“Plano de Aula Inclusiva: Entendendo o TEA no 7º Ano”

A criação de um plano de aula para o 7º ano do Ensino Fundamental, com foco em Educação Especial e a abordagem de Transtorno do Espectro Autista (TEA), envolve uma reflexão cuidadosa sobre estratégias que promovam a inclusão, a acessibilidade e o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas dos alunos. Esta aula, que será desenvolvida em 30 minutos, busca não apenas compreender as características do TEA, mas também promover uma integração saudável entre todos os estudantes.

Tema: Educação Especial e Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Duração: 30 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 10 anos

Objetivo Geral:

Proporcionar aos alunos uma compreensão básica sobre o TEA, promovendo a empatia e a inclusão no ambiente escolar, além de desenvolver habilidades sociais de respeito e aceitação das diferenças.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Compreender o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
– Refletir sobre como as pessoas com TEA percebem o mundo à sua volta.
– Desenvolver atividades que incentivem a cooperação e a colaboração entre todos os alunos.
– Identificar e discutir as emoções relacionadas à inclusão e ao respeito pelas diferenças.

Habilidades BNCC:

– (EF07LP10) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: modos e tempos verbais, concordância nominal e verbal, pontuação etc.
– (EF07LP29) Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala e indicações cênicas e a organização do texto: enredo, conflitos, ideias principais, pontos de vista, universos de referência.
– (EF07LP33) Pontuar textos adequadamente, respeitando as normas da língua.

Materiais Necessários:

– Quadro branco e marcadores.
– Folhas de papel colorido.
– Canetas hidrográficas ou lápis de cor.
– Material didático sobre TEA.
– Cartazes que ilustrem as diferentes emoções.
– Recursos audiovisuais (se disponível).

Situações Problema:

– Como reagir e ajudar um amigo que apresenta características do TEA?
– Quais são as emoções que sobressaem em situações de inclusão e exclusão?

Contextualização:

A inclusão de alunos com TEA é uma parte essencial da formação para o desenvolvimento de um ambiente escolar que valoriza a diversidade. Por meio da compreensão do que é o TEA e dos desafios enfrentados por esses alunos, os estudantes podem aprender a importância do respeito mútuo e da empatia, desenvolvendo suas habilidades sociais em um ambiente que reconhece e valoriza a diferença.

Desenvolvimento:

1. Introdução ao Tema (10 minutos)
Inicie a aula propondo que os alunos compartilhem o que sabem ou já ouviram falar sobre o TEA. Conduza a discussão, apresentando dados e informações relevantes sobre o transtorno, inclusive exemplos de como pode se manifestar nas interações diárias.

2. Atividade de Reflexão (10 minutos)
Peça aos alunos para desenhar uma situação em que uma pessoa com TEA pode estar, como no recreio ou na sala de aula. Em seguida, solicite que desenhem suas reações a essa situação, focando em como poderiam ajudar ou compreender melhor essa pessoa.

3. Discussão em Grupo (10 minutos)
Organize os alunos em pequenos grupos e forneça uma folha de papel em branco para cada grupo. Cada grupo deve discutir suas representações e coletar ideias sobre como promover um ambiente mais inclusivo para pessoas com TEA na escola.

Atividades sugeridas:

Dia 1: Introdução ao TEA
Objetivo: Conhecer as características do TEA.
Descrição: Discussão aberta, onde os alunos compartilham o que sabem.
Material: Folhas com informações.
Adaptação: Use recursos visuais para alunos com dificuldades de atenção.

Dia 2: Crenças e Mitos
Objetivo: Identificar crenças comuns e mitos sobre o TEA.
Descrição: Dinâmica em grupo onde os alunos escrevem crenças em post-its e, em seguida, discutem sua veracidade.
Material: Post-its, canetas.
Adaptação: Oferecer suporte individual aos alunos que necessitam.

Dia 3: Emoções
Objetivo: Discutir emoções no contexto da inclusão.
Descrição: Cada aluno desenha uma emoção e compartilha por que escolheu aquela emoção.
Material: Papel, giz de cera.
Adaptação: Usar cartas de emoções para ajudar alunos com dificuldade em expressar sentimentos.

Dia 4: Criando um Cartaz
Objetivo: Criação de um cartaz sobre inclusão.
Descrição: Os grupos criam cartazes ilustrativos incentivando a inclusão.
Material: Cartolina, canetas, revistas para recortes.
Adaptação: Permitir que alguns alunos utilizem materiais digitais para criar.

Dia 5: Reflexão Final
Objetivo: Reflexão sobre a semana.
Descrição: Os alunos escrevem em uma folha como podem ajudar alunos com TEA.
Material: Papel, canetas.
Adaptação: Para alunos com dificuldade na escrita, oferecer opções de gravação em áudio.

Discussão em Grupo:

Após a apresentação dos cartazes, promova uma discussão em grupo sobre as diversas maneiras de ajudar e apoiar as pessoas com TEA. Pergunte como se sentiram e como suas percepções do transtorno mudaram.

Perguntas:

– O que você aprendeu sobre o TEA que não sabia antes?
– Como você se sente ao falar sobre inclusão?
– Quais ações você pode realizar para promover a empatia e o respeito?

Avaliação:

A avaliação será contínua, observando a participação dos alunos nas atividades propostas, suas contribuições nas discussões em grupo e a elaboração de seus cartazes. O professor pode avaliar se os alunos demonstram uma melhor compreensão sobre o TEA e mostram vontade em contribuir para um ambiente inclusivo.

Encerramento:

Finalizar a aula relembrando os conceitos discutidos, enfatizando a importância da empatia e do respeito às diferenças. Convidar os alunos a praticar a inclusão não apenas na escola, mas em todas as interações do dia a dia.

Dicas:

– Utilize uma linguagem simples e acessível durante a explicação.
– Promova um ambiente acolhedor onde todos se sintam seguros para se expressar.
– Esteja atento às reações dos alunos, oferecendo suporte emocional quando necessário.

Texto sobre o tema:

A educação inclusiva é um conceito transformador que busca a integração de alunos com diferentes capacidades e necessidades especiais em um mesmo ambiente de aprendizagem. Ao falar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), é crucial entender que esse transtorno se manifesta de diversas maneiras, afetando a forma como uma pessoa interage, comunica e aprende. Muitas vezes, os alunos que apresentam TEA enfrentam barreiras na comunicação e na socialização, o que pode torná-los vulneráveis a situações de exclusão.

Promover a consciência e o entendimento sobre o TEA é o primeiro passo para criar um ambiente escolar que respeite a diversidade e faça com que todos se sintam pertencentes. Esta abordagem não apenas ajuda os alunos com TEA, mas enriquece a experiência de todos, promovendo a tolerância, a solidariedade e um aprendizado significativo. O respeito às diferenças e a empatia devem ser cultivados diariamente, e as atividades da sala de aula desempenham um papel vital na formação destes valores.

A interação entre alunos com e sem TEA pode levar a uma compreensão mútua e à eliminação de preconceitos, criando um ciclo de aprendizagem no qual todos se beneficiam. Nas atividades educacionais, é importante que cada aluno tenha a oportunidade de expressar suas ideias e se sentir valorizado, sabendo que tem um lugar no grupo. A inclusão deve ir além das palavras e se materializar em ações concretas que promovam a dignidade e os direitos de todos os cidadãos, independentemente de suas particularidades.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula desenvolvido pode ter vários desdobramentos que enriquecem a formação dos alunos na perspectiva da inclusão. Primeiramente, é possível realizar parcerias com instituições especializadas em educação inclusiva, promovendo palestras e workshops que aprofundem o conhecimento sobre o TEA e suas implicações na educação. Esta interatividade pode trazer novas experiências, permitindo que os alunos aprendam diretamente com profissionais que lidam com essas questões no dia a dia, reforçando a importância do aprendizado prático.

Outra possibilidade é o envolvimento da comunidade escolar em atividades de conscientização, como campanhas de arrecadação de materiais e recursos para instituições que atendem pessoas com TEA. O envolvimento ativo dos alunos em projetos sociais pode não apenas disseminar informações importantes sobre o transtorno, mas também fomentar um senso de responsabilidade social e cidadania. As ações coletivas fortalecem os vínculos de amizade e respeito entre os alunos, além de educá-los sobre a importância da solidariedade.

Por fim, o plano pode ser implementado como um projeto contínuo, onde os alunos terão a oportunidade de desenvolver novas atividades ao longo do ano letivo. Por meio de revisitações sobre o tema e elaboração de novos projetos voltados à inclusão, será possível criar um ambiente escolar ainda mais inclusivo e colaborativo, onde cada aluno se sinta responsável e ativo nas práticas de respeito às diferenças, criando uma cultura de empatia indelével na escola.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o professor mantenha uma postura aberta e acolhedora durante todo o desenvolvimento do plano de aula. A inclusão não deve ser vista apenas como uma responsabilidade educacional, mas como uma oportunidade de construir um ambiente escolar mais justo e diverso. Todo o conteúdo abordado deve ser exposto com cuidado, garantindo que as informações sejam bem compreendidas e internalizadas.

Além disso, o professor deve estar sempre atento às particularidades de cada aluno, realizando intervenções e adaptações necessárias para que todos possam participar ativamente das atividades. A comunicação clara e a escuta ativa são ferramentas fundamentais para que se estabeleça um diálogoaterno e construtivo, preparando os alunos para serem cidadãos mais integrados e respeitosos.

Por último, o professor deve fomentar a reflexão contínua sobre as ações e sentimentos dos alunos em relação ao tema do TEA. Propor momentos de diálogo e compartilhar experiências pode gerar um ambiente de segurança emocional que beneficiará a todos e possibilitará o fortalecimento do respeito às diferenças, gerando um ciclo de inclusão que vai além da sala de aula.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Jogos de Empatia:
Objetivo: Desenvolver a compreensão das emoções.
Descrição: Os alunos jogam um jogo de cartas onde cada carta representa uma emoção. Ao tirar uma carta, o aluno deve dramatizar como se sente, enquanto os colegas tentam adivinhar a emoção.
Material: Cartas de emoções.
Adaptação: Fornecer emojis ou desenhos para alunos que têm dificuldade em identificar emoções.

Teatro de Fantoches:
Objetivo: Apresentar situações de inclusão.
Descrição: Os alunos criam pequenas peças usando fantoches, mostrando situações onde a inclusão é fundamental, e como lidar com o TEA.
Material: Fantoches ou materiais para criar, como meias e papelão.
Adaptação: Alunos podem usar fantoches prontos para facilitar a participação.

Caça ao Tesouro Sensível:
Objetivo: Explorar percepções sensoriais.
Descrição: Organizar uma caça ao tesouro onde alunos devem desvendar pistas sensoriais (toque, som, cheiro) para encontrar o tesouro final, promovendo a colaboração.
Material: Objetos que produzem diferentes texturas e sons.
Adaptação: Alunos que têm hipersensibilidade aos estímulos podem ter alternativas mais suaves para a participação.

Jogo das Diferenças:
Objetivo: Reconhecer diferenças de maneira lúdica.
Descrição: Os alunos observam duas imagens parecidas com pequenas diferenças e devem encontrar o que é diferente, discutindo a importância da diversidade.
Material: Imagens impressas.
Adaptação: Importante respeitar os tempos de cada aluno na tarefa.

Círculo de Empatia:
Objetivo: Construir respeito.
Descrição: Os alunos se sentam em círculo e expressam algo positivo sobre um colega, promovendo um ambiente de apoio e respeito à diversidade.
Material: Nenhum.
Adaptação: Incentivar cada aluno a falar em seu próprio ritmo, respeitando suas limitações.

Este plano de aula visa construir um espaço onde todos os alunos possam aprender uns com os outros, desenvolvendo habilidades sociais que irão acompanhá-los ao longo da vida e promovendo um ambiente escolar verdadeiramente inclusivo.

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