“Plano de Aula: Explorando a Boca em Bebês de 1 a 6 Meses”

A proposta deste plano de aula visa abordar o tema da boca, utilizando diversas atividades que estimulem a exploração e a expressão dos bebês, com idades de 1 a 6 meses. É essencial que, nesta fase do desenvolvimento, as atividades provoquem interações e brinquem com as sensações, promovendo um espaço seguro e acolhedor para que os pequenos possam expressar suas emoções e se familiarizar com o próprio corpo e os outros ao seu redor.

As atividades sugeridas neste plano são cuidadosamente pensadas para que as crianças possam perceber a relação entre o seu corpo e o meio, estimulando a comunicação através de gestos e sons, além de entenderem que suas ações têm impacto nos que estão à sua volta. O universo das bocas, incluindo sons e expressões, será o fio condutor dessas experiências.

Tema: Boca
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 a 6 meses

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar experiências sensoriais e sociais que estimulem o reconhecimento do corpo, especialmente da boca, e promovam a comunicação e a interação entre os bebês e os adultos.

Objetivos Específicos:

– Estimular a percepção do próprio corpo, principalmente a boca e seus movimentos.
– Promover interações entre os bebês e os adultos, utilizando gestos, sons e expressões faciais.
– Incentivar a exploração sensorial através de objetos e sons relacionados à boca.
– Propiciar momentos de descoberta e cuidado, respeitando as emoções e sensações dos bebês.

Habilidades BNCC:

– EI01EO01: Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– EI01EO02: Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
– EI01CG01: Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– EI01TS01: Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– EI01EF06: Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Brinquedos macios e coloridos que imitam formas da boca (ex: mordedores)
– Espelhos de segurança (para que os bebês possam observar suas próprias expressões)
– Tecido de diferentes texturas (liso, áspero, macio)
– CD ou caixa de som com canções infantis que imitam sons de boca
– Livro ilustrado com imagens de diferentes bocas (animais, pessoas)

Situações Problema:

– Como os bebês reagem ao ver suas próprias bocas no espelho?
– Que sons conseguem produzir com a boca e como isso pode ser imitado pelos adultos?
– Quais diferentes texturas podem ser exploradas com a boca e como isso pode ser feito em segurança?

Contextualização:

A boca é uma parte essencial do corpo humano, responsável pela comunicação e expressões emocionais. Para os bebês, explorar a boca oferece uma nova maneira de interagir com o mundo ao seu redor. Através de sons, expressões e movimentos, os bebês conseguem não apenas aprender sobre si mesmos, mas também sobre o ambiente social e as relações que constroem com os outros.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em quatro momentos principais, com foco na exploração, interação e descoberta. Cada momento deve ser conduzido de forma leve, respeitando o tempo e as reações dos bebês.

1. Exploração com Espelho (5 minutos): Coloque um espelho de segurança à frente dos bebês. Incentive-os a observar suas bocas e expressões. Pergunte: “O que você vê?”. Isso fomentará a auto percepção.

2. Sonoridade da Boca (5 minutos): Use sons de boca, como imitar “muu”, “ããã”, entre outros. Permita que cada bebê experimente criar seus próprios sons e imite os adultos. Isso auxilia na comunicação.

3. Texturas e Sensações (5 minutos): Mostre tecidos de diferentes texturas e permita que os bebês explorem esses materiais com a boca, sempre atendo à segurança. Pergunte sobre as sensações: “Isso é macio?”, “É áspero?”.

4. Canto e Movimento (5 minutos): Finalize a aula com uma música infantil que envolva sons de boca. Utilizando instrumentos simples ou batendo palmas, estimule a dança leve e alegre. Conduza os bebês por pequenos movimentos que imitem os sons da música.

Atividades sugeridas:

1. Atividade do Espelho:
Objetivo: Promover a auto-exploração visual dos bebês.
Descrição: Posicione um espelho a uma altura confortável e permita que cada bebê olhe para si mesmo. Facilite a interação perguntando sobre o que veem.
Materiais: Espelho de segurança.
Adaptação: Para bebês mais tímidos, oriente um adulto a se posicionar junto a eles, fazendo caretas e expressões para engajá-los.

2. Brincadeira com Sons:
Objetivo: Estimular a produção de sons e comunicação.
Descrição: Os educadores devem fazer sons variados com suas bocas e incentivar os bebês a imitá-los. Os adultos também podem mimetizar sons de animais e usar brinquedos que emitem sons.
Materiais: Sons de animais ou de natureza gravados.
Adaptação: Use bonecos ou fantoches que imitam sons para aumentar a interação.

3. Exploração de Texturas:
Objetivo: Sensibilização e descoberta de novas texturas.
Descrição: Ofereça diferentes tecidos e permita que os bebês explorem, colocando em suas bocas (sempre supervisionado).
Materiais: Tecido de algodão, veludo, papel texturizado.
Adaptação: Caso um bebê não possa usar a boca, permita que explore com as mãos e lembre-se de descrever as texturas.

4. Ritmos e Sons:
Objetivo: Estimular a percepção auditiva através de música e movimento.
Descrição: Utilize uma canção que os bebês possam acompanhar com movimentos. Durante a música, promova batidas com os pés e as mãos.
Materiais: Caixa de som ou CD com canções infantis.
Adaptação: Utilize instrumentos simples para que os bebês toquem junto com a música, como chocalhos ou tamborins.

Discussão em Grupo:

Após as atividades, é importante discutir os sentimentos e as reações dos bebês durante as experiências. Pergunte aos adultos presentes como perceberam a interação dos bebês com a proposta da aula e quais foram os momentos mais marcantes. Reforce a qualidade das interações e o papel da comunicação não verbal que os bebês empregaram.

Perguntas:

– Como você se sente ao olhar para o seu reflexo?
– Que tipo de sons você gosta de fazer com a boca?
– Alguma textura parece diferente? Por quê?

Avaliação:

A avaliação será feita através da observação direta das reações dos bebês durante as atividades. Fique atento às interações, ao uso de gestos e à comunicação que cada um estabelece com o ambiente, com os adultos e entre si. Esse feedback servirá para adaptar futuras experiências e atender melhor às necessidades dos bebês.

Encerramento:

Finalizamos a aula com um momento de acolhimento e carinho. Cada bebê deve ser abraçado pelos responsáveis, reforçando a conexão emocional que foi cultivada durante as atividades. Ao final, informe os responsáveis sobre o que foi realizado na aula e sugira que continuem a explorar em casa o tema da boca através de mais sons e carinhos.

Dicas:

– Mantenha um ambiente seguro e acolhedor, onde os bebês possam se sentir confortáveis para explorar.
– Encoraje a comunicação por meio de gestos e expressões faciais, criando um espaço de escuta ativa e atenção.
– Observe cada bebê individualmente para personalizar as interações, sempre respeitando o tempo e as preferências de cada um.

Texto sobre o tema:

O tema da boca é fascinante e extremamente importante na vida do ser humano, mesmo desde os primeiros meses de vida. A boca não serve apenas para a alimentação, mas é um dos principais órgãos relacionados à comunicação e expressão. No desenvolvimento infantil, o reconhecimento dos diferentes contornos da boca, bem como suas funções nos permitem diferentes expressões emocionais, torna-se essencial. A relação entre o som que a boca produz e a capacidade de comunicar sentimentos é algo que deve ser cultivado já na primeira infância.

Durante os primeiros meses de vida, os bebês começam a explorar o mundo através da boca. Eles utilizam essa parte do corpo para experimentar texturas e novos sentidos. É por meio desse ato de explorar que as crianças também começam a desenvolver a percepção de que estão em um contexto social, interagindo com outras pessoas que as cercam. Portanto, criar condições adequadas para que essas experiências com a boca possam ser realizadas é fundamental. Ao facilitar interações que envolvam sons, movimentos e troca de olhares, os educadores e responsáveis promovem um importante desenvolvimento emocional e cognitivo.

A importância da boca na comunicação não deve ser subestimada. Os bebês começam a balbuciar, a emitir sons e aprendem a imitar. Durante essa fase, são comuns diferentes tentativas de vocalização, o que evidencia a curiosidade natural das crianças. É essencial que educadores e pais estejam atentos e participem, respondendo a esses chamados, pois isso irá incentivá-los a continuar essa construção da comunicação e da expressão verbal. As interações devem ser sempre acompanhadas de carinho e acolhimento, permitindo que os bebês sintam-se seguros para experimentar, explorar e descobrir não apenas o universo da boca, mas também o vasto mundo socioafetivo que os envolve.

Desdobramentos do plano:

O plano de aula pode perfeitamente ser desdobrado em diferentes temáticas, sempre mantendo o foco na boca e em como ela se relaciona com o cotidiano da criança. As atividades podem ser ampliadas para incluir esculturas de boca feitas com massinha ou papel machê, explorando ainda mais a percepção tátil e a criatividade. Os educadores podem levar os bebês a explorar diferentes alimentos que são utilizados na alimentação (como frutas, iogurtes) e falar sobre como a boca é importante nesse momento.

Uma continuação desse plano pode ser a criação de uma “semana da boca” onde cada dia tenha um tema diferente conectado, como “Sonhos de boca” onde a música é o foco, outro dia poderia ser “Boca e sabor”, trazendo alimentos e brincadeiras que exploram sabores e texturas. Além dessa perspectiva de continuação, a temática pode ser diferenciada conforme a faixa etária, introduzindo conceitos de saúde bucal, por exemplo, enquanto as crianças se aproximam de níveis de aprendizado mais avançados. Dessa forma, a conexão do aprendizado se torna mais rica e completa, garantindo que a experiência permanecente na memória dos pequenos.

Por fim, a importância do envolvimento dos familiares não pode ser ignorada. Criar momentos de interação em casa em torno da temática da boca, talvez através de teatrinhos de fantoches ou criação de músicas, instiga a continuidade do aprendizado e aprofunda os laços emocionais. O engajamento dos adultos é um fator primário para que tais estratégias se concretizem, contribuindo para o aprendizado e desenvolvimento harmonioso das crianças. Além disso, torna a proposta de aprendizado mais atraente e divertida, promovendo interações significativas e afetivas.

Orientações finais sobre o plano:

Para a execução desse plano de aula é fundamental que os educadores mantenham uma abordagem flexível, adaptando as atividades às reações e necessidades dos bebês. Cada pequeno tem seu ritmo e seu tempo, e reconhecer como cada um recepta as propostas permite que você conduza a aula de forma mais individualizada e eficaz. Lembre-se sempre de que a base do aprendizado nessa fase é a observação e a escuta ativa.

Além disso, oferecer um ambiente calmo e seguro pode facilitar muito a exploração. Permita que os bebês se sintam cómodos para se movimentar livremente, garantindo um espaço que seja acolhedor. Durante as atividades, é importante mostrar constância e entusiasmo, pois isso irá motivar os bebês a participarem ativamente e a expressarem seus sentimentos e emoções de maneira mais livre.

Por fim, a ligação entre os momentos de aprendizagem e as experiências cotidianas deve ser sempre ressaltada, um excelente ponto para concluir cada aula, pois reforça o conceito de que aprender e explorar deve ser uma experiência contínua e prazerosa não só no ambiente escolar, mas também em casa. Desenvolver esse pensamento em crianças na primeira infância estabelece uma base sólida para futuras aprendizagens, onde podem ver o mundo como um grande espaço de descobertas e comunicações.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Fantoches da Boca:
Objetivo: Estimular a comunicação e expressão.
Materiais: Fantoches de boca (feitos com meias ou papel).
Descrição: Crie fantoches e encene pequenos diálogos e canções com sons divertidos. Os bebês podem interagir com os fantoches, desaprendendo o medo e a timidez.

2. Músicas e Mandingas:
Objetivo: Explorar variações sonoras.
Materiais: Roupas com cores vibrantes para se diferenciar na performance.
Descrição: Crie músicas curtas que tragam ritmos variados e estimulem os bebês a acompanhar com movimentos, incentivando a vocalização com a boca.

3. Jogo do Sorriso:
Objetivo: Estimular a interação social.
Materiais: Espelhos em formato de boca.
Descrição: Proporcione espelhos e crie um mini-jogo de expressões faciais, onde os bebês devem imitar gargalhada e sorrisos.

4. Brincando com Alimentos:
Objetivo: Trabalhar textura e sabor.
Materiais: Snacks saudáveis (como banana, maçã).
Descrição: Apresentar a experiência sensorial através de frutas, incentivando os bebês a explorarem texturas e sabores com a boca (sempre supervisionados).

5. Dança da Boca:
Objetivo: Desenvolver habilidades motoras.
Materiais: Musicais e brinquedos que emitam sons.
Descrição: Crie uma dança leve guiada pela música, onde os bebês se movem utilizando gestos de boca para produzir sons e imitar os adultos.

Essas sugestões visam proporcionar um aprendizado contínuo e significativo, sempre promovendo um ambiente seguro e acolhedor para o desenvolvimento e a socialização dos bebês.

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