Plano de Aula: Crie um plano de aula referente a coordenação motora fina para crianças bem pequenas (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas
A proposta que elaboraremos visa trabalhar a coordenação motora fina de crianças bem pequenas na faixa etária de 1 a 2 anos. A coordenação motora fina é uma habilidade essencial que envolve o uso da musculatura pequena das mãos e dos dedos, possibilitando ações como segurar, manipular, e explorar objetos ao redor. O desenvolvimento dessas habilidades é fundamental para a formação da autonomia em atividades diárias, como vestir-se, alimentar-se e realizar trabalhos manuais que serão essenciais ao longo da vida.
Além disso, como a faixa etária é bastante sensível, é fundamental levar em conta a segurança e o conforto das crianças durante as atividades propostas. Neste sentido, as dinâmicas e brincadeiras planejadas incluirão materiais seguros e apropriados para esta idade, garantindo um ambiente de exploração e aprendizado. É importante que os educadores se sintam preparados e confiantes para conduzir essa aula, proporcionando um espaço educativo onde as crianças possam se desenvolver de maneira lúdica e prazerosa.
Tema: Coordenação Motora Fina
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 a 2 anos
Objetivo Geral:
Desenvolver a coordenação motora fina das crianças por meio de atividades lúdicas que estimulem a manipulação de objetos e o controle das mãos.
Objetivos Específicos:
– Estimular a capacidade de apreensão e soltura de objetos.
– Promover a interação social por meio do compartilhamento de materiais durante as atividades.
– Fomentar a exploração sensorial através de diferentes texturas e formas de materiais variados.
Habilidades BNCC:
– (EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
Materiais Necessários:
– Argila ou massa de modelar;
– Divisórias (pequenos recipientes com diferentes formas);
– Objetos de diferentes texturas (têxteis, plásticos, borracha);
– Tinta e pincéis;
– Papel (de diversas gramaturas);
– Fitas adesivas;
– Tesouras de ponta arredondada (supervisionadas pelo adulto);
– Bolas pequenas (de borracha macia).
Situações Problema:
– Como podemos fazer algo novo com a argila?
– Se você não consegue pegar um objeto, o que pode fazer para conseguir?
– Qual material você mais gosta de tocar e por quê?
Contextualização:
As experiências sensoriais são fundamentais na educação infantil. A proximidade e interação com diversos materiais ajudam as crianças a perceberem e reconhecerem sua capacidade de manipular o ambiente ao seu redor. Muitas das atividades que desenvolvem a coordenação motora fina também permitem que as crianças exercitem a criatividade e a sociabilidade.
Desenvolvimento:
1. Início com Apresentação dos Materiais (5 minutos): O educador apresenta cada material, permitindo que as crianças toquem e explorem. Durante essa etapa, é importante que o professor faça perguntas sobre os objetos.
2. Atividade de Amassa e Molda (10 minutos): Utilize a argila ou a massa de modelar, incentivando as crianças a moldarem figuras diversas. Peça que elas compartilhem os resultados e comentem sobre suas criações.
3. Exploração de Texturas (5 minutos): Crie estações de texturas com os materiais disponíveis. Deixe que cada criança explore livremente, registrando suas reações ao toque de cada item.
Atividades sugeridas:
1. Atividade de Apreensão de Objetos:
– Objetivo: Melhorar a habilidade de agarrar e soltar.
– Descrição: Espalhe pequenas bolas de borracha pela sala e incentive as crianças a pegá-las e soltá-las em um recipiente.
– Instruções: Mostre como segurar as bolas e coloque-as em um recipiente.
– Materiais: Bolas de borracha macia.
– Adaptação: Para crianças que ainda não conseguem pegar objetos, ofereça o suporte das mãos para ajudá-las.
2. Desenho com Tinta e Pincéis:
– Objetivo: Aumentar o controle motor através de atividades de pintura.
– Descrição: Deixe as crianças pintarem livremente e explorarem o que a tinta permite.
– Instruções: Informe-os de que podem usar o pincel ou as mãos.
– Materiais: Tinta, pincéis e papel.
– Adaptação: Disponibilize mais tinta e papéis para as que tiverem mais desenvoltura.
3. Recortes com Tesouras:
– Objetivo: Aprimorar a habilidade de segurar e movimentar a tesoura.
– Descrição: Proponha que as crianças possam recortar formas simples a partir de papel de diferentes gramaturas.
– Instruções: Ensine o movimento de recorte e supervise muito de perto.
– Materiais: Tesouras e papel.
– Adaptação: Para crianças que não estejam familiarizadas, inicie com o uso de papel em tiras grossas.
Discussão em Grupo:
Promova uma conversa sobre quais materiais a criança mais gostou e por quê. Pergunte ainda como elas se sentiram ao explorar e criar. Essa atividade é importante para a expressão de sentimentos e melhor entendimento de suas preferências.
Perguntas:
– O que você mais gostou de fazer?
– Como você se sentiu ao tocar diferentes materiais?
– Você gostaria de fazer algo diferente na próxima vez?
Avaliação:
A avaliação será contínua e ocorrerá através da observação do professor sobre o envolvimento das crianças nas atividades, sua capacidade de realizar as tarefas propostas e como interagem com os outros. Registros fotográficos também serão realizados para documentar o processo pedagógico e o desenvolvimento motor.
Encerramento:
Finalize a aula reunindo todos os alunos e fazendo uma breve recapitulação do que foi feito. Peça que compartilhem o que mais gostaram e como se sentiram durante as atividades.
Dicas:
– Explore a diversidade dos materiais e mantenha um ambiente seguro para as crianças.
– Observe as dificuldades e ofereça auxílio sempre que necessário, respeitando o ritmo de cada criança.
– Utilize música ou contação de histórias como um recurso para tornar a aula mais atrativa e dinâmica.
Texto sobre o tema:
A coordenação motora fina é um conjunto de movimentos pequenos que facilitam ações cotidianas importantes. Desde o simples ato de segurar um lápis ou uma colher, essas habilidades são cruciais para o desenvolvimento futuro das crianças, especialmente na fase de alfabetização e no manuseio de ferramentas. Para as crianças bem pequenas, o cultivo dessas habilidades deve ser realizado de forma lúdica e segura, priorizando a exploração e a descoberta individual. Os educadores desempenham um papel fundamental nesse processo, sendo os guias e mediadores que permitem a experiência rica e sensorial.
As atividades que estimulam essa área do desenvolvimento não apenas aprimoram as habilidades motoras, mas também favorecem a interação social. Quando as crianças compartilham materiais, elas aprendem a conviver em grupo, adotando posturas de cuidado e solidariedade. Esse aspecto social é essencial, pois facilita o aprendizado colaborativo que será vital ao longo da vida escolar e pessoal dos pequenos. Cada atividade pode ser uma oportunidade de ensinar mais à direita sobre o convívio e as interações no espaço educativo.
Além disso, a exploração de diferentes texturas, cores e formas dentro das atividades de coordenação motora fina oferece às crianças chances de despertar a curiosidade natural que possuem. Esse tipo de estímulo não apenas as ensina a usar as mãos, mas também desenvolve uma compreensão mais ampla de seu entorno, ajudando-os a construir experiências sensoriais que são a base do aprendizado futuro. Portanto, proporcionar em sala um espaço onde possam experimentar e explorar livremente é uma das melhores formas de apoiar seu crescimento.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos deste plano de aula podem incluir a criação de um diário de descoberta onde as crianças podem registrar suas próprias experiências com os materiais manipulados. Isso pode ser feito com a ajuda dos educadores, onde imagens ou descrições podem ser colocadas, permitindo que tudo que foi feito possa ser revisitado. Essa prática pode ajudar a desenvolver a linguagem oral e escrita desde cedo, fazendo com que se familiarizem com a ideia de contar suas histórias e experiências.
Outras atividades também podem ser desenvolvidas ao longo da semana. Realizar uma semana temática da criação, onde as crianças seriam convidadas a trazer materiais de casa para explorar em sala e criar seu próprio espaço de arte. A troca e compartilhar dos objetos trariam um valor a mais, centralizando a experiência social que a aula deve sempre proporcionar.
Finalmente, acrescentar as vozes dos pais à experiência de aprendizado pode ser um desdobramento valioso. Criar um encontro na escola onde eles possam ver as crianças em ação, demonstrando o que aprenderam, além de serem integralmente incluídos nas atividades propostas, estimula o envolvimento da família no processo educacional.
Orientações finais sobre o plano:
Para que as atividades sejam eficazes, é crucial que o educador mantenha uma abordagem flexível e esteja sempre atento às necessidades dos alunos. As crianças têm diferentes ritmos e formas de aprender, então, estar preparado para adaptar as atividades em tempo real pode ser um diferencial significativo. Além disso, promover um ambiente de conforto e segurança é fundamental, pois isso permitirá que as crianças se sintam livres para explorar sem medo de errar ou se machucar.
As interações com as crianças devem ser carinhosas e atenciosas, sempre reforçando comportamentos positivos e incentivando a expressão através da fala, do toque e da ação. É importante lembrar que, nessa faixa etária, o aprendizado acontece de forma muito visual e tátil; portanto, cada atividade deve estimular os sentidos e a curiosidade natural das crianças.
Por fim, o papel do educador é crucial para que o aprendizado seja prazeroso e proveitoso. A paciência e a observação são aliadas fundamentais para que o desenvolvimento da coordenação motora fina das crianças, aliado ao seu bem-estar emocional e social, ocorra de maneira harmônica e significativa. Assim, serão plantadas as sementes para uma educação mais significativa e envolvente, onde os pequenos se sentirão confiantes para explorar e se expressar ao longo de suas jornadas.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Caça ao Tesouro das Texturas:
– Faixa etária: 1 a 2 anos
– Objetivo: Explorar as texturas.
– Materiais: Objetos de diversas texturas, como têxteis, esponjas, papel bolha.
– Descrição: Espalhe os objetos pela sala e deixe as crianças explorarem livremente, identificando as texturas.
2. Criação defiguras com Massinha:
– Faixa etária: 1 a 2 anos
– Objetivo: Desenvolver a habilidade de modelar e criar.
– Materiais: Massinha de modelar de diferentes cores.
– Descrição: As crianças poderão criar formas e figuras, sempre com o auxílio do educador.
3. Pintura com o Corpo:
– Faixa etária: 1 a 2 anos
– Objetivo: Explorar a pintura e o movimento corporal.
– Materiais: Tinta atóxica, papel grande no chão.
– Descrição: Incentivar as crianças a usar suas mãos e pés para pintar, criando arte de forma livre.
4. História e Movimento:
– Faixa etária: 1 a 2 anos
– Objetivo: Estimular a imaginação e o movimento.
– Materiais: Livro ilustrado, almofadas.
– Descrição: Ler uma história que envolva movimentos e convidar as crianças a imitá-los enquanto escutam a narrativa.
5. Rastros de Cores:
– Faixa etária: 1 a 2 anos
– Objetivo: Desenvolver a coordenação ao mover o corpo.
– Materiais: Papel e giz de cera.
– Descrição: Colocar o papel em uma área plana e deixar as crianças desenharem livremente, utilizando o corpo para criar traços e formas.
Com estas orientações e estratégias, o plano de aula irá garantir que as crianças tenham uma experiência enriquecedora ao desenvolver a coordenação motora fina de uma forma lúdica e educativa.