“Plano de Aula: Explorando Contos e Recontos no 6º Ano”

O plano de aula que apresentaremos a seguir tem como foco central o estudo e a interpretação de contos e recontos, estimulando a habilidade de análise crítica e a produção textual dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental. A metodologia proposta busca engajar os alunos na leitura e na interpretação de diferentes versões de narrativas, proporcionando uma compreensão mais ampla da técnica de recontar histórias, o que permite uma interação mais significativa com os textos literários e a sua qualidade narrativa.

Os contos e recontos representam uma parte fundamental da literatura e da cultura oral, possibilitando que os alunos exploram diferentes interpretações e estilos de escrita. Além disso, a prática de recontar histórias desenvolve a criatividade e a capacidade de expressão escrita dos estudantes, essenciais para o seu desenvolvimento educacional. Portanto, este plano é elaborado para que as crianças, ao final da aula, possam reconhecer a importância dos diversos pontos de vista nas narrativas e como esses pontos influenciam a compreensão do texto.

Tema: Contos e recontos dos textos
Duração: 1 hora
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 11 a 12 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Fomentar a compreensão e a interpretação de histórias por meio da comparação entre contos e seus recontos, desenvolvendo a habilidade crítica e criativa dos alunos.

Objetivos Específicos:

– Analisar diferentes versões de uma mesma narrativa, identificando o ponto de vista e a intenção do autor.
– Desenvolver a habilidade de recontar histórias de maneira criativa, mantendo a essência das narrativas originais.
– Explorar o uso da linguagem e seu impacto na construção de sentido em textos narrativos.

Habilidades BNCC:

– (EF06LP01) Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no relato de fatos e identificar diferentes graus de parcialidade/imparcialidade.
– (EF06LP11) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, pontuação etc.
– (EF06LP30) Criar narrativas ficcionais, como contos, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero.

Materiais Necessários:

– Textos de contos selecionados (pode incluir versões de histórias conhecidas, como “Chapeuzinho Vermelho” e suas variações).
– Quadro branco e marcadores.
– Papel e caneta para os alunos.
– Projetor para exibir exemplos de contos e recontos (opcional).

Situações Problema:

– Por que diferentes autores podem recontar a mesma história de maneiras tão distintas?
– O que muda na narrativa ao alterar o ponto de vista do narrador?

Contextualização:

Iniciar a aula explicando a importância da literatura na cultura humana e no desenvolvimento da comunicação. Falar sobre como os contos podem variar conforme a pessoa que os conta e o contexto em que estão inseridos. Apresentar exemplos de contos populares que foram recontados diversas vezes, enfatizando as mudanças que esses recontos podem trazer para a interpretação e para a mensagem da história.

Desenvolvimento:

1. Apresentação dos textos: Distribuir cópias de duas versões distintas de um mesmo conto. Leitura em dupla ou individual.
2. Discussão: Conduzir uma discussão em classe sobre as diferenças encontradas nas histórias. Perguntas como: “Quais emoções diferentes as versões transmitem?” e “Como o autor usa a linguagem para impactar o leitor?” podem ser formuladas.
3. Atividade de Reconto: Solicitar que, individualmente, os alunos escolham uma versão de um conto e recontam usando seu próprio estilo e interpretação.
4. Apresentação dos recontos: Propor que os alunos compartilhem suas versões com a turma, incentivando o feedback construtivo.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Leitura e Análise
Objetivo: Ler contos e analisar diferentes pontos de vista.
Descrição: Distribuir duas versões de “Chapeuzinho Vermelho”. Pedir aos alunos que identifiquem as mudanças em cada versão e seu impacto.
Instruções: Os alunos devem, em duplas, discutir as diferenças e escrever um breve resumo das suas conclusões.
Materiais: Cópias dos textos.

Atividade 2: Escrita Criativa
Objetivo: Criar um novo final ou perspectiva para um conto.
Descrição: Após a discussão, cada aluno deve escrever um novo final ou alterar o ponto de vista de um conto estudado.
Instruções: Encorajar o uso de novos personagens ou soluções criativas para problemas apresentados.
Materiais: Papel e caneta.

Atividade 3: Apresentação Oral
Objetivo: Desenvolver habilidades de expressar oralmente suas criações.
Descrição: Os alunos apresentam suas recontagens para a turma.
Instruções: Pedir que a turma comente a forma como a apresentação e a linguagem usada contribuíram para a narrativa.
Materiais: Nenhum específico.

Atividade 4: Criação de Um Livro de Histórias
Objetivo: Consolidar aprendizado e criar uma coletânea.
Descrição: Criar um “livro de histórias” com recontos e ilustrações dos alunos.
Instruções: Organizar os textos e ilustrar cada recontagem. O resultado final pode ser impresso ou encadernado.
Materiais: Papel, canetas coloridas, colas e tesouras.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, reunir todos para uma discussão final, onde os alunos podem compartilhar suas experiências e dificuldades durante a recontagem das histórias. É essencial ouvir as opiniões de todos, promovendo um ambiente respeitoso e colaborativo.

Perguntas:

– O que você aprendeu sobre as diferenças entre os textos?
– Como o ponto de vista influencia a história?
– O que você considerou mais desafiador ao recontar uma história?

Avaliação:

A avaliação será baseada na participação nas discussões, na criatividade durante as escritas dos contos recontados e na apresentação oral feita por cada aluno. Os critérios incluirão clareza, organização das ideias e o uso da linguagem.

Encerramento:

Finalizar a aula destacando a importância da leitura e da narrativa nas diversas culturas, ressaltando como a capacidade de contar e recontar histórias é fundamental na comunicação e preservação cultural.

Dicas:

– Estimular a leitura de textos variados, não apenas os fornecidos, mas também outros contos que possam trazer diferentes perspectivas.
– Usar recursos digitais, como vídeos de contação de histórias, para inspirar os alunos na criação e recontagem.
– Incentivar a ligação entre as narrativas e experiências pessoais dos alunos, tornando-as mais relevantes e significativas.

Texto sobre o tema:

Os contos e seus recontos desempenham um papel significativo na educação e na transmissão cultural. Essas narrativas, muitas vezes apresentadas em diferentes versões, fornecem uma rica oportunidade para o desenvolvimento de habilidades críticas e criativas. Ao trabalhar com contos, os alunos não apenas aprendem sobre estruturas narrativas, mas também sobre a subjetividade da interpretação literária. Essa prática é fundamental, pois ao contar ou recontar uma história, o aluno se torna parte ativa do processo de criação, refletindo sobre o conteúdo e a forma. Além disso, histórias tradicionais e populares frequentemente contêm valores culturais fundamentais, que são passados de geração em geração. Ao reconhecer e analisar as diferenças nas versões de um mesmo conto, os alunos ampliam o seu entendimento sobre a diversidade cultural e a complexidade das relações humanas.

Estudar contos e seu contexto ajuda os alunos a desenvolver uma consciência crítica em relação ao que leem e escrevem. Eles se tornam leitores mais atentos, capazes de perceber nuances e significados ocultos nas narrativas. A prática de recontar histórias oferece um espaço seguro para que os alunos explorem sua criatividade e desenvolvam sua voz única enquanto escritores. As escolhas que fazem ao adaptar contos revelam não apenas sua compreensão do texto original, mas também sua habilidade em criar algo novo a partir do existente. Tais habilidades são necessárias para a formação integral do estudante, preparando-o para contextos acadêmicos e sociais mais amplos. As histórias são ferramentas poderosas, e ao utilizá-las em sala de aula, promovemos não apenas a alfabetização, mas também uma cultura de diálogo e reflexão.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula aqui apresentado pode ser expandido para incluir diversas matérias dentro do espectro educacional. Por exemplo, em História, os alunos poderiam investigar como diferentes culturas recontam mitos e lendas, proporcionando uma conexão entre a literatura e a expressão cultural. Isso incentivaria uma compreensão mais profunda do papel das histórias na formação da identidade cultural. Na área de Artes, o estudo sobre a narrativa poderia ser ampliado para incluir a criação de quadrinhos ou ilustrações que acompanhem as histórias recontadas, permitindo que os alunos expressem sua criatividade visualmente.

Além disso, o projeto pode ser ampliado utilizando tecnologia ao integrar a produção de vídeos onde os alunos gravam suas contações e recontos, tornando-se não apenas narradores, mas também produtores de conteúdo. Esse uso do audiovisual também enriquece a experiência de aprendizagem, proporcionando aos alunos habilidades adicionais que são cada vez mais valorizadas no mundo digital. Por fim, uma possível integração com a disciplina de Línguas permitiria que os alunos praticassem recontar histórias em uma língua estrangeira, turbinando as habilidades linguísticas e de comunicação dos estudantes de maneira prática e lúdica.

Orientações finais sobre o plano:

Ao aplicar esse plano de aula, é fundamental estar atento às diferentes necessidades e níveis de aprendizado dos alunos. Para isso, o educador deve promover um ambiente inclusivo, onde todos se sintam à vontade para expressar suas ideias. Diferenciar as atividades conforme as fortalezas individuais dos alunos pode garantir que todos tenham a oportunidade de participar ativamente e de se desenvolver. Além disso, a construção de um sentimento de comunidade em sala de aula é vital; isso pode ser alcançado ao valorizar e respeitar a opinião de cada aluno durante as discussões e feedbacks.

Oreforçar a ideia de que a leitura e a interpretação de contos devem ser encaradas como um processo colaborativo que estimula a empatia e a comunicação eficaz entre os alunos. Isso não apenas enriquece a compreensão literária, como também instiga diálogos abertos e respeitosos sobre questões culturais e sociais. Por fim, esteja sempre disponível para oferecer apoio e encorajamento durante a atividade de escrita e recontagem, garantindo que todos os alunos sintam que têm voz e que suas histórias são importantes.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Sombras: Utilize a técnica do teatro de sombras para que os alunos encenem contos recontados, valorizando a expressão corporal e vocal.
2. Contos em Quadrinhos: Proponha que os estudantes recriem o conto que analisaram em forma de quadrinhos, incentivando ao trabalho com imagens e escrita.
3. Caça ao Tesouro Literário: Organize uma atividade ao ar livre onde pistas estão relacionadas a histórias e personagens de contos, promovendo a interpretação e o conhecimento de forma lúdica.
4. Grupo de Leitura Aleatória: Monte grupos onde cada aluno escolha uma versão diferente de um conto para ler e apresentar, com o objetivo de fomentar debates sobre a diversidade narrativa.
5. Desafios de Recontagem: Realize um desafio onde os alunos devem recontar um conto em formato diferente – como música, rap, poema ou até uma apresentação multimídia – explorando diferentes formas de expressão.

Essas sugestões visam tornar o processo de aprendizado não apenas educativo, mas também prazeroso e enriquecedor, criando memórias significativas ao longo da jornada escolar.

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