“Plano de Aula Divertido: Estimulação Sensorial para Bebês”
A criação de um plano de aula para bebês na faixa etária de 2 a 4 anos é uma tarefa delicada e extremamente gratificante. Estimulá-los por meio de atividades lúdicas que envolvam elementos da natureza, como galhos, folhas e pedras, traz uma oportunidade riquíssima de aprendizado e de interação com o ambiente. Durante essa fase, as crianças estão se desenvolvendo rapidamente, tanto fisicamente quanto emocionalmente, e a exploração sensorial se torna uma parte vital da sua educação.
Neste plano de aula, iremos nos concentrar na estimulação sensorial e motoras das crianças, utilizando materiais naturais ao ar livre. É preciso lembrar que a inclusão de atividades que promovam a interação com o ambiente e o desenvolvimento de habilidades motoras grossas e finas deve ser o foco. Também abordaremos temas como a comunicação e a socialização entre as crianças, de maneira a garantir que todos possam se expressar e interagir. A educação infantil é fundamental, e essa proposta busca atender a esses objetivos de maneira divertida e educativa.
Tema: Estimulação Sensório-Motora com Elementos da Natureza
Duração: 50 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 2 a 4 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar experiências sensoriais por meio da exploração de galhos, folhas e pedras, estimulando o desenvolvimento motor e a interação social entre as crianças.
Objetivos Específicos:
– Estimular as habilidades motoras finas e grossas por meio da manipulação de diferentes materiais naturais.
– Promover a capacidade de comunicação das crianças utilizando gestos e vocalizações durante as interações.
– Facilitar a socialização e a conscientização do ambiente ao explorar os elementos naturais.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES”
(EI01ET01) Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
(EI01ET03) Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
Materiais Necessários:
– Galhos de diferentes tamanhos e texturas.
– Folhas secas e frescas de várias formas.
– Pedras de diversas cores e tamanhos.
– Cestinhas ou caixinhas para armazenar os materiais.
– Panos ou toalhas para as crianças sentarem.
– Música suave para criar um ambiente acolhedor.
Situações Problema:
Como as crianças percebem as diferenças entre os materiais apresentados? Qual a reação delas ao se deparar com novos elementos naturais?
Contextualização:
Iniciar a atividade fazendo uma breve conversa sobre a natureza e o que podemos encontrar nela. Este momento é essencial para introduzir os galhos, folhas e pedras, ajudando as crianças a se conectarem com o tema e oferecendo um espaço de curiosidade e descoberta.
Desenvolvimento:
1. Preparação do Ambiente: Distribuir as toalhas ou panos em uma área externa ou em um ambiente seguro da sala de aula. Colocar as cestas com os materiais naturais ao redor.
2. Exploração Livre: Incentivar os bebês a explorarem os materiais à vontade, permitindo que toquem, sintam e brinquem com os galhos, folhas e pedras. Observar e registrar suas reações.
3. Interação e Comunicação: Durante a exploração, o professor deve participar, fazendo perguntas e estimulando a comunicação através de gestos e sons, promovendo uma interação rica.
4. Atividades Orientadas: Propor pequenas atividades como empilhar pedras ou fazer uma “coleção” de folhas e galhos em um lugar específico. Isso ajuda a desenvolver habilidades motoras finas.
5. Encerramento: Reunir as crianças para uma conversa sobre o que elas descobriram. Utilizar as cestas como um meio de discutir as cores, texturas e sons.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Coletando Materiais Naturais
Objetivo: Desenvolver a habilidade de observação e a motricidade ao coletar materiais.
Descrição: Levar as crianças para um ambiente ao ar livre para coletar galhos, folhas e pedras.
Instruções: O professor deve orientá-los a escolher um item de cada tipo e trazer para a toalha para exploração.
– Atividade 2: Arte com Folhas
Objetivo: Estimular a criatividade e a motricidade fina.
Descrição: Utilizar folhas coletadas para imprimir com tinta em folhas de papel.
Instruções: Molhar as folhas em tinta e pressioná-las sobre o papel, ajudando as crianças quando necessário.
– Atividade 3: Explorando Texturas com Pedras
Objetivo: Desenvolver a percepção tátil das crianças.
Descrição: Incentivar as crianças a sentirem as pedras e descreverem as sensações.
Instruções: O professor pode passar as pedras de mão em mão, perguntando sobre as texturas.
– Atividade 4: Jogo de Cores
Objetivo: Aprender a identificar cores ao interagir com materiais da natureza.
Descrição: Criar uma competição sutil de quem encontra a folha ou a pedra da cor que o professor nomear.
Instruções: O professor pede para eles encontrarem, reforçando as cores e as texturas.
– Atividade 5: Músicas com Sons da Natureza
Objetivo: Associar sons a elementos visuais e táteis.
Descrição: Ao manipular os galhos e folhas, tocar músicas que imitam sons da natureza.
Instruções: Expor as crianças à música e incentivá-las a imitar os sons que elas ouvem.
Discussão em Grupo:
Reunir as crianças para conversarem sobre as experiências vividas, perguntar: “O que você mais gostou de fazer?”, “Como a pedra se sente?”, “Qual cor você encontrou?” Essa é uma boa oportunidade para promover a comunicação e socialização.
Perguntas:
1. O que você sentiu quando tocou as folhas?
2. Você consegue descrever a cor da pedra que escolheu?
3. Como foi fazer a pilha de pedras?
Avaliação:
A avaliação deve ser contínua e observacional, registrando a participação, o envolvimento e as reações das crianças durante as atividades. Observar como elas interagem, comunicam-se e exploram o ambiente.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma roda, onde as crianças podem mostrar seus itens colecionados e falar um pouco sobre o que sentiram. Agradecer a participação e reforçar a importância de respeitar e explorar a natureza.
Dicas:
1. Foco na Segurança: Sempre supervisionar as crianças durante a manipulação de pedras e galhos, garantindo que não haja risco de acidentes.
2. Criatividade: Estimular a imaginação das crianças, criando situações em que elas possam inventar histórias usando os materiais.
3. Variedade de Atividades: Estar aberto a adaptações, dependendo do interesse das crianças, permitindo que elas liderem o aprendizado.
Texto sobre o tema:
A estimulação sensorial é fundamental no desenvolvimento dos bebês. Através da exploração de galhos, folhas e pedras, as crianças não apenas aprendem sobre os diferentes elementos da natureza, mas também desenvolvem suas habilidades motoras e sociais. Essa interação com o ambiente natural encoraja o uso dos sentidos, permitindo que as crianças toquem, vejam e explorem texturas, cores e formas. Além disso, a manipulação desses objetos oferece uma oportunidade para reconhecer emoções e expressá-las de maneira mais clara, seja através de risos, sons ou gestos.
Importante destacar que o ambiente em que a atividade é realizada deve ser seguro e acolhedor, favorecendo a exploração livre. O contato com a natureza também proporciona um espaço de curiosidade e descoberta, onde as crianças podem sentir-se confortáveis e motivadas a experimentar. Ao proporcionar essas experiências, colocamos as bases para um aprendizado significativo que se estenderá para o futuro, pois a curiosidade inicial é um motor poderoso para o aprendizado contínuo.
O papel do educador neste contexto é de mediador, facilitando o acesso a essa experiência sensorial rica, mas também intervindo quando necessário para garantir a segurança e o bem-estar das crianças. Fazer perguntas provocativas e incentivadoras ajuda a aprofundar o pensamento da criança e promove uma interação social mais dinâmica, onde cada um tem a oportunidade de se expressar. É a partir dessas interações que construímos não apenas conhecimento, mas também um senso de comunidade.
Desdobramentos do plano:
A partir do plano de aula desenvolvido, os desdobramentos podem ser diversos. Um dos caminhos possíveis é a continuidade da exploração dos elementos naturais, trazendo novos materiais e texturas para a sala de aula. Em vez de apenas galhos, folhas e pedras, podemos incluir areia, água e flores, permitindo que a experiência sensorial se amplie. Esses elementos podem ser utilizados de maneira a criar atividades temáticas, onde as crianças podem, por exemplo, fazer uma “visita à natureza” e aprender sobre o ciclo das plantas.
Além disso, é possível promover uma interdisciplinaridade, conectando as ciências naturais com as artes, através da pintura com os materiais coletados, ou até mesmo a música, introduzindo canções que falem sobre a natureza e seus elementos. Isso enriquece ainda mais o aprendizado, proporcionando uma experiência de educação integral.
Por fim, as experiências podem ser documentadas por meio de vídeos e fotos, que podem ser compartilhados com as famílias, criando um laço maior entre a escola e os pais. Isso não apenas promove a interação entre as crianças, mas também desperta nos responsáveis um interesse pelos métodos e práticas pedagógicas utilizadas na educação infantil, reforçando assim a importância do aprendizado ativo e da exploração natural.
Orientações finais sobre o plano:
Ao final de todas as atividades propostas, o mais importante é garantir que o ambiente permaneça seguro e acolhedor. Os alunos devem ser incentivados a explorar e descobrir de maneira livre, dentro de limites que garantam a saúde e segurança. O ideal é que cada proposta de exploração passe pela observação cuidadosa do educador, possibilitando ajustes em tempo real conforme o interesse e o comportamento das crianças. Mantenha em mente que a exploração sensorial é uma jornada única e muito variada, podendo se desdobrar de muitas formas conforme o grupo de alunos.
Um educador bem preparado é uma peça chave nesse processo. Esteja sempre aberto a novas ideias e lembre-se que as reações dos bebês durante as atividades podem ser uma fonte valiosa de informações sobre suas preferências e aversões. Fique atento à comunicação não verbal, que muitas vezes expressa emoções, desejos, e o estado de interesse que as crianças apresentam.
Esse plano de aula deve ser visto como um guia que pode ser ajustado de acordo com a dinâmica do grupo. As atividades podem ser alteradas e adaptadas conforme necessário, valorizando a participação de cada criança e suas experiências únicas. Assim, garantimos que cada momento de exploração se torne não somente uma oportunidade de aprendizado, mas também uma experiência significativa e marcante na vida de cada bebê.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Trilha Sensorial com Elementos Naturais: Criar uma trilha com diferentes materiais naturais, onde as crianças possam andar descalças. Essa atividade promove a percepção tátil e a exploração do ambiente.
2. Criação de um Livro da Natureza: Após coletar folhas e imagens da natureza, solicitar que os bebês ajudem a montar um livro com esses elementos. Essa atividade ajuda na identificação de cores e formas.
3. Caça ao Tesouro Natural: Propor uma atividade de caça ao tesouro, onde as crianças devem encontrar diferentes materiais (galhos, folhas, pequenos seixos) disponíveis no ambiente. Essa atividade estimula a observação e a exploração.
4. Brincando de Lançar: Propor um jogo de lançar pedras em alvos feitos de caixas ou em sinalizações no chão. Essa atividade desenvolve habilidades motoras e a coordenação motora.
5. Ciranda das Folhas: Criar uma dança em círculo envolvendo os materiais naturais, incentivando as crianças a imitar os sons e movimentos da natureza. Essa atividade promove a socialização e oferece um espaço para a expressão corporal.
As sugestões propostas são adaptáveis a cada contexto e faixa etária, permitindo um ambiente de aprendizado rico e dinâmico, sempre respeitando o ritmo e o interesse dos bebês. Com atividades lúdicas e educativas, cada experiência se torna uma oportunidade única de aprendizado e descoberta.