Plano de Aula: Danças urbanas e lutas do Brasil (Ensino Fundamental 2) – 6º Ano

A dança e as lutas têm uma rica história no Brasil, refletindo as diversas influências culturais que contribuíram para a formação da nossa identidade. Este plano de aula busca não apenas explorar as práticas dessas expressões artísticas e corporais, mas também fomentar o respeito à segurança e à integridade física de todos os participantes. Por meio da experimentação de danças urbanas e lutas tradicionais brasileiras, os alunos terão a oportunidade de se conectar com suas raízes culturais, compreendendo a importância dessas linguagens no cenário social contemporâneo.

No decorrer deste plano de aula, os estudantes irão vivenciar e criar, desenvolvendo aspectos como ritmo, espaço e gestos, enquanto se conhecem e respeitam mutuamente. Ao integrar lutas tradicionais e danças urbanas, a aula promove uma experiência educativa que valoriza tanto a competição como a cooperação, fundamentais para a formação do cidadão.

Tema: Danças urbanas e lutas do Brasil
Duração: 45 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 6º Ano
Faixa Etária: 10 a 11 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos alunos a experiência prática de danças urbanas e lutas tradicionais do Brasil, valorizando a segurança, a integridade física e a convivência respeitosa entre os participantes.

Objetivos Específicos:

– Promover a exploração dos elementos constitutivos das danças urbanas e das lutas do Brasil.
– Estimular o senso de comunidade e o respeito mútuo através da prática destas atividades.
– Fomentar a percepção da importância dessas manifestações culturais na sociedade atual.
– Desenvolver habilidades motoras e corporais por meio da prática de atividades dinâmicas.

Habilidades BNCC:

– (EF67EF05PA) Experimentar através das disputas corporais, suas relações com a competição e cooperação, como possibilidade educativa e integradora da formação da cidadania.
– (EF67EF11) Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, identificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos).
– (EF67EF14) Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas do Brasil, valorizando a própria segurança e integridade física, bem como as dos demais.

Materiais Necessários:

– Fones de ouvido ou um dispositivo de som com música de danças urbanas.
– Espaço amplo para a prática (sala de aula, quadra ou parque).
– Materiais para demarcar o espaço (conos ou fitas).
– Recursos visuais (imagens ou vídeos de movimentos de danças e lutas).

Situações Problema:

– Como podemos respeitar a própria segurança e a dos outros ao praticar danças urbanas e lutas?
– Quais são as características que tornam cada dança ou luta única em sua forma de expressão?

Contextualização:

As danças urbanas e as lutas brasileiras são expressões que falam sobre nossa cultura e sociedade. Enquanto as danças urbanas muitas vezes refletem a vida nas cidades, a luta incorpora tradições históricas e rituais que remontam ao tempo dos nossos antepassados. Ambas as práticas são interligadas por valores comuns, como a solidariedade e o respeito, tornando-se uma forma vital de expressão individual e coletiva.

Desenvolvimento:

1. Abertura (5 minutos): Iniciar a aula com uma breve conversa sobre o que cada aluno sabe sobre danças urbanas e lutas tradicionais. Perguntar sobre experiências pessoais com essas práticas, fomentando um ambiente de respeito e escuta.

2. Apresentação das Danças Urbanas (10 minutos): Introduzir aos alunos alguns passos básicos de uma dança urbana. Escolher uma música animada e demonstrar os passos. Depois, convidar os alunos a praticar, sempre reforçando a importância de respeitar o espaço e a integridade física do colega. Explicar como o ritmo e a coordenação são importantes na dança.

3. Exploração das Lutas (15 minutos): Apresentar uma luta popular, como a capoeira ou o jiu-jitsu. Explicar seus princípios básicos e demonstrar alguns movimentos. Dividir os alunos em duplas e, sempre que necessário, lembrar sobre a segurança: como se posicionar e respeitar os limites do outro.

4. Integração das Práticas (10 minutos): Propor que os alunos criem pequenas coreografias que misturem danças urbanas e passos inspirados nas lutas. Incentivar a criatividade e a colaboração, permitindo que eles mostrem suas criações ao final da aula.

5. Reflexão Final (5 minutos): Encerrar a aula com uma roda de conversa onde os alunos compartilham o que aprenderam e como se sentiram tanto nas danças quanto nas lutas.

Atividades sugeridas:

1. Atividade de Dança com Música: Os alunos deverão criar uma coreografia em grupos de 4, utilizando elementos que aprenderam na aula e apresentá-la para a turma. Materiais: dispositivo de som e espaço livre.

2. Workshop de Lutas: Realizar uma aula prática sobre as regras e fundamentos da capoeira, utilizando músicas e movimentos básicos. Materiais: fita ou colchonete para prática segura.

3. Escrita Reflexiva: Pedir aos alunos que escrevam um pequeno texto ou diário sobre como se sentiram ao praticar danças e lutas, focando nos aspectos de segurança e respeito. Materiais: cadernos e canetas.

4. Palestra sobre Cultura: Organizar uma pequena apresentação de alguém da comunidade que pratique danças urbanas ou lutas, trazendo uma vivência real para a sala. Materiais: convite ao palestrante.

5. Desafio de Coreografia: Estimular os alunos a envolver familiares ou amigos em uma apresentação que misture dança e lutas. Eles devem documentar tudo e compartilhar na próxima aula. Materiais: câmeras ou celulares para gravação.

Discussão em Grupo:

A discussão inclui como as danças urbanas se diferenciam das lutas tradicionais e a importância dessas práticas na cultura brasileira. Incentive os alunos a expressarem suas opiniões e a dialogarem sobre o que aprenderam com as experiências de cada um.

Perguntas:

– Quais elementos vocês acham mais importantes em danças urbanas?
– Como as lutas que praticamos ajudam a construir um senso de comunidade?
– Em que momentos vocês sentiram que a segurança foi respeitada durante as atividades?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua, observando a participação dos alunos, a colaboração durante as atividades em grupo e a capacidade de respeitar os limites dos colegas. Ao final, um pequeno reflexo escrito permitirá avaliar a compreensão dos alunos sobre os valores de segurança e respeito.

Encerramento:

Finalizar a aula destacando a importância de manter-se ativo e saudável e de respeitar todas as formas de expressão corporal. Incentivar os alunos a continuarem explorando danças e lutas em casa e na comunidade.

Dicas:

– Provocar a criatividade, permitindo que os alunos escolham suas músicas ou estilos pessoais para suas coreografias.
– Adaptar as atividades conforme o espaço disponível e as habilidades dos alunos, respeitando sempre as necessidades especiais.
– Sempre reforçar os princípios éticos e de segurança durante a execução das atividades.

Texto sobre o tema:

A dança e as lutas representam mais do que mera prática física; elas são linguagens que expressam a cultura e a sociedade nas quais estão inseridas. As danças urbanas, por exemplo, emergem das vivências e experiências sociais dos jovens, refletindo a vida nas metrópoles brasileiras. São energia, criatividade e identidade em movimento. Através de ritmos pulsantes e passos inovadores, elas trazem à luz a espontaneidade e o desejo de expressão significativa.

Por outro lado, as lutas tradicionais, como a capoeira, têm uma história rica que remonta à resistência cultural no Brasil colonial. Essa prática não é apenas uma técnica de combate, mas um meio de preservação de uma cultura frequentemente marginalizada. A adição de elementos musicais, como os cantos e instrumentos, tornam a capoeira uma arte integral que combina luta e dança, fortalecendo o espírito comunitário.

Compreender esses dois mundos é fundamental para o desenvolvimento integral dos alunos. Além de aprender a coordenar e se expressar através do corpo, é essencial que eles reconheçam a importância do respeito mútuo e da segurança, não apenas nas práticas corporais, mas também em todas as interações em suas vidas cotidianas. Através dessas experiências, estamos formando cidadãos conscientes e respeitosos, capacitados para integrar-se de maneira harmônica a grupos sociais diversos.

Desdobramentos do plano:

A partir deste plano de aula, o ideal é que as experiências adquiridas pelos alunos se aprofundem em outras disciplinas e áreas do conhecimento. As danças urbanas e as lutas podem também ser exploradas em aulas de arte, onde alunos podem aprender sobre a história da dança, seus estilos e como diferentes práticas culturais contribuíram para a construção da identidade brasileira.

Em geografia, pode-se abordar o impacto dos movimentos migratórios e como as danças urbanas absorveram influências de diversas culturas, refletindo a diversidade nacional. Um olhar crítico sobre as influências externas e internas sobre as lutas tradicionais também pode ser discutido nas aulas de história, provocando reflexões sobre a escravidão e a resistência cultural.

Por fim, a prática das danças e lutas pode inspirar projetos de movimento corporal dentro da escola, que podem ser acompanhados de um programa mais amplo de saúde e bem-estar. Tais atividades não só enviam uma mensagem de vida saudável, mas também fomentam a colaboração entre os alunos e a criação de laços sociais duradouros, fundamentais para a formação de uma comunidade escolar unida e respeitosa.

Orientações finais sobre o plano:

É crucial que o educador esteja atento às necessidades e desejos dos alunos durante toda a implementação do plano. A flexibilidade e a percepção do ambiente social do grupo devem ser consideradas para que as atividades sejam realmente pertinentes e significativas. Cada aluno traz consigo uma bagagem cultural e social que deve ser respeitada e promovida durante a experiência de aprendizagem.

Além disso, encorajar a participação dos alunos na escolha de músicas ou estilos de dança pode ajudar a torná-los mais engajados no processo. A autorregulação e a cooperação devem ser enfatizadas, lembrando sempre que a prática saudável deve priorizar a segurança física e emocional.

Por fim, a comunicação aberta entre professor e alunos é fundamental para o sucesso do plano de aula. Avaliações regulares e feedbacks devem ser encorajados, para que todos tenham voz na construção do conhecimento, permitindo assim que o objetivo final seja alcançado: a formação de cidadãos respeitosos e conscientes por meio das danças e lutas do Brasil.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Dança e Desafio: Criar um concurso de dança em que as equipes devem apresentar suas coreografias envolvendo movimentos de uma dança urbana específica. O objetivo é estimular a criatividade e o trabalho em equipe, além de aumentar a confiança dos alunos ao se apresentarem. Material necessário: música selecionada previamente.

2. Roda de Capoeira: Promover uma roda de capoeira aberta, onde os alunos possam tentar se expressar através de movimentos básicos. Incluir uma apresentação de um capoeirista local pode enriquecer a experiência. Materiais: espaço amplo e instrumentos musicais como berimbau e atabaque, se disponíveis.

3. Teatro de Dança e Luta: Criar uma pequena peça teatral onde os alunos devem integrar danças urbanas e elementos de luta como parte de uma história, desenvolvendo não apenas as habilidades físicas, mas também as competências de storytelling e atuação. Materiais: figurinos e cenário elaborado pelos próprios alunos.

4. Aula de Ritmos Brasileiros: Introduzir outros tipos de dança brasileira, como o samba ou o frevo, e encorajar os alunos a fazerem uma fusão com as danças urbanas. Isso pode ser uma forma divertida de se familiarizarem com a diversidade cultural que existe no Brasil. Materiais: vídeos explicativos sobre cada dança.

5. Musicalização e Movimento: Promover oficinas de musicalização onde os alunos podem criar batidas e ritmos que depois servirão como base para uma nova dança. Isso permite um aprendizado lúdico relacionado à música e ao movimento. Materiais: instrumentos de percussão e equipamentos de áudio.

Este plano de aula é um passo importante para que os alunos reconheçam suas habilidades corporais e, acima de tudo, se sintam seguros e respeitados no ambiente de aprendizado.

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