Plano de Aula: (EI03/3EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa. (Educação Infantil) – crianças_pequenas
A produção de histórias, sejam orais ou escritas, é uma prática fundamental no desenvolvimento das crianças pequenas, permitindo que elas se expressem e se conectem com o mundo ao seu redor. Este plano de aula visa criar um ambiente lúdico e estimulante no qual as crianças possam explorar sua criatividade e expressar seus sentimentos e ideias de maneira autêntica. Ao longo da semana, atividades orientadas vão promover a autonomia e a colaboração entre os alunos, além de oferecer oportunidades para que eles pratiquem a comunicação efetiva e a empatia.
Neste espaço de aprendizado, o objetivo é que as crianças desenvolvam suas habilidades de expressão, tanto verbal quanto escrita, comprometendo-se com a produção de histórias que possuem uma função social significativa. Essa abordagem não apenas enriquece o vocabulário dos pequenos, mas também reforça a capacidade de se colocar no lugar do outro e a importância das interações sociais.
Tema: Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.
Duração: 40 horas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 5 anos
Objetivo Geral:
Promover a produção de histórias orais e escritas pelas crianças, estimulando a criatividade, a expressão de sentimentos e o respeito pelas diferentes formas de comunicação.
Objetivos Específicos:
– Estimular a escritura espontânea de histórias com temas de interesse das crianças.
– Promover a empatia ao compartilhar e ouvir as histórias dos colegas.
– Incentivar a comunicação através de diferentes formatos de expressão, como desenho, oralidade e escrita.
– Fomentar a cooperação entre os alunos durante a construção coletiva de narrativas.
Habilidades BNCC:
– (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.
Materiais Necessários:
– Papel em branco, colorido e reciclado
– Lápis de cor, giz de cera e tintas
– Fichas de histórias em quadrinhos
– Materiais de registro, como cadernos ou folhas soltas
– Um projetor ou quadro para exibir ilustrações e textos
– Livros ilustrados diversos para leitura compartilhada
Situações Problema:
– Como podemos contar as nossas histórias?
– O que torna uma história interessante para outras pessoas?
– Como podemos usar a escrita para compartilhar nossas ideias?
Contextualização:
No cotidiano da Educação Infantil, as histórias desempenham um papel crucial no desenvolvimento da linguagem e da criatividade. Ao permitir que as crianças criem suas narrativas, favorecemos a construção de seus saberes e identidades, além de promover um significativo vínculo social. O ato de contar e escutar histórias educa e enriquece as relações interpessoais, proporcionando um espaço de empatia e expressão de individualidades.
Desenvolvimento:
Dia 1: Apresentação do tema
– O professor iniciará a semana apresentando livros ilustrados e conversando sobre as histórias que mais gostam. A atividade inicial terá como objetivo promover a escuta e o diálogo entre os alunos, onde cada criança compartilhará sua história favorita.
– Em seguida, o professor guiará uma atividade de contação de histórias, incentivando as crianças a expressarem sentimentos durante a narração, com ênfase em gestos e expressões.
Dia 2: Mapa da história
– As crianças trabalharão em grupos para criar um “mapa da história”, onde desenharão os principais elementos da narrativa que escolheram. O objetivo é desenvolver a habilidade de planejamento e organização de ideias.
– O professor deve circular entre os grupos, auxiliando na formulação de perguntas que ajudem as crianças a articularem suas ideias.
Dia 3: Criação de personagens e enredos
– Exploração do conceito de personagens e enredos. O professor pode usar fichas de personagens para estimular a criação. Cada grupo terá um tempo para criar um personagem que será protagonista da história a ser contada.
– As crianças desenharão seu personagem, e o professor será o escriba para anotar as descrições e características definidas pelas crianças.
Dia 4: Produção de histórias orais
– Em círculo, as crianças contarão suas histórias em um formato oral, praticando a escuta ativa e a empatia. Após essa atividade, uma pausa para o lanche servirá como uma oportunidade de socialização e descontração.
– Após o lanche, cada grupo deverá apresentar a sua história para o restante da turma, promovendo a valorização da expressão oral e das ideias dos colegas.
Dia 5: Escrita de histórias e partilha
– Com o apoio do professor, as crianças registrarão suas histórias no papel, utilizando a escrita espontânea. Essa atividade será um momento de autocuidado e expressão individual, onde cada criança poderá ilustrar suas histórias.
– Ao final do dia, haverá um momento de partilha, onde todos poderão ler suas histórias em um “festival de histórias”.
Atividades sugeridas:
– Contação de história: Escolher uma história coletivamente, fazer uma leitura dramatizada, e depois discutir como se sentem em relação à história contada.
– Jogo do improviso: Em duplas, as crianças deverão criar um diálogo a partir de um mesmo tema, ajudando-as a desenvolver a expressão oral espontânea.
– Criação de quadrinhos: Utilizando as criações das crianças sobre suas histórias, elas poderão montá-las em forma de quadrinhos, estimulando o desenho e a escrita ao mesmo tempo.
– Teatro das sombras: Criar fantoches a partir de recortes e fazer um teatro de sombras, permitindo que as crianças contem suas histórias usando diferentes técnicas de expressão.
– Roda de contos: Fazer uma roda onde cada criança contará um pedaço de sua história, encadeando tudo ao final, promovendo a conexão e o diálogo.
Discussão em Grupo:
– Como vocês se sentiram criando e contando suas histórias?
– O que aprendemos sobre escutar as histórias dos outros?
– Como podemos usar as histórias para entendermos mais sobre nós mesmos e os colegas?
Perguntas:
– Qual foi a parte da história que você mais gostou?
– O que você faria diferente na sua história, se tivesse outra chance?
– Você se identificou com algum personagem? Por quê?
Avaliação:
A avaliação será processual e formativa, considerando o envolvimento, a participação e as produções das crianças durante as atividades. O professor deverá observar a capacidade de expressão, a criatividade e a cooperação nas atividades em grupo. Feedbacks individuais e coletivos também serão dados, valorizando o esforço e o protagonismo das crianças.
Encerramento:
Ao final da semana, o professor promoverá um momento de reflexão sobre as vivências e aprendizagens obtidas, enfatizando a importância das histórias no compartilhamento de ideias e sentimentos. As crianças poderão levar suas histórias para casa, incentivando a continuidade das narrativas no ambiente familiar.
Dicas:
– Crie um ambiente confortável e acolhedor para as atividades de contação de histórias.
– Incentive a participação ativa das crianças, respeitando o tempo de cada uma.
– Utilize recursos visuais e sonoros que complementem as histórias, instigando a imaginação.
Texto sobre o tema:
A produção de histórias orais e escritas na infância é um processo que não apenas oferece às crianças a oportunidade de expressarem suas vivências, mas também as ajuda a compreender o mundo ao seu redor. Quando as crianças têm a chance de contar suas próprias histórias, elas se envolvem em um processo criativo que ativa sua imaginação e suas habilidades linguísticas. Historicamente, a oralidade tem sido um dos principais meios de transmissão de cultura, e isso se aplica também no contexto escolar, onde as histórias criadas pelas crianças podem refletir suas experiências e a realidade que elas habitam.
Através dessa prática, as crianças também se tornam ouvintes atentas. A escuta respeitosa é crucial no desenvolvimento da empatia e das habilidades sociais. Ouvir o que os amigos têm a dizer sobre suas próprias narrativas permite que cada uma delas aprenda a valorizar as diferenças e a diversidade de experiências. É nesse espaço que as crianças podem encontrar similitudes, identificar emoções compartilhadas e construir laços afetivos importantes entre si. Este ciclo de contar e ouvir histórias contribui para a formação de uma comunidade de aprendizado rica e diversa.
Adicionalmente, a escrita espontânea é um componente vital do processo de produção de histórias. Quando as crianças experimentam a escrita, elas não apenas aprimoram suas habilidades de comunicação, mas também têm a oportunidade de explorar suas capacidades criativas. Cada letra escrita representa não apenas uma habilidade técnica, mas uma expressão de identidade e de suas visões de mundo. Portanto, ao incentivar a escrita livre, os educadores estão cultivando não apenas a habilidade de se comunicar, mas também um autorreconhecimento e a valorização da própria produção criativa.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula pode ser estendido para abordar diferentes gêneros textuais, como contos, poesias e fábulas. Esse desdobramento permitirá que as crianças conheçam e explorem uma variedade de formas de contar histórias, enriquecendo suas práticas de leitura e escrita. Além disso, pode-se promover um “clube do livro” onde as crianças tragam suas histórias preferidas e compartilhem com os colegas. Essa atividade não só incentiva a leitura como também o respeito pelas histórias dos outros, promovendo um ambiente de troca e aprendizagem colaborativa.
Outra possibilidade seria a realização de uma exposição de histórias. As crianças podem criar um “livro de histórias” coletivas a partir das narrativas desenvolvidas durante a semana. No dia da exposição, as famílias são convidadas para conhecer as produções dos alunos, proporcionando um espaço de valorização do trabalho da criança e da participação da família na educação. Essa interação fortalece ainda mais os laços entre escola e família, promovendo um ambiente de cuidado e de compartilhamento das vivências.
Por fim, os educadores podem utilizar o conhecimento adquirido ao longo da semana para observar o desenvolvimento das habilidades de expressão verbal e escrita das crianças, permitindo uma avaliação contínua e variada. As narrativas construídas durante a semana serão uma ótima base para entender o progresso individual de cada criança e identificar áreas que podem ser aprofundadas em futuras atividades. Isso demonstra um compromisso com o desenvolvimento integral dos alunos, respeitando suas singularidades e necessidades.
Orientações finais sobre o plano:
Ao concluir o planejamento da aula, é aconselhável que os professores continuem a observar a interação e a expressão das crianças durante todo o processo. Ter um olhar atento para as pequenas evoluções no modo como as crianças interagem entre si e como se expressam permitirá um direcionamento mais preciso das próximas atividades. A inclusão de momentos de feedback e reflexão sobre a prática pode enriquecer ainda mais o aprendizado e proporcionar um ambiente seguro para a troca de experiências.
As histórias, em sua essência, são poderosas ferramentas de aprendizagem que sensibilizam e educam. Ao instigar a produção de narrativas, os educadores estão permitindo que cada criança construa seu entendimento de mundo, respeitando suas vozes e individualidades. Portanto, ao planejar atividades em torno deste tema, é essencial sempre considerar as emoções, as vivências e os sentimentos dos alunos, criando um espaço de acolhimento e empatia.
Por fim, a construção de histórias não se limita às paredes da sala de aula. Incentive as crianças a contarem suas histórias para suas família, promovendo a continuidade do aprendizado em casa. Assim, a educação torna-se um processo contínuo e colaborativo, onde as histórias se entrelaçam, independente de onde e como são contadas. Assim, cada contexto favorece a formação de cidadãos mais críticos, criativos e empáticos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
*Para Crianças de 4 a 5 anos*
– Teatro de fantoches: Construa fantoches de papel e incentivem as crianças a criar pequenas encenações. O objetivo é fazer com que cada grupo apresente suas histórias usando os fantoches, desenvolvendo a expressão oral e a coordenação.
– Desenho colaborativo: Em um grande papel, os alunos desenharão juntos a história que acabaram de ouvir. Um aluno começa e depois os outros adicionam seus próprios elementos. Essa atividade estimulará a criatividade e a cooperação.
– Jogo da memória de histórias: Crie cartões com imagens de diferentes histórias contadas na sala. As crianças jogarão memorizando as imagens e contando a história correspondente ao fim do jogo. Isso promoverá a memória e a narração.
– Música e movimento: As crianças criarão uma canção utilizando elementos da história que escreveram. Isso ajudará a conectá-las com a narrativa de uma maneira divertida e musical, promovendo a expressão corporal.
– Escrita nas nuvens: Com tintas ou giz, as crianças desenharão nas “nuvens” (papéis recortados) partes de suas histórias. Depois, montar uma exposição das “nuvens” em sala de aula, dando espaço para elas apresentarem suas criações para os colegas.
Este plano de aula se propõe a ser uma ferramenta rica para promover o aprendizado significativo nas crianças pequenas, dentro do contexto da Educação Infantil. A média de 40 horas, repleta de atividades lúdicas e interativas, garantirá que as crianças desenvolvam habilidades essenciais para seu crescimento pessoal e social, construindo ao longo do processo, um ambiente rico em aprendizado e criatividade.