“Plano de Aula: Direitos das Crianças para 2 a 3 Anos”
A elaboração deste plano de aula visa proporcionar um aprendizado significativo sobre os direitos das crianças para os alunos na faixa etária de 2 a 3 anos, utilizando a obra de Ruth Rocha como base. Este plano não apenas promove a consciência dos direitos infantis, mas também permite que as crianças desenvolvam habilidades essenciais de interação social e expressão emocional. A escolha da literatura infantil é fundamental para encantar e envolver os alunos, proporcionando experiências que ressoam com seu cotidiano e ajudam a consolidar o conhecimento de forma lúdica.
O foco nas principais habilidades da BNCC permite que as crianças interajam com seu ambiente, reconhecendo a importância de seus direitos e a conexão com suas emoções e ações. A abordagem será centrada em atividades práticas e interativas, onde o movimento, a exploração e a criatividade terão um papel central, promovendo o desenvolvimento integral desse grupo etário.
Tema: Direitos das crianças
Duração: 3 aulas
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 2 a 3 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar uma experiência de aprendizado que celebre e ensine os direitos das crianças de maneira lúdica e interativa, utilizando a obra “Os direitos das crianças” de Ruth Rocha como referência.
Objetivos Específicos:
– Estimular a comunicação verbal e não verbal entre as crianças.
– Promover o reconhecimento dos próprios direitos através da literatura.
– Incentivar a interação e o convívio social entre as crianças por meio de atividades colaborativas.
– Desenvolver a expressão corporal e as habilidades motoras com brincadeiras relacionadas ao tema.
– Fomentar a escuta ativa através da leitura de histórias e músicas.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.
Materiais Necessários:
– Livro “Os direitos das crianças” de Ruth Rocha.
– Cartolina colorida e canetinhas.
– Brinquedos e objetos que representem os direitos (set de brinquedos de cozinha, bonecos, etc.).
– Música infantil relacionada ao tema.
– Material para atividades sensoriais (texturas, sons, etc.).
Situações Problema:
Apresentar aos alunos situações que envolvam o reconhecimento de emoções e direitos, como: “O que fazer se alguém pega seu brinquedo?” ou “Como podemos ajudar um amigo que está triste?”. Essas situações ajudarão as crianças a refletirem sobre seus direitos e o respeito ao próximo.
Contextualização:
As crianças, nessa faixa etária, estão em um momento de intensa descoberta do seu corpo e do mundo ao seu redor. A leitura de histórias que falam sobre seus direitos ajudará a criar consciência sobre o que é justo e necessário no convívio social. Além disso, desenvolvendo atividades lúdicas, proporcionaremos um ambiente propício para que elas possam expressar suas emoções e interagir de maneira saudável e respeitosa.
Desenvolvimento:
As três aulas serão organizadas em torno da leitura do livro e atividades práticas.
Aula 1: Ler a história “Os direitos das crianças”. Após a leitura, discutir brevemente com as crianças o que elas entenderam. Podemos perguntar, por exemplo: “O que você gosta de fazer?” e vincular isso aos direitos. Em seguida, realizar uma atividade de interpretação onde cada criança demonstra um direito (exemplo: brincar, comer, dormir).
Aula 2: Repetir a leitura da história, focando em alguns direitos específicos e desenvolvendo atividades motoras como jogos de imitação (por exemplo, imitar como se brincam ou se cuidam). Utilizar músicas infantis que mencionem emoções e direitos, incentivando a movimentação e o ritmo.
Aula 3: Criar uma “Dança dos Direitos”. As crianças devem se movimentar conforme a música, representando cada direito mencionado anteriormente, utilizando gestos e expressões. Após a dança, fazer uma atividade de desenho, onde cada um desenhará o que mais gostou nos direitos.
Atividades sugeridas:
1. Exploração do livro:
– Objetivo: Introduzir a obra “Os direitos das crianças” de Ruth Rocha.
– Descrição: Fazer a leitura do livro, intercalando com perguntas sobre as ilustrações.
– Instruções: Ler em um ambiente acolhedor e quieto, virando as páginas lentamente e fazendo pausas.
– Materiais: O livro e um espaço confortável para sentar.
2. Dança dos direitos:
– Objetivo: Associar movimentos corporais aos direitos.
– Descrição: Criar uma coreografia simples onde cada movimento representa um direito.
– Instruções: Sugira movimentos como “brincar” (saltos) ou “comer” (gestos de pegar comida).
– Materiais: Música animada relacionada ao tema.
3. Brincadeira de imitação:
– Objetivo: Estimular a comunicação e interação.
– Descrição: As crianças devem copiar gestos relacionadas aos direitos.
– Instruções: Animate cada um a fazer gestos e sons que representem ações do dia a dia, como tocar piano ou brincar.
– Materiais: Objetos do dia a dia (ex: talheres, brinquedos).
4. Desenho criativo:
– Objetivo: Promover a expressão artística e reconhecimento de direitos.
– Descrição: As crianças desenharão seu direito favorito, guiados por perguntas como “ O que você adora fazer?”
– Instruções: Oferecer cartolinas e canetinhas para que cada criança possa se expressar.
– Materiais: Cartolina e canetinhas.
5. Exploração sensorial:
– Objetivo: Experimentar texturas e sons.
– Descrição: Criar uma mesa sensorial com objetos que representem os direitos.
– Instruções: Mostrar diferentes objetos para tocar, ouvir e sentir.
– Materiais: Diversos objetos (ex: tecidos, brinquedos que fazem barulho).
Discussão em Grupo:
Promover momentos de conversa onde cada criança pode expressar o que aprendeu sobre seus direitos e como pretende respeitar os direitos dos colegas.
Perguntas:
– Quais são os direitos que você mais gostou?
– O que fazer quando alguém não respeita o seu brinquedo?
– Como podemos ajudar os nossos amigos a se sentirem bem?
Avaliação:
A avaliação será contínua e feita de forma observacional. O professor deverá observar a participação das crianças nas atividades, seu nível de interação e a maneira como expressam suas emoções e conhecimentos sobre os direitos.
Encerramento:
Na última aula, deverá haver um momento de reafirmação dos direitos que aprenderam, e as crianças poderão compartilhar suas experiências e desenhos. Esse é um momento para classificar como um grupo unido, valorizando a individualidade de cada um.
Dicas:
– Utilizar músicas animadas que falem sobre direitos pode aumentar a interação e o engajamento das crianças.
– Facilitar um ambiente que seja seguro e acolhedor estimula a expressão tanto verbal quanto não verbal.
– Incentivar na prática a divisão de brinquedos para ensinar sobre o ato de compartilhar, que está diretamente relacionado aos direitos.
Texto sobre o tema:
Os direitos das crianças são fundamentais para o seu desenvolvimento integral e bem-estar. A literatura infantil apresenta um excelente recurso para abordar esses direitos de forma lúdica e interativa. A obra de Ruth Rocha, “Os direitos das crianças”, traz à tona a importância de proteger e promover os direitos básicos que cada criança deve ter, desde o direito à educação até o direito ao lazer. Essa compreensão é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A linguagem da história é simples e acessível, permitindo que os pequenos ouvintes se conectem com os personagens e se vejam refletidos nas situações apresentadas. Ao ouvir sobre os direitos de brincar, de aprender e de serem protegidos, as crianças começam a internalizar o que é justo e necessário para a sua felicidade. Além disso, literaturas assim ajudam as crianças a desenvolver empatia e a se colocarem no lugar do outro, reconhecendo que todos possuem direitos iguais.
Por fim, ao trabalhar esse tema em sala de aula através de diversas dinâmicas e atividades, os educadores não apenas sensibilizam as crianças sobre seus direitos, mas também as preparam para se tornarem cidadãos conscientes e respeitosos. Isso contribui para uma formação integral, onde as crianças aprendem a expressar suas emoções e a valorizar as relações interpessoais desde muito cedo.
Desdobramentos do plano:
Este plano pode ser desdobrado em outras atividades que ampliem a percepção sobre os direitos das crianças. Por exemplo, as próximas aulas poderiam abordar como as crianças podem expressar seus direitos em contextos mais amplos, como na comunidade ou em família. Uma atividade de teatro de fantoches pode ser uma forma eficaz de encenar situações em que os direitos das crianças são respeitados ou violados, permitindo que elas reflitam sobre o que aprenderam.
Outra possibilidade seria consolidar o aprendizado através de um mural coletivo, onde as crianças poderão colar desenhos e recortes que simbolizem seus direitos. Isso não apenas reforça os direitos que elas aprenderam, mas também fortalece o sentimento de pertencimento e de comunidade na sala de aula. Além disso, a prática dessa atividade engajaria ainda mais os alunos e estimulava a interação entre eles.
Finalmente, é importante considerar que discussões periódicas sobre este tema podem continuar mesmo após a conclusão desse plano. Momentos regulares de reflexão sobre direitos podem ser incorporados à rotina escolar, onde os alunos poderão discutir suas experiências, as situações observadas nas interações cotidianas, e como garantir que todos os seus direitos e os dos colegas sejam respeitados.
Orientações finais sobre o plano:
As orientações para a implementação deste plano abrangem a flexibilidade nas atividades, pois as crianças estão em constante mudança e evolução. O professor deve estar atento às necessidades e às reações dos alunos, adaptando as atividades conforme necessário para melhor atender ao grupo. É essencial garantir que o ambiente de aprendizado seja envolvente e estimulante, propiciando liberdade de expressão e comunicação, tanto verbal quanto não verbal.
Além disso, é fundamental envolver as famílias no processo educativo. Comunique as atividades que estão sendo realizadas em sala e incentive-as a discutir os direitos das crianças em casa. Isso ajudará a reforçar o aprendizado e criará uma ponte entre a escola e a família, promovendo um entendimento mais amplo sobre a importância dos direitos de cada criança.
Por último, a avaliação das atividades deve ser contínua e orientada. O educador pode optar por anotar as reações e interações das crianças, observando seu desenvolvimento ao longo do tempo. Esse acompanhamento é crucial para identificar áreas que podem ser reforçadas e para garantir que todas as crianças (independentemente de sua faixa etária ou habilidades) possam vivenciar suas experiências de forma positiva e enriquecedora.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro das Emoções:
– Objetivo: Promover a expressão de sentimentos relacionados aos direitos.
– Descrição: As crianças poderão utilizar bonecos ou fantoches para encenar situações que envolvem os direitos e as emoções.
– Materiais: Fantoches ou bonecos e um espaço definido para a encenação.
2. Caça aos Diretos:
– Objetivo: Aumentar o reconhecimento dos direitos de forma divertida.
– Descrição: Esconder cartões com imagens de direitos em um espaço delimitado para que as crianças possam encontrá-los. Cada vez que encontrarem um cartão, devem falar sobre o direito que representa.
– Materiais: Cartões coloridos com ilustrações.
3. Contação de Histórias com Objetos:
– Objetivo: Envolver as crianças com histórias que representam seus direitos.
– Descrição: Usar objetos que remetam aos direitos citados no livro para contar a história de maneira dinâmica e interativa.
– Materiais: Objetos relacionados aos direitos (brinquedos, utensílios domésticos).
4. Dia do Direito:
– Objetivo: Celebrar os direitos de forma festiva.
– Descrição: Organizar uma tarde divertida com brincadeiras e atividades que representem os direitos, como jogos de roda e músicas engajadoras.
– Materiais: Brinquedos e instrumentos musicais.
5. Árvore da Comunidade:
– Objetivo: Fortalecer o sentimento de pertencimento e a rede de apoio mútuo.
– Descrição: Criar uma árvore de papel onde cada criança pode pendurar suas “folhas” (desenhos e mensagens sobre os direitos) para simbolizar a comunidade.
– Materiais: Papel kraft, tesoura, tinta, e cordões para pendurar.