Plano de Aula: EF01MA03-B) Estabelecer correspondência um a um entre quantidades, pares ou ímpares, e objetos em torno de 20 elementos, pareando um elemento de um conjunto com o elemento de outro conjunto, relacionando com a história do surgimento dos números naturais. (Ensino Fundamental 1) – 1º Ano

O plano de aula a seguir foi elaborado com foco na habilidade de contar e estabelecer correspondência um a um entre quantidades, utilizando objetos que os alunos reconhecem e com os quais se familiarizam. É importante destacar a relevância de estabelecer conexões entre conhecimentos prévios e novos aprendizados, permitindo que os estudantes compreendam o surgimento dos números naturais de forma lúdica e significativa. Além disso, ao vincular matemática e história, é possível proporcionar uma experiência de aprendizado mais rica e envolvente.

Neste plano, propomos uma sequência de atividades que não apenas trabalharão a habilidade de comparação e correspondência em torno de 20 elementos, mas também explorarão a importância dos números na vida cotidiana, mostrando como esses conceitos se relacionam com a história. A proposta é que, ao final, os alunos se sintam mais confiantes em lidar com números e quantidades, além de entenderem o contexto histórico que envolve os sistemas numéricos.

Tema: Estabelecimento de correspondência um a um entre quantidades, pares ou ímpares, e objetos, contextualizando o surgimento dos números naturais.
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 7 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Os alunos devem ser capazes de estabelecer a correspondência um a um entre quantidades e objetos, reconhecendo a importância dos números naturais e sua relação com a formação de grupos e conjuntos, compreendendo a história e a evolução dos números.

Objetivos Específicos:

– Permitir que os alunos reconheçam a relação entre as quantidades e os objetos, estabelecendo pares ou grupos.
– Fomentar a compreensão sobre a importância dos números e seu surgimento ao longo da história.
– Desenvolver habilidades de contagem com ênfase na comparação entre conjuntos.

Habilidades BNCC:

– (EF01MA03) Estimar e comparar quantidades de objetos de dois conjuntos (em torno de 20 elementos), por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois) para indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma quantidade”.
– (EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias como o pareamento e outros agrupamentos.

Materiais Necessários:

– 20 objetos diferentes (brinquedos, lápis, blocos, etc.), que possam ser emparelhados.
– Cartazes com ilustrações simples para representar a história do surgimento dos números.
– Fichas de papel em branco e canetas coloridas.
– Uma lousa e giz ou marcador.

Situações Problema:

– Como podemos contar as nossas coleções de objetos?
– Se temos quantidades diferentes de objetos, como sabemos qual grupo tem mais ou menos?

Contextualização:

Inicie a aula com uma conversa informal sobre quantidades que fazem parte do cotidiano das crianças. Pergunte quantas pessoas estão em suas famílias, quantos brinquedos têm em casa, entre outros exemplos. Em seguida, relate brevemente a história de como surgiram os números, mencionando que no passado as pessoas utilizavam objetos, como pedras, para contar e realizar trocas comerciais. Isso proporciona uma conexão importante entre a matemática e a história, ao mostrar que os números têm uma função prática na vida das pessoas.

Desenvolvimento:

1. Apresentação dos objetos: Mostre os 20 objetos para as crianças e deixe-as tocá-los. Pergunte quantos objetos estão vendo e como podemos contá-los.
2. Estabelecimento de pares: Divida os alunos em duplas e peça que cada dupla estabeleça pares com os objetos que têm em mãos, formando 10 pares. Insista na contagem em voz alta enquanto realizam a atividade.
3. Comparação entre os conjuntos: Após formar os pares, questione as duplas sobre as quantidades de objetos restantes e como podem lidar com aqueles que não têm pares.
4. História dos números: Utilize os cartazes para explicar rapidamente como os números surgiram a partir da necessidade de contagem e organização de objetos.
5. Registro e reflexão: Peça que os alunos desenhem em suas fichas uma situação em que utilizam os números ou a contagem no dia a dia e que compartilhem com a turma.

Atividades sugeridas:

1. Contando Objets – Atividade de Estabelecimento de Pares:
Objetivo: Desenvolver habilidades de contagem e compreensão da formação de pares.
Descrição: As crianças devem formar pares com os 20 objetos disponíveis.
Instruções: Distribua os objetos e instrua-as a contar em voz alta, cada vez que emparelham um objeto. Para diferenciar, sugerir que alguns formem pares de cores ou formas diferentes.
Materiais: Objetos diversos (10 pares).
Adaptação: Alunos com dificuldades podem ser ajudados por colegas mais avançados.

2. Comparar e Classificar:
Objetivo: Estimular a comparação e a capacidade de classificar objetos.
Descrição: Usando as 20 peças, as crianças devem identificar se há mais de um tipo de detalhe ou cor.
Instruções: Divida a turma em pequenos grupos. Cada grupo deve compartilhar suas descobertas com a classe.
Materiais: Os 20 objetos utilizados previamente.
Adaptação: Sugira a inclusão de objetos diferentes para classificar, como utensílios da cozinha.

3. Desenho Criativo:
Objetivo: Visualizar a contagem e o número em um contexto de criação artística.
Descrição: Cada aluno desenhará uma cena em que utilize os números (por exemplo, contando os brinquedos).
Instruções: Distribua as fichas e canetas e oriente-os a fazer um desenho representativo da relação com números.
Materiais: Fichas, canetas coloridas.
Adaptação: Para alunos que se sentem mais confortáveis, incentive a promoção da escrita acima da ilustração.

4. Contando em Grupo:
Objetivo: Melhorar a habilidade de trabalhar em equipe e contar juntos.
Descrição: Os alunos contarão em coro, alternando entre pares e três objetos, criando uma canção ou rima.
Instruções: Distribua alguns objetos e faça a contagem em voz alta, criando rimas simples.
Materiais: Brinquedos ou lápis.
Adaptação: Alunos com dificuldade podem contar com apoio físico ou visual, tocando nos objetos enquanto contam.

5. Contagem da História:
Objetivo: Relacionar a contagem com a narrativa.
Descrição: As crianças vão criar uma história utilizando números de objetos como elemento principal, mantendo par e ímpares em uma narrativa cativante.
Instruções: Formem pequenos grupos e ajudem-no a criar a história, deixando evidentes as contagens.
Materiais: Canetas e folhas de papel para rascunhos.
Adaptação: Incentive a participação através de desenhos ou representações gráficas.

Discussão em Grupo:

Proporcione um espaço para que cada grupo compartilhe suas histórias ou criações, refletindo sobre a importância dos números e as contagens realizadas. Questione-os sobre como se sentiram em relação a criação de pares e a contagem de objetos. Isso promove um ambiente colaborativo e de aprendizagem social.

Perguntas:

– O que aprendemos sobre a importância de contar?
– Como você se sentiu formando pares com os objetos?
– Que outros momentos podemos usar a contagem no nosso dia a dia?

Avaliação:

A avaliação será contínua e acontecerá durante a observação das atividades práticas e nas discussões em grupo. O professor deve avaliar se os alunos estão conseguindo estabelecer correspondências corretas e se conseguem explicar suas contagens e a importância dos números. Além disso, a participação em grupo e a reflexão em torno do tema também serão consideradas.

Encerramento:

Finalize a aula realizando uma síntese dos conceitos discutidos e das atividades desenvolvidas. Dê a oportunidade de todos expressarem seus aprendizados e reforçar a importância da contagem não apenas em matemática, mas em diferentes aspectos da vida cotidiana.

Dicas:

– Varie o tipo de objetos utilizados para manter o interesse dos alunos ao longo das sessões.
– Use músicas ou rimas para tornar a contagem mais divertida e engajadora.
– Facilite a interação social entre os alunos, promovendo a troca de ideias e ajudando-se mutuamente.

Texto sobre o tema:

A evolução dos números naturais é um dos tópicos mais fascinantes da matemática. Desde os tempos antigos, os seres humanos tiveram a necessidade de contar e classificar objetos ao seu redor. O sistema numérico que conhecemos hoje tem suas raízes na prática cotidiana das civilizações antigas, que utilizavam marcas em pedras ou gravuras em paredes como formas de registro de quantidades. Com o desenvolvimento das comunidades e o comércio, surgiu a necessidade de um sistema mais eficiente. A história dos números é marcada por essa evolução de simples marcas de contagem para a formalização da matemática que utilizamos hoje.

Os números são essenciais não apenas no campo da matemática, mas também em várias outras áreas, como economia, ciência e até mesmo em ouros aspectos do cotidiano, como a contagem dos eventos diários. Ensinar os números e seu emprego desde cedo é fundamental, pois isso promove o raciocínio lógico e a capacidade de resolução de problemas. Ao usar objetos cotidianos para trabalhar esses conceitos, conseguimos não só ensinar matemática, mas também estimular a criatividade e a capacidade de associação dos alunos, fundamentais para o aprendizado.

Além de compreender a matemática, é necessário considerar as diversas formas de a tornar acessível e intrigante. Um aspecto importante é fazer a ligação entre a matemática e a história, promovendo um aprendizado que vá além do mecanismo dos números. Isso mostra que as contagens e os números têm uma história a ser contada, que vem da necessidade humana de organizar e entender o seu mundo.

Desdobramentos do plano:

As atividades propostas podem ser expandidas para a próxima aula, envolvendo questões de adição e subtração, ligando o conhecimento numérico à resolução de problemas. Após desenvolver a habilidade de contagem, você pode introduzir objetos e quantidades em jogos que incentivem o raciocínio e a comparação. Isso abre uma oportunidade valiosa para relacionar a matemática ao trabalho em equipe e à comunicação entre estudantes.

Outro desdobramento interessante seria propor um projeto onde os alunos observem o mundo ao seu redor e cataloguem diferentes quantidades de objetos, destacando o que foram utilizados no contexto diário deles. Esse projeto poderá se estender ao longo das semanas e, ao final, resultar em uma apresentação que mostre a evolução desse conhecimento e a construção de um entendimento sólido sobre a função dos números em suas vidas. Esse processo de observação ativa poderá ampliar a conexão do estudante com os conceitos matemáticos, além de reforçar o papel dos números como instrumentos essenciais de compreensão do mundo.

Por fim, seria interessante fazer uma ligação entre os números e as diferentes culturas. Envolver as origens dos números em diferentes civilizações pode ampliar o horizonte dos alunos em relação à diversidade cultural e à história, fazendo com que eles entendam a relação entre matemática e as experiências variadas de vida ao redor do globo. Essa abordagem interdisciplinar enriquece o aprendizado e cria uma base sólida para futuros estudos.

Orientações finais sobre o plano:

Durante a execução deste plano de aula, é crucial manter um ambiente acolhedor e inclusivo, onde os alunos se sintam à vontade para experimentar, errar e aprender. É importante lembrar que cada criança tem seu ritmo e estilo de aprendizado. Portanto, as atividades devem ser adaptadas conforme a necessidade, assegurando que todos tenham suas vozes ouvidas e suas responsabilidades valorizadas em grupo. Isso garantirá que cada aluno desenvolva suas capacidades em um espaço seguro e construtivo.

Os momentos de interação grupal são fundamentais e devem ser cuidadosamente moderados, promovendo uma escuta ativa e uma participação equitativa. O professor deve mediar as discussões de forma a incentivar a reflexão individual, além de fomentar o compartilhamento de vivências e ideias. Esse é um elemento-chave para o aprendizado colaborativo, que permite ao aluno expressar suas percepções e se sentir parte de um grupo maior.

Finalmente, a criatividade deve ser um pilar central em todas as atividades. Ao tornar as aulas dinâmicas e visuais, utilizando diferentes materiais e métodos de ensino, você garante o engajamento do aluno e uma aprendizagem mais efetiva, ressaltando a alegria de aprender. É essencial que as crianças vejam a matemática como uma disciplina acessível e significativa, que pode ser aplicada em seus cotidianos, promovendo, assim, um aprendizado mais envolvente e eficaz.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo dos pares: Cada criança recebe um cartão com uma quantidade de elementos. Elas devem andar pela sala e encontrar seus pares que têm a mesma quantidade, estabelecendo conexões e relações com os números. O jogo incentiva o movimento e a interação.

2. Caça ao Tesouro Numérico: Organize uma caça ao tesouro em que os alunos devem encontrar objetos pela sala ou pátio que correspondam a uma quantidade específica. Ao encontrar, têm que formar grupos correspondentes, ajudando a desenvolver a contagem e a correspondência.

3. Construindo o Número: Utilizando blocos de montar, os alunos podem formar números com eles, criando associações entre formas e quantidades. Isso ajuda a consolidar a relação entre número e objeto de forma física e visual.

4. Música dos Números: Ensine uma canção que contenha números e combinações, onde os alunos possam cantar e gesticular conforme a quantidade de elementos mencionada na letra. A associação entre música e matemática pode facilitar a memorização e o aprendizado divertido.

5. Teatro dos Números: Os alunos encenarão a história do surgimento dos números, onde cada um terá uma representação numérica e deve interagir para contar uma breve narrativa, entendendo de forma lúdica a evolução e a importância dos números em suas vidas.

Essas sugestões visam ainda mais estimular a interação e o aprendizado ativo, proporcionando experiências significativas que ficarão na memória dos alunos, além de auxiliar no desenvolvimento de habilidades matemáticas a partir de dinâmicas que engrandeçam a aprendizagem.

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