Plano de Aula: ETI03EF02) Comparar e contrastar gastos individuais com gastos em grupo ou em família. (Ensino Fundamental 1) – 3º Ano
O plano de aula que segue foi elaborado com o objetivo de trabalhar de forma lúdica e didática a habilidade de comparar e contrastar gastos individuais com gastos em grupo ou em família no contexto do 3º ano do Ensino Fundamental. Durante os 50 minutos da aula, os alunos terão a oportunidade de desenvolver não apenas competências matemáticas, mas também habilidades sociais e críticas, aprendendo a perceber a importância da organização financeira em seu dia a dia.
Com o crescimento da conscientização financeira desde a infância, é fundamental que os alunos compreendam a diferença entre os gastos realizados de forma individual e aqueles feitos em conjunto com outras pessoas, como familiares ou grupos de amigos. Essa compreensão ajudará a formar cidadãos mais responsáveis, à medida que entendem as repercussões de suas escolhas financeiras.
Tema: Comparação de Gastos Individuais e em Grupo
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos
Objetivo Geral:
O objetivo geral desta aula é que os alunos compreendam a diferença entre gastos individuais e em grupo, explorando como essas escolhas podem influenciar a economia familiar e a dinâmica de grupos de amigos.
Objetivos Específicos:
1. Analisar os gastos individuais e em família, comparando-os em situações práticas.
2. Desenvolver a habilidade de fazer escolhas conscientes em relação ao consumo.
3. Estimular o trabalho em grupo para a discussão e resolução de problemas financeiros.
4. Utilizar a linguagem matemática para descrever os gastos em diferentes contextos.
Habilidades BNCC:
– Matemática:
(EF03MA16) Reconhecer e classificar gastos e valores.
(EF03MA24) Resolver problemas que envolvam a comparação e a equivalência de valores monetários do sistema brasileiro.
– Língua Portuguesa:
(EF03LP07) Identificar e utilizar o ponto final e o ponto de interrogação nas produções escritas.
(EF03LP08) Identificar a função dos substantivos e verbos, ajudando na compreensão de textos sobre compras e gastos.
Materiais Necessários:
1. Cartolinas e canetinhas coloridas.
2. Fichas com situações de gastos (compras de roupas, alimentação, lazer, etc.).
3. Calculadoras (opcional).
4. Folhas de papel para anotações.
5. Quadro branco e marcadores.
Situações Problema:
1. Quantos reais você gasta mensalmente com um lanche na escola?
2. Qual é o valor total gasto em um passeio com amigos?
3. Como a compra de alimentos em casa pode ser diferente da compra em um restaurante?
Contextualização:
Para iniciar a aula, o professor deve propor uma discussão em grupo sobre o que cada aluno considera como “gastos essenciais”, como alimentos e roupas, e “gastos não essenciais”, como lazer e entretenimento. Vamos identificar juntos a importância de cada um desses gastos em várias situações cotidianas.
Desenvolvimento:
1. Após a discussão inicial, o professor distribuirá as fichas com situações de gastos, e cada grupo de alunos ficará responsável por analisar e resolver as situações apresentadas.
2. Em grupos de 4 a 5 alunos, os alunos devem identificar se os gastos são individuais ou em grupo e criar um gráfico simples ou uma tabela que ilustre esses gastos.
3. Cada grupo apresentará seus gráficos/tabelas para a turma, enfatizando as diferenças entre os gastos individuais e em grupo, destacando os aprendizados.
Atividades sugeridas:
Atividade 1 – Levantamento de Gastos:
Objetivo: Identificar e comparar gastos pessoais e em grupo.
Descrição: Organizar os alunos em grupos pequenos e pedir que eles façam uma lista dos gastos de um mês, tanto individuais quanto em grupo (com amigos ou família), registrando os valores.
Instruções: Fornecer exemplos simbólicos (por exemplo, “quanto custa um lanche na escola?”).
Materiais: Calculadoras opcionais, papel e caneta.
Adaptação: Alunos com dificuldades de escrita podem fazer a atividade oralmente.
Atividade 2 – Jogo dos Gastos:
Objetivo: Compreender a diferença entre despesas fixas e variáveis.
Descrição: Criar um jogo de tabuleiro que simule uma vida financeira, onde cada grupo deve tomar decisões financeiras.
Instruções: Alunos andam pelo tabuleiro, gastando dinheiro (fichas) e lidando com imprevistos (cartas sorteadas).
Materiais: Tabuleiro, fichas de dinheiro falso, cartas com imprevistos.
Adaptação: Para alunos que têm dificuldade em matemática, os valores poderão ser simplificados.
Atividade 3 – Debate em Grupo:
Objetivo: Desenvolver habilidades argumentativas e de escuta.
Descrição: Organizar um debate sobre a importância de se controlar gastos em família.
Instruções: Cada grupo defende um posicionamento – gastar ou economizar.
Materiais: Quadro para anotar ideias principais.
Adaptação: Alunos com dificuldades de fala podem participar escrevendo suas ideias.
Atividade 4 – Criação de um Cartaz:
Objetivo: Trabalhar a capacidade de síntese e comunicação visual.
Descrição: Criar um cartaz mostrando as vantagens de economizar em grupo.
Instruções: Usar recortes de revistas e canetinhas.
Materiais: Cartolinas, revistas, tesoura e cola.
Adaptação: Alunos podem trabalhar em duplas.
Atividade 5 – Reflexão Final:
Objetivo: Consolidar o aprendizado.
Descrição: Escrever um pequeno parágrafo sobre o que aprenderam sobre gastos individuais e em grupo.
Instruções: Cada aluno registra sua reflexão e compartilha com um colega.
Materiais: Papel e caneta.
Adaptação: Alunos que não conseguem escrever podem ditar suas ideias.
Discussão em Grupo:
Após as atividades, conduzir uma discussão em grupo para refletir sobre os aprendizados e as práticas financeiras que cada aluno pode adotar em seu dia a dia. Pergunte como os alunos podem aplicar esse conhecimento nas suas vidas.
Perguntas:
1. Quais foram os gastos mais altos que você teve no último mês?
2. Como você poderia reduzir alguma dessas despesas?
3. Como você se sentiria se precisasse explicar sua escolha de gastos para outra pessoa?
Avaliação:
A avaliação será contínua, considerando a participação dos alunos nas atividades, a capacidade de trabalhar em grupo, bem como a apresentação dos gráficos e as reflexões finais. O professor deve observar o envolvimento e a habilidade de argumentar dos alunos.
Encerramento:
Finalizar a aula recapitulando os principais pontos discutidos e entendendo a importância de saber gastar e economizar. Pedir que os alunos considerem como aplicar o que aprenderam em suas vidas diárias.
Dicas:
1. Utilize exemplos do cotidiano dos alunos para tornar a aula mais interessante.
2. Crie um ambiente acolhedor onde todos possam expressar suas opiniões sem medo de errar.
3. Incentive o uso de recursos visuais para melhor compreensão e retenção do conteúdo.
Texto sobre o tema:
Em um mundo cada vez mais consumista, a educação financeira se torna essencial desde a infância. Ensinar as crianças sobre gastos individuais e em grupo ajuda a formar cidadãos mais conscientes. A capacidade de entender e comparar diferentes tipos de gastos é uma habilidade fundamental que será útil ao longo da vida. Ao aprender a identificar o que é necessário e o que pode ser considerado um luxo, as crianças desenvolvem um senso crítico que pode influenciar positivamente suas decisões financeiras no futuro.
Por exemplo, ao participar de atividades em grupo, as crianças são encorajadas a discutir as vantagens de economizar em conjunto, como em uma festa de aniversário. Ao invés de cada um pagar por seu próprio bolo, a economia coletiva pode resultar em um evento mais significativo e com menores custos. Essas experiências práticas mostram como a colaboração financeira pode trazer benefícios imensuráveis.
Além disso, é importante reconhecer que a percepção de gastos e economia varia de acordo com a cultura e o contexto familiar. Crianças que crescem em famílias financeiramente conscientes estão mais propensas a entender a importância de cada real gasto. Da mesma forma, as tradições familiares e as experiências de vida que as crianças vivenciam também têm um papel importante na formação de suas realidades financeiras. Com o aprendizado adequado, elas podem crescer para se tornarem adultos que fazem escolhas financeiras sábias e conscientes.
Desdobramentos do plano:
A realização desse plano de aula pode abrir portas para discussões mais profundas sobre a educação financeira. Os alunos podem ser incentivados a trazer exemplos de suas próprias experiências financeiras e discutir em sala de aula. É válido promover oficinas de culinária em que o grupo deve planejar e orçar o que será feito, considerando tanto as despesas individuais quanto as em conjunto. Essa prática não só ensina habilidades financeiras, mas também promove o trabalho em equipe e o respeito pelas opiniões alheias.
Outro desdobramento interessante seria a integração com outras disciplinas, como Ciências e História, onde estudantes podem investigar a economia de diferentes civilizações e como elas lidavam com seus recursos. Através de projetos interdisciplinares, é possível mostrar a evolução dos conceitos de consumo e economia ao longo do tempo.
Por fim, envolver a família dos alunos em um projeto que aborde a economia doméstica pode ser uma maneira eficaz de reforçar a educação financeira em um ambiente mais amplo. As crianças poderão apresentar suas descobertas e experiências em casa, convidando seus pais a refletirem sobre os gastos familiares e, talvez, até promovendo mudanças positivas nos lares.
Orientações finais sobre o plano:
A implementação deste plano de aula deve ser feita com sensibilidade e respeito às diversas realidades socioeconômicas que os alunos podem ter. Alguns podem ter dificuldades para entender determinadas situações financeiras, sendo essencial adaptar as instruções e também os exemplos dados. A relação com o dinheiro é, em muitos casos, uma extensão do que as crianças observam em seu cotidiano familiar, e isso deve ser considerado ao planejar cada etapa da aula.
Incentivar os alunos a se expressarem, seja oralmente ou através de produção escrita, é uma parte crucial do processo de aprendizado. A escuta ativa e o respeito pelo ponto de vista de cada aluno fortalecem a autoestima e a capacidade de argumentação deles, habilidades que serão úteis ao longo de suas vidas.
Além disso, a educação sobre gastos e economia não deve se restringir apenas a uma única aula, mas sim ser uma prática contínua na rotina escolar e familiar. Revisitas frequentes ao tema, seja em aulas futuras ou em atividades extracurriculares, irão proporcionar um aprendizado mais duradouro e significativo.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro dos Gastos: Alunos devem encontrar objetos na sala que representam diferentes tipos de gastos (ex.: brinquedo – gasto de lazer; lanche – gasto com alimentação) e justificar suas escolhas.
2. Mapa de Orçamento: Dividir a turma em grupos e criar um mapa mental que ilustre como o dinheiro da “família” poderia ser gasto em diferentes itens essenciais e não essenciais.
3. Teatro do Consumidor: Criar pequenas peças onde os alunos representam diferentes situações de consumo, explorando o que é mais vantajoso: gastos individuais ou em grupo.
4. Jogo da Vida Financeira: Criar um jogo de tabuleiro que simule a vida financeira de um personagem, onde os jogadores devem fazer escolhas de gastos em diversas situações.
5. Feira de Trocas: Organizar uma feira onde os alunos podem trazer objetos que não usam mais e trocá-los, aprendendo sobre o valor das coisas e o conceito de reutilização.
Essas sugestões lúdicas incentivam a criatividade dos alunos, fortalecem o aprendizado e tornam a compreensão de temas financeiros mais palpáveis e significativos. O envolvimento em atividades dinâmicas potencia o aprendizado e transforma a educação financeira em algo mais divertido e que pode ser aplicado no dia a dia dos estudantes.