Plano de Aula: Deficiência física (Educação Infantil) – Crianças pequenas
Neste plano de aula, vamos abordar o tema Deficiência Física, focando nas partes do corpo como pernas, mãos, pés e braços. Esse tema é importante para promover a conscientização e o respeito às diferenças, ajudando as crianças a compreenderem a importância de valorizar as características de cada corpo. A proposta será desenvolver atividades lúdicas que incentivem a empatia e a valorização das capacidades de cada um, independentemente de qualquer limitação física.
O trabalho será realizado em cinco dias, com atividades planejadas para crianças de 2 a 4 anos. O foco será a integração das habilidades do Campo de Experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”, além do Campo de Experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”. A proposta dá ênfase ao reconhecimento das características corporais, compreensão das limites e capacidades, além de desenvolver habilidades de comunicação e expressão.
Tema: Deficiência Física
Duração: 5 dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 2 a 4 anos
Objetivo Geral: Promover o entendimento e respeito às diferenças físicas por meio de atividades lúdicas e criativas.
Objetivos Específicos:
– Incentivar a reconhecimento das partes do corpo.
– Ajudar as crianças a expressar sentimentos e ideias sobre suas próprias características e as dos outros.
– Desenvolver a cooperatividade através de jogos e brincadeiras.
Habilidades BNCC:
– Campo de experiências “O EU, O OUTRO E O NÓS”: (EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros; (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros; (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais.
– Campo de experiências “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”: (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos; (EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras.
Materiais Necessários:
– Bonecos ou fantoches representando diferentes tipos de corpos.
– Materiais de artesanato (papel, tesoura, cola, tintas).
– Música infantil que estimule a dança e a movimentação.
– Espaço amplo para atividades físicas.
– Livros infantis ilustrados sobre diversidade e aceitação.
Desenvolvimento:
Dia 1: Iniciamos a semana realizando uma roda de conversa sobre o corpo humano, onde cada criança será convidada a identificar e nomear as partes do corpo: pernas, braços, mãos e pés. Após a conversa, vamos utilizar os bonecos para criar uma narrativa sobre a diferença entre as partes do corpo, enfatizando que todas são importantes e que cada um possui suas próprias características.
Dia 2: As crianças serão estimuladas a desenhar seu próprio corpo e a colar recortes que representem as partes do corpo. Esse momento reforça a valorização da diversidade. Após a atividade, cada criança poderá compartilhar seus desenhos, expressando o que mais gosta em seu corpo e ouvindo os colegas.
Dia 3: Realizaremos brincadeiras que envolvem movimentos corporais, onde as crianças poderão imitar diferentes animais para explorar como se movem suas pernas, braços, pés e mãos. Esta atividade não só é divertida, mas também ajuda a desenvolver habilidades motoras.
Dia 4: Para trabalhar a empatia, proponho uma contação de histórias que envolvam personagens com deficiências físicas. As crianças serão incentivadas a discutir o que os personagens sentem e como podemos ser amigos e ajudá-los. Essa atividade promove a escuta ativa e o desenvolvimento de sentimentos.
Dia 5: Encerramos a semana com uma mini apresentação onde as crianças utilizam suas artes e falas para mostrar o que aprenderam sobre as partes do corpo e a valorização das diferenças. Esta atividade será um momento de celebração, onde todos podem se sentir valorizados por suas contribuições.
Avaliação:
A avaliação será contínua, observando a participação das crianças nas atividades, suas interações e a forma como expressam suas ideias sobre as diferentes partes do corpo e as características dos colegas. E importante destacar a valorização que demonstram pelos outros e como se comportam em relação ao respeito pelas diferenças.
Encerramento:
Para fechar o ciclo de atividades, faremos uma roda de conversa final onde as crianças poderão compartilhar o que aprenderam. Será um momento para expressar sentimentos e reflexões sobre a importância da inclusão e do respeito às diferenças. Essa finalização é crucial para consolidar os conhecimentos adquiridos ao longo da semana.
Dicas:
– Esteja atento às dinâmicas das crianças e adapte atividades conforme necessário.
– Utilize uma linguagem simples e acessível, para garantir que todos compreendam.
– Esteja sempre disposto a dividir suas próprias experiências e aprender com as vivências pessoais das crianças.
Texto: Quando falamos sobre deficiências físicas, é essencial entender que cada pessoa é única. A valorização da diversidade é um aspecto fundamental na formação da identidade social e emocional das crianças. Ao ensinarmos sobre as diferenças, promovemos um ambiente que favorece a empatia. Compreender que não existe um “tipo ideal” de corpo ajuda as crianças a aceitarem suas próprias características e a respeitarem o próximo. As partes do corpo que podem parecer simples são repletas de funções e significados.
Além disso, é importante reconhecer que a deficiência física não define a capacidade de uma pessoa. Existem diversas formas de expressar e realizar atividades, e as crianças precisam saber que a comunicação, a amizade e o amor não são limitados por limitações físicas. Ao trabalhar com eles de forma criativa, através da arte e do movimento, conseguimos um melhor entendimento. As crianças se tornam mais abertas, menos preconceituosas e mais dispostas a interagir com todos, independentemente de suas limitações.
Por fim, ao dar espaço para que cada criança se expresse e compartilhe suas experiências, estamos criando um clima de acolhimento. Através de brincadeiras e narrativas, elas têm a oportunidade de interiorizar esses conceitos de maneira lúdica, que é fundamental na infância. Portanto, nosso papel como educadores é fomentar essa consciência, criando oportunidades onde todos os corpos sejam celebrados e respeitados.
Desdobramentos do plano:
A criação e a execução desse plano de aula podem se desdobrar em várias atividades continuadas, que podem ser realizadas ao longo do mês. Criar um mural na escola onde as crianças possam expor seus desenhos e reflexões sobre o corpo é uma excelente maneira de manter a conversa ativa. Além disso, promover visitas a espaços que celebram a diversidade, como escolas que trabalham com crianças com necessidades especiais, pode proporcionar experiências enriquecedoras.
Outra possibilidade é a formação de grupos de discussão entre as crianças, onde poderão falar sobre suas vivências e o que aprenderam. Atividades em parceria com os pais, como dias temáticos onde mães, pais e alunos compartilhem experiências, também seria uma maneira eficaz de estimular o diálogo sobre aceitação e respeito. Este tipo de engajamento familiar e comunitário reforça a mensagem de que as diferenças devem ser valorizadas em todos os aspectos da vida.
Por último, as habilidades desenvolvidas nesse plano podem ser incorporadas em futuras atividades na sala de aula. Sempre que o tema inclusivo surgir, é essencial lembrar aos alunos a base de respeito e empatia que foi estabelecida. A continuidade deste aprendizado não deve se limitar a essa semana de reflexão, mas sim se desdobrar em uma experiência de inclusão ao longo de toda a vida escolar da criança.
Orientações finais sobre o plano:
Ao trabalhar o tema da deficiência física, é fundamental estar consciente do impacto que temos na formação da visão das crianças sobre a diversidade. Abordagens adequadas e respeitosas são essenciais para estabelecer um diálogo eficaz sobre o corpo e sua variedade. Tenha sempre em mente que a inclusão deve ser um valor vivido e não só um tema abordado em sala de aula.
Mantenha um espaço seguro onde as crianças possam compartilhar seus sentimentos e experiências sem medo de julgamento. Isso ajudará a fomentar um ambiente saudável em sala, onde todos se sintam confortáveis e respeitados. Esse tipo de dinâmica é vital para o crescimento emocional e social, e as crianças beneficiadas se tornarão adultos mais tolerantes e compreensivos.
Por fim, o uso de abordagens lúdicas é uma excelente maneira de fixar o aprendizado. Lembre-se de que as crianças dessa faixa etária aprendem principalmente através do brincar e da interação. Portanto, aproveite cada oportunidade para tornar a aula divertida, atrativa e educativa. Isso garantirá que a mensagem de valorização das diferenças se perpetue e que o respeito pelo próximo seja um princípio sempre lembrado.
10 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Teatro de Fantoches: Utilize fantoches para representar diferentes características físicas e narrativas que demostram aceitação e inclusão. As crianças podem criar suas próprias histórias e fantoches, representando a diversidade corporal.
2. Desenho do Corpo: Ofereça folhas de papel em branco e tintas, onde as crianças deverão desenhar a si mesmas, destacando partes do corpo que mais gostam. As crianças devem compartilhar em roda as partes que desenharam.
3. Expressão Corporal: Realize atividades onde crianças se expressam com seus corpos imitando diferentes profissões, animais e sentimentos, explorando diversos modos de movimento.
4. Jogo da Memória com Partes do Corpo: Crie cartões que contenham imagens de diferentes partes do corpo; as crianças devem encontrar os pares. Este jogo reforçará o conhecimento sobre as partes e suas funções.
5. Bailado das Diferenças: Com músicas infantis, crie uma coreografia onde cada movimento deve ser feito imitando uma parte do corpo, mostrando como todas são importantes.
6. Construir um Livro de Histórias: As crianças, em grupos, devem criar e ilustrar um pequeno livro que conta a história de um personagem que possui uma deficiência, promovendo a inclusão e a aceitação.
7. Caça ao Tesouro de Partes do Corpo: Organize uma caça ao tesouro onde os indícios são dadas através de dicas sobre partes do corpo e suas funções.
8. Brincadeira de Imitar: Uma criança se destaca como ‘líder’ e as demais devem imitá-la em movimentos que incluam braços, pernas e mãos. Essa brincadeira enfatiza a coordenação motora e a diversidade de movimentos.
9. Círculo de Amigos: Uma roda onde cada criança deve dizer algo que admira em outra criança presente, reforçando o respeito e a valorização das diferenças.
10. Jogo de Charadas Corporais: Crie um jogo onde as crianças se dividem em grupos e, por meio de mímica, representam atividades que exigem diferentes partes do corpo. As demais crianças devem adivinhar qual parte está sendo representada.