Plano de Aula: Inclusão Setembro Verde – 6º Ano

A proposta deste plano de aula visa abordar de forma crítica e reflexiva o tema da inclusão, especialmente através das iniciativas do setembro verde. Este mês é simbolicamente dedicado ao incentivo da inclusão social, especialmente no que diz respeito à paralisia cerebral. A aula é elaborada para que os alunos desenvolvam uma compreensão mais profunda sobre a importância de criar um ambiente inclusivo, onde cada indivíduo é respeitado e valorizado por suas singularidades.

Neste contexto, a proposta vai além de meramente transmitir informações, promovendo um debate enriquecedor e interdisciplinar, que envolve não só o ensino de conteúdos, mas também a formação de atitudes cidadãs. Os alunos estarão imersos em um ambiente de aprendizado que envolve diferentes práticas pedagógicas, estimulando a expressão, a empatia e a criatividade. Este plano está alinhado com as habilidades específicas do ensino fundamental 2, considerando o 6º ano e abordando de forma concreta o tema de inclusão.

Tema: Inclusão Setembro Verde
Duração: 3 horas
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 12 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a reflexão crítica sobre a inclusão na sociedade contemporânea, ressaltando a responsabilidade de cada indivíduo em contribuir para um ambiente inclusivo, com ênfase nas crianças com paralisia cerebral, e a importância do movimento de conscientização do setembro verde.

Objetivos Específicos:

– Compreender o significado e a importância do setembro verde.
– Discutir como as escolas podem se tornar espaços mais inclusivos para crianças com paralisia cerebral.
– Desenvolver um projeto prático de inclusão, refletindo as ideias discutidas em sala.
– Analisar diferentes fontes de informações sobre o tema, com ênfase em textos argumentativos.

Habilidades BNCC:

(EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade em textos sobre inclusão e paralisia cerebral.
(EF06LP11) Utilizar, ao produzir textos, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância e regras ortográficas, com foco na produção de textos sobre inclusão.
(EF67LP05) Identificar e avaliar opiniões e argumentos em textos sobre inclusão e paralisia cerebral.
(EF67LP19) Realizar levantamentos de problemas que requeiram a inclusão de todos os alunos na escola e examinar normas e legislações específicas sobre inclusão.

Materiais Necessários:

– Projetor e computador com acesso à internet.
– Textos e artigos sobre inclusão e paralisia cerebral.
– Lousa e marcadores.
– Materiais de papelaria (papel, canetas, post-its).
– Fichas de leitura e produção textual.
– Excertos de reportagens jornalísticas sobre o tema.
– Materiais para o projeto prático (materiais de arte e decoração).

Situações Problema:

– Como podemos tornar nossa escola mais inclusiva para todos?
– Quais desafios enfrentam as crianças com paralisia cerebral no cotidiano escolar?
– Que ações concretas podemos desenvolver como turma para promover a inclusão na nossa comunidade?

Contextualização:

Iniciar a aula apresentando um vídeo informativo sobre o setembro verde e a paralisia cerebral, abordando a atual situação de inclusão no Brasil. A partir do vídeo, abrir um espaço para debate sobre o que as crianças aprenderam e como se sentiram ao assistir. Neste momento, procurar relacionar o tema com vivências pessoais dos alunos e suas percepções sobre a inclusão.

Desenvolvimento:

1. Introdução ao tema (30 minutos):
– Assistir ao vídeo sobre setembro verde e paralisia cerebral.
– Discussão em grupo sobre as principais ideias abordadas no vídeo.

2. Leitura e análise de textos (30 minutos):
– Distribuição de textos sobre inclusão e paralisia cerebral.
– Análise das concepções de inclusão presentes nos textos, destacando a parte que fala sobre os desafios e soluções.

3. Produção de texto (30 minutos):
– Os alunos devem escrever um pequeno artigo ou carta sobre a importância da inclusão, utilizando os conhecimentos adquiridos durante as leituras e discussões.

4. Divisão em grupos para o projeto prático (1 hora):
– Criação de grupos para desenvolver um projeto visando a inclusão. Sugestões podem incluir: a elaboração de campanhas informativas, cartazes, ou atividades para promover a inclusão dentro da escola.
– Cada grupo deverá apresentar suas ideias e o material produzido.

5. Apresentação e discussão (30 minutos):
– Realização de uma apresentação em que cada grupo compartilha seu projeto e discute as ações que consideram mais importantes para promover a inclusão.
– Propostas de melhorias a partir do feedback dos colegas.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de pesquisa:
– Os alunos devem pesquisar por duas horas sobre o que é a paralisia cerebral, coletando dados e informações de diversas fontes, destacando os principais desafios e formas de superação.

2. Criação de cartazes:
– Cada grupo deverá criar um cartaz informativo sobre a paralisia cerebral e a importância da inclusão. O cartaz deve conter informações, dados e propostas que, em conjunto, agreguem valor à comunicação visual.

3. Debate em sala:
– Promova um debate sobre o que a inclusão significa para cada aluno. Pergunte como eles se sentiriam se fossem colocados em situações de exclusão e como isso poderia ser combatido.

4. Teatro de fantoches:
– Implementar uma atividade lúdica em que os alunos desenvolverão fantoches representando diferentes personagens, trazendo à tona a importância da inclusão na vivência escolar.

5. Dia da Inclusão:
– Organizar um evento ao final da semana com palestras, workshops e atividades recreativas que promovam a inclusão de maneira prática, todos na escola sendo convidados a participar.

Discussão em Grupo:

Na conclusão do desenvolvimento de conteúdos, a turma poderá discutir:
– O que aprenderam sobre o tema da inclusão?
– De que forma se sentiram ao discutir e trabalhar em grupo?
– Quais novas perspectivas têm sobre a paralisia cerebral?

Perguntas:

– O que mais chamou sua atenção sobre o setembro verde?
– Quais são os principais desafios enfrentados por crianças com paralisia cerebral?
– Como podemos garantir que todos se sintam respeitados nas nossas interações diárias?

Avaliação:

A avaliação será feita através da observação da participação dos alunos nas atividades propostas, a qualidade das discussões em grupo, a pertinência e a clareza dos textos produzidos, bem como a criatividade nos projetos desenvolvidos.

Encerramento:

Para finalizar, os alunos poderão compartilhar o que mais aprenderam e como pretendem aplicar esse aprendizado em suas vidas diárias. Isso ajudará no fechamento da discussão e garante que cada um leve o tema da inclusão para seu cotidiano.

Dicas:

– Incentive os alunos a refletirem sobre suas atitudes diárias em relação aos outros.
– Use metáforas visuais e jogos para abordar questões de inclusão de forma acessível.
– Disponibilize materiais complementares, como livros e vídeos, que abordem a inclusão com sensibilidade e profundidade.

Texto sobre o tema:

O setembro verde é um mês significativo para a conscientização acerca da inclusão e dos direitos das pessoas com paralisia cerebral. A paralisia cerebral é um conjunto de desordens do desenvolvimento motor que ocorrem antes, durante ou logo após o nascimento e que afetam a capacidade de movimento e controle do corpo, geralmente resultando em dificuldades motoras que podem ser leves ou severas. A inclusão dessas crianças em ambientes escolares e sociais é de extrema importância não apenas para a formação de uma sociedade mais justa, mas também para assegurar que os direitos fundamentais destes indivíduos sejam respeitados.

A escola deve ser um espaço inclusivo, onde todas as crianças, independentemente de suas condições, possam aprender e se desenvolver em um ambiente que valoriza suas particularidades. Para que isso ocorra, é fundamental que a equipe educacional esteja preparada para receber e incluir os alunos com paralisia cerebral, adaptando metodologias e práticas pedagógicas que favoreçam a participação e o aprendizado de todos.

Os resultados da inclusão são positivos e abrangentes. Além dos benefícios diretos para as crianças com deficiência, a inclusão traz vantagens para toda a comunidade escolar, promovendo empatia, solidariedade e uma convivência mais respeitosa. Por meio de atividades coletivas, debates e projetos de inclusão, alunos são incentivados a reconhecer e valorizar diferenças, desenvolvendo habilidades sociais essenciais.

Desdobramentos do plano:

A proposta do plano de aula para o mês de setembro verde pode gerar importantes desdobramentos, como a sensibilização da comunidade escolar sobre a inclusão de pessoas com deficiência. Estratégias de inclusão podem ser pensadas não só para a sala de aula, mas para todos os espaços da escola. A discussão sobre a paralisia cerebral vai além do ambiente escolar, podendo pautar eventos fora da escola, envolvendo pais e responsáveis em seminários ou palestras que explorem o tema da inclusão.

Outro aspecto importante é a potencialidade de criar um grupo de estudo ou uma comissão de inclusão na escola que se dedique a implementar práticas inclusivas. Isso pode servir como um exemplo de engajamento dentro da comunidade escolar e inspirar outras escolas a adotarem a mesma postura. Por fim, a possibilidade de transformar a percepção dos alunos sobre a inclusão e a diversidade é um dos maiores legados que essa atividade pode deixar para a educação.

Orientações finais sobre o plano:

É necessário que a inclusão não seja vista como uma tarefa a ser cumprida, mas sim como uma atitude que deve ser naturalizada pelas crianças e jovens. Os educadores têm um papel crucial nesse processo, na medida em que devem ser agentes facilitadores dessa mudança de pensamento e comportamento. Isso significa que os alunos, além de serem educados para respeitar as diferenças, devem ser também motivados a se posicionar e agir em prol da inclusão, toando não apenas para si, mas também para aqueles que os cercam.

É importante também que o diálogo sobre inclusão continue após setembro. O conhecimento adquirido deve ser explorado com constância, sendo um ponto de partida para temas variados e interdisciplinares, que possibilitem a formação de cidadãos críticos e engajados na luta por um mundo mais inclusivo. Assim, todo o potencial educativo deste tema pode realmente se transformar em um valor compartilhado entre alunos, educadores e a sociedade como um todo.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Bonecos: Criar uma apresentação onde os alunos interpretam diferentes cenários de inclusão e exclusão, usando fantoches. O objetivo é que discutam as ações de inclusão de maneira lúdica e informativa.

2. Construindo a Rede da Inclusão: Utilizando uma grande fita adesiva, montar uma “teia” na sala onde cada aluno coloca um post-it com uma ação que poderia tomar para promover a inclusão.

3. Desafio da Empatia: Organizar um circuito em que os alunos realizem atividades que simulem as dificuldades que as pessoas com paralisia cerebral podem enfrentar, visando fomentar a empatia.

4. Pintura e Arte Coletiva: Propor uma atividade de pintura em que cada aluno deve trabalhar em conjunto para criar uma grande obra que represente a inclusão. Discutir o que cada cor e forma representa em termos da diversidade.

5. Dia do Amigo: Promover um dia onde os alunos se tornam “amigos” de alguém que gostaria de conhecer melhor, independentemente de sua condição. Isso pode aproximá-los e fomentar a diversidade como parte do cotidiano.

Este plano de aula é uma proposta flexível, que pode ser adaptada conforme as necessidades e realidades da turma. O importante é garantir que todos os alunos possam ter voz nesse processo, promovendo assim uma educação verdadeiramente inclusiva e consciente.


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