Plano de Aula: Estrutura das palavras (Ensino Fundamental 2) – 8º Ano

Este plano de aula é elaborado para o 8º ano do Ensino Fundamental, com o objetivo de trabalhar a temática referente à estrutura das palavras, abordando o conceito e os tipos de morfemas por meio de um conteúdo que promove a compreensão e análise linguística dos alunos. O foco é proporcionar uma experiência enriquecedora e interativa, que permita aos estudantes explorar a formação das palavras, seus componentes e as regras que as regem. Este estudo é essencial não apenas para a disciplina de Português, mas também para aprimorar a capacidade de leitura e escrita dos alunos, contribuindo para seu desenvolvimento crítico e reflexivo.

Durante a aula, os alunos terão a oportunidade de descobrir e vivenciar as diferentes estruturas que compõem as palavras. Através de atividades práticas, como a análise de textos, jogos e debates, espera-se que os alunos consigam identificar e diferenciar os morfemas que compõem palavras, além de compreender sua função dentro da língua portuguesa. Este plano está alinhado com as diretrizes da BNCC e busca estimular a capacidade de análise e interpretação textual dos alunos.

Tema: Estrutura das palavras
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 8º Ano
Faixa Etária: 12 a 13 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a compreensão dos alunos sobre a estrutura das palavras, identificando tipos de morfemas e suas funções na formação de palavras na língua portuguesa.

Objetivos Específicos:

– Compreender o conceito de morfema e a sua importância na formação das palavras.
– Identificar os diferentes tipos de morfemas: lexicais, derivacionais e gráficos.
– Analisar exemplos de palavras para compreender como os morfemas se combinam para formar diferentes significados.
– Aplicar o conhecimento adquirido por meio da produção de palavras e textos, utilizando as regras da composição morfológica.

Habilidades BNCC:

– (EF08LP05) Analisar processos de formação de palavras por composição (aglutinação e justaposição), apropriando-se de regras básicas de uso do hífen em palavras compostas.
– (EF08LP04) Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: ortografia, regências e concordâncias nominal e verbal, modos e tempos verbais, pontuação etc.

Materiais Necessários:

– Lousa e giz ou caneta para quadro branco.
– Projetor multimídia (opcional).
– Cópias de textos curtos com diferentes palavras para análise (ex.: contos, poemas, notícias).
– Cartolinas e canetinhas para atividades em grupo.
– Jogo de cartas com palavras (podem ser criadas ou adaptadas) para atividades lúdicas.

Situações Problema:

– Como podemos dividir uma palavra em seus morfemas e compreender sua estrutura?
– Qual a diferença entre um morfema lexical e um morfema derivacional?

Contextualização:

A língua portuguesa é rica em estrutura e diversidade. As palavras são formadas a partir de pequenas unidades, chamadas de morfemas. A compreensão desses componentes é essencial para que os alunos consigam não apenas ampliar seu vocabulário, mas também compreender o significado e a origem das palavras que usam. Neste plano, os alunos serão convidados a explorar como a estrutura das palavras pode influenciar sua interpretação e uso.

Desenvolvimento:

1. Inicie a aula apresentando o conceito de morfema. Explique que o morfema é a menor unidade de significado da língua.
2. Diferencie os tipos de morfemas:
Lexicais: que trazem o significado principal (ex.: “cachorro”).
Derivacionais: que alteram o significado ou a classe da palavra (ex.: “cachorrinho”, “desleixado”).
Gráficos: que indicam flexões (ex.: plural, gênero).
3. Proponha a leitura de um texto que tenha palavras ricas em morfemas e peça aos alunos que identifiquem as palavras e os morfemas que as compõem.
4. Divida a turma em grupos e ofereça cartolinas para que desenhem a “árvore das palavras”, onde deverão mostrar a estrutura dos morfemas das palavras que escolherem.
5. Utilize o jogo de cartas com palavras para incentivar uma atividade lúdica onde os alunos devem formar novas palavras a partir dos morfemas nas cartas.
6. Encerre a aula com uma discussão coletando as descobertas dos alunos sobre os morfemas e como eles contribuíram para a compreensão das palavras.

Atividades sugeridas:

1. Análise de Texto
Objetivo: Identificar e classificar os morfemas em palavras de um texto lido.
Descrição: Após a leitura, os alunos deverão destacar as palavras e separá-las em morfemas.
Instruções: Forneça textos ricos em palavras compostas e derivadas.
Materiais: Cópias de textos, lápis e canetas.

2. Criação de Palavras
Objetivo: Criar novas palavras através da combinação de morfemas.
Descrição: Os grupos devem criar uma lista de novas palavras e categorizá-las conforme os tipos de morfemas.
Instruções: Cada grupo deve apresentar suas palavras à turma.
Materiais: Cartolinas e canetinhas.

3. Jogo de Cartas
Objetivo: Promover o reconhecimento de morfemas de forma lúdica.
Descrição: Os alunos jogarão cartas que têm morfemas e deverão formar palavras de acordo com as regras estipuladas.
Instruções: Organize um pequeno torneio para ver qual grupo cria mais palavras.
Materiais: Jogo de cartas com morfemas.

4. Quiz Interativo
Objetivo: Reforçar o aprendizado de morfemas por meio de perguntas e respostas.
Descrição: Crie um quiz sobre morfemas e suas funções.
Instruções: Utilize o projetor para fazer perguntas a turma.
Materiais: Projetor e computador (opcional).

5. Debate sobre a Formação de Palavras
Objetivo: Discutir as diferentes formas de se criar palavras e seu impacto na comunicação.
Descrição: Promova um debate onde os alunos defendem suas criatividades na formação de palavras.
Instruções: Cada grupo apresenta suas palavras antes do debate.
Materiais: Nenhum material específico, apenas espaço para a discussão.

Discussão em Grupo:

Forme grupos e solicite que discutam as seguintes questões:
– Como os morfemas influenciam o significado das palavras?
– Qual a importância de conhecer a estrutura das palavras no nosso dia a dia?
– Encontre exemplos de palavras que mudaram de significado ao mudarem de morfemas.

Perguntas:

– O que é um morfema e qual a sua função?
– Como os morfemas lexicais e derivacionais se diferenciam?
– Quais podem ser as consequências para o entendimento de uma palavra se seus morfemas forem utilizados de forma errada?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação dos alunos nas atividades, a capacidade de identificação e classificação dos morfemas, e a criatividade durante as atividades. Uma avaliação escrita ao final da semana pode ser aplicada com questões de múltipla escolha e produção textual solicitando a aplicação do conhecimento teórico adquirido.

Encerramento:

Para encerrar, revisite os conceitos abordados e a importância dos morfemas na formação das palavras. Agradeça a participação de todos e peça que eles lembrem-se de aplicar esses aprendizados em sua própria escrita e leitura no dia a dia.

Dicas:

– Utilize jogos e atividades lúdicas para manter os alunos engajados.
– Fomente um ambiente colaborativo onde os alunos possam aprender uns com os outros.
– Esteja atento às variações do nível de dificuldade dos alunos e adapte as atividades conforme necessário.

Texto sobre o tema:

A estrutura das palavras é um aspecto fundamental da língua que revela a riqueza e a complexidade da comunicação. As palavras são construídas a partir de unidades mínimas de significado, chamadas morfemas. Estes morfemas possuem duas classificações principais: os lexicais, que carregam o significado original da palavra, e os derivacionais, que modificam esse significado ou criam palavras novas através de adições. Por exemplo, ao adicionar o sufixo “-zinho” à palavra “cachorro”, geramos “cachorrinho”, que expressa uma ideia de carinho ou diminuição.

A compreensão da formação de palavras e a identificação de seus morfemas são essenciais para um domínio mais profundo do idioma. Esta habilidade ajuda os alunos a enriquecer seu vocabulário, a aumentar sua capacidade de interpretação e a melhorar a escrita. Além disso, o conhecimento sobre morfemas é um passo importante para o entendimento de regras gramaticais mais complexas, como a concordância nominal e verbal. Portanto, ao explorarmos as estruturas das palavras, não apenas desvendamos a magia da linguagem, mas também equipamos os alunos com ferramentas indispensáveis para a comunicação eficaz em diversas situações.

A construção do conhecimento em torno da morfologia das palavras favorece uma reflexão crítica do aluno sobre como as palavras podem, de fato, moldar e refletir a própria realidade. Os morfemas, ao serem entendidos na sua totalidade, permitem que alunos, professores e comunicação em geral se tornem mais precisos e eficazes, aprimorando as interações no cotidiano. Além disso, ao dar atenção às variadas formas que as palavras podem assumir, proporcionalmente geramos oportunidades para que expressões de criatividade e inovação surjam em produções textuais, desde composições literárias até a redação de simples e-mails.

Desdobramentos do plano:

A identificação e análise dos morfemas podem ter desdobramentos significativos na prática docente. A partir do foco na estrutura das palavras, é possível realizar investigações mais profundas sobre as relações entre a linguagem e a construção de sentido. Por exemplo, ao propiciar atividades que envolvam a criação de novas palavras, os alunos não apenas exercitam a morfologia, mas também são incentivados a se tornarem criativos e protagonistas no uso da linguagem. O desenvolvimento desse aspecto criativo pode inaugurar outras produções textuais mais elaboradas, que vão além da simples aplicação de regras, trazendo um caráter autoral às ações linguísticas.

Além disso, o conhecimento sistemático sobre a estrutura da língua pode ser expandido para o aprendizado de outras línguas, operando como um comparativo entre os morfemas oriundos do português e de outras línguas que os alunos estejam estudando. Este movimento não somente enriquece o aprendizado, mas também proporciona uma maior compreensão das peculiaridades linguísticas, ancoradas em raízes comuns ou divergentes, que formam a base do uso do idioma.

Por fim, o desdobramento desse aprendizado pode se estender para outras áreas do saber, como a literatura, ciências e até mesmo matemática, onde a formação de termos é frequentemente presente nas terminologias. Ao interligar o conhecimento morfológico com diferentes disciplinas, o aluno adquire uma visão mais holística do aprendizado, o que pode maximizar seu interesse e motivação em áreas afins, consolidando verdadeiramente a interdisciplinaridade como um atributo fundamental da educação contemporânea.

Orientações finais sobre o plano:

Este plano de aula proporciona uma aproximação lógica e prática com o estudo da morfologia, levando os alunos a interagir e construir conhecimento de forma ativa. Criar um ambiente onde se sintam à vontade para explorar as palavras pode ser um diferencial durante o processo de ensino-aprendizagem. É fundamental que os educadores garantam que cada atividade proposta tenha claramente traçado seus objetivos e que esses sejam comunicados aos estudantes. O diálogo e a reflexão sobre as atividades são ferramentas poderosas para fomentar a aprendizagem significativa.

Além disso, é importante incorporar a avaliação não apenas como um momento final, mas como parte de todo o processo educativo. Fornecer feedback contínuo aos alunos e reconhecer seu crescimento ao longo do percurso é essencial para criar um ambiente encorajador que promova a autoconfiança no uso da língua. O conhecimento adquirido sobre a estrutura das palavras pode ser um valioso recurso que os acompanhá-los em sua jornada de aprendizado e desenvolvimento ao longo da vida.

Por fim, a educação permeada pela linguagem, sem dúvida, forma cidadãos mais críticos e reflexivos. O domínio e a percepção sobre como as palavras estão construídas, e as funções que elas desempenham, ajudará os alunos a não apenas consumirem informações, mas também a produzi-las com autoridade, confiança e criatividade, impactando suas interações sociais e acadêmicas de forma robusta.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo da Memória Morfológica
Objetivo: Memorização e reforço do reconhecimento dos morfemas.
Materiais: Cartas com morfemas e palavras.
Execução: Criar pares de cartas, um com o morfema e outro com uma palavra formada por ele. Os alunos jogam em pequenos grupos, buscando fazer os pares.

2. Caça ao Tesouro Lexical
Objetivo: Identificar palavras em diferentes contextos.
Materiais: Impressões de textos variados pela sala.
Execução: Os alunos devem explorar a sala e encontrar e anotar palavras, classificando-as em morfemas.

3. Teatro das Letras
Objetivo: Encenação de palavras e morfemas.
Materiais: Figurinos ou adereços simples.
Execução: Os alunos são divididos em grupos e encenam a formação de novas palavras a partir de morfemas, explicando o que elas significam.

4. Maratona de Palavras
Objetivo: Criar palavras rapidamente com base em morfemas dados.
Materiais: Uma lista de morfemas e cronômetro.
Execução: Em grupos, os alunos recebem um tempo específico para criar o maior número de palavras utilizando os morfemas disponíveis.

5. Criação de Histórias de Morfemas
Objetivo: Estimular a criatividade e a aplicação prática dos morfemas.
Materiais: Papel, canetas e um quadro exposto.
Execução: Os alumnos devem criar uma narrativa curta utilizando palavras formadas pelos morfemas que aprenderam, compartilhando com a turma em um formato de apresentação.

Com essa proposta de atividades, espera-se um aprofundamento significativo na compreensão e na habilidade de utilização da estrutura das palavras, culminando em um aprendizado abrangente e duradouro.

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