“Plano de Aula: Explorando a Identidade nas Crianças Pequenas”

O plano de aula que vamos desenvolver é voltado para as crianças pequenas, com o tema “Quem sou eu”. Este plano tem como objetivo explorar a identidade e a individualidade das crianças, bílis em relação à sua autoimagem, sentimentos e relações. O foco será em atividades que incentivem a autoconfiança, a comunicação e a valorização das características de cada um. Com isso, buscamos criar um ambiente acolhedor e respeitoso, onde as crianças possam se expressar livremente e compreender também as diferenças dos seus colegas.

Nesse sentido, o plano será estruturado para que cada atividade promova de forma lúdica o desenvolvimento das habilidades e conhecimentos que forneçam uma visão positiva sobre si mesmas. Utilizaremos uma variedade de recursos e dinâmicas que possibilitem o contato com a arte, a música e o movimento, favorecendo assim uma aprendizagem integrada e significativa. Ao final da aula, espera-se que as crianças tenham se conectado com a ideia de individualidade dentro do grupo, permitindo que cada uma se sinta única e, ao mesmo tempo, parte de um todo.

Tema: Quem sou eu
Duração: 60 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover um espaço onde as crianças possam conhecer e valorizar suas próprias características, bem como as de seus colegas, desenvolvendo empatia e respeito pelas diferenças.

Objetivos Específicos:

– Estimular a autoexpressão por meio da arte e da verbalização.
– Fomentar a percepção da individualidade e a valorização das características pessoais.
– Promover a escuta ativa e o respeito nas interações com colegas.
– Desenvolver o reconhecimento e a expressão das emoções.

Habilidades BNCC:

– Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.
(EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

– Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.

– Campo de experiências “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.

Materiais Necessários:

– Papéis coloridos, canetinhas e lápis de cor.
– Tesouras seguras para crianças.
– Cola, glitters, e outros materiais de artesanato.
– Caixa de som para tocar músicas.
– Espelho grande.

Situações Problema:

– Como você se sente quando alguém elogia seu desenho?
– O que você gosta mais em você?
– Como você se apresenta para os seus amigos?

Contextualização:

Para esta aula, é importante criar um ambiente acolhedor e afetivo. Antes de iniciar as atividades, pode-se realizar uma roda de conversa, onde cada criança tenha a oportunidade de se apresentar, trazendo à tona suas características físicas e pessoais, o que elas mais gostam de fazer e qual é o seu sentimento sobre si mesmas. Isso fortalecerá a ideia de que todos são únicos e especiais. É fundamental também ressaltar a importância de respeitar e acolher as diferenças, promovendo a empatia entre as crianças.

Desenvolvimento:

1. Roda de Conversa (15 min):
Inicie com a roda de conversa citada anteriormente. Cada criança deve se sentir à vontade para falar sobre si, usando frases simples. O professor pode iniciar, por exemplo, dizendo: “Meu nome é [Nome], eu gosto de [o que goste] e eu me sinto [um sentimento].”.

2. Atividade de Desenho (20 min):
Após a roda de conversa, cada criança receberá papel e material de desenho para criar um autorretrato. O professor deve incentivá-los a desenhar não apenas sua aparência física, mas também elementos que representem seus sentimentos, como corações ou estrelas. Ao final, as crianças devem compartilhar seu desenho com os colegas.

3. Dança e Movimento (15 min):
Em seguida, coloque uma música animada e faça uma dança livre. O professor pode sugerir que as crianças expressem através do movimento os sentimentos que falaram anteriormente na roda de conversa. Isso ajudará no reconhecimento das emoções e na expressão corporal.

4. Fechamento (10 min):
Para finalizar, promova uma nova roda de conversa. Pergunte como foi a experiência de desenhar e dançar, e peça que compartilhem o que aprenderam sobre si mesmos e sobre seus colegas.

Atividades sugeridas:

Atividade 1: Criando uma Colagem (Dia 2)
Objetivo: Promover a criatividade e autoexpressão.
Descrição: As crianças devem criar uma colagem com suas características usando recortes de revistas.
Instruções: Disponibilize revistas, tesouras e cola. Peça que escolham imagens que representem o que elas gostam ou o que as fazem felizes.
Sugestão para adaptação: Para crianças que têm dificuldade com recortes, ofereça imagens já recortadas.

Atividade 2: Brincadeira de Apresentação (Dia 3)
Objetivo: Estimular a comunicação e o reconhecimento das emoções.
Descrição: Em um círculo, cada criança deverá se apresentar e imitar um animal que represente como se sente.
Instruções: As crianças devem explicar por que escolheram aquele animal e como ele se relaciona com seu sentimento.
Sugestão para adaptação: Para crianças tímidas, permita que se apresentem em duplas.

Atividade 3: Histórias de Vida (Dia 4)
Objetivo: Valorizar experiências pessoais.
Descrição: As crianças trarão de casa fotos de momentos especiais e compartilharão com a turma.
Instruções: Cada um deve contar a história por trás da foto, promovendo a escuta ativa.
Sugestão para adaptação: Propor que as crianças que não tragam fotos desenhem um momento especial.

Atividade 4: Teatro de Fantoches (Dia 5)
Objetivo: Incentivar a expressão de sentimentos e criatividade.
Descrição: As crianças criarão fantoches e encenarão uma história sobre amizade e respeito.
Instruções: Forneça materiais para a criação dos fantoches e ajude com a construção da narrativa.
Sugestão para adaptação: Ofereça roteiros de histórias simples para as crianças usarem como guia.

Atividade 5: Música e Movimento (Dia 6)
Objetivo: Expressar sentimentos por meio da música.
Descrição: As crianças devem criar uma música simples sobre o que gostam.
Instruções: Disponibilize instrumentos musicais simples e ajude as crianças a compor suas canções.
Sugestão para adaptação: Para crianças que têm dificuldade em compor, pode-se sugerir um modelo de letra.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, promover uma discussão em grupo, abordando os sentimentos relacionados à experiência. Perguntas como “Como você se sentiu ao fazer seu desenho?” ou “O que você aprendeu sobre seus amigos hoje?” podem ajudar os alunos a refletirem sobre suas experiências e fortalecerem laços de amizade e empatia.

Perguntas:

– O que você mais gosta em você?
– Como você se sente quando olha no espelho?
– Qual a sua cor favorita e por que você gosta dela?
– Que qualidade você admira nos seus amigos?

Avaliação:

A avaliação será contínua e pautada em observações durante as atividades. O professor deve perceber a participação das crianças, o respeito durante as interações e a capacidade de se expressarem e ouvirem os outros.

Encerramento:

No encerramento, é essencial reforçar a importância da individualidade e das diferenças de cada um. O professor pode também compartilhar feedbacks positivos sobre o que cada criança trouxe para a aula, reforçando a ideia de que todos são especiais e têm suas próprias características.

Dicas:

– Utilize sempre uma linguagem positiva e encorajadora.
– Monitore a dinâmica da turma para que todos tenham a oportunidade de se expressar.
– Esteja aberto à diversidade de sentimentos e crie um espaço seguro para a acomodação das emoções.

Texto sobre o tema:

A construção da identidade é um aspecto fundamental no desenvolvimento das crianças, especialmente na faixa etária de 4 a 5 anos. Neste período, elas começam a compreender e a expressar quem são, desenvolvendo uma autoimagem que as acompanhará por toda a vida. É essencial que essas experiências de autodescoberta sejam mediadas por educadores que promovam um ambiente seguro. Aqui, as crianças podem explorar suas características, habilidades, e preferências, tanto em grupo quanto de forma individual.

Promover o reconhecimento da diversidade é outra tarefa crucial. Ao entendermos que cada criança possui um conjunto único de características, estamos, de fato, ajudando-as a se tornarem empáticas e respeitosas, atitudes que são indispensáveis para a construção de uma sociedade mais inclusiva e harmoniosa. Utilizando diferentes linguagens de expressão, como a arte e a música, os educadores podem facilitar que essa autoidentificação ocorra de forma lúdica e natural, permitindo espaço para que, por meio da brincadeira, as crianças se conectem consigo mesmas e com suas emoções.

Ao abordar o tema “Quem sou eu” com as crianças, é fundamental dar voz e uma valorização significativa a cada um. O diálogo, os jogos e as expressões artísticas criam uma rica rede de conexões, levando as crianças a contemplar a complexidade do eu e do outro. Através das interações e das dinâmicas de grupo propostas, haverá espaço para que todos possam sentir-se aceitos e respeitados, fortalecendo assim as relações interpessoais e a capacidade de lidar com as diferenças.

Desdobramentos do plano:

As atividades propostas têm o potencial de se desdobrar em muitos outros projetos e temáticas. Por exemplo, a produção dos autorretratos pode ser seguida de uma exposição no mural da sala, onde familiares e outros colegas poderão visitar. Neste sentido, é possível realizar uma conversa com os pais sobre a importância de cada criança ser vista e reconhecida por suas singularidades. Isso pode levar a um envolvimento maior da família e uma troca de experiências e histórias, ampliando a rede de apoio para as crianças.

Outro desdobramento pode ocorrer a partir dos fantoches criados pelas crianças. Com essas representações, os alunos podem desenvolver pequenos teatros que abordem questões relacionadas ao respeito e à aceitação, podendo apresentar para outras turmas da escola. Essas apresentações podem ser um excelente recurso para desenvolver habilidades de fala em público e reforçar os laços comunitários dentro da escola. Além disso, esse tipo de atividade estimula a criatividade e permite uma exploração mais profunda de temas como amizade, empatia e valorização das diferenças.

Por fim, a musicalização sobre experiências e sentimentos pode ser o ponto de partida para um projeto mais longo, onde as crianças exploram diferentes gêneros musicais e suas histórias. Essa prática não só enriquece o repertório cultural dos alunos, mas também promove uma valiosa janela de interação e troca que pode ser expandida ao longo do ano letivo, abordando outras brincadeiras, canções e danças de diferentes culturas. A inserção desses elementos culturais nas atividades promove um ambiente de respeito às diversidades e fortalece a noção de comunidade dentro que a escola deve proporcionar.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor esteja sempre atento à dinâmica da sala e a individualidade de cada criança. O objetivo não é apenas ensinar, mas também ouvir e compreender as necessidades emocionais dos alunos. Cada atividade deve ser concebida como um espaço de escuta onde eles possam expressar livremente suas ideias e sentimentos, promovendo um enriquecimento para todos.

Não hesite em adaptar as atividades conforme a necessidade do grupo. O que funciona para um grupo pode não fazer sentido para outro. Por isso, ter flexibilidade na aplicação das atividades é um aspecto crucial. Nessa faixa etária, o aprendizado é muito mais suave e eficaz quando os alunos sentem que estão envolventes na criação e no desenvolvimento das propostas de atividades.

Por fim, a construção de um ambiente acolhedor e respeitoso é a chave para o sucesso deste plano. Os alunos devem sempre se sentir valorizados e vistos como indivíduos únicos. Com isso, as experiências de aprendizagem se tornam mais significativas e gratificantes. Ao invés de colocar foco somente no resultado, valorize os processos e as interações que acontecem ao longo do caminho, pois é neles que se encontram os reais aprendizados da infância.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caixa de Memórias: Cada criança pode trazer um objeto que a represente e contar uma breve história sobre isso, assim promovendo a identificação do que são com as experiências vivenciadas.

2. Música e Dança do Meu Eu: As crianças podem criar uma música que fale sobre elas e suas preferências. Após a criação, podem apresentar para a turma em um momento especial.

3. Sombra e Luz: Usando lanternas ou celulares, as crianças podem criar sombras em uma parede e fazer representações de si mesmas. Isso estimula a percepção de si de uma forma divertida.

4. Livros Vivos: A partir de uma leitura de histórias sobre aceitação e amizade, as crianças podem atuar as histórias e depois discutir como cada um poderia reagir em situações semelhantes.

5. Mural de Emoções: Criar um mural onde as crianças possam registrar em papéis coloridos emoções que sentiram durante o dia. Em um momento de partilha, elas podem falar sobre essas emoções e aprender a respeitar o que cada um sente.

Essas sugestões proporcionam um espaço dinâmico e lúdico, estimulando as crianças a se conectarem com suas identidades e a desenvolverem a empatia em relação aos outros, essencial para uma convivência harmoniosa.


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