Plano de Aula “Educação Musical Inclusiva: Reflexão e Prática”- 3º Ano do Ensino Médio
A música é uma poderosa ferramenta de inclusão social, capaz de criar ambientes de acolhimento e expressão para pessoas com necessidades especiais. Através da música, indivíduos podem compartilhar suas emoções, superar barreiras e encontrar novos meios de comunicação. Este plano de aula visa explorar como a educação musical pode ser um instrumento essencial para promover a inclusão de todos os alunos, focando em práticas inclusivas que ajudam a sensibilizar e a preparar o ambiente escolar para respeitar e valorizar a diversidade.
Neste contexto, a proposta é que os alunos do 3º ano do Ensino Médio reflitam sobre a função da música na promoção da inclusão. Além disso, desenvolver habilidades críticas e criativas que permitam a eles entender como a música pode servir como uma forma de expressão e empoderamento, tanto para aqueles que possuem necessidades especiais quanto para a sociedade em geral. Com isso, a intenção é não apenas informar, mas preparar os estudantes para se tornarem agentes de mudança dentro da sua comunidade escolar e social.
Tema: Educação Musical Inclusiva
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 3º Ano Médio
Faixa Etária: 15 a 18 anos
Objetivo Geral:
O objetivo geral deste plano de aula é sensibilizar os alunos sobre a importância da educação musical inclusiva, promovendo reflexão crítica e engajamento em práticas que favoreçam a inclusão de pessoas com necessidades especiais.
Objetivos Específicos:
– Compreender como a música pode facilitar a inclusão social.
– Identificar e discutir experiências de inclusão através da música.
– Analisar a função da música em diferentes contextos sociais.
– Desenvolver um projeto que implemente práticas musicais inclusivas na escola.
Habilidades BNCC:
– (EM13LGG201) Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômenos sociais, culturais, históricos, variáveis, heterogêneos e sensíveis aos contextos de uso.
– (EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.
– (EM13LGG305) Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política, artística e cultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo princípios e objetivos dessa atuação de maneira crítica, criativa, solidária e ética.
Materiais Necessários:
– Instrumentos musicais (baixos, percussão, xilofones, etc.)
– Projetor multimídia
– Folhas de atividades impressas
– Áudios de músicas que abordem temas de inclusão
– Quadro branco e marcadores
Situações Problema:
1. Como podemos utilizar a música para aproximar pessoas com necessidades especiais em nosso ambiente escolar?
2. Quais experiências musicais podem ser compartilhadas para promover a inclusão?
3. De que forma nossas práticas de inclusão podem ser fortalecidas através da arte musical?
Contextualização:
A música desempenha um papel crucial na interação social e na expressão cultural. Neste sentido, a educação musical inclusiva não se restringe apenas ao ensino de técnicas musicais, mas também à criação de um espaço onde todos possam participar ativamente. Ao incorporar as diversas capacidades e expressões musicais, os alunos aprenderão a respeitar e valorizar as diferenças.
Desenvolvimento:
1. Iniciar a aula apresentando exemplos de como a música pode influenciar positivamente a vida de pessoas com deficiências. Mostrar vídeos de grupos de música inclusivos ou projetos que utilizam a música como forma de inclusão.
2. Propor uma discussão em grupo sobre as músicas que eles conhecem que falam sobre “diversidade” ou “inclusão“. Incentivar a pesquisa sobre como diferentes culturas incorporam a música em suas práticas sociais.
3. Dividir a turma em grupos e solicitar que criem uma apresentação musical que represente a inclusão, podendo utilizar instrumentos, canto ou performances corporais.
4. Finalizar o desenvolvimento refletindo, coletivamente, sobre como a música pode servir como um canal de diálogo e entendimento em suas escolas e comunidades.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introdução à Educação Musical Inclusiva
– Objetivo: Introduzir o conceito de música inclusiva.
– Descrição: Assistir a um vídeo que mostre como a música pode ser um meio de inclusão social.
– Instruções para o Professor: Após o vídeo, facilitar uma discussão com perguntas-chave.
– Materiais: Vídeo, projetor.
Dia 2: Pesquisa sobre Inclusão Musical
– Objetivo: Pesquisar exemplos de inclusão musical em diferentes culturas.
– Descrição: Os alunos farão pequenas pesquisas em grupos, apresentando um artista ou grupo que promove a inclusão.
– Instruções para o Professor: Solicitar que apresentem suas pesquisas para a turma.
– Materiais: Computadores ou tablets.
Dia 3: Criação de Música para Inclusão
– Objetivo: Criar uma música original que aborde a inclusão.
– Descrição: Em grupos, os alunos escreverão letras e melodia que representem a inclusão.
– Instruções para o Professor: Orientar os grupos, ajudando na estruturação da música.
– Materiais: Instrumentos musicais, papel e caneta.
Dia 4: Repetição da música criada
– Objetivo: Praticar as músicas criadas.
– Descrição: Repetir as músicas, focando em entonação e performance.
– Instruções para o Professor: Auxiliar os grupos na correção de eventuais erros.
– Materiais: Instrumentos, espaço para prática.
Dia 5: Apresentação final
– Objetivo: Apresentar as músicas criadas.
– Descrição: Cada grupo apresenta a sua música para a turma.
– Instruções para o Professor: Fazer uma análise crítica ao final de cada apresentação, focando na mensagem de inclusão.
– Materiais: Instrumentos, espaço para apresentação.
Discussão em Grupo:
Propor uma discussão sobre que tipo de atitudes os alunos podem tomar para promover um ambiente mais inclusivo em suas escolas e comunidades. Incentivar a troca de ideias e experiências e a apresentação de propostas práticas.
Perguntas:
1. De que forma você acha que a música pode ser um canal para a comunicação entre diferentes grupos de pessoas?
2. Você conhece algum projeto ou iniciativa que utiliza a música como forma de inclusão? Como ele funciona?
3. O que a música representa para você pessoalmente e como ela pode ajudar no respeito às diversidades?
Avaliação:
A avaliação será realizada através da apresentação dos grupos, observando-se a originalidade, a profundidade da mensagem inclusiva na música e a participação de todos os integrantes do grupo.
Encerramento:
No encerramento, reforçar a importância da música como uma linguagem universal que promove a inclusão. Incentivar os alunos a continuarem explorando e utilizando a música para a promoção de um ambiente mais inclusivo.
Dicas:
– Faça uso de músicas conhecidas que já tratem de temas sociais e formas de inclusão, como “Imagine” de John Lennon.
– Promova um ambiente acolhedor durante as apresentações, destacando a coragem de todos em se expressar artisticamente.
– Incentive os alunos a interagirem com artistas locais que trabalhem com a inclusão, proporcionando uma troca de experiências rica e empática.
Texto sobre o tema:
A música ocupa um espaço fundamental na construção da cultura e na promoção de diálogos sociais. No contexto da inclusão, a educação musical se torna um caminho poderoso para quebrar barreiras entre diferentes grupos. Um dos papéis da música na inclusão é o de promover a empatia. Ao se expor a diferentes expressões artísticas, os indivíduos conseguem compreender e valorizar diferentes perspectivas de vida. Esse exercício empático é essencial para o desenvolvimento social em ambientes diversificados.
Além disso, a música pode funcionar como um meio de comunicação e uma ferramenta pedagógica. A inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino de música não apenas favorece a formação de um ambiente acolhedor, mas também contribui para a autoexpressão e a autonomia desses alunos. O respectivo aprendizado, além de ser teoricamente enriquecedor, proporciona habilidades práticas que desenvolvem a cidadania ativa e o respeito mútuo.
É imprescindível que as escolas adotem práticas de educação musical inclusiva, permitindo que alunos de diversas origens se reúnam em torno de um objetivo comum: desenvolver habilidades e expressões artísticas que representem seus anseios e desafios. O compromisso da escola em promover um espaço inclusivo pode ser transformador, moldando não apenas o desempenho artístico dos alunos, mas também a sua capacidade de se tornarem cidadãos críticos e engajados.
Desdobramentos do plano:
A educação musical inclusiva pode se desdobrar em diversas práticas dentro da escola, incluindo a realização de workshops e eventos que reúnam a comunidade escolar. Por exemplo, encorajar a formação de um coral inclusivo pode ser uma excelente ideia. Este coral pode incluir alunos com diferentes habilidades, visando não apenas a prática musical, mas também a convivência e o respeito mútuo entre os alunos.
Além disso, parcerias com instituições que trabalham com a inclusão de pessoas com necessidades especiais devem ser buscadas. Essas instituições podem oferecer apoio e expertise, promovendo uma integração ainda mais significativa. Por exemplo, convidar artistas e educadores que atuem nesse campo para dar palestras e oficinas pode enriquecer a compreensão dos alunos sobre a importância da inclusão na música e em suas vidas.
Por fim, a elaboração de relatórios ou registros sobre as experiências vividas durante o plano de aula pode servir como base para futuras ações e como forma de discutir o impacto da música na sociedade. Tais registros podem ser apresentados não apenas para a comunidade escolar, mas podem ser expostos em eventos culturais, contribuindo para a conscientização sobre a inclusão e a valorização da diversidade.
Orientações finais sobre o plano:
Para que a implementação deste plano de aula seja bem-sucedida, é importante que o educador esteja preparado para acolher a diversidade. Respeitar os limites e as necessidades de cada aluno é fundamental. O professor pode facilitar a inclusão, ajustando as atividades e o ambiente conforme necessário, garantindo que todos possam participar plenamente.
O compromisso do educador em criar um espaço inclusivo também deve se refletir nas metodologias utilizadas. Alternativas musicais e expressivas devem ser oferecidas, podendo incluir desde a exploração de instrumentos a suportes tecnológicos para alunos com mobilidade reduzida. A música deve ser vista como uma linguagem fluida, onde todos podem encontrar sua voz e contribuir de maneira significativa.
Por fim, encorajar os alunos a aplicarem o que aprenderam fora da sala de aula pode ter um impacto positivo duradouro. Incentivá-los a se tornarem defensores da inclusão não apenas dentro da escola, mas também em suas comunidades, gera uma cultura de respeito e compreensão que vai além das fronteiras da sala de aula.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Oficina de Instrumentos Musicais: Criar uma oficina onde estudantes possam construir ou adaptar instrumentos musicais com materiais recicláveis. O objetivo é entender que a música pode ser acessível para todos, independente das habilidades.
2. Canto em Língua de Sinais: Realizar uma atividade onde os alunos aprendem uma música em Língua de Sinais. Esta experiência ajuda a sensibilizar os alunos sobre as necessidades de comunicação não verbal e promove a inclusão.
3. Boliche Musical: Um jogo onde os alunos devem responder a perguntas sobre música ou interpretar trechos de músicas para derrubar pinos. Essa atividade estimula a colaboração e a interação entre todos os alunos.
4. Teatro Musical: Criar um pequeno teatro onde os alunos incorporam personagens que representam diferentes realidades sociais, com foco em inclusão. Incentivar a pesquisa e a criação de roteiros ajuda o grupo a discutir e entender o impacto da música na sociedade.
5. Playlist Inclusiva: Os alunos criam uma playlist com músicas que falam sobre diversidade e inclusão, apresentando as razões de suas escolhas. Isso promove um espaço de diálogo onde todos podem compartilhar suas perspectivas e experiências.
Essas atividades podem ser adaptadas para diferentes faixas etárias e contextos, garantindo que todos os alunos se sintam parte do processo de aprendizado ativo e inclusivo.