia de coordenadas como uma forma de localização.
– Estimular a leitura e a interpretação crítica de representações gráficas.
– Promover a interação e colaboração entre os alunos durante as atividades.
Habilidades BNCC:
– (EF01MA11) Descrever a localização de pessoas e de objetos no espaço em relação à sua própria posição, utilizando termos como à direita, à esquerda, em frente, atrás.
– (EF01GE09) Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência.
Materiais Necessários:
– Cartolinas ou papel kraft
– Lápis de cor e canetinhas
– Régua
– Figuras diversas para identificação (mapas, planilhas, etc.)
– Recursos audiovisuais (se possível, projetor ou televisão)
Situações Problema:
– Como podemos encontrar um lugar, como a sala de aula, usando um mapa?
– Quais são os desafios que enfrentamos ao nos perdermos em um espaço desconhecido?
Contextualização:
Iniciar a aula apresentando aos alunos a ideia de mapas e como eles são utilizados no dia a dia. Questioná-los se já usaram algum mapa antes ou se conhecem algum lugar representado em algum tipo de gráfico. Esse momento buscará ativar as memórias e experiências pessoais, promovendo a construção coletiva do conhecimento.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao tema (10 minutos)
– Apresentar o conceito de mapas e coordenadas.
– Mostrar exemplos de mapas e suas funcionalidades, ressaltando como podem ajudar na navegação e na localização de objetos.
– Explorar visualmente diferentes tipos de mapas e planilhas, realizando uma leve comparação entre eles.
2. Atividade Prática (20 minutos)
– Dividir os alunos em grupos e fornecer materiais como cartolinas, figuras diversas e canetinhas.
– Cada grupo deve criar seu próprio mapa de um espaço conhecido (a sala de aula, a escola ou a casa), utilizando as representações das posições de objetos (escrivaninha, lousa, etc.).
– Os alunos devem usar termos de localização (direita, esquerda, em cima, embaixo) na construção do mapa.
3. Apresentação dos Mapas (10 minutos)
– Cada grupo apresenta seu mapinha, explicando como localizar determinados objetos e que coordenadas poderiam ser usadas se esse conceito fosse aplicado.
– O professor pode usar uma projeção para ilustrar essas ideias em um quadro.
4. Fechamento (10 minutos)
– Discutir com os alunos a importância do que aprenderam, perguntando como se sentiriam utilizando mapas em suas diversas formas no dia a dia, e como poderiam ajudar a encontrar lugares ou objetos.
Atividades sugeridas:
1. Atividade de Roteiro pelo Pátio da Escola
– Objetivo: Aplicar o conceito de localização em um ambiente real.
– Descrição: Mapear o pátio da escola, identificando locais importantes (banheiro, refeitório).
– Instruções: Fazer um passeio com os alunos e pedir para que eles apontem as direções de cada local em relação à sala de aula, utilizando coordenadas como referência.
– Materiais: Coleta de lugares, cartolina para o mapa.
2. Caça ao Tesouro
– Objetivo: Aprimorar a habilidade de localização.
– Descrição: Criar pistas que levem a diferentes locais dentro da sala ou escola.
– Instruções: As pistas devem utilizar termos espaciais e deverão ser lidas em equipe.
– Materiais: Pistas escritas e pequenos prêmios.
3. Desenho de uma Cidade na Cartolina
– Objetivo: Utilizar referências espaciais em um projeto artístico.
– Descrição: Os alunos devem desenhar uma cidade usando referências de “acima” e “abaixo”, “à direita” e “à esquerda”.
– Instruções: Usar referências e ajudá-los na escrita digital.
– Materiais: Lápis, canetinhas, cartolinas.
Discussão em Grupo:
– O que foi mais fácil ou mais difícil ao criar seus mapas?
– Como a utilização de referências nos ajudou durante nossas atividades?
Perguntas:
– O que é um mapa e para que serve?
– Que termos podemos usar para nos orientar no espaço?
– Como seria usar coordenadas em um mapa?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua e formativa, observando a participação dos alunos nas atividades, a qualidade dos mapas criados e a capacidade de trabalhar em grupo. Questionários informais também podem ser utilizados ao final da aula para verificar o entendimento sobre as noções de coordenadas e localizações.
Encerramento:
Reforçar a importância de entender como nos localizamos no espaço e como isso nos ajuda no dia a dia. Destacar a possibilidade de utilizar mapas de várias formas e como eles são úteis, também propondo que, nas próximas aulas, essa abordagem possa ser ampliada com novas atividades.
Dicas:
– Sempre que possível, traga exemplos do cotidiano que ajudem a ilustrar os conceitos abordados.
– Mantenha um ambiente de aula colaborativo e incentivador.
– Use recursos audiovisuais para auxiliar na explicação dos conceitos.
Texto sobre o tema:
A localização é uma habilidade essencial que desenvolvemos ao longo da vida, e entender as representações do espaço é fundamental para a nossa navegação no mundo. Por meio de mapas e coordenadas, somos capazes de descrever e encontrar locais específicos, não apenas respeitando a ordem espacial, mas também compreendendo a lógica que está por trás dessas representações. Usamos mapas desde a nossa infância para brincar, descobrir e aprender. Cada vez que seguimos um caminho, que olhamos para a prevalência de uma função espaços, estamos, na verdade, exercitando essa habilidade que nos conecta com o mundo à nossa volta.
No ambiente da sala de aula, incentivar os alunos a criar seus próprios mapas ou utilizar representações gráficas de objetos ao seu redor permite que eles concebam um novo olhar sobre o espaço que habitam. As referências que utilizamos – para cima, para baixo, à esquerda, à direita – nos ajudam a transformar o ensino em uma experiência prática e significativa. No caso das coordenadas cartesianas, por exemplo, ao trabalhar construindo seus mapas, os alunos passam a compreender que a localização é muito mais do que uma posição, é também um elemento cultural, social e, acima de tudo, uma habilidade de sobrevivência em um mundo cada vez mais mediado por tecnologias.
Ao se deparar com um mapa, a apreciação dos elementos colocados e a sua disposição torna a experiência enriquecedora, pois conecta o aprendizado à prática diária dos alunos. Sua aplicação é valiosa desde as dinâmicas em sala de aula até situações cotidianas fora do ambiente escolar. A possibilidade de traduzir o espaço em uma linguagem gráfica para facilitar a compreensão é um convite que fazemos a todos os alunos para que possam ver o mundo com outros olhos.
Desdobramentos do plano:
Utilizar o conhecimento adquirido sobre localização e mapas em aulas futuras pode abrir portas para diversos conteúdos interdisciplinares. Por exemplo, as habilidades em leitura e interpretação de mapas podem ser atreladas a conceitos de Geografia, onde os alunos poderão explorar a diversidade de ambientes, características e a importância do espaço geográfico em suas vidas cotidianas. Além disso, associar as coordenadas em um contexto mais amplo pode proporcionar uma introdução ao conceito de gráficos em Matemática, onde eles aprenderão a representar dados de forma visual, um conhecimento que será fundamental ao longo de suas vidas acadêmicas.
Outro desdobramento pode ser o envolvimento das famílias nas atividades, incentivando os alunos a explorarem o bairro em que vivem. Esse exercício pode resultar em aprendizagens significativas, colocando os alunos como protagonistas da criação de um mapa do bairro, onde eles representarão características importantes — locais de interesse, os melhores caminhos para a escola e também vencerão o medo de se aventurarem fora da sala de aula, ampliando o zenital do aprendizado.
Por fim, este plano pode ser ampliado para realizar um projeto em que juntos, alunos e professores, construam uma exposição com mapas fabricados pelos estudantes e relatórios sobre o significado de cada lugar representado. Ao compartilhar isso com a comunidade escolar, as crianças não apenas conquistarão respeito por seu trabalho, mas também aprenderão a expressar suas ideias e vivências, promovendo uma cultura de coletividade e aprendizado mútuo.
Orientações finais sobre o plano:
Ao planejar estas atividades, é essencial que o professor tome a iniciativa de monitorar e orientar o trabalho dos grupos. Uma observação cuidadosa das dinâmicas poderá oferecer insights valiosos sobre o envolvimento e as dificuldades dos alunos, bem como sobre as interações entre eles. A adaptação das atividades para diferentes ritmos e estilos de aprendizagem é fundamental, garantindo que cada aluno tenha sua experiência de aprendizado respeitada e valorizada.
Reforçar constantemente os conceitos que estão sendo trabalhados e sempre estar aberto a questionamentos e novas ideias contribuirá para um ambiente de aprendizado dinâmico e inclusivo. A comunicação com os alunos precisa ser clara e encorajadora, para que se sintam à vontade para explorar e aprender dentro das atividades propostas.
Por último, é relevante lembrar que o ensino da Matemática, em especial, deve ser sempre divertido e prazeroso. As atividades lúdicas e práticas servirão para sustentar o interesse e a curiosidade das crianças, sendo um dos principais fatores na construção de seus conhecimentos futuros. Portanto, criar um espaço no qual se celebrem as conquistas e se celebrem os erros como parte do processo de aprendizado é uma peça-chave para o sucesso deste plano de aula.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo das Coordenadas
– Objetivo: Familiarizar as crianças com o conceito de coordenadas.
– Descrição: Um jogo em que as crianças devem encontrar objetos ou locais da sala de aula que estão “escondidos” em coordenadas indicadas por um colega.
– Materiais: Fichas com coordenadas e objetos pequenos escondidos em local pré-determinado.
2. Criação de Mapas do Tesouro
– Objetivo: Aplicar o conceito de criação de mapas em um contexto divertido.
– Descrição: Cada aluno cria um mapa do tesouro com pistas para encontrar um “tesouro” escondido.
– Materiais: Papel para mapeamento, lápis, tesoura e pequeno prêmio.
3. Caça aos Objetivos
– Objetivo: Utilizar referencial durante a movimentação no espaço escolar.
– Descrição: Os alunos devem se mover por diferentes áreas da escola seguindo pistas que indicam a localização de determinados objetos ou locais.
– Materiais: Pistas escritas e localização de objetos.
4. Caminho de Letras
– Objetivo: Trabalhar a leitura e interpretação espacial.
– Descrição: O professor cria um caminho com letras ao longo da sala, onde os alunos devem ordenar as letras para formar palavras e descrever a posição dessas letras no espaço.
– Materiais: Letras de papel, fita adesiva e gredes para marcação.
5. Jogando com Mapas
– Objetivo: Integrar a prática dos mapas com outras disciplinas.
– Descrição: Os alunos devem desenhar a planta da sala de aula e colocar etiquetas com nomes dos lugares e objetos, utilizando as direções.
– Materiais: Cartolinas, canetas e etiquetas.
Estes recursos lúdicos servem para reforçar a aprendizagem de forma diversificada, estimulando a criatividade e o envolvimento dos alunos com o conteúdo.