“Plano de Aula: Explorando a Notação Musical no 3º Ano”
Este plano de aula tem como foco a notação musical, um elemento essencial para compreendermos e expressarmos a música de forma estruturada. Através deste tema, os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental terão a oportunidade de explorar tanto a notação convencional quanto a não convencional. O ensino da notação musical é fundamental para o desenvolvimento da percepção musical e da leitura musical, além de contribuir para a alfabetização em música que facilitará a expressão artística dos alunos. O plano de aula visa não apenas ensinar conceitos, mas também encorajar a criatividade e a expressão individual.
Durante a aula, o educador irá mediá-los através de atividades práticas que estimulam o interesse e a participação ativa dos alunos, utilizando instrumentos simples e atividades lúdicas que se conectam com a experiência deles. O resultado esperado é que, ao final da aula, os alunos se sintam mais confiantes em identificar, ler e até mesmo produzir suas próprias notações musicais.
Tema: Notação Musical
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos conhecimentos básicos sobre a notação musical, diferenciando entre a notação convencional e não convencional, e promover a capacidade de leitura e interpretação rítmica.
Objetivos Específicos:
– Compreender as características da notação musical convencional e não convencional.
– Identificar diferentes elementos da notação musical, como notas, pausas e claves.
– Criar representações gráficas simples de sons de forma não convencional.
– Desenvolver a habilidade de ouvir e reproduzir padrões rítmicos musicalmente.
Habilidades BNCC:
– (EF15AR16) Explorar diferentes formas de registro musical não convencional.
– (EF15AR13) Reconhecer e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de expressão musical.
– (EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
Materiais Necessários:
– Instrumentos musicais simples (como flautas, tambores, pandeiros).
– Papel e lápis para anotações.
– Cartolina e canetas coloridas.
– Exemplares de partituras de notação convencional (impressas ou digitais).
– Materiais para atividades de arte, como tesoura, cola e outros utensílios.
Situações Problema:
– Como podemos representar os sons que ouvimos de maneira gráfica?
– De que forma a notação musical convencional difere da não convencional?
Contextualização:
A notação é uma forma de traduzir sons em símbolos. Sem ela, a música perderia sua forma e estrutura. Por meio da notação, conseguimos compartilhar nossas composições e interpretações, permitindo que outros possam reproduzir o que foi criado. Com o avanço das técnicas e a popularização da música, surgiram também formas de notação mais criativas e visuais, que podem ser mais acessíveis para crianças em processo de aprendizado.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao Tema (10 minutos): Iniciar a aula apresentando o conceito de notação musical. Utilizar exemplos de músicas conhecidas e pedir para os alunos identificarem alguns sons e como poderiam representá-los graficamente.
2. Teoria da Notação (15 minutos): Apresentar aos alunos a diferença entre notação convencional e não convencional, destacando aspectos como forma, cores e interpretação. Utilizar uma cartolina para montar um quadro com as principais notas musicais e suas representações gráficas.
3. Atividade Prática de Notação Não Convencional (15 minutos): Pedir que os alunos desenhem suas próprias representações de sons que escutam ao seu redor (como o som da água, do vento ou dos pássaros). Eles podem usar cores diferentes para diferentes sons. Após a atividade, cada aluno deve apresentar suas criações e explicar o significado de seus desenhos.
4. Atividade Prática de Notação Convencional (10 minutos): Apresentar uma partitura simples e utilizar instrumentos para tocar uma melodia conhecida. Os alunos devem seguir a notação e reproduzir os sons correspondentes. Incentivar que prestem atenção às pausas e durações.
Atividades Sugeridas:
1. Criação de um Instrumento Musical (Dia 1):
– Objetivo: Estimular a criatividade e a relação com a sonoridade.
– Descrição: Cada aluno criará um instrumento musical utilizando materiais recicláveis, como garrafas PET, latas e elásticos.
– Instruções: Após a construção, os alunos devem tocar diferentes sons com seus instrumentos, criando uma mini apresentação musical.
– Materiais: Materiais recicláveis e cores para personalização.
– Adaptação: Para alunos com dificuldades motoras, permitir que eles trabalhem em grupos.
2. Construção de uma História Sonora (Dia 2):
– Objetivo: Desenvolver a narrativa e o entendimento musical.
– Descrição: Os alunos criarão uma história e decidirão que sons se encaixam em cada parte da narrativa.
– Instruções: Dividir os alunos em grupos; cada grupo deve apresentar sua história para a turma, utilizando seus instrumentos e sons.
– Materiais: Papel e lápis para anotações e instrumentos.
– Adaptação: Alunos podem fazer sua narração em formato de desenho ou apresentação visual.
3. Pintura Rítmica (Dia 3):
– Objetivo: Associar som e forma por meio da arte.
– Descrição: Criar uma obra de arte que represente música ao usar cores que correspondem aos diferentes instrumentos tocados durante a aula.
– Instruções: Com música de fundo, os alunos devem pintar em um formato que represente a conexão com a música.
– Materiais: Tintas, papel para pintura, pincéis.
– Adaptação: Para alunos que apresentem dificuldades em pintura, oferecer carimbos.
4. Aula de Canto e Rítmica (Dia 4):
– Objetivo: Trabalhar a audição e a expressão vocal.
– Descrição: Ensinar canções simples que os alunos possam acompanhar com batidas e palmas.
– Instruções: Trabalhar rítmicas em grupo e desenvolver uma pequena coreografia.
– Materiais: Canções impressas.
– Adaptação: Incentivar a inclusão de movimentações para alunos que preferem atividades físicas.
5. Grande Apresentação “Som e Movimento” (Dia 5):
– Objetivo: Integrar as aprendizagens da semana.
– Descrição: Organizar um evento onde os alunos apresentarão suas criações musicais e artísticas.
– Instruções: Cada grupo deve mostrar um acompanhamento rítmico para sua apresentação. Alunos podem escolher se apresentar individualmente ou em grupo.
– Materiais: Um espaço amplo para a apresentação.
– Adaptação: Assegurar que alunos com dificuldade de fala ou movimento tenham suporte adequado.
Discussão em Grupo:
Promover um debate sobre a importância da música e da notação musical na cultura. Perguntar quais sonoridades fazem eles se sentirem bem e como ajudam na expressão de sentimentos.
Perguntas:
– O que vocês acharam dos sons que ouviram?
– Como vocês representariam o som de uma tempestade ou de uma festa?
– Que diferença vocês notaram entre a notação convencional e a não convencional?
Avaliação:
A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação e o empenho dos alunos nas atividades, bem como a criação de suas representações musicais e a capacidade de trabalhar em equipe.
Encerramento:
Finalizar a aula revisitando o que foi aprendido sobre notação musical, enfatizando a importância da expressão e do aprendizado por meio da arte. Incentivar os alunos a continuarem explorando o mundo da música em casa.
Dicas:
– Utilize recursos audiovisuais, como vídeos e aplicativos de música, para tornar a aula mais atrativa.
– Estimule a criatividade dos alunos, permitindo que explorem livremente.
– Sempre busque adaptar as atividades para permitir a inclusão de todos os alunos.
Texto sobre o tema:
A notação musical é um sistema que possibilita a escrita e a leitura da música em sua forma mais pura. Desde os tempos antigos, músicos e compositores têm utilizado este sistema para registrar suas ideias musicais, permitindo que suas criações sejam reexperimentadas e reinterpretadas por outras pessoas. Nesse contexto, a notação convencional, com suas tradicionais claves e figuras, se mostra como um importante recurso para a comunicação musical. Através dela, é possível identificar notas, ritmos, e a dinâmica do que deverá ser tocado em um instrumento ou cantado por uma voz.
Por outro lado, a notação não convencional oferece uma abordagem mais criativa e acessível, especialmente para os mais jovens. Ela pode se utilizar de desenhos, cores e formas que representam sons, permitindo que as crianças desenvolvam sua percepção auditiva sem a pressão da técnica convencional. Essa liberdade exploratória é essencial para que se sintam confortáveis em se expressar musicalmente desde cedo.
Combinando esses dois tipos de notação, o educador se propõe a estruturar o ensino musical de maneira abrangente, permitindo que os alunos construam referências a partir da sua vivência sonora pessoal. A música, sendo uma linguagem universal, tem a capacidade de unir diferentes culturas e sociedades. É fundamental que as escolas proporcionem aos alunos experiências enriquecedoras nesse universo, expandindo não apenas a capacidade técnica, mas também o senso crítico e a criatividade.
Desdobramentos do plano:
A proposta de ensinar notação musical no 3º ano do Ensino Fundamental pode ser ampliada em diversas direções. Um possível desdobramento é a integração com outras disciplinas. A música tem o potencial extraordinário de se entrelaçar com a arte, matemáticas e até mesmo ciências. Por exemplo, os alunos podem explorar a biologia dos sons, entendendo como diferentes instrumentos produzem vibrações. Além disso, a matemática pode contribuir mediante a identificação de padrões rítmicos, relacionando frações e multiplações na prática musical.
Outra possibilidade é a criação de um projeto musical colaborativo, onde alunos podem trabalhar em grupos para criar e apresentar suas próprias composições. Este exercício de colaboração favorece a socialização e a construção de um ambiente de aprendizado mais positivo e inclusivo. Assim, os alunos poderão experimentar o processo criativo e entender a importância do trabalho em equipe, enquanto ainda estimulam suas habilidades artísticas.
Por fim, é vital que o professor fique atento às preferências e habilidades individuais dos alunos. Cada um tem um jeito único de aprender e se relacionar com a música. Portanto, procurar sempre adaptar e proporcionar atividades que considerem as diversas aprendizagens de cada aluno será essencial para o seu desenvolvimento musical e pessoal. A música não deve ser vista como uma mera disciplina, mas sim como um canal de expressão que transcende barreiras.
Orientações finais sobre o plano:
Neste plano de aula, além de apresentar o conteúdo sobre notação musical, o foco deve ser a interação dos alunos com a música. É fundamental criar um ambiente onde eles se sintam seguros para explorar e expressar suas ideias sem medo de erros. Por isso, é essencial que o educador participe ativamente, motivando e guiando os alunos nas atividades.
A utilização de materiais diversos e a diversidade nas abordagens propostas são peças-chave para uma experiência proveitosa. Quando se trabalha com diferentes abordagens de aprendizagem, como artes visuais, práticas musicais e discussões em grupo, os alunos compreendem o conteúdo de maneira mais plena. Portanto, é importante oferecer uma gama de atividades que fomentem a curiosidade e o aprendizado independente.
Por último, lembre-se de dar espaço para que cada aluno compartilhe seu aprendizado. Essas trocas de experiências enriquecem tanto os alunos quanto o professor, promovendo um ambiente de colaboração e respeito. Ao final da aula, incentive os alunos a levar a experiência musical além da sala de aula, explorando sons e ritmos nas diferentes esferas de suas vidas cotidianas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo do Som Secreto: Os alunos devem produzir diferentes sons com objetos que encontraram. Outro aluno precisa adivinhar o som usando pistas. Isso ajuda a desenvolver a percepção auditiva e a criatividade no uso de materiais.
2. Cadência Colorida: Oferecer cartelas de cores onde cada uma representa um ritmo ou nota. Ao ouvir uma música, os alunos devem levantar a cor correspondente ao que escutam. Isso ajuda a fazer associações visuais e auditivas.
3. Circuito Musical: Criar diferentes estações com atividades sonoras (ex: tocar um instrumento, desenhar, queimar um CD de música). Os alunos devem passar por cada estação, explorando simbolismos e formas sonoras.
4. Criação Sonora Coletiva: Separar a turma em grupos para compor pequenas canções que serão apresentadas ao final da semana. Essa atividade será uma forma de trabalhar o conceito de colaboração e confiança musical.
5. Teatro Musical: Os alunos podem escolher uma canção conhecida e encenar uma situação que vá ao encontro da letra. Movimentar-se e atuar em conjunto ajuda a desenvolver a expressão e a linguagem corporal como parte da performance musical.
O importante é que cada atividade seja realizada com um enfoque lúdico e prazeroso, permitindo a imersão no aprendizado musical. Ao final da semana, os alunos poderão apresentar não apenas o que aprenderam, mas como a música pode transformar e enriquecer suas experiências diárias.