Plano de Aula: Fantoche (Educação Infantil) para crianças pequenas
Neste plano de aula, propomos uma atividade lúdica e educativa que utiliza o fantoche como ferramenta principal para estimular a criatividade e a expressão das crianças pequenas. O uso de fantoches é uma abordagem eficaz para desenvolver não apenas habilidades motoras, mas também sociais e emocionais, por meio da narrativa e da brincadeira. As crianças irão explorar suas emoções, expressar-se e desenvolver a empatia ao interagir com seus colegas através dos personagens que criarão.
A atividade será estruturada de forma a integrar várias áreas do conhecimento, permitindo que os alunos explorem as possibilidades do corpo, da fala e, principalmente, das relações interpessoais. Promover um ambiente que valorize a comunicação e a cooperação é fundamental nesta faixa etária, e o uso dos fantoches servirá como um veículo para essas interações significativas.
Tema: Fantoche
Duração: 40 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 anos
Objetivo Geral:
Promover a expressão criativa, a interação social e a empatia entre as crianças por meio da manipulação de fantoches, estimulando a imaginação e o desenvolvimento das habilidades comunicativas.
Objetivos Específicos:
1. Estimular a criação de personagens e histórias com o uso dos fantoches.
2. Desenvolver a autoconfiança e a expressão oral das crianças durante as apresentações.
3. Fomentar a cooperação e o respeito mútuo nas interações durante as atividades.
4. Incentivar a valorização das emoções e da diversidade cultural nas narrativas criadas.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO02) Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e limitações.
(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
(EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
Materiais Necessários:
– Fantoches de dedo ou fantoches de papel (feitos com copos descartáveis, canetinhas, tecidos, etc.).
– Materiais de artesanato (papel colorido, tesoura, cola, lápis, etc.).
– Uma caixa ou cesto para guardar os fantoches.
– Um espaço adequado para as apresentações dos fantoches.
Situações Problema:
– Como criar um fantoche que represente um sentimento?
– Que histórias podemos contar com os nossos fantoches?
Contextualização:
Inicie a atividade conversando com as crianças sobre a importância dos sentimentos e de como expressá-los de maneira saudável. Explique que o fantoche será nosso aliado na comunicação de emoções e na construção de histórias. Pergunte se alguém já viu fantoches e quais histórias eles conhecem que incluem esses personagens, incentivando a participação das crianças.
Desenvolvimento:
1. Apresentação do Fantoche (10 minutos): Mostre diferentes tipos de fantoches para as crianças e discuta quais sentimentos eles podem expressar. Peça que cada criança escolha um fantoche que gostaria de usar.
2. Criação de Fantoches (15 minutos): As crianças irão criar seus próprios fantoches com os materiais disponíveis. Incentive-as a pensar em um nome e uma história para o seu personagem.
3. Apresentação dos Fantoches (10 minutos): Organize um pequeno teatro onde cada criança poderá apresentar seu fantoche e contar a história que criou. Neste momento, é importante que os outros alunos escutem e respeitem as apresentações.
4. Reflexão e Discussão (5 minutos): Após as apresentações, leve as crianças a refletir sobre a atividade. Pergunte como se sentiram ao expressar suas histórias e se conseguiram perceber os sentimentos dos outros fantoches.
Atividades sugeridas:
1. Dia do Fantoche: No primeiro dia, cada criança cria um fantoche e conta uma história simples sobre ele. O objetivo é promover a autoconfiança e a criatividade.
2. Teatro de Sombras: Utilize uma caixa de luz ou uma parede branca para fazer uma apresentação de sombras utilizando os fantoches. A atividade pode estimular a imaginação e o trabalho em grupo.
3. Fantoches de Reciclagem: Incentive as crianças a trazerem materiais recicláveis para criar seus fantoches, promovendo a consciência ambiental e a criatividade.
4. Construindo um Livro de Fantoches: Após as apresentações, cada criança pode desenhar seu fantoche e escrever uma pequena frase sobre a história dele, criando um livro coletivo sobre os personagens.
5. Recontando Histórias: Proponha o recontar de uma história conhecida utilizando os fantoches, permitindo que cada criança interprete um personagem e se aproprie do enredo.
Discussão em Grupo:
Não esqueça de promover um momento para que todos possam compartilhar o que aprenderam com a atividade, como a empatia e a escuta.
Perguntas:
1. Como foi criar o seu fantoche?
2. Qual foi a parte mais divertida da atividade?
3. O que você aprendeu sobre a história dos outros?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação, a criatividade na criação dos fantoches e a capacidade de expressar sentimentos e histórias em grupo.
Encerramento:
Finalizar a atividade pedindo que cada criança compartilhe o que mais gostou na aula e como se sentiu ao apresentar seus fantoches.
Dicas:
1. Busque sempre criar um ambiente acolhedor onde todas as crianças se sintam à vontade para compartilhar.
2. Utilize músicas e movimentos que ajudem a energizar a turma antes das apresentações.
3. Esteja aberto a adaptar as histórias e personagens, respeitando as narrativas que cada criança traz.
Texto sobre o tema:
Os fantoches, com sua história rica e fascinante, nos levam a explorar diferentes aspectos da expressão artística e emocional. A prática de manipular fantoches não somente entretém, mas também se torna uma poderosa ferramenta educativa, especialmente para crianças pequenas. Com simplicidade, pode-se transformar um pedaço de pano ou um copo em um personagem que reflete emoções diversas. Esta atividade lúdica ajuda as crianças a compreenderem melhor seus próprios sentimentos e a reconhecerem as emoções dos outros, sendo um caminho para o desenvolvimento da empatia.
Além disso, o uso de fantoches facilita a construção de narrativas coletivas, onde as crianças podem partilhar experiências e interagir de maneira lúdica. Em diversas culturas, os fantoches têm desempenhado um papel essencial em contar histórias que abordam aspectos da vida e da convivência humana. O uso dos fantoches nas aulas pode incutir nas crianças uma apreciação por diferentes culturas e suas formas de se expressar artisticamente, estabelecendo uma base de respeito e curiosidade pelos outros.
Ao final da atividade, o objetivo maior deve ser promovido: a habilidade de expressar-se em grupo, em parceria, respeitando as individualidades e as vozes únicas de cada criança. Desse modo, a cultura do respeito, da empatia e da colaboração se fortalece nas relações interpessoais desses pequenos.
Desdobramentos do plano:
Este plano de aula pode ser expandido para incluir várias outras dimensões do aprendizado, como a Matemática, através do número de fantoches e a contagem de personagens que cada criança imaginou. A arte pode ser amplamente desenvolvida com a produção de cenários ou ambientes onde esses fantoches atuam. Além disso, atividades como a escrita e a leitura de histórias podem ser incorporadas, aproximando as crianças do mundo literário por meio da criação de suas narrativas.
Os fantoches também podem ser utilizados para explorar temas do cotidiano, como amizade, respeito e diferenças culturais. Cada apresentação ou reencontro dos fantoches pode tocar em questões relevantes que espelham a vivência atual das crianças, tornando-as ainda mais engajadas em um aprendizado significativo e realista.
A linha do tempo do uso de fantoches nas aulas pode criar um ciclo onde as crianças se tornam criadoras de conteúdo, desenvolvendo não apenas o ato de contar histórias, mas o de transformá-las, criando novos enredos e personagens. Esse enriquecimento da atividade inicial permite diversas abordagens, sempre respeitando as individualidades e o ritmo de cada criança.
Orientações finais sobre o plano:
É crucial que o profissional educador esteja atendo ao contexto de cada grupo de crianças e suas particularidades. Ter um olhar sensível para suas necessidades ajudará a adaptar as dinâmicas propostas e garantir que a participação seja sempre inclusiva e respeitosa. Deve-se encorajar cada criança a expressar sua visão e sentimentos através de seus personagens, utilizando a atividade como uma forma de contar suas próprias histórias.
Os fantoches se tornam assim uma ponte entre a realidade e a fantasia, permitindo que cada aluno vivencie emoções e situações que podem ser mais difíceis de expressar no dia a dia. O educador deve sempre se mostrar disponível e aberto a ouvir as histórias que surgirem, valorizando a voz e a expressão de cada criança. O acolhimento e a simplicidade sempre serão grandes aliados nesse processo.
Por fim, o uso de fantoches não se esgota neste plano. É uma ferramenta rica que pode ser explorada de maneira contínua, diversificando temas e promovendo habilidades variadas. O importante é lembrar que, enquanto brincam e aprendem, as crianças estão também criando e fortalecendo vínculos sociais que influenciarão suas experiências futuras.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Fantoche de papel machê: As crianças poderão criar seus próprios fantoches usando papel machê. O objetivo é ampliar a coordenação motora e a criatividade. Os materiais necessários incluem jornal, água, cola, e tintas. Após secar, cada um pode decorar seu fantoche.
2. Teatro de fantoches com fantoches de dedo: Crie uma pequena apresentação com fantoches de dedo feitos de materiais reciclados. O objetivo é trabalhar a dinâmica de grupo e confiança. Os materiais incluem feltro, tesouras, e cola. Após a confecção, permitem-se diversas encenações.
3. Caixa de histórias: Crie uma “caixa de histórias” com objetos que se relacionam com diferentes narrativas. O objetivo é que as crianças criem histórias espontaneamente usando os objetos junto com seus fantoches. Os materiais são variados e devem ser escolhidos de acordo com o tema de cada semana.
4. Jogo da empatia: Utilize fantoches para dramatizar cenários que explorem emoções. O objetivo é desenvolver a empatia. As crianças podem, por exemplo, agir como o fantoche que sente tristeza e discutir como ajudar. Os materiais são os próprios fantoches criados.
5. Oficina de canções: Crie músicas ou rimas que envolvam os personagens dos fantoches. O objetivo é incentivar a linguagem e a musicalidade. Para isso, use instrumentos simples como pandeiros e chocalhos, permitindo que as crianças se expressam por meio da música e da dança junto com seus fantoches.


