Plano de Aula: educação física adaptada para cadeirante e o bullyng (Ensino Fundamental 1) – 5º Ano

A construção de um plano de aula que integre a Educação Física Adaptada para cadeirantes e a temática do bullying é essencial para promover a inclusão e o respeito à diversidade nas escolas, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e empáticos. Esse plano visa abordar a importância do cuidado com a natureza, além de discutir a violência, que pode manifestar-se de diferentes formas, sendo um tema relevante no cotidiano dos estudantes.

O professor José Augusto, atuando em uma escola da periferia urbana, deve planejar uma aula que consiga agregar esses elementos, realizando uma roda de conversa inicial, um desenvolvimento de atividades práticas e, ao final, uma nova roda de conversa para promover reflexões instauradas ao longo da aula.

Tema: Educação Física Adaptada e Bullying
Duração: 90 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 a 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Promover a inclusão de alunos cadeirantes nas atividades físicas, discutindo a temática do bullying e incentivando a prática do esporte como ferramenta de respeito e empatia, contribuindo para um ambiente escolar mais harmonioso e acolhedor.

Objetivos Específicos:

Identificar e discutir os conceitos de inclusão e bullying.
Experimentar atividades físicas adaptadas para cadeirantes.
Refletir sobre a importância do respeito às diferenças e do cuidado com a natureza.

Habilidades BNCC:

– (EF35EF12) Identificar situações de injustiça e preconceito geradas e/ou presentes no contexto das danças e demais práticas corporais e discutir alternativas para superá-las.
– (EF35EF15) Identificar as características das lutas do contexto comunitário e regional e lutas de matriz indígena e africana, reconhecendo as diferenças entre lutas e brigas e entre lutas e as demais práticas corporais.

Materiais Necessários:

– Cadeiras de rodas para prática de atividades
– Bexigas ou bolas (de diferentes tamanhos)
– Fichas de atividades adaptadas
– Materiais para atividades ao ar livre (cordas, cordões)
– Espaço amplo para realização das atividades

Situações Problema:

– Como podemos incluir todos os alunos nas atividades esportivas?
– Quais atitudes podemos tomar para evitar o bullying e promover a aceitação das diferenças?

Contextualização:

A aula deve iniciar destacando a importância da inclusão de todos no ambiente escolar, independente de suas habilidades físicas. É fundamental criar um espaço seguro para discutir temas como o bullying, que afetam o convívio escolar e a formação de uma sociedade mais justa.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em três partes: roda de conversa, atividades práticas e nova roda de conversa final.

Roda de Conversa (15 minutos):
Iniciar com uma discussão sobre o que é inclusão e bullying, perguntando aos alunos se já vivenciaram situações de exclusão ou de bullying. Conduzir a conversa para que falem sobre a importância do respeito às diferenças. O professor deve registrar as contribuições dos alunos em um quadro.

Atividades Práticas (60 minutos):
Atividade 1: Desafio na Natureza (30 minutos)
Dividir os alunos em grupos mistos, onde cada grupo deve criar um percurso adaptado no espaço externo (parque/campo), usando cadeiras de rodas, ou até mesmo simulando o uso delas, para entender a importância da acessibilidade. Cada grupo deve propor soluções para ultrapassar obstáculos naturais (troncos, pedras, etc.), promovendo a discussão sobre a adaptabilidade e valorização do espaço.
Materiais: cordas para demarcar o percurso, bexigas para representarem obstáculos.

Atividade 2: Jogo da Empatia (30 minutos)
Organizar uma partida de um jogo utilizando bexigas e bolas, onde os alunos com cadeiras de rodas devem se integrar aos demais em um jogo que valorize a comunicação, a colaboração e a integração. O professor deve intervir durante o jogo para garantir que todos participem e se sintam acolhidos.
Materiais: bolas e bexigas, espaços demarcados.

Roda de Conversa (15 minutos):

No encerramento da aula, reunir novamente os alunos para compartilhar o que aprenderam. Perguntar sobre as sensações que tiveram ao praticar atividades adaptadas e como percebem a importância de respeitar as diferenças. O professor pode levantar questões sobre como estão lidando com o bullying na escola.

Perguntas:

– O que significa para você ser incluído?
– Como podemos evitar o bullying na nossa escola?
– Quais atitudes podemos adotar para respeitar todos os colegas?

Avaliação:

A avaliação será feita por meio da observação da participação dos alunos nas discussões e atividades. É importante verificar se os alunos estão se sentindo seguros e inclusos. Ao final, os alunos podem ser convidados a refletir em um pequeno texto sobre o que aprenderam nas atividades.

Encerramento:

Agradecer a participação de todos e reforçar a importância de praticar a empatia e a inclusão no dia a dia. Incentivar os alunos a se tornarem “agentes de mudança” em sua escola.

Dicas:

– Utilize sempre uma linguagem acessível e clara, certificando-se que todos compreendam as instruções.
– Fomente um ambiente de respeito, onde todos se sintam à vontade para falar e expressar suas opiniões.
– Esteja atento a comportamentos discriminatórios durante as atividades e intervenha imediatamente.

Texto sobre o tema:

A questão da inclusão e do bullying tornou-se um tema de grande relevância nas escolas atuais. O respeito à diversidade é fundamental para a formação de um ambiente saudável e colaborativo. Os alunos cadeirantes, por muitas vezes, enfrentam barreiras que vão além daquelas físicas: a inclusão social, emocional e psicológica é essencial. A prática da educação física, quando adaptada, proporciona não apenas uma melhora na condição física dos alunos, mas também ajuda na socialização e no fortalecimento das relações interpessoais.

Discutir o bullying, especialmente em contextos onde a violência é recorrente, se torna essencial. O bullying treina os jovens a desumanizar os “diferentes”, criando um ciclo vicioso de exclusão e violência. Trabalhar a empatia, a inclusão e o respeito à natureza é fundamental para mudar essa lógica. Ao promover esportes e atividades físicas onde todos são bem-vindos, quebramos as barreiras do preconceito e criamos um espaço seguro e respeitoso.

Ao final do dia, cada aluno deve sair da aula não apenas com uma experiência física, mas com o sentimento de pertencimento, de que a inclusão é um direito de todos. A educação física adaptada é uma poderosa ferramenta para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Desdobramentos do plano:

As experiências vivenciadas durante a aula podem ser desdobradas em outras disciplinas. Na língua portuguesa, os alunos podem escrever um texto reflexivo sobre a inclusão e o bullying, utilizando as habilidades de grafia e estruturação de texto aprendidas. Na ciências, pode-se discutir a importância da preservação dos ambientes naturais, integrando a discussão da convivência com a natureza. Além disso, é essencial promover debates em história e geografia sobre a diversidade cultural, permitindo assim uma maior compreensão sobre as próprias raízes de cada aluno e fortalecendo sua identidade.

Fazer dessa aula uma experiência de aprendizado contínuo e inacabado é crucial. Um aluno que se sente incluído e respeitado consegue agir de forma mais proativa em relação aos seus colegas e ao ambiente escolar, transformando não só a sua vida, mas a vida dos que o cercam. Incluir cadeirantes nas atividades é um passo fundamental para garantir que todos tenham a possibilidade de participar ativamente e serem protagonistas de sua própria educação.

Orientações finais sobre o plano:

A elaboração de um plano de aula que considera as diferenças e promovem a inclusão é um desafio, mas é extremamente gratificante. Ao incluir atividades adaptadas e levantar discussões sobre bullying e respeito, o professor José Augusto caminha para formar cidadãos mais críticos e empáticos. É importante que o professor esteja preparado para lidar com quaisquer situações que possam surgir durante a aula e tenha uma postura proativa e acolhedora.

Além disso, o professor deve estar ciente de que essa prática deve ser refletria de um processo contínuo e que os alunos devem entender que o respeito a todos é um valor que devem levar para a vida. A inclusão e a empatia não devem ser tratadas como “tópicos” em uma aula específica, mas sim como fundamentos da convivência.

Por fim, é crucial que o professor registre as experiências dos alunos em forma de relatos ou vídeos. Isso não apenas acompanhará o progresso de cada um, mas também servirá como uma poderosa ferramenta de sensibilização para a comunidade escolar, reforçando a importância da união e do respeito entre todos.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo do Respeito: Organizar um jogo de tabuleiro em que cada pergunta ou desafio reflita situações de bullying e formas de combatê-lo, promovendo a discussão e reflexão em grupo.
Materiais: tabuleiro grande, fichas com perguntas e respostas.
Faixa etária: 10 a 11 anos.

2. Teatro do Oprimido: Propor um teatro onde os alunos representem situações de bullying e inclusão, permitindo que os colegas interajam e proponham alternativas às situações apresentadas.
Materiais: espaço amplo, figurinos simples.
Faixa etária: 10 a 11 anos.

3. Sementes que Unem: Cada aluno plantará uma semente em um vaso que simboliza a inclusão, e a atividade se conecta com o cuidado com a natureza, discutindo o que as sementes precisariam para crescer, assim como os cuidados nas relações sociais.
Materiais: vasinhos, terra, sementes.
Faixa etária: 10 a 11 anos.

4. Bingo dos Valores: Criar um bingo onde o foco são palavras-chave relacionadas à inclusão, respeito, natureza e como tratar o próximo. A atividade garante que os alunos se familiarizem com os conceitos de forma divertida.
Materiais: cartelas de bingo, marcadores.
Faixa etária: 10 a 11 anos.

5. Caminhada da Reflexão: Realizar uma caminhada até um parque próximo, onde o professor pode promover diálogos sobre a importância do respeito ao próximo e à natureza, reforçando a conexão entre cuidado pessoal e comunitário.
Materiais: clipboard com perguntas reflexivas para os alunos.
Faixa etária: 10 a 11 anos.

A aplicação desses projetos didáticos servirá como um pilar importante para transformar a cultura escolar, gerando um impacto positivo nas relações interpessoais entre todos os alunos.

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