“Plano de Aula: Explorando a Identidade em Bebês de 1 Ano”
Este plano de aula tem como objetivo oferecer uma experiência lúdica e enriquecedora para os bebês de 1 ano e meio, utilizando o tema identidade por meio de interações que estimulem o reconhecimento pessoal e a socialização no ambiente escolar. A atividade principal envolve o uso de fotos dos bebês, que será uma ferramenta essencial para que cada criança possa se ver representada e começar a reconhecer sua própria identidade dentro do grupo, assim como acolher a individualidade de cada um.
Desenvolvemos uma abordagem que promove a integração social, o reconhecimento do próprio corpo e do espaço. Ao explorar elementos visuais e interativos, a proposta se alinha com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), levando em consideração as habilidades e o desenvolvimento da criança nesta faixa etária, que abrange interações com o ambiente, identificação e expressão de emoções.
Tema: Contexto identidade
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 ano e meio
Objetivo Geral:
Proporcionar à criança a possibilidade de reconhecer sua identidade e expressar suas emoções através da interação com o grupo, utilizando fotos e textos com os nomes das crianças.
Objetivos Específicos:
– Estimular o reconhecimento do próprio nome ao associar as fotos com a respectiva identificação.
– Promover a interação entre as crianças, favorecendo vínculos sociais.
– Estimular a expressão emocional através do uso de gestos e balbucios, ao se verem nas fotos.
– Desenvolver a percepção corporal ao se reconhecerem nas imagens.
Habilidades BNCC:
– (EI01EF01) Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem convive.
– (EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– (EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Fotos dos bebês para uso individual.
– Etiquetas ou cartões com os nomes de cada bebê.
– Espelho pequeno (opcional) para atividade adicional.
– Lousa ou papel grande para expor as fotos.
– Materiais de escrita (canetas, lápis).
Situações Problema:
Como a criança pode perceber sua identidade dentro do grupo? Quais sentimentos e emoções surgem ao reconhecer-se em um contexto coletivo?
Contextualização:
Tornar visível para as crianças a noção de identidade ajuda na formação de um senso de pertencimento. A expedição visual que estamos propondo permite que cada criança não apenas reconheça seu próprio nome, mas também comece a entender que faz parte de um grupo maior. Este reconhecimento é fundamental para o desenvolvimento social e emocional.
Desenvolvimento:
– Iniciar a atividade com uma roda de conversa suave, onde o educador chama cada bebê pelo nome, reenfatizando a conexão com as fotos.
– Apresentar as fotos na lousa, seguindo uma sequência que favorece a identidade visual de cada criança.
– Após observar a foto, fazer perguntas simples como “Quem é este? O que você gosta de fazer?” para estimular balbucios e respostas não-verbais.
– Encerrar a atividade permitindo que os bebês toquem nas suas fotos enquanto se observam, criando uma conexão com o espaço.
Atividades sugeridas:
Atividade 1 – Explorando a identidade através das fotos:
– Objetivo: Reconhecer o próprio nome e imagem.
– Descrição: Cada bebê verá sua foto enquanto o educador diz seu nome em voz alta.
– Instruções Práticas: Imprimir as fotos e colá-las em um painel. O educador deve convidar as crianças para olhar e repetir os nomes. O uso de um espelho pode ser introduzido para que eles se vejam e se reconheçam.
Atividade 2 – Roda de Expressão:
– Objetivo: Expressar emoções.
– Descrição: Após a exploração das fotos, promover uma roda de expressões onde as crianças poderão mostrar como se sentem.
– Instruções Práticas: Cada criança pode imitar um gesto que representa o que sente ao ver a foto. O educador deve guiar com perguntas como “Você se sente alegre?”, encorajando os gestos.
Atividade 3 – Música e Movimento:
– Objetivo: Estimular a expressão corporal.
– Descrição: Criação de uma pequena canção que inclua os nomes das crianças.
– Instruções Práticas: Através de uma canção simples, utilize gestos que representem as ações e sonoridades. Cantar juntos ao ritmo, utilizando os nomes.
Atividade 4 – Livro de Identidade:
– Objetivo: Construir um pequeno livro de identidade.
– Descrição: Ao final da atividade, cada bebê pode ter um livrinho com sua foto e nome.
– Instruções Práticas: Montar um mini-livro simples com as fotos e os nomes, para que as crianças possam levar para casa e mostrar para a família.
Atividade 5 – Sensação com Espelhos:
– Objetivo: Estimular o reconhecimento do próprio rosto.
– Descrição: Deixe cada bebê se olhar em um espelho em diferentes momentos da atividade.
– Instruções Práticas: Introduzir o espelho durante a atividade para que possam ver suas expressões faciais.
Discussão em Grupo:
Os educadores deverão realizar uma conversa sobre as emoções que surgiram durante a atividade e o que aprenderam sobre si mesmos e os outros.
Perguntas:
– O que você sente quando vê sua foto?
– Você consegue dizer seu nome?
– Como você se sente ao brincar com seus amigos?
Avaliação:
A avaliação deve ser contínua, observando o envolvimento de cada criança nas atividades, suas reações ao ver suas próprias fotos e a interação com o grupo.
Encerramento:
Finalizar com uma breve roda de agradecimento, proporcionando um espaço para que as crianças possam se comunicar e se conectar através de gestos e balbucios, celebrando suas identidades.
Dicas:
– Utilize um ambiente acolhedor, com espaço suficiente para que as crianças circulem livremente.
– Encoraje os cuidadores presentes a participarem ativamente, ajudando a interagir com as crianças.
– Ajuste o tempo das atividades conforme a resposta dos bebês, garantindo que sejam sempre lúdicas e leves.
Texto sobre o tema:
Compreender a identidade é um dos passos fundamentais na formação da criança. Nesta fase inicial, é comum que os bebês comecem a desenvolver a percepção de si mesmos e a reconhecer sua individualidade em um contexto social. A construção da identidade não se dá apenas pelo nome, mas também pelas emoções e experiências que vivenciam ao longo do tempo. Os bebês, ao ver suas próprias imagens, começam a estabelecer uma ligação mais forte consigo mesmos, ajudando a formar uma base de autoestima e autoconfiança, que se expandirá conforme crescem.
No ambiente escolar, a forma de introduzir o conceito de identidade deve ser cercada de carinho e facilitação, através de práticas que integram a expressão. As emoções, tão presentes nesta fase, precisam ser exploradas pelos educadores, que podem mediá-las em diferentes atividades, favorecendo a compreensão e a expressão. Por meio de um espaço seguro e acolhedor, a troca entre os bebês e os profissionais educativos se torna uma ponte para o desenvolvimento da autoestima e do pertencimento.
Finalmente, o estímulo da identificação através de ferramentas visuais – como fotos e desenhos – promove uma sensação de inclusão e pertencimento no grupo. Isso é vital para a formação da identidade coletiva, onde cada criança aprende a se ver como parte de um todo, em sua singularidade, criando laços e relações que vão além da própria imagem pessoal. Explorar o eu e o outro é uma jornada que deve ser acompanhada com afeto.
Desdobramentos do plano:
Considerando a proposta inicial, é possível desdobrar o acordo da atividade para além da sala de aula. Por exemplo, os pais podem ser convidados a trazer fotos de outros familiares, criando uma rede de reconhecimento que ampliará o senso de identidade de cada criança. Esta atividade familiar poderá ser desenvolvida em um mural na entrada da escola, onde as crianças poderão visualizar e discutir suas identidades.
Outro desdobramento relevante é a exploração de diferentes culturas e etnias, facilitando a troca de experiências entre os alunos. A ideia é proporcionar um espaço onde as crianças possam aprender sobre as diferenças e semelhanças que existem entre elas, promovendo um respeito desde cedo pela diversidade. Esses momentos são essenciais para mostrar que, apesar de diferentes, todos pertencem a uma comunidade mais ampla.
Por fim, integrar a literatura ao tema também pode ser uma alternativa para expandir as discussões sobre identidade. Livros que falam sobre diferentes personagens e suas histórias podem ser introduzidos, enriquecendo o repertório cultural dos pequenos e facilitando a identificação com narrativas que falam sobre sentimentos e emoções. Esta conexão literária pode fortalecer elegâncias e sutilezas de diferenças, permitindo que as crianças reflitam sobre a individualidade de maneira divertida e significativa.
Orientações finais sobre o plano:
É importante que os educadores se lembrem de que cada criança é única e pode responder de maneiras distintas às atividades propostas. Portanto, é fundamental que haja flexibilidade e adaptação nos planos. A sensibilidade às reações dos bebês deve ser uma prioridade, permitindo que eles se sintam seguros e confortáveis para se expressar. O papel do educador é criar um ambiente acolhedor onde todos se sintam valorizados.
O engajamento dos familiares também é essencial nesse processo de reconhecimento de identidade. Envolver os pais pode proporcionar uma continuidade nas experiências vividas em sala de aula, permitindo que as iniciativas liguem-se à vida familiar, criando um fortalecimento entre a educação e o cotidiano. À medida que as crianças observam suas fotos e os nomes em diferentes contextos, podem fortalecer seu entendimento sobre pertencimento e individualidade.
Por fim, sempre que forem abordados temas delicados como identidade, é fundamental cultivar a empatia e a inclusão desde os primeiros anos de vida. O conhecimento das características e preferências individuais, bem como a promoção do respeito à diversidade entre as crianças, ensinará lições valiosas que acompanharão os pequenos ao longo da vida. Dessa forma, o educador torna-se um agente propulsor que não apenas ensina, mas também molda cidadãos conscientes e respeitosos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1 – Jogo dos Nomes:
– Objetivo: Facilitar o reconhecimento do nome de cada criança.
– Material: Cartões com nomes e fotos.
– Modo de condução: Os bebês podem observar e associar seus nomes às fotos em um painel, enquanto o educador os apresenta.
Sugestão 2 – Mímica de Emoções:
– Objetivo: Expressar emoções.
– Material: Cartões ilustrados com expressões faciais diferentes.
– Modo de condução: Os bebês tentam imitar o rosto que veem nos cartões, promovendo diversão e aprendizado.
Sugestão 3 – Caça ao Tesouro:
– Objetivo: Reconhecer espaços e objetos ao redor.
– Material: Objetos ou brinquedos que representem parte da identidade das crianças.
– Modo de condução: Os bebês devem e encontrar os objetos que correspondem aos seus gostos pessoais, criando uma conexão com a sua identidade.
Sugestão 4 – Histórias Personalizadas:
– Objetivo: Enriquecer a contação de histórias com personagens que se parecem com os alunos.
– Material: Livros com a possibilidade de inserir os nomes das crianças.
– Modo de condução: Criar histórias onde os próprios estudantes são os protagonistas, ajudando na formação da identidade.
Sugestão 5 – Festa da Identidade:
– Objetivo: Stimulando a celebração da individualidade.
– Material: Decorações que representem as culturas ou hobbies de cada aluno.
– Modo de condução: Realizar uma pequena festa onde cada criança pode trazer um objeto que represente o que gosta, e compartilhar com os colegas.
Com esse planejamento detalhado, espera-se que a construção da identidade nas crianças ocorra de maneira lúdica e engajadora, colaborando para o desenvolvimento emocional e social de cada estudante nesta fase tão especial da vida.