Plano de Aula: (EI-EO07-A-M/17) – Vivenciar brincadeiras coletivas que exercitam a compreensão de regras, normas e valores do convívio social, desenvolvendo capacidade de lidar com frustrações, resolvendo conflitos com a orientação de um adulto. (Educação Infantil) – crianças_pequenas
A proposta deste plano de aula é proporcionar aos educadores um guia detalhado que os auxilie na condução de atividades que promovem o desenvolvimento social e emocional das crianças pequenas, especificamente entre 4 a 5 anos e 11 meses. O principal foco é a vivência de brincadeiras coletivas, que exercitam a compreensão de regras, normas e valores do convívio social. Esses aspectos são fundamentais para que os alunos aprendam a lidar com frustrações e a resolver conflitos, sempre sob a orientação de um adulto.
Neste contexto, o plano será utilizado para abordar habilidades presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que refletem o desenvolvimento integral das crianças. Através de jogos e atividades, espera-se que os alunos aprimorem sua capacidade de comunicação e cooperação, além de promoverem interações que valorizem a diversidade e o respeito mútuo.
Tema: Vivenciar brincadeiras coletivas que exercitam a compreensão de regras, normas e valores do convívio social.
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 4 a 5 anos e 11 meses
Objetivo Geral:
Promover o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais das crianças por meio de brincadeiras coletivas, onde serão aprendidas e praticadas regras e normas que favorecem o convívio social e a resolução de conflitos.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver a empatia entre os alunos, percebendo e respeitando as diferenças de sentimentos e necessidades.
– Estimular a comunicação de ideias e sentimentos em grupo.
– Fomentar a cooperação e a participação nas brincadeiras, respeitando regras propostas.
– Ajudar as crianças a lidarem com frustrações e a resolverem conflitos com a orientação do adulto.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– (EI03EO07) Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e adultos.
– (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos.
Materiais Necessários:
– Materiais diversos para brincadeiras (bolas, cordas, materiais de artesanato).
– Fichas ou cartazes com regras de cada brincadeira.
– Espelhos ou materiais reflexivos (para atividades de empatia).
– Instrumentos musicais simples (como pandeiros ou chocalhos).
Situações Problema:
– Como podemos brincar juntos respeitando a vez de cada um?
– O que devemos fazer quando alguém fica bravo em uma brincadeira?
Contextualização:
A importância das brincadeiras coletivas reside em seu potencial para ensinar às crianças habilidades cruciais para a vida em sociedade, como a empatia e a cooperação. As brincadeiras oferecem um espaço onde as crianças experimentam a dinâmica do grupo e aprendem a conviver respeitosamente com as diferenças, estabelecendo laços de amizade e compreensão.
Desenvolvimento:
1. Apresentação das atividades: Iniciar a aula com uma roda de conversa, onde o educador pode perguntar o que as crianças entendem por “brincar em grupo” e quais regras elas conhecem.
2. Explanação das regras: Explicar as regras das brincadeiras que serão realizadas, enfatizando a importância de respeitar a vez de cada um e como lidar com possíveis conflitos.
3. Atividades práticas: Realizar as brincadeiras coletivas, como “A Dança das Cadeiras” ou “Bola ao Alvo”, intercalando com momentos de reflexão após cada atividade sobre como todos se sentiram e se houve conflitos, e como foram resolvidos.
4. Fechamento: Concluir com uma atividade de expressão corporal, onde as crianças possam representar com gestos e mímicas como se sentem ao brincar com os amigos.
Atividades sugeridas:
Atividade 1: A Dança das Cadeiras
– Objetivo: Estimular a espera pela vez e a percepção dos sentimentos dos colegas.
– Descrição: Com cadeiras dispostas em círculo, tocar música enquanto as crianças dançam ao redor; uma cadeira a menos do que o número de crianças. Quando a música parar, cada um deve se sentar. As crianças que ficam sem cadeira devem se expressar sobre o que sentiram e como resolver a frustração.
– Materiais: Cadeiras e música.
Atividade 2: Jogo da Amizade
– Objetivo: Desenvolver a empatia e a comunicação.
– Descrição: Em duplas, uma criança deve descrever um sentimento (ex: felicidade, tristeza) enquanto a outra tenta adivinhar o que é através de mímicas. Depois, cada dupla compartilha como se sentiu nesse momento e como é importante tentar entender o que o outro sente.
– Materiais: Nenhum material necessário.
Atividade 3: Corrida do Saco
– Objetivo: Trabalhar o controle corporal e a cooperação.
– Descrição: Organizar uma corrida onde cada criança deve pular dentro de um saco até a linha final, mas a equipe deve ajudar a contar a velocidade e entregar o saco para o próximo colega.
– Materiais: Sacos grandes ou de batata.
Atividade 4: Mural da Diversidade
– Objetivo: Valorizar a individualidade e as características de cada um.
– Descrição: Cada criança traz um desenho ou foto que represente algo que goste (um animal, uma comida). As crianças expõem seus desenhos, e o educador facilita a conversa sobre as diferenças e semelhanças, incentivando cada um a expressar sentimentos sobre as obras dos colegas.
– Materiais: Papel, lápis de cor, tesoura e cola.
Discussão em Grupo:
Promova uma discussão com as crianças sobre as regras que aprenderam nas brincadeiras. Questione sobre as dificuldades que enfrentaram e como se sentiram em relação aos sentimentos dos colegas e a resolução de conflitos. Essas reflexões são fundamentais para promover um ambiente de aprendizagem seguro.
Perguntas:
– Como você se sente quando fica sem a cadeira na dança?
– O que podemos fazer se alguém estiver triste durante uma brincadeira?
– Você pode nos contar um momento em que ajudou um amigo em uma brincadeira?
Avaliação:
A avaliação se dará por meio da observação direta da participação e interação das crianças nas atividades propostas. O educador deve registrar como cada criança se expressa, tanto verbalmente quanto corporalmente, em relação à comunicação, empatia, resolução de conflitos e o cumprimento das regras estabelecidas.
Encerramento:
Finalize a aula revisando as aprendizagens que ocorreram durante a atividade. Pergunte às crianças o que mais gostaram e o que aprenderam sobre brincar em grupo. Ressalte a importância de respeitar o espaço e os sentimentos dos outros durante essas atividades.
Dicas:
– Esteja atento às dinâmicas de grupo e intervenga sempre que necessário para manter o respeito e a empatia nas interações.
– Utilize momentos de pausa para que os alunos compartilhem seus sentimentos e aprendizados após cada atividade.
– Incentive a criatividade das crianças em todas as atividades, permitindo que elas apresentem seus próprios desenhos ou ideias sempre que possível.
Texto sobre o tema:
As brincadeiras coletivas desempenham um papel vital no desenvolvimento das crianças na educação infantil. Não apenas fornecem momentos de diversão, mas também são oportunidades preciosas para o aprendizado de valores sociais fundamentais. Através das brincadeiras, as crianças adquirem habilidades essenciais como o respeito às regras, a capacidade de ouvir e ser ouvido, além de aprender a lidar com as frustrações que podem surgir durante o jogo. Este processar das experiências vividas em um ambiente de brincadeira é crucial para a formação do caráter e do comportamento social.
Os educadores têm um papel crítico na mediação dessas atividades, pois são eles que orientam as crianças a entenderem não apenas como se divertir, mas também a importância do respeito mútuo, da cooperação e da amizade. Os conflitos que surgem durante as interações de grupo, quando abordados com sensibilidade e empatia, podem transformar-se em oportunidades de aprendizagem. As crianças, ao lidarem de forma guiada com suas emoções e com as emoções dos outros, constroem um repertório cognitivo e afetivo que as ajudará ao longo de suas vidas.
Por último, é importante ressaltar que as práticas lúdicas devem ser variadas e inclusivas, permitindo que cada criança tenha a oportunidade de participar, expressar-se e reconhecer a diversidade presente no convívio social. O brincar deve ser visto como um direito de todas as crianças, e suas aprendizagens devem ser sistematicamente observadas e valorizadas ao longo do processo educativo.
Desdobramentos do plano:
As atividades propostas podem ser adaptadas e expandidas para além desta aula específica. Por exemplo, após as brincadeiras coletivas, o educador pode introduzir temas de cidadania, como trabalhar o respeito às regras também em situações do cotidiano, como em casa ou na escola. Isso pode incluir atividades relacionadas a cuidados com os materiais coletivos e com o espaço de convivência.
Além disso, é possível incluir a perspectiva de diversificação de culturas no planejamento das brincadeiras. Incorporar elementos de outras culturas, ao apresentar jogos tradicionais de diferentes regiões, pode criar um ambiente de respeito e valorização das diferenças, enriquecendo as interações entre as crianças e ampliando sua percepção de mundo.
Por fim, as reflexões e aprendizados podem ser documentados em um mural coletivo, onde cada criança pode contribuir com desenhos e relatos sobre suas experiências nas atividades. Esse mural não apenas serve como uma recordação das experiências vividas, mas também se torna uma ferramenta valiosa para a continuidade do diálogo sobre convivência, respeito e a importância do brincar em grupo.
Orientações finais sobre o plano:
Ao elaborar experiências de aprendizagem para crianças pequenas, é fundamental considerar que o ponto de partida para o desenvolvimento saudável e integral está nas interações sociais. As brincadeiras coletivas, quando bem mediadas, possibilitam que as crianças compreendam a importância do coletivo, desenvolvendo não só a habilidade de ouvir e respeitar o outro, como também a de se posicionar de forma adequada em grupo.
É importante que o educador esteja sempre atento aos diferentes ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos, permitindo adaptações necessárias que garantam que todos possam participar plenamente. As intervenções devem ser pensadas para oferecer desafios que promovam o engajamento e a amizade, sem deixar de lado a necessidade de construir um ambiente seguro e acolhedor.
Por meio da criação de um clima de confiança, além de um espaço voltado para a brincadeira, o professor tem a chance de se tornar um facilitador das relações interpessoais que se desenvolvem na sala de aula. Ao final, o objetivo é que as crianças se sintam valorizadas e respeitadas enquanto indivíduos que têm muito a contribuir para o grupo ao qual pertencem.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Roda de Conversa Musical: Uma atividade onde as crianças se sentam em círculo e, ao som de uma música, devem se apresentar e compartilhar algo que gostam. Ao parar a música, o educador pergunta sobre como se sentiram ao ouvirem as diferentes opiniões. Essa atividade promove a escuta ativa e o respeito mútuo.
2. Teatro de Sombras: Usar uma lanterna e recortes de papel como fantoches para encenar pequenas histórias que transmitam valores de amizade e cooperação. As crianças podem criar suas próprias histórias, promovendo o desenvolvimento criativo e a comunicação.
3. Caça ao Tesouro de Regras: Organizar uma caça ao tesouro onde as pistas estejam relacionadas às regras das brincadeiras. Essa atividade ajuda as crianças a compreenderem a importância de seguir as regras enquanto se divertem.
4. Vivência da Amizade: Criar um momento onde as crianças desenham em um mural o que representa a amizade para elas. Isso pode ser seguido de um bate-papo sobre suas representações e como aplicar esses princípios nas brincadeiras coletivas.
5. Brincadeiras Tradicionais do Mundo: Apresentar danças e brincadeiras de diferentes culturas, ensinando os alunos qual a função de cada brincadeira e o que pode ser aprendido com elas. Isso promove uma visão de respeito e valorização da diversidade.
Esse plano de aula propõe um esquema metodológico que busca não apenas a diversão, mas a formação de seres humanos mais empáticos e respeitosos, além de contribuir para um futuro onde o convívio social é saudável e harmonioso.