Plano de Aula: Identificar-se e reconhecer-se como um sujeito no seu cotidiano e integrante de um espaço vivenciado. (Ensino Fundamental 1) – 1º Ano

Este plano de aula foi desenvolvido para promover o reconhecimento e a identificação dos alunos como sujeitos ativos nos espaços em que vivem, relacionando-se com a sua comunidade e reconhecendo sua própria identidade. Ao abordar o tema de “Identificar-se e reconhecer-se como um sujeito no seu cotidiano e integrante de um espaço vivenciado”, o plano busca criar um ambiente onde as crianças possam refletir sobre suas experiências, respeitando e valorizando suas particularidades e as dos colegas.

Uma metodologia lúdica e interativa será aplicada para garantir que os alunos desenvolvam sua compreensão sobre esse autoconhecimento e a relação com o espaço que ocupam. A proposta inclui atividades que incentivam a colaboração e a troca de experiências, favorecendo um aprendizado significativo através da observação do cotidiano em conjunto com os colegas e sobre os lugares que frequentam. A importância do reconhecimento da individualidade em um contexto coletivo será um dos focos centrais desta aula.

Tema: Identificar-se e reconhecer-se como um sujeito no seu cotidiano e integrante de um espaço vivenciado.
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 7 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover o reconhecimento da identidade individual e coletiva dos alunos, explorando a relação com seus espaços de vivência e sua comunidade, por meio de atividades que integrem o autoconhecimento e a cooperação.

Objetivos Específicos:

1. Entender o que significa ser parte de uma comunidade, reconhecendo seus próprios sentimentos e emoções.
2. Identificar e valorizar as semelhanças e diferenças entre os colegas e suas próprias histórias.
3. Desenvolver habilidades de comunicação ao compartilhar experiências sobre seus cotidianos.
4. Promover a reflexão individual e coletiva sobre a convivência em ambiente escolar e comunitário.

Habilidades BNCC:

(EF01HI01) Identificar aspectos do seu crescimento por meio do registro das lembranças particulares ou de lembranças dos membros de sua família e/ou de sua comunidade.
(EF01HI02) Identificar a relação entre as suas histórias e as histórias de sua família e de sua comunidade.
(EF01GE01) Descrever características observadas de seus lugares de vivência (moradia, escola etc.) e identificar semelhanças e diferenças entre esses lugares.
(EF01ER01) Identificar e acolher as semelhanças e diferenças entre o eu, o outro e o nós.

Materiais Necessários:

– Folhas de papel em branco
– Lápis de cor, canetinhas e tintas
– Fotos印adas de diferentes lugares da escola e da comunidade
– Cartolina
– Fita adesiva
– Post-its

Situações Problema:

– Como você se sente em relação aos espaços que frequenta?
– Quais são as partes da sua vida cotidiana que você mais gosta e por quê?
– O que te faz sentir parte da sua comunidade?

Contextualização:

Iniciar a aula com um momento de reflexão onde os alunos serão convidados a compartilhar brevemente sobre um lugar que consideram especial em sua vida, seja em casa, na escola ou na comunidade. Esse compartilhamento formará a base para discussões mais aprofundadas sobre a identidade e a comunidade. Discutir com os alunos a ideia de que todos têm histórias e lugares que os definem, criando um ambiente saudável para a troca de experiências e sentimentos.

Desenvolvimento:

1. Roda de Conversa (10 minutos)
Iniciar a aula com uma roda de conversa onde cada aluno compartilha sobre o que lhe faz sentir parte de um lugar (ex: casa, escola, parque). O professor pode guiar a conversa, fazendo perguntas abertas e garantindo que todos tenham oportunidade de falar.

2. Atividade de Desenho (15 minutos)
Os alunos receberão folhas de papel em branco e deverão desenhar um espaço que considerem importante. Após finalizar, cada aluno apresentará seu desenho para a turma e explicará a importância daquele lugar para eles. Essa prática reforça a habilidade de comunicação e compartilhamento de emoções.

3. Montagem do Mural: (15 minutos)
Com os desenhos prontos, o professor irá criar um mural na sala de aula. Os alunos poderão utilizar fotos variadas, além dos próprios desenhos, para ilustrar cada espaço que discutiram. Conversar sobre as semelhanças e as diferenças entre os lugares que eles representantes e o que isso significa para a convivência em comunidade.

4. Dinâmica de Concordância e Divergência (10 minutos)
Para encerrar a aula, os alunos terão que mover-se pela sala. Ao levantar um post-it com uma palavra como “gosto”, eles se posicionarão de um lado da sala; ao levantar um post-it com “não gosto”, ficarão do outro lado. Essa dinâmica permitirá que reconheçam como, mesmo em sentimentos e impressões, a individualidade é importante dentro da coletividade.

Atividades sugeridas:

1. Escrevendo uma História:
Objetivo: Criar uma narrativa sobre um dia especial na escola.
– Os alunos, em duplas, descreverão oralmente um dia especial que viveram na escola. O professor irá anotar com a ajuda deles.
– O texto será lido por toda a sala e exposto no mural.
– Sugestões de materiais: papel, lápis, caneta.

2. Criação de um Livro Coletivo:
Objetivo: Produzir um livro com as histórias dos alunos.
– A cada semana, um aluno será convidado a trazer uma história sobre o seu lugar preferido.
– Essas histórias serão transcritas e ilustradas.
– Ao final do mês, o livro será apresentado em uma pequena roda de leitura.

3. Visita ao Espaço Verde:
Objetivo: Observar e descrever o espaço natural da escola.
– Fazer uma visita ao pátio ou a um parque próximo, onde os alunos podem observar o que há ao redor.
– Pedir que façam anotações e desenhos sobre o que viram.
– Essa atividade promove a conexão com a comunidade e a natureza.

Discussão em Grupo:

Promover um debate sobre a importância de reconhecer e valorizar a individualidade em um ambiente comunitário. O que cada um aprende ao escutar as histórias dos colegas? Como as características de cada um contribuem para uma convivência harmônica?

Perguntas:

– O que significa ser parte da nossa comunidade?
– Como as experiências de cada um podem enriquecer as nossas?
– O que você aprendeu sobre seus colegas hoje?

Avaliação:

A avaliação será baseada na participação dos alunos nas atividades propostas, na interação durante as conversas e na sinceridade ao expressar sentimentos e experiências. O professor avaliará também a criatividade nos desenhos e na produção coletiva, refletindo sobre a qualidade do trabalho em equipe e a capacidade de escuta ativa.

Encerramento:

Finalizar a aula agradecendo a participação dos alunos e reforçando que cada um é único. Destacar a importância de respeitar e conhecer o espaço onde vivem e a contribuição de cada um para a construção de uma comunidade saudável e solidária.

Dicas:

1. Manter um espaço acolhedor: A disposição dos alunos em roda e o ambiente afetivo facilitam a expressão de sentimentos.
2. Fomentar a escuta ativa: Incentivar que os alunos prestem atenção ao que os colegas compartilham, incentivando o respeito e a empatia.
3. Adotar uma linguagem positiva: Utilizar expressões que reforcem a importância da individualidade e da colaboração.

Texto sobre o tema:

O reconhecimento da própria identidade e das experiências que cada indivíduo traz para um grupo é fundamental na formação do senso de comunidade. Quando falamos sobre identidade no contexto escolar, referimo-nos não apenas ao que nos torna únicos, mas também ao que compartilhamos com os outros. A escola é um lugar onde as crianças descubrem gradualmente seus interesses, habilidades e sentimentos, se comparando e interagindo com seus colegas. É em situações como estas que se aprende sobre a importância da diversidade, da empatia e do respeito mútuo.

Explorar a identidade e sua relação com o espaço vivenciado reforça a noção de pertencimento. Cada sala, cada praça e cada casa traz história e significado para as vidas das crianças. Essas vivências cotidianas ajudam a formar a percepção que elas têm de si mesmas e do que as rodeiam. É essencial que os educadores incentivem a discussão dessas individualidades, promovendo um ambiente seguro e acolhedor, onde possam se mostrar e se contar. A partir do momento em que as crianças se reconhecem em suas histórias e experiências, tornam-se mais seguras para interagir não apenas no espaço escolar, mas também em sua comunidade mais ampla.

É fundamental que o currículum educativo contemple propostas que envolvam o autoconhecimento e a valorização do outro. Trabalhar com temas que ajudam na formação da identidade ativa das crianças gera cidadãos conscientes de suas individualidades e das coletivas. Essa troca de experiências se torna uma rica fonte de aprendizado e respeito, formando um laço entre o conhecimento pessoal e o social. Além disso, ao ouvir o outro, os alunos aprendem a importância da troca, do diálogo, da construção de uma comunidade mais harmoniosa e inclusiva.

Desdobramentos do plano:

A proposta desta aula apresenta possibilidades de desdobramentos em diferentes disciplinas, permitindo uma integração interdisciplinar que enriquece o aprendizado dos alunos. Em atividades futuras, pode-se ampliar a discussão sobre a identidade cultural, convidando as crianças a trazerem elementos de suas histórias familiares, como receitas, músicas e tradições. Dessa forma, a sala se transforma em um espaço de partilha cultural, que mostra a riqueza da diversidade presente no cotidiano.

Além disso, as experiências vividas na aula anterior podem ser utilizadas para criar um projeto de convivência entre os alunos. Esse projeto pode incluir ações como visitas a centros comunitários, onde eles possam se engajar em atividades que promovam a inclusão social e a cidadania. O contato com essas realidades externas pode fortalecer a compreensão sobre o papel que cada um desempenha dentro da sociedade, contribuindo para a formação de uma consciência crítica.

Por fim, o uso de ferramentas digitais para documentar as histórias e experiências dos alunos em um blog ou em uma rede social da escola pode ser um excelente desdobramento. Essa vivência não só permitirá que eles reconheçam sua postura como cidadãos digitais, mas permitirá que compartilhem suas narrativas de forma interativa e educativa, promovendo também habilidades de escrita e comunicação adequada ao contexto virtual.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor esteja preparado para conduzir as discussões com empatia, sempre respeitando o tempo e os sentimentos de cada aluno. Criar um ambiente onde todos se sintam confortáveis para compartilhar é essencial para o sucesso da proposta. Ao focar na construção de um ambiente acolhedor e positivo, o educador consegue extrair do conteúdo não apenas a descrição das individualidades, mas também a valorização das interações sociais.

Momentos de escuta e apreciação das histórias dos alunos são grandes oportunidades que não devem ser desperdiçadas. As narrativas de cada criança são porta-vozes das suas vivências e merecem ser respeitadas e celebradas. Utilizar as histórias contadas como base para discussões que integrem outros conteúdos curriculares pode ser uma forma eficaz de conectar o tema da identidade aos conhecimentos previamente estabelecidos. Dessa forma, o professor habilitado a integrar os conhecimentos e vivências da sala de aula facilita a aprendizagem significativa e contextualiza os conteúdos nos interesses e realidades dos alunos.

Em suma, ao trabalhar o tema de identidade e espaço vivido, o professor não só ajuda os alunos a reconhecerem sua singularidade, mas também promove um aprendizado que integra emoção e razão. A construção desse laço entre uma vivência pessoal e o reconhecimento de que cada um tem algo importante a compartilhar é o que torna a escola um espaço de aprendizagem e desenvolvimento social.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Árvore Genealógica das Experiências:
Objetivo: Conectar a história da criança com a história da família.
– Cada aluno irá criar uma árvore genealógica simples em papel craft, traçando e desenhando as influências de cada membro da família em suas experiências. O professor pode estimular a conversa sobre ‘como nossos lugares influenciam nossas identidades’.

2. Caça ao Tesouro da Identidade:
Objetivo: Fazer uma atividade prática sobre identidade.
– O professor pode criar uma caça ao tesouro em que os alunos deverão encontrar objetos na sala que representam algo sobre eles. Após, devem compartilhar o que cada objeto significa.

3. Mosaico da Comunidade:
Objetivo: Compreender o sentido de comunidade.
– Cada aluno poderá criar uma pequena arte ou desenho sobre o que mais ama na sua comunidade. Com todos os trabalhos, o professor pode montar um mosaico na parede da sala, representando a união das individualidades.

4. Teatro de Sombras:
Objetivo: Criar uma dramatização através da identidade.
– Em grupo, os alunos exploram suas próprias histórias utilizando formas e sombras. A partir de um tecido e lanternas, eles podem contar a história de um lugar que traz boas lembranças.

5. Jogo das Histórias Cruzadas:
Objetivo: Promover a empatia e o respeito.
– Os alunos colocam uma folha com seu nome em uma caixa. A cada turma, um aluno recebe uma folha e deve contar uma história, inventada ou não, que lembre ou associe ao nome sorteado. Fomenta-se a compreensão e o reconhecimento das particularidades alheias.

Esse conjunto de atividades, com foco em experiências e histórias pessoais, permitirá que as crianças reconheçam sua identidade dentro do coletivo e atuem como protagonistas de suas histórias e do espaço em que vivem.

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