Plano de Aula: ETI03EF03) Comparar decisões diversas de despesas, notando suas semelhanças, diferenças e impactos ao longo do tempo. (Ensino Fundamental 1) – 3º Ano

Este plano de aula visa abordar a importância de comparar decisões diversas de despesas com os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, permitindo que eles identifiquem semelhanças e diferenças entre as escolhas financeiras que podem impactar suas vidas. Essa reflexão sobre gastos torna-se essencial na formação da cidadania financeira, promovendo a conscientização desde cedo sobre a importância de tomar decisões financeiras ponderadas e responsáveis. Através de uma abordagem interativa e lúdica, os alunos poderão entender como pequenas escolhas podem gerar impactos significativos ao longo do tempo.

Tema: Comparação de despesas e suas consequências
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos

Objetivo Geral:

Compreender a importância de comparar diferentes decisões de despesas e o impacto dessas escolhas ao longo do tempo, desenvolvendo a habilidade de análise crítica acerca de gastos pessoais e suas consequências.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Identificar as principais características de diferentes tipos de despesas.
– Comparar as consequências de decisões financeiras em contextos variados.
– Adquirir noções sobre planejamento financeiro através da vivência prática.

Habilidades BNCC:

(EF03MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam a comparação e a equivalência de valores monetários do sistema brasileiro em situações de compra, venda e troca.
(EF03LP08) Identificar e diferenciar, em textos, substantivos e verbos e suas funções na oração: agente, ação e objeto da ação.
(EF03LP19) Identificar e discutir o propósito do uso de recursos de persuasão em textos publicitários como elementos de convencimento.

Materiais Necessários:

– Quadro branco e marcadores.
– Folhas de papel em branco e canetinhas coloridas.
– Fichas com exemplos de despesas (necessárias e supérfluas).
– Calculadora (opcional, caso os alunos queiram um apoio na soma).
– Acesso a um computador ou tablet para consulta de materiais complementares.

Situações Problema:

– “Mariana tem R$ 50,00 e precisa comprar materiais para a escola. Ela tem duas opções: um caderno por R$ 30,00 e um estojinho por R$ 25,00. O que ela deve escolher e por quê?”
– “João deseja comprar um lanche na escola que custa R$ 5,00. Se ele levar R$ 20,00, quanto pode gastar no lanche e ainda sobrar dinheiro para outra compra?”

Contextualização:

A gestão financeira pode parecer complexa, mas ao compreendê-la desde a infância, os alunos se tornam mais preparados para lidar com dinheiro no futuro. Através de comparações entre gastos necessários, como alimentação e material escolar, e gastos supérfluos, como brinquedos e doces, os alunos poderão refletir sobre suas escolhas. Essa reflexão está ligada à responsabilidade e ao planejamento, que são habilidades importantes para ser desenvolvido ao longo da vida.

Desenvolvimento:

1. Introdução (10 minutos):
– Iniciar a aula perguntando aos alunos sobre o que eles sabem sobre despesas e como decidir o que comprar.
– Fazer uma breve explicação sobre diferentes tipos de despesas: necessárias e supérfluas. Usar exemplos do dia a dia deles (ex. lanche, materiais de escola, jogos).
– Anotar as contribuições no quadro, destacando as diferenças entre os tipos de gastos.

2. Atividade em Grupo (15 minutos):
– Dividir a turma em grupos de 4 a 5 alunos e distribuir fichas com exemplos de despesas.
– Pedir que cada grupo categorize estas despesas em necessárias ou supérfluas, justificando a escolha.
– Após o término, cada grupo apresentará suas categorias e justificativas ao restante da turma.

3. Debate e Reflexão (10 minutos):
– Após as apresentações, promover um debate onde os alunos poderão discutir as diferentes decisões de gastos e seus impactos ao longo do tempo.
– Fazer perguntas como: “Como se sentiriam se tivessem que cortar um gasto supérfluo?” ou “O que acontece se não planejarmos nossas despesas?”

4. Encerramento (15 minutos):
– Propor que cada aluno escreva ou desenhe uma situação em que teve que decidir entre uma despesa necessária e uma supérflua.
– Pedir que compartilhem suas histórias com um colega, incentivando a troca de experiências.

Atividades sugeridas:

1. Atividade: “O lanche do mês”
Objetivo: Planejar as despesas do lanche por um mês.
Descrição: Os alunos devem listar o que geralmente levam para o lanche e calcular o custo total.
Materiais: Papel, canetas.
Instruções: Promover uma discussão sobre substituições que podem fazer para reduzir custos.

2. Atividade: “Criação de um cartaz”
Objetivo: Criar um cartaz comparativo de despesas necessárias e supérfluas.
Descrição: Usar papel em branco e canetinhas para criar um cartaz que destaque as diferenças entre os dois tipos de gasto.
Materiais: Papel em branco, canetinhas.
Instruções: Os alunos devem apresentar o cartaz para a turma ao final da atividade.

3. Atividade: “Jogo do troco”
Objetivo: Praticar a resolução de problemas financeiros através de um jogo.
Descrição: Simular compras em uma pequena “loja” na sala de aula onde os alunos devem dar o troco correto usando calculadoras ou contas mentais.
Materiais: Fichas de dinheiro fictício e objetos para simulação de compras.
Instruções: Cada aluno recebe um valor fictício para “comprar” itens expondo suas decisões de despesas.

Discussão em Grupo:

Organizar um momento onde os alunos possam compartilhar experiências pessoais sobre decisões de gastos que tomaram em casa ou na escola, estimulando o respeito e a escuta atenta às ideias dos colegas. É importante que os alunos se sintam à vontade para discutir seus pontos de vista.

Perguntas:

– Quais despesas vocês consideram necessárias?
– Alguma vez vocês já se sentiram mal por gastar dinheiro em algo que não era tão importante?
– Como você decidiria entre comprar um brinquedo novo ou economizar para algo maior?
– O que poderia acontecer se você gastasse todo o seu dinheiro só com coisas que quer, sem pensar nas coisas que precisa?

Avaliação:

A avaliação será contínua e se dará pela observação do envolvimento dos alunos durante as atividades, a validade de suas discussões e as justificativas apresentadas nas categorias que formaram sobre despesas. A participação nas atividades em grupo também será crucial para o processo de avaliação, assim como a produção final onde deverão demonstrar o aprendizado.

Encerramento:

Finalizar a aula reafirmando a importância de fazer escolhas financeiras conscientes, refletindo sobre o que aprenderam e como isso poderá ajudá-los no futuro a se tornarem cidadãos mais responsáveis em relação ao dinheiro. É essencial que os alunos entendam que pequenas decisões financeiras impactam diretamente em sua vida e que refletir sobre essas escolhas é um exercício contínuo.

Dicas:

– Estimular a participação ativa dos alunos e garantir que todos tenham a oportunidade de falar.
– Use exemplos do cotidiano dos alunos para tornar a aula mais próxima da realidade deles.
– Incentivar a formação de grupos de estudos após a aula pode ajudar a consolidar o aprendizado e tornar mais fácil a reflexão sobre as despesas no dia a dia.

Texto sobre o tema:

A educação financeira é um tópico que ganha cada vez mais destaque no contexto atual. Com a complexidade das necessidades e desejos humanos, refletir sobre o que é realmente essencial e o que pode ser considerado um gasto supérfluo é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade que valoriza o planejamento e a prudência nas escolhas financeiras. Ao educar crianças sobre despesas e suas implicações, contribuímos para formar cidadãos conscientes e capazes de realizar escolhas que não apenas beneficiem a si mesmos, mas também ao seu coletivo.

Neste contexto, é importante que as crianças aprendam a diferença entre necessidades e desejos. Necessidades são aquelas coisas que são fundamentais para a nossa sobrevivência e bem-estar, como alimentação, vestuário e moradia. Já os desejos são tudo que queremos, mas que não são essenciais. Uma criança que compreende essa diferença é capaz de priorizar suas despesas de forma mais consciente.

Além disso, desenvolver a habilidade de comparar diferentes opções de gastos e considerar as consequências de suas decisões financeiras ao longo do tempo é crucial. É aqui que entra a prática de fazer listas de despesas, avaliar diferentes oportunidades de compras e até mesmo simular cenários financeiros. Essa prática não só ensina a importância do planejamento, mas também estimula o pensamento crítico, permitindo que os jovens tomem melhores decisões financeiras que impactarão positivamente suas vidas a longo prazo.

Desdobramentos do plano:

O trabalho com finanças pessoais desde cedo permite que as crianças se sintam empoderadas em suas decisões econômicas, levando em consideração suas próprias realidades e as de suas famílias. Isso não só aumenta sua habilidade de tomar decisões informadas, mas também as prepara para lidar com situações financeiras no futuro. Assim, ao abordarmos a educação financeira, estamos preparando as crianças, não apenas para as responsabilidades de adultos, mas também para um entendimento mais amplo sobre como um orçamento familiar funciona.

Além disso, esse plano de aula pode ser vinculado a outras disciplinas, como matemática, onde a manipulação de números e operações financeiras se faz necessária para compreender conceitos mais amplos como investimento e economia. Por exemplo, após realizar a atividade de categorização de gastos, os alunos poderiam também refletir sobre como diferentes taxas de juros poderiam afetar as despesas ao longo do tempo, levando a um entendimento mais profundo do dinheiro como um recurso que deve ser gerido com cuidado.

Por fim, outro desdobramento importante é a capacitação dos alunos para discutirem suas experiências e reflexões financeiras com seus familiares. Ao incentivá-los a trazer essas conversas para casa e compartilhá-las com suas famílias, não apenas reforçamos seu aprendizado, mas também contribuímos para um ambiente familiar que valoriza a reflexão e a educação financeira. Essa transmissão de conhecimento pode ter um impacto cumulativo, melhorando também a saúde financeira de toda a família.

Orientações finais sobre o plano:

Ao planejar aulas sobre educação financeira, é essencial lembrar que a complexidade do assunto deve ser adequada à idade e ao nível de entendimento dos alunos. Para a faixa etária de 8 a 9 anos, as atividades devem ser interativas e lúdicas, buscando sempre engajar os alunos através de experiências práticas e realistas. Os exemplos utilizados devem sempre ressoar com as vivências das crianças, respeitando suas histórias e contextos sociais.

Além disso, a utilização de ferramentas visuais, como gráficos e desenhos, pode facilitar a compreensão de conceitos que, à primeira vista, podem parecer abstratos. Integrar recursos multimídia, como vídeos e jogos educativos, também pode ser uma excelente estratégia para manter o interesse e a atenção dos alunos ao longo da aula. A combinação de diferentes abordagens de ensino pode atender a diversos estilos de aprendizagem, garantindo que todos os alunos possam participar ativamente do processo.

Por último, não se esqueça de criar um ambiente de aprendizado colaborativo e respeitoso. Quando os alunos compartilham suas experiências e reflexões financeiras, eles não apenas reforçam seu próprio aprendizado, mas também possibilitam que outros alunos aprendam com suas vivências. Essa troca é fundamental, pois ensina que cada um possui uma relação única com o dinheiro e que essas experiências são valiosas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches:
Objetivo: Incentivar a discussão sobre decisões de gastos.
Descrição: Os alunos podem criar histórias utilizando fantoches sobre personagens que têm que decidir entre comprar algo necessário ou algo que desejam muito.
Materiais: Fantoches, caixas para representação, cenários.
Modo de condução: Após a apresentação, os colegas podem discutir e comentar as escolhas feitas pelos personagens e suas consequências.

2. MasterChef das Finanças:
Objetivo: Ensinar o planejamento financeiro de forma prática.
Descrição: Criar um “MasterChef” onde os alunos têm que preparar uma lancheira com diferentes itens, considerando um orçamento fictício.
Materiais: Fichas com preços dos alimentos, papel, caneta.
Modo de condução: Os alunos devem discutir quais itens escolheriam e por quê, respeitando o orçamento.

3. Caça ao Tesouro Financeiro:
Objetivo: Praticar a comparação e a tomada de decisões.
Descrição: Criar uma caça ao tesouro onde os alunos precisam encontrar itens com fichas que representam diferentes conceitos de necessidade e desejo.
Materiais: Fichas ou desenhos representando várias despesas.
Modo de condução: Após a caça, os alunos podem compartilhar suas descobertas e discutir o que escolheram e por quê.

4. Simulador de Compras:
Objetivo: Familiarizar os alunos com o conceito de gastos e troco.
Descrição: Criar uma mini loja onde os alunos podem “comprar” itens com dinheiro fictício, aprendendo a fazer contas simples e a lidar com troco.
Materiais: Brinquedos, dinheiro fictício, etiquetas de preço.
Modo de condução: Os alunos devem ajudar uns aos outros, discutindo as melhores escolhas de compras.

5. Diário de Despesas:
Objetivo: Refletir sobre as escolhas financeiras na vida cotidiana.
Descrição: Criar um diário onde os alunos devem registrar suas despesas do dia, refletindo sobre o que foi necessário e o que foi supérfluo.
Materiais: Cadernos, canetas.
Modo de condução: Os alunos podem compartilhar em grupos o que aprenderam com seus diários e como isso impactou suas ideias sobre gastar dinheiro.

Com essas atividades, a proposta é que os alunos desenvolvam um senso crítico sobre suas escolhas financeiras e aprendam a tomar decisões mais informadas, se preparando para um futuro responsável e consciente em relação ao dinheiro.

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