Plano de Aula: história coletiva (Ensino Fundamental 2) – 6º Ano

A proposta deste plano de aula gira em torno do tema “história coletiva”, uma atividade que poderá ser desenvolvida com os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II. A ideia é promover um ambiente de aprendizado colaborativo, onde os alunos possam construir uma narrativa coletiva que enfatize a importância da história compartilhada, contribuindo para o desenvolvimento de suas capacidades linguísticas e de pensamento crítico. Essa atividade possibilita que os alunos exercitem a capacidade de contar histórias, levando em consideração o olhar do outro e a construção coletiva do conhecimento.

Neste contexto, ao explorar a narrativa e a construção de histórias coletivas, os alunos serão encorajados a expressar suas ideias, experiências e perspectivas, culminando em uma atividade rica e colaborativa. Esta abordagem visa não apenas o desenvolvimento da habilidade de escrita, mas também de competências sociais, tais como escuta, respeito à diversidade de ideias e a construção de um trabalho em equipe eficaz, todos elementos essenciais para uma convivência saudável e produtiva.

Tema: História Coletiva
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental II
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 8 a 14 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar a criação colaborativa por meio da construção de uma narrativa coletiva que valorize as experiências e os conhecimentos dos alunos, estimulando o desenvolvimento de habilidades de escrita e a compreensão da importância da história compartilhada.

Objetivos Específicos:

– Promover a escuta ativa e o respeito às contribuições dos colegas durante a construção da narrativa coletiva.
– Estimular a criatividade ao elaborar uma história que reflita as vivências e perspectivas dos alunos.
– Desenvolver habilidades de montagem e organização textual, praticando a coesão e a coerência em textos.
– Refletir sobre a importância da história coletiva como uma forma de preservar memórias e experiências compartilhadas.

Habilidades BNCC:

– (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/ imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor, de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos e tornar-se consciente das escolhas feitas enquanto produtor de textos.
– (EF67LP01) Analisar a estrutura e funcionamento dos hiperlinks em textos noticiosos publicados na Web e vislumbrar possibilidades de uma escrita hipertextual.
– (EF67LP09) Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc.

Materiais Necessários:

– Lousa ou flipchart.
– Marcadores coloridos.
– Papel em branco.
– Acesso a computadores ou dispositivos móveis (opcional).
– Materiais de escrita (canetas, lápis, etc.).

Situações Problema:

1. Como podemos contar uma história que envolve diferentes pontos de vista?
2. De que forma nossas experiências pessoais podem enriquecer uma narrativa coletiva?
3. Qual é o papel da escuta ativa na construção de uma história?

Contextualização:

A história coletiva é um conceito fundamental na formação da identidade de um grupo, seja ele uma sala de aula, uma comunidade ou até mesmo um país. Ao contar histórias, os indivíduos partilham experiências que não apenas refletem suas vivências, mas também constroem a memória e a cultura de um grupo. O ato de contar histórias, portanto, não é apenas uma forma de entretenimento, mas também um meio de comunicação e reflexão sobre nossa identidade coletiva.

Desenvolvimento:

1. Abertura da Aula (10 minutos): Comece a aula apresentando o conceito de história coletiva para os alunos. Pergunte se eles já tiveram experiências de contar histórias em grupo e como isso afetou a narrativa. Estimule um diálogo, onde possam compartilhar essas experiências.
2. Dinâmica de Grupo (15 minutos): Organize os alunos em pequenos grupos e forneça um tema para a construção da narrativa coletiva. Por exemplo, “Um dia inesquecível na escola”. Cada grupo deverá contribuir com uma parte da história, refletindo a experiência de seus membros. Lembre-os de que a escuta ativa é fundamental durante essa atividade.
3. Construção da Narrativa (15 minutos): Após os grupos apresentarem suas histórias, incentive-os a juntar todas as partes em uma única narrativa, promovendo uma discussão sobre como seus relatos podem se conectar e complementar.
4. Revisão e Edição (10 minutos): Distribua papel em branco e peça que cada grupo escreva a narrativa coletiva final, revisando a estrutura e a gramática. Caso haja acesso a tecnologia, eles podem também digitar a história em um processador de texto, facilitando a edição.

Atividades sugeridas:

1. Dia da História Coletiva: Faça uma atividade onde os alunos compartilham histórias familiares e, em seguida, escrevem um parágrafo sobre a importância de cada história.
2. Apresentação Oral: Organize uma sessão de contação de histórias em que cada grupo apresente sua narrativa final para o restante da turma. Isso promove habilidades de oratória e confiança.
3. Criação de Ilustrações: Solicite que os alunos desenhem ilustrações que representem partes de suas histórias, incentivando a expressão artística.
4. Construção de Linha do Tempo: Envolva os alunos na criação de uma linha do tempo que organize os eventos descritos na narrativa, reforçando a noção de tempo e sequência.
5. Roda de Mulheres e Homens Inspiradores: Estimule a pesquisa sobre figuras históricas e contemporâneas que marcaram a história do grupo social do aluno e que poderiam integrar a narrativa coletiva.

Discussão em Grupo:

Conduza uma discussão sobre a importância do imortalizar a experiência coletiva e individual. Pergunte:
– “Por que acreditamos que é importante contar nossas histórias?”
– “Como as histórias de nosso grupo podem impactar outros?”
– “Quais são os desafios que enfrentamos ao tentar ouvir e incorporar todas as vozes?”

Perguntas:

– Qual foi a parte mais interessante da atividade de criação coletiva?
– Como você se sentiu compartilhando sua história e ouvindo a dos colegas?
– De que maneira você acha que nossa história coletiva poderá ser útil para futuras gerações?

Avaliação:

A avaliação pode ser realizada de forma formativa, observando a participação dos alunos na construção e apresentação das histórias coletivas. Avaliar a habilidade de escuta ativa e o respeito às contribuições dos colegas é fundamental. Uma proposta de autoavaliação pode também ser aplicada, onde os alunos refletem sobre sua contribuição e aprendizado.

Encerramento:

Finalize a aula revisitando os principais pontos discutidos e reforçando a importância de contar e ouvir histórias. Peça que os alunos reflitam sobre como a colaboração traz novas perspectivas e acredita um entendimento mais robusto da história que vivemos.

Dicas:

– Esteja disposto a adaptar os temas das narrativas de acordo com as vivências dos alunos para assegurar relevância e interesse.
– Encoraje a diversificação das vozes, incorporando experiências de diferentes grupos e culturas.
– Utilize espaços abertos para promover uma atmosfera menos formal, o que poderá predispor os alunos a se sentirem mais confortáveis para compartilhar.

Texto sobre o tema:

A história coletiva é um conceito intrinsecamente ligado à identidade de um grupo. Por meio dela, preservamos memórias e experiências que moldam não apenas a nossa percepção de passado, mas também a forma como lidamos com o presente e nos projetamos no futuro. Ao compartilharmos nossas histórias, estabelecemos um diálogo contínuo, onde cada contribuição é uma peça essencial que compõe o todo. Essa prática ajuda a cultivar um ambiente de empatia e compreensão mútua, vital para a convivência em sociedade.

Quando pensamos na importância de contar e ouvir as histórias, é provável que venham à mente as palavras de grandes filósofos que nos ensinam sobre a memória. A partir do momento em que um relato é compartilhado, ele se torna parte de uma rede de significados que influenciam a identidade coletiva. Assim, aprender a escutar e a contar se transforma em um exercício não apenas literário, mas também ético e social, onde o respeito pela pluralidade é fundamental.

Por último, é importante citar que a construção de histórias coletivas nos permite entender que o que vivemos não acontece em um vácuo, mas em uma teia de relações que nos conectam. Este aprendizado enriquece a jornada de formação dos alunos, levando-os a valorizar as diversas experiências que os rodeiam e a se comprometer com uma sociedade mais inclusiva e respeitosa.

Desdobramentos do plano:

Num desdobramento do plano de aula, seria interessante explorar as histórias digitais. Os alunos poderiam ser incentivados a criar um blog ou uma página nas redes sociais apenas para compartilhar as histórias coletivas que construíram. Essa atividade não apenas os introduziria ao mundo digital, mas também lhes daria uma plataforma para expressar e refletir sobre suas experiências, estabelecendo um contato mais amplo e democrático com a audiência.

Outra possibilidade seria a criação de um livro de histórias coletivas, que pudesse ser elaborado ao final do semestre. Com ele, a turma poderia compartilhar suas histórias com outras classes, promovendo encontros e diálogos interétnicos. Esse livro poderia ser uma coleção não apenas das narrativas, mas também de reflexões sobre as interações que as histórias geraram.

Por fim, a atividade poderia dar origem a um projeto de teatro onde os alunos participariam na encenação das histórias coletivas que escreveram. Esta atividade estimularia tanto a criatividade quanto as habilidades de trabalho em grupo, além de promover a expressão artística, algo fundamental no desenvolvimento integral dos estudantes.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor se posicione como mediador e facilitador durante toda a atividade, criando um ambiente onde os estudantes se sintam seguros e encorajados a compartilhar suas histórias. Relembrar que cada voz é válida contribuirá para que todos se sintam incluídos e respeitados no processo de construção da narrativa coletiva.

O uso de recursos visuais, como quadros brancos ou flipcharts, pode ajudar a manter a organização das ideias e fomentar a participação oral. Além disso, reconhecendo a necessidade de adaptar a atividade, o professor deve estar atento às dinâmicas do grupo e ser flexível nas abordagens, se necessário.

Por fim, é importante criar um espaço para que os alunos reflitam sobre suas experiências, promovendo momentos de feedback e discussão. Este último passo é essencial para o aprofundamento dos temas abordados e para a consolidação do aprendizado, já que, muitas vezes, a reflexão é uma das partes mais ricas do processo educacional.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Cartões de Memória: Crie cartões onde os alunos escrevam pequenas histórias, que podem ser recolhidas e redistribuídas para serem contadas por outros alunos, promovendo a troca de experiências de forma inusitada e dinâmica.
2. Teatro de Sombras: Utilizando materiais simples, como papel preto e lanternas, os alunos poderão criar uma apresentação de teatro de sombras com base na narrativa coletivamente criada, tornando a história mais visual e interativa.
3. Concurso de Contação: Organize um concurso onde os alunos deverão contar a história criada em um tempo limite, com avaliações feitas pela turma a respeito da criatividade e capacidade de envolvimento na narrativa.
4. Mural de Histórias: Monte um mural na sala de aula onde os alunos possam colar textos, desenhos e imagens que descrevam suas histórias, transformando o ambiente em um espaço colaborativo cheio de vida.
5. Roda de Histórias: Realize uma roda de histórias onde, à medida que cada aluno conta sua parte da narrativa, outras camadas da história vão se revelando, promovendo o conceito de que toda história é um trabalho coletivo.

Este plano de aula oferece um espaço rico de aprendizado, onde os alunos não apenas lidam com conceitos literários, mas também desenvolvem habilidades sociais importantes para a convivência. Aproveitar ao máximo esse conteúdo permitirá uma experiência educativa significativa e transformadora.

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