“Plano de Aula: Explorando Esponjas na Educação Infantil”
Este plano de aula é especialmente concebido para crianças bem pequenas, com idades entre 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses. A proposta temática é explorar a experiência com esponjas, um material que instiga a curiosidade e a criatividade dos pequenos, promovendo o desenvolvimento de habilidades motoras, o reconhecimento de texturas e a socialização. Através desse plano, busca-se proporcionar oportunidades para que as crianças interajam, experimentem e descubram novas maneiras de brincar utilizando as esponjas, criando um ambiente educativo rico e estimulante.
Utilizando a esponja como ponto de partida, o objetivo é que as crianças desenvolvam diversas habilidades, desde a coordenação motora até a comunicação com seus pares. As atividades propostas são simples, divertidas e adaptadas à faixa etária, garantindo que todos possam participar ativamente. Este plano está alinhado com as diretrizes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e se baseia nas habilidades dos campos de experiência pertinentes ao desenvolvimento das crianças nesta etapa.
Tema: Experiência com esponja
Duração: 4 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças bem pequenas
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma experiência lúdica e sensorial através do uso de esponjas, promovendo o desenvolvimento motor, social e afetivo das crianças.
Objetivos Específicos:
– Permitir que as crianças experimentem diferentes texturas e formas de manipulação com esponjas.
– Estimular a coordenação motora fina e grossa através de atividades que envolvem o uso das mãos e dos braços.
– Fomentar a interação social e a comunicação entre as crianças durante a brincadeira.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
Materiais Necessários:
– Esponjas de diferentes formas e tamanhos
– Tingimentos não tóxicos (como corantes alimentícios ou tintas apropriadas)
– Recipientes com água
– Papel toalha ou papéis grandes para pintura
Situações Problema:
Como podemos transformar a esponja em uma ferramenta de diversão e aprendizagem? Como vamos explorar as texturas e as cores que podemos criar com elas?
Contextualização:
As esponjas não são apenas ferramentas de limpeza, mas também instrumentos lúdicos para a educação infantil. Elas podem ser uma fonte de descoberta e exploração, onde as crianças podem experimentar e mergulhar em aventuras sensoriais. O desafio é fazer com que as crianças percebam as propriedades desse material, promovendo tanto o aprendizado individual quanto em grupo.
Desenvolvimento:
O desenvolvimento da aula se dará em um ambiente acolhedor, onde as crianças poderão manusear livremente as esponjas. Começaremos com uma breve introdução sobre o que é uma esponja, usando imagens se necessário para ilustrar. Depois, proporemos uma atividade de exploração sensorial onde as crianças poderão tocar, molhar, espremer e explorar as esponjas de diferentes maneiras.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Descoberta e Sensoração
Objetivo: Familiarizar os alunos com as esponjas.
Descrição: Cada criança receberá uma esponja e explorará suas características. O professor deve encorajar as crianças a tocar, espremer e brincar, evidenciando a textura e a forma.
Materiais: Diversas esponjas.
Adaptação: Para crianças que não se sentem à vontade, ofereça uma esponja maior que possa ajudá-las a se sentir seguras para explorar.
Dia 2: Pintura com Esponja
Objetivo: Estimular a criatividade e movimentação.
Descrição: As crianças usarão as esponjas para pintar em grandes folhas de papel com tintas atóxicas. Demonstre como podem fazer diferentes formatos e texturas enquanto pintam.
Materiais: Tintas, papéis grandes.
Adaptação: Para as crianças que não podem ou não querem pintar com as mãos, disponibilize esponjas em longos cabos para facilitar a pintura.
Dia 3: Esponja e Água
Objetivo: Explorar a manipulação com água.
Descrição: Organize uma atividade onde as crianças possam molhar e espremer as esponjas em recipientes com água. Isso proporcionará aprendizado sobre absorção e volume.
Materiais: Recipientes com água e esponjas.
Adaptação: Se a criança estiver hesitante, incentive-a a observar como os outros fazem antes de participar.
Dia 4: Brincadeira com Sons
Objetivo: Criar sons com as esponjas.
Descrição: As crianças serão encorajadas a usar as esponjas como instrumentos musicais, esfregando, batendo e criando sons. A atividade pode incluir cantigas para tornar a experiência ainda mais lúdica.
Materiais: Esponjas e música.
Adaptação: Permita que as crianças experimentem em duplas, ajudando-as a se sentirem mais confortáveis com a música.
Discussão em Grupo:
No final das atividades, reunir o grupo para discutir o que aprenderam sobre as esponjas. Perguntar como se sentiram durante as atividades, o que mais gostaram e se descobriram algo novo.
Perguntas:
– O que você mais gosta de fazer com a esponja?
– Como a esponja se sente quando está molhada?
– Que cores você usou na pintura?
Avaliação:
A avaliação será realizada através da observação dos comportamentos e interações durante as atividades. Além disso, o professor anotará as reações e o engajamento de cada criança, considerando a forma como se expressam e interagem com as esponjas e com os colegas.
Encerramento:
Finalizar a aula destacando a importância das descobertas realizadas e parabenizar as crianças pelas suas experiências. Encorajar o uso de esponjas em outras brincadeiras e atividades.
Dicas:
– Mantenha sempre as esponjas limpas e seguras.
– Esteja atento às reações das crianças e a possíveis aversões às texturas.
– Crie um ambiente onde as crianças possam experimentar livremente, sempre com supervisão.
Texto sobre o tema:
As esponjas são materiais simples, mas suas várias utilidades e características tornam-nas ideais para a exploração na educação infantil. Além de serem leves e fáceis de manusear pelas crianças, as esponjas são objetos que despertam a curiosidade. As texturas da esponja, molhada e seca, oferecem diferentes possibilidades sensoriais, permitindo que as crianças possam explorar e sentir de maneira simples e divertida.
Através da manipulação das esponjas, as crianças não apenas desenvolvem sua coordenação motora, mas também aprimoram habilidades de socialização, visto que muitas atividades podem ser realizadas em grupos. Brincar com esponjas enriquece a interação e a comunicação, pois as crianças aprendem a compartilhar, negociar e criar em conjunto. Também, ao utilizá-las em atividades de pintura ou jogo, os pequenos introduzem a linguagem das cores e dos sons, ampliando seu repertório cultural.
Além disso, as atividades envolvendo esponjas têm um grande potencial para desenvolver a criatividade. Ao proporcioná-las se expressar por meio de texturas e cores, elas podem descobrir novas formas de arte e movimento. Esse estímulo à criatividade e à inovação é fundamental nessa fase da infância, onde a imaginação é uma ferramenta poderosa para o aprendizado. Por isso, as esponjas não são apenas ferramentas para experiências sensoriais, mas também uma ponte para um mundo de descobertas e aprendizado significativo.
Desdobramentos do plano:
O uso de esponjas como recurso educativo pode se desdobrar em diversas atividades interdisciplinares. Em primeiro lugar, quando as crianças exploram as esponjas e suas possibilidades, elas estão não apenas desenvolvendo habilidades motoras, mas também expandindo sua noção de ciência ao observar mudanças nas texturas e capacidade de absorção diante da água. Isso gera um espaço para que o educador converse sobre o fenômeno da absorção e como diferentes materiais comportam-se de maneiras diversas.
Um desdobramento adicional seria a utilização de esponjas em artes plásticas, como na confecção de carimbos. Ao recortar esponjas em várias formas e tamanhos, as crianças podem criar suas próprias estampas em papéis, explorando o conceito de repetição e padrão, que são fundamentais no aprendizado da Matemática. Esse exercício irá proporcionar um entendimento mais profundo de identificação e reiteração, enquanto se divertem no processo criativo.
Por fim, as atividades envolvendo esponjas podem fomentar a consciência ambiental nas crianças, ao discutir a importância da reutilização de materiais. Ao converter esponjas que, de outra forma, poderiam ser descartadas, em ferramentas de aprendizado, visa-se instigar conversas sobre a economia circular e o cuidado com o meio ambiente desde cedo, formando cidadãos mais conscientes e responsáveis.
Orientações finais sobre o plano:
É fundamental que os educadores estejam atentos ao contexto e às necessidades das crianças ao aplicar o plano. Cada atividade deve ser adaptável, respeitando o ritmo e o interesse dos pequenos, criando um ambiente seguro e acolhedor. A observação cuidadosa permitirá que o professor compreenda as dinâmicas do grupo e realize intervenções para potencializar o aprendizado.
Além disso, o papel do educador é essencial em guiar e motivar a participação das crianças. Incentivar o diálogo e a troca de experiências pode enriquecer as discussões e valorizá-las, intensificando a sensação de pertencimento e autonomia. Ao proporcionar uma variedade de atividades que envolvam diferentes sentidos, o educador poderá atender a um público diversificado, respeitando a singularidade de cada criança.
Por último, é interessante refletir sobre a importância de criar um espaço em que a exploração sensorial seja uma prática recorrente. Encorajar as crianças a descobrir, criar e até errar faz parte do aprendizado, formando uma base sólida para futuras aquisições de conhecimento. As esponjas, nesse contexto, são uma porta aberta para um mundo mágico de aprendizado que pode gerar resultados surpreendentes na formação integral dos pequenos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Esponjas Coloridas: Propor que as crianças tingam diferentes esponjas, explorando como cada cor altera a aparência delas. Este exercício promove o reconhecimento das cores e a coordenação motora fina. Poderá ser realizado na sala de aula ou ao ar livre.
2. Jogo de Pular Esponjas: Criar um ambiente onde as crianças possam pular em esponjas colocadas no chão. Além de desenvolver o equilíbrio, o jogo incentivará a interação e a partilha. Para adaptar, varie a distância entre as esponjas.
3. Caça às Esponjas: Esconder pequenas esponjas coloridas pela sala e permitir que as crianças as procurem. Essa atividade estimula a observação e a curiosidade. Para os mais novos, ofereça pistas visuais.
4. Oferta de Texturas: Criar uma experiência sensorial onde diferentes materiais (como folhas, tecidos e pedras) sejam apresentados junto às esponjas, permitindo que as crianças comparem texturas e falem sobre elas. Essa atividade promove a concentração e a verbalização.
5. Teatro de Som com Esponjas: Usar as esponjas para criar sons diferentes durante histórias ou músicas. Isso pode ser realizado em grupo, onde cada criança tem seu papel explorando os sons das esponjas. Essa atividade integra o lúdico e a narrativa, enriquecendo a experiência literária.
Esse plano de aula está desenhado de modo a proporcionar uma rica experiência educativa, abordando múltiplos aspectos do desenvolvimento infantil, sempre respeitando as diretrizes da BNCC, buscando maximizar o aprendizado e a interação.

