“Plano de Aula: Divisão Criativa para o 3º Ano do Ensino Fundamental”
A elaboração deste plano de aula tem como objetivo principal trabalhar a habilidade de resolver e elaborar problemas de divisão, tanto com resto zero como com resto diferente de zero, no contexto do 3º ano do Ensino Fundamental. Neste momento da aprendizagem, as crianças têm a oportunidade de compreender o sentido de repartição equitativa e de medida, utilizando diferentes estratégias e registros pessoais.
Este plano de aula foi estruturado de acordo com os preceitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo que os alunos se envolvam em um aprendizado ativo e colaborativo. A atividade permite que eles construam conhecimento a partir da interação com os colegas e da reflexão sobre suas próprias experiências, consolidando assim a aprendizagem de forma significativa.
Tema: Resolução de problemas de divisão no contexto de repartição e medida
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 3º Ano
Faixa Etária: 8 a 9 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar experiências práticas que permitam aos alunos resolverem problemas de divisão, promovendo a compreensão dos conceitos de repartição equitativa e de medida através de estratégias colaborativas e registros pessoais.
Objetivos Específicos:
1. Estimular a elaboração de problemas matemáticos envolvendo divisão com diferentes resultados.
2. Facilitar a compreensão do significado da divisão como repartição equitativa e medida.
3. Promover o trabalho em grupo, incentivando a troca de ideias e estratégias.
4. Fomentar o uso de registros pessoais para a sistematização do aprendizado.
Habilidades BNCC:
(EF03MA08) Resolver e elaborar problemas de divisão de um número natural por outro (até 10), com resto zero e com resto diferente de zero, com os significados de repartição equitativa e de medida, por meio de estratégias e registros pessoais.
Materiais Necessários:
– Papéis e canetas coloridas
– Quadro ou cartolina
– Objetos para manipulação (como contadores, lápis, fichas)
– Caderno de anotações
– Computador ou tablet (opcional, para pesquisas)
Situações Problema:
– Criar grupos de alunos e atribuir a cada grupo um número total de objetos para dividir (por exemplo, 12 lápis entre 4 colegas).
– Pedir para os alunos refletirem sobre como poderiam organizar esses objetos de forma equitativa.
Contextualização:
Iniciar a atividade perguntando aos alunos sobre situações cotidianas em que precisamos dividir algo. Exemplos incluem repartir doces em uma festa ou medir ingredientes em uma receita. Essa abordagem ajuda a conectar a matemática com a realidade dos estudantes, tornando o aprendizado mais relevante.
Desenvolvimento:
1. Apresentação do Tema: Apresentar o conceito de divisão, explicando a diferença entre divisão exata e divisão com resto.
2. Atividades em Grupo: Dividir a turma em grupos e propor que cada grupo crie uma situação problema de divisão, utilizando objetos fornecidos.
3. Resolução dos Problemas: Cada grupo deve resolver a divisão e apresentar sua solução para a sala, explicando como chegaram à resposta e quais estratégias usaram.
4. Registro das Respostas: Cada grupo deve registrar suas perguntas e respostas em cartolinas que serão apresentadas para a turma.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introdução à Divisão
– Objetivo: Introduzir o conceito de divisão.
– Descrição: Apresentar a divisão utilizando objetos (ex: lápis) e problematizar sobre como dividi-los entre colegas.
– Instruções: Use lápis para representar a divisão. Pergunte quanto cada um receberia e demonstre.
Dia 2: Problemas com Resto Zero
– Objetivo: Resolução de problemas com resto zero.
– Descrição: Criar situações em que a divisão é exata. Ex: “Divida 20 balas em 5 sacolinhas”.
– Instruções: Os grupos devem descrever a situação, calcular e apresentar a resposta.
Dia 3: Problemas com Resto Diferente de Zero
– Objetivo: Resolver problemas com resto.
– Descrição: Propor a divisão de 23 maçãs por 4 alunos. Quantas sobram?
– Instruções: Cada aluno deve calcular individualmente antes de apresentar suas ideias em grupo.
Dia 4: Registro de Resultados
– Objetivo: Registrando o que aprenderam.
– Descrição: As respostas e os métodos usados devem ser escritos em um caderno ou cartolina.
– Instruções: Fazer uma exposição das cartolinas produzidas em um mural.
Dia 5: Reflexão e Discussão
– Objetivo: Refletir sobre aprendizagem.
– Descrição: Discutir em classe as diferentes estratégias usadas para resolver os problemas.
– Instruções: Perguntar como se sentiram e o que aprenderam nesse processo.
Discussão em Grupo:
Após as apresentações, realizar uma discussão em grupo com perguntas como:
– Qual foi a dificuldade que você encontrou?
– Como a divisão pode ser aplicada em nossa vida diária?
– Existem outras formas de resolver os problemas?
Perguntas:
1. O que significa compartilhar algo de forma equitativa?
2. Qual a diferença entre divisão exata e com resto?
3. Como você poderia aplicar o que aprendeu sobre divisão em casa?
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação dos alunos nas atividades em grupo, suas contribuições nas discussões e os registros que produzem. Além disso, um breve teste individual pode ser aplicado ao final da semana para verificar a compreensão dos conceitos.
Encerramento:
Sintetizar os principais aprendizados da semana, reforçando a importância da divisão na vida cotidiana dos alunos. Estimular a reflexão sobre como essa habilidade pode ser utilizada em diferentes contextos.
Dicas:
– Incentivar a criatividade dos alunos na elaboração de problemas.
– Propor que os alunos utilizem desenhos e esquemas para explicar suas ideias.
– Girar a classe em torno de discussões e questionamentos para aprofundar a compreensão do assunto.
Texto sobre o tema:
A divisão é uma das operações matemáticas fundamentais, e sua compreensão é essencial para a formação de habilidades matemáticas mais complexas no futuro. Ela se refere ao processo de repartir uma quantidade em partes iguais ou de medir quantas vezes uma determinada quantidade cabe em outra. No cotidiano, a divisão está presente em diversas situações, como na hora de dividir uma conta em um restaurante, compartilhar alimentos entre amigos ou calcular ingredientes em uma receita. A matemática, assim, se torna uma ferramenta poderosa para resolver conflitos e facilitar a vida em sociedade.
No contexto escolar, é essencial que as crianças entendam não apenas como calcular, mas também o significado prático por trás da operação. A divisão pode ser concebida como uma forma de repartir, onde cada um recebe sua parte, ou como medida, onde se determina quantas vezes algo se encaixa em outra coisa. Portanto, ensinar divisão não deve ser apenas uma questão de números; deve envolver contextos que façam sentido e que motivem os alunos a aprender. Isso torna o aprendizado mais significativo e promove a aplicação do conhecimento em situações reais.
Por meio do trabalho em grupo e da resolução de problemas, os alunos terão a oportunidade de explorar diferentes estratégias, discutir suas ideias e aprender com os outros. A matemática é uma disciplina que se enriquece com o diálogo e a colaboração. Ao permitir que os alunos formulem suas próprias perguntas e problemas, eles se tornam protagonistas no processo de aprendizagem, desenvolvendo habilidades essenciais como o raciocínio lógico e a criatividade. A sala de aula se transforma em um espaço onde a matemática é vivida e experienciada, não apenas decorada.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos deste plano de aula podem levar a um aprofundamento em outras áreas. Por exemplo, pode-se explorar a noção de frações a partir do entendimento da divisão, onde a habilidade de repartir não fica restrita apenas a números inteiros, mas se expande para frações e proporcionalidades. Essa ligação entre as operações matemáticas é fundamental para que os alunos desenvolvam uma visão holística da matemática.
Outro desdobramento interessante é a possibilidade de fazer conexões com outras disciplinas. Por exemplo, em Ciências, as divisões podem ser usadas para calcular a quantidade de ingredientes em uma receita que serve um número diferente de pessoas, explorando assim conceitos de medidas e proporções. No contexto de História, pode-se discutir como a divisão de terras ou recursos impactou sociedades ao longo do tempo, gerando discussões sobre justiça social e economia.
Além disso, o incentivo à interdisciplinaridade pode enriquecer ainda mais a experiência dos alunos. Atividades de Artes que envolvam a divisão de materiais e a criação de projetos colaborativos podem proporcionar uma abordagem prática e criativa, despertando o interesse e o envolvimento dos alunos nas atividades. A matemática deixa de ser vista como uma disciplina isolada e se transforma em um instrumento de aprendizado que permeia diversas áreas do conhecimento.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final da implementação deste plano, é importante que o professor reflita sobre o que funcionou bem e o que poderia ser melhorado. A observação contínua do envolvimento dos alunos é fundamental para adaptar as estratégias de ensino e garantir que todos tenham a oportunidade de aprender de forma significativa. Cada turma possui características e dinâmicas próprias, e a flexibilidade do ensino se mostra vital para o sucesso das atividades.
Os registros feitos pelos alunos durante as atividades devem ser revisados, e o feedback a eles deve ser dado de forma construtiva, reforçando os acertos e apresentando novas soluções para eventuais desafios. Além disso, a comunicação com os pais sobre o que foi trabalhado pode fortalecer os laços entre a escola e a família, criando um ambiente de aprendizado mais rico e colaborativo.
Por fim, a interação entre os alunos deve ser valorizada. Momentos de discussão em grupo não somente nossos objetivos pedagógicos, mas também desenvolvem a empatia e o respeito entre os alunos. Criar uma sala de aula onde todos se sintam ouvidos e valorizados ajudará a formar cidadãos mais participativos e críticos. Reforçar a prática de colaboração no processo de ensino-aprendizagem é primordial e sempre que possível, práticas desse tipo devem ser recalibradas e incorporadas aos roteiros de aula futuros.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo da Divisão: Criar um jogo de tabuleiro onde cada espaço representa uma divisão que deve ser resolvida para avançar. Os alunos aprendem a resolver problemas enquanto jogam de forma divertida.
– Faixa Etária: 8 a 9 anos
– Materiais: Quadro, fichas e dados.
– Modo de condução: As crianças podem trabalhar em grupos para resolver as divisões.
2. Divisão com Histórias: Criar uma história em grupo onde precisam dividir recursos entre os personagens da história (ex: crianças em uma festa).
– Faixa Etária: 8 a 9 anos
– Materiais: Papel para escrita e desenhos.
– Modo de condução: Utilizar um quadro para visualizar as divisões contadas na história.
3. Caça ao Tesouro Matemático: Organizar uma caça ao tesouro onde cada pista é um problema de divisão.
– Faixa Etária: 8 a 9 anos
– Materiais: Frases com pistas escondidas.
– Modo de condução: Dividir a turma em equipes e incentivá-las a resolver para avançar na caça.
4. Dividindo no Prato: Utilizar alimentos, como frutas ou doces, para ensinar divisão. Os alunos devem dividir em partes iguais e cada um determinar quanto sobra.
– Faixa Etária: 8 a 9 anos
– Materiais: Frutas ou doces em quantidade.
– Modo de condução: Guiar os estudantes na prática de fazer as divisões e depois degustar.
5. Teatro da Divisão: Montar uma peça onde cada personagem representa uma parte de uma divisão e devem interagir para resolver problemas entre si.
– Faixa Etária: 8 a 9 anos
– Materiais: Figuras, objetos e peças de roupa para caracterização.
– Modo de condução: Incentivar a improvisação e a criatividade dos alunos para resolver situações durante a peça.
Este plano de aula vislumbra a formação de competências essenciais no que diz respeito ao conceito de divisão, abordando tanto aspectos matemáticos quanto o valor da colaboração e da comunicação no aprendizado.

