Plano de Aula: Enquadramento do desenho dentro da folha de papel – 7º Ano

A elaboração deste plano de aula tem como objetivo proporcionar uma atividade prática voltada para o 7º ano do Ensino Fundamental, onde os alunos terão a oportunidade de explorar o conceito de enquadramento do desenho dentro da folha de papel. Com essa atividade, pretendemos não apenas desenvolver habilidades técnicas de desenho, mas também incentivar a criatividade e a autoexpressão dos estudantes. A importância de aprender a enquadrar uma imagem é muito relevante para que os alunos entendam como utilizar o espaço de forma eficiente e harmoniosa, tanto na arte quanto em outras áreas do conhecimento.

Tema: Enquadramento do desenho dentro da folha de papel
Duração: 90 minutos
Etapa: Ensino Fundamental II
Sub-etapa: 7º Ano
Faixa Etária: 14 anos

Objetivo Geral:

Desenvolver habilidades de técnica de enquadramento em desenhos, promovendo a compreensão da composição artística, ao mesmo tempo em que incentivamos a expressão individual e a análise crítica sobre as criações artísticas.

Objetivos Específicos:

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– Proporcionar aos alunos o entendimento das regras de composição e enquadramento na arte de desenho.
– Desenvolver a capacidade de observar e reproduzir formas dentro de um espaço definido.
– Estimular a criatividade dos alunos através da criação de seus próprios desenhos, considerando o espaço de papel.
– Fomentar o debate e a análise crítica das produções artísticas dos colegas.

Habilidades BNCC:

– (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
– (EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas.
– (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

Materiais Necessários:

– Papel sulfite ou papel para desenho
– Lápis
– Borracha
– Réguas
– Compasso
– Canetas coloridas, lápis de cor ou tintas (opcional)
– Referências visuais (imagens de obras de arte, naturezas-mortas, etc.)

Situações Problema:

Os alunos devem pensar sobre como diferentes objetos ou cenas podem ser desenhados dentro de uma folha de papel. Como o espaço da folha pode afetar a forma como percebemos um desenho? O que acontece quando um objeto é muito central ou muito próximo da borda? Essas questões serão abordadas durante a atividade.

Contextualização:

O enquadramento é uma técnica essencial na arte. Ele é utilizado por artistas para organizar elementos dentro de uma composição, criando foco e ajudando a guiar a atenção do espectador para o que é mais importante. Os alunos aprenderão como a escolha de enquadramento pode alterar a percepção de um desenho e como as escolhas individuais refletem seu estilo artístico.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento da aula será realizado em etapas:

1. Introdução (15 minutos):
Inicie a aula apresentando o conceito de enquadramento e sua importância na arte. Utilize exemplos de obras famosas que demonstram diferentes estilos de enquadramento. Pergunte aos alunos o que eles percebem sobre como as escolhas de composição afetam a imagem.

2. Demonstração (20 minutos):
Mostre a técnica de como esboçar um desenho inicial levando em consideração o enquadramento. Utilize uma folha de papel e um lápis para demonstrar como planejar a posição de objetos dentro do espaço da folha. Explique sobre a regra dos (1/3) como uma forma de dar equilíbrio ao desenho.

3. Atividade Prática (30 minutos):
Os alunos deverão realizar um desenho à mão livre, utilizando as técnicas de enquadramento discutidas. Incentive-os a escolherem um objeto comum ou uma cena e pensar sobre como melhor posicioná-lo na folha. Os alunos devem esboçar primeiro e depois aplicar cores e texturas se desejarem.

4. Apresentação e Análise (15 minutos):
Após completarem seus desenhos, forme pequenos grupos e incentive os alunos a compartilhar suas criações. Cada aluno deve explicar o enquadramento e a escolha de elementos em seu desenho. Estimule a troca de ideias e críticas construtivas entre os colegas.

5. Encerramento (10 minutos):
Reúna a turma e faça uma reflexão sobre o que aprenderam sobre o enquadramento e a produção de arte. Pergunte o que consideraram mais desafiador na atividade e o que gostaram.

Atividades sugeridas:

– Dia 1: Introdução ao enquadramento, apresentação de exemplos artísticos.
– Dia 2: Exercício de esboço de composições com diferentes tipos de enquadramento.
– Dia 3: Desenvolvimento de um projeto final de arte que utiliza o honesto enquadramento.
– Dia 4: Apresentações individuais ou em grupo dos projetos de arte desenvolvidos.
– Dia 5: Crítica em grupo sobre o trabalho final, enfatizando o uso do espaço e composição.

Discussão em Grupo:

Promova uma discussão em que os alunos possam compartilhar suas percepções sobre o processo de criação artística. Pergunte como eles decidiram onde colocar os elementos em seus desenhos e como isso ajudou a transmitir a mensagem que desejavam.

Perguntas:

– O que você considera mais importante ao enquadrar um desenho?
– Como o espaço na folha de papel influencia a representação do objeto?
– O que você aprendeu sobre a interação entre espaço e forma em artes visuais?

Avaliação:

A avaliação será feita com base na participação nas discussões, na qualidade do trabalho artístico apresentado e na capacidade de aplicar regras de enquadramento. É importante avaliar o entendimento dos alunos sobre o tema e como eles conseguem expressar suas ideias em suas produções artísticas.

Encerramento:

Encoraje os alunos a continuarem explorando a arte de forma individual e a utilizarem o conhecimento sobre enquadramento nas suas futuras criações. Reforce a importância de continuar praticando e desenvolvendo seu estilo único.

Dicas:

– Incentive a experimentação com diferentes estilos e materiais no desenho.
– Crie um mural na sala de aula com as obras dos alunos, promovendo um ambiente positivo de feedback.
– Ofereça recursos visuais variados como inspiração, como obras de diferentes culturas e períodos históricos.

Texto sobre o tema:

O enquadramento é uma técnica fundamental nas artes visuais que permite aos artistas controlar não apenas a estética de uma obra, mas também a narrativa que desejam contar. Quando um artista escolhe como representar uma cena ou um objeto, ele considera, muitas vezes inconscientemente, a mensagem que deseja transmitir para o espectador. O encaixe das formas dentro da geometria da folha é, portanto, crucial para desenhar uma interação entre o conteúdo e o suporte.

Historicamente, diferentes artistas de várias épocas utilizaram a técnica de enquadramento para expressar ideias e emoções. Artistas como o pintor holandês Rembrandt e o moderno Pablo Picasso exploraram não apenas a forma e a cor, mas também como a organização dos elementos resultava numa composição impactante. Com o advento da fotografia e, mais recentemente, do digital, o conceito de enquadramento ganhou novas nuances e significados, em especial em relação à forma como capturamos e representamos a realidade.

Para os alunos do 7º ano, entender o enquadramento é um passo importante na jornada para se tornarem mais críticos e conscientes em suas produções artísticas. À medida que exploram a relação entre espaço e forma, são convidados a refletir sobre suas escolhas de criadores, incentivando uma formação estética mais rica e variada.

Desdobramentos do plano:

A prática do enquadramento em desenhos permite uma série de desdobramentos no ensino de artes e em várias disciplinas. Os alunos podem ser levados a explorar não apenas a estética, mas também o significado cultural e social das obras que criam e analisam. Além disso, essa prática pode ser expandida para incluir diferentes formas de arte, como a fotografia, onde o enquadramento também se faz necessário para captar a essência do objeto retratado.

Uma vez que os alunos tenham aprendido sobre enquadramento no desenho, eles podem ser convidados a aplicar esses princípios em outras atividades criativas, como na criação de histórias em quadrinhos ou animações. Enquadrar personagens e suas interações em uma narrativa visual demanda uma compreensão aguda do espaço e do tempo, incentivando os estudantes a pensar criticamente sobre seu trabalho.

Por fim, o plano de aula pode ser integrado a outros projetos interdisciplinares envolvendo ciências, geografia e história, onde o conceito de espaço e organização pode ser aplicado para análise de mapas, descrições de ambientes naturais ou sociais, e como a representação visual impacta a compreensão da realidade. Isso enriquecerá o aprendizado colaborativo entre disciplinas e permitirá que os alunos vejam a interdisciplinaridade de forma prática.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar este plano de aula, é importante considerar as diferentes habilidades e estilos de aprendizagem de cada aluno. Ao promover um ambiente de aprendizado inclusivo, onde todos se sintam seguros para expressar suas ideias e experimentações, a prática artística se tornará mais rica e proveitosa. O professor pode e deve ajustar as atividades conforme as necessidades da turma, garantindo uma abordagem personalizada.

Estimulando os alunos a refletirem sobre suas produções e as de seus colegas, eles se tornam não apenas artistas, mas também críticos de arte, desenvolvendo uma compreensão mais profunda dos princípios da criação visual. Esse processo os ajudará em qualquer área que decidam seguir, já que o pensamento crítico e a habilidade de articular ideias são componentes valiosos da educação.

Por último, a prática de artes visuais deve ser continuamente encorajada para além da sala de aula. Incentive projetos extracurriculares que possibilitem a exploração de técnicas diferentes, exposições de arte, e visitas a museus ou galerias locais. Dessa forma, a aprendizagem não se restringe ao ambiente escolar, mas se transforma em uma aventura que se estende à comunidade e ao mundo ao redor.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro Artístico: Organize uma atividade ao ar livre onde os alunos devem encontrar elementos naturais e desenhar o que conseguem ver usando as técnicas de enquadramento discutidas. O objeto principal deve ser enquadrado na folha de uma maneira que mostre sua importância no cenário.
2. Dança das Cores: Crie uma atividade onde os alunos se posicionam em diferentes áreas da sala, formando suas composições favoritas e interagindo uns com os outros, como se fossem os elementos de um desenho. Depois, eles devem desenhar essa “dança” no papel, experimentando diferentes estilos de enquadramento.
3. Desenho cego em parcerias: Os alunos devem desenhar algo com os olhos vendados guiados por um colega. Este companheiro deve orientá-los sobre como enquadrar o desenho e onde colocar os elementos. Essa experiência cria um forte vínculo e promove a comunicação de forma lúdica.
4. Retratos de Grupo: Organize um retrato coletivo onde os alunos devem se dispor em um formato que represente um tema específico (como amizade ou natureza). Eles devem discutir o melhor enquadramento e depois desenhar essa configuração, considerando o espaço da folha.
5. Desafio do Tamanho: Proponha um desafio onde cada aluno deve representar um objeto real em dois formatos diferentes dentro do mesmo espaço, um menor e um maior, enxergando como o enquadramento muda a percepção. Essa atividade permite que os alunos experimentem diversas abordagens para a mesma composição.

Esse plano abrangente nos permite transformar o aprendizado sobre o enquadramento do desenho em uma aventura colaborativa e significativa para os alunos, tornando a arte uma ferramenta poderosa não apenas para começá-los em sua criatividade, mas também para construir sua capacidade de observação e análise crítica.