“Plano de Aula: Criando Arte e Matemática com Linhas”
A elaboração deste plano de aula busca não apenas atender as expectativas dos currículos escolares, mas também proporcionar uma experiência significativa e envolvente em sala de aula. A proposta é que os alunos explorem o tema das linhas através de uma atividade prática que estimule a criatividade e o raciocínio lógico, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento de habilidades matemáticas e artísticas. As linhas, além de serem um dos elementos básicos da arte, também possuem uma vasta aplicação no cotidiano, permitindo que os estudantes compreendam sua importância e ubiquidade. Este plano de aula enfatiza a interdisciplinaridade, vinculando os conceitos de arte e matemática.
Tema: Linhas
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos a oportunidade de compreender e aplicar o conceito de linhas no contexto de desenhos artísticos, utilizando técnicas de tecelagem para explorar sua criatividade e habilidades manuais.
Objetivos Específicos:
1. Desenvolver a percepção estética através do uso de linhas em desenhos.
2. Aprimorar a coordenação motora fina ao manipular uma régua e criar padrões.
3. Promover o raciocínio lógico e a resolução de problemas na definição de medidas e formas.
4. Fomentar a expressão artística individual e coletiva.
Habilidades BNCC:
– (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.).
– (EF05MA17) Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando lados, vértices e ângulos, e desenhá-los, utilizando material de desenho.
– (EF05AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, entre outros) fazendo uso sustentável de materiais.
Materiais Necessários:
– Papel em branco A4
– Réguas
– Lápis grafite
– Borrachas
– Lápis de cor ou canetinhas
– Tesoura (para o professor, se necessário)
– Modelos de desenhos tecelados (opcional)
Situações Problema:
Como podemos representar a ideia de tecelagem apenas utilizando linhas retas? Quais padrões de linhas podem ser criados para se assemelhar a uma estrutura real de tecidos?
Contextualização:
Antes de iniciar a atividade, é importante discutir com os alunos o conceito de tecelagem e a importância das linhas na arte. O professor pode trazer exemplos de padrões de tecidos presentes em diversas culturas, mostrando a diversidade e a utilidade que esses desenhos possuem.
Desenvolvimento:
1. Introdução ao tema: Inicie a aula conversando sobre a história da tecelagem e como as linhas são essenciais nesse processo, explorando também seu uso artístico.
2. Demonstração: O professor deve demonstrar como utilizar a régua para traçar linhas retas e criar um padrão simples de tecelagem. Explique que cada linha pode representar um fio que, ao ser entrelaçado, resulta em padrões grandes e complexos.
3. Coordenação motora: Incentive os alunos a escolherem um padrão de tecelagem simples, projetando-o em um papel utilizando a régua e o lápis. Lembre-se de ressaltar a importância de traçar as linhas com precisão.
4. Criatividade na coloração: Após desenhar, os alunos devem colorir suas criações, podendo optar por diferentes combinações de cores. Estimule a criação de contrastes para realçar o desenho.
Atividades sugeridas:
Dia 1: Introdução à arte da tecelagem com linhas. Apresentar exemplos de obras que utilizam padrões de linhas. Atividade prática: usaremos a régua para traçar linhas em um modelo de papel.
– Objetivo: Aprender a traçar linhas corretamente.
– Instruções: Cada aluno deverá desenhar linhas paralelas e perpendiculares.
– Materiais: Papel, régua e lápis.
Dia 2: Desenvolvimento de padrões criativos. A classe irá criar novos padrões a partir das linhas já traçadas.
– Objetivo: Explorar a combinação de linhas para formar figuras.
– Instruções: Com as linhas já traçadas, os alunos deverão entrelaçar novas linhas.
– Materiais: Papel, régua, lápis, e canetões ou lápis de cor.
Dia 3: Integração entre matemática e arte. Os alunos irão calcular o comprimento total das linhas que desenharam.
– Objetivo: Aplicar conhecimento de medidas.
– Instruções: Medir utilizando a régua e registrar.
– Materiais: Régua e papel.
Dia 4: Apresentação dos trabalhos. Os alunos irão compartilhar seus desenhos com a turma, explicando a escolha dos padrões.
– Objetivo: Desenvolver habilidades de comunicação.
– Instruções: Cada aluno apresenta e discute suas escolhas artísticas.
Dia 5: Reflexão e feedback. Os alunos desenharão um novo padrão inspirado em um desenho de um colega.
– Objetivo: Colaborar e refletir sobre a produção artística.
– Instruções: Cada aluno desenha uma nova linha inspirada no desenho de alguém.
Discussão em Grupo:
Promova um debate sobre como as linhas podem comunicar diferentes sensações e ideias. Quais padrões os alunos acharam mais interessantes e por quê? Como a matemática se vincula à arte na tecelagem?
Perguntas:
– Como a forma das linhas afeta a percepção da beleza no seu desenho?
– Que outros usos você encontra para as linhas em seu cotidiano?
– Você pode pensar em outra arte que use linhas? Como seria?
Avaliação:
A avaliação será contínua e focada no processo. O professor observará a participação, o envolvimento nas discussões e a execução das atividades práticas. Ao final, os alunos poderão se avaliar mutuamente, considerando os aspectos estéticos e técnicos de seus desenhos.
Encerramento:
Finalize a aula reforçando a importância das linhas, tanto na arte quanto na matemática. Encoraje os alunos a continuarem explorando suas habilidades artísticas fora da sala de aula.
Dicas:
– Incentive o uso de cores vibrantes para tornar os padrões mais atraentes.
– Proponha que os alunos tragam tecidos de casa que tenham padrões interessantes para análise.
– Inclua a possibilidade de fazer uma exposição com os desenhos realizados como uma forma de reconhecimento do esforço de cada aluno.
Texto sobre o tema:
A tecelagem é uma das formas mais antigas de arte e remonta a civilizações antigas, onde combinações de linhas foram utilizadas para criar padrões que não só serviam a um propósito funcional, mas também estético. Ao longo dos séculos, as técnicas foram aprimoradas e as culturas começaram a desenvolver suas próprias identidades através de padrões distintos, que refletem suas histórias e tradições. Os desenhos tecelados podem ser interpretados de diversas formas e se tornam uma forma de comunicação visual entre as gerações. Os alunos, ao praticarem a tecelagem em sala de aula, não só se conectam com a história, mas também desenvolvem um olhar crítico e criativo que é essencial na formação de sua identidade.
As linhas têm múltiplas interpretações, e no mundo da arte elas ganham vida quando utilizadas em diferentes disposições e dimensões. As culturas em todo o mundo manifestam sua identidade visual através dos padrões definidos por linhas – desde a simplicidade do traço a complexos trabalhos culturais. Utilizar linhas na arte é promover a realidade de que cada um é portador de uma história singular, que pode ser contada através de suas criações. Ao incorporar a matemática na arte, por meio de medidas e formas geométricas, os alunos vivenciam uma eficaz intersecção entre disciplinas, promovendo um aprendizado mais integrativo e envolvente.
Desdobramentos do plano:
Após a conclusão desta atividade, o professor pode expandir o ensino das linhas através de projetos que englobem a criação de uma nova técnica artística utilizando elementos encontrados na natureza, como folhas e galhos. Essa abordagem permitirá que os alunos compreendam que as linhas não são apenas um conceito no papel, mas sim uma parte essencial e integrada da vida que os cerca. Além disso, o professor pode abrir espaço para discussões sobre como a arte se infiltra em nossas vidas diárias, incentivando os alunos a observar o ambiente e a transformar suas observações em criações.
Os alunos poderão ser desafiados a trabalhar em grupos para desenvolver uma instalação artística coletiva, utilizando seus conhecimentos em linhas e tecelagem. Ao mesmo tempo, explorar como a arte e a matemática podem se dialogar em sua formação escolar pode ser um desdobramento interessante. A arte não precisa ser vista apenas como uma disciplina isolada; ao contrário, ela pode se conectar com a matemática, ciências, história e outras áreas, fortalecendo o aprendizado e tornando-o mais coerente.
Finalmente, o professor pode planejar uma visita a uma exposição de arte ou um museu onde os alunos possam ver obras de arte que utilizam linhas de diferentes formas. Isso enriquecerá a experiência de aprendizado e poderá ser o ponto de partida para novas discussões e projetos artísticos. Eventos dessa natureza não só despertam a curiosidade dos alunos, como também instigam seu desejo de explorar e entender o mundo através de diferentes linguagens artísticas.
Orientações finais sobre o plano:
É importante que o professor esteja atento às diferentes habilidades de cada aluno durante a execução das atividades. Isso significa que, ao observar as dificuldades, o educador deve propor adaptações que ajudem os estudantes a superá-las, reforçando a ideia de que cada aluno tem seu tempo e estilo de aprendizado. A diversidade de formas de criar arte deve ser celebrada e não simplesmente mediada por padrões normatizados.
A atividade pode ser ampliada ao incluir reflexões individuais ou em pares onde os alunos sintetizam o que aprenderam sobre linhas e sua aplicação artística. Isso pode ser feito através da redação de pequenos parágrafos ou a elaboração de uma apresentação simples que possa ser compartilhada com a turma. Fornecer esse espaço para reflexão crítica é fundamental para a formação de alunos mais autônomos e conscientes do que produzem.
Por fim, o fechamento da atividade deve sempre estar ligado à valorização do trabalho de cada estudante. A construção de um espaço onde cada criação é reconhecida é essencial para o desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança dos alunos, promovendo um ambiente escolar positivo e saudável, onde todos se sintam estimulados a se expressar artisticamente, tornando a aula uma experiência verdadeiramente enriquecedora e satisfatória para todos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Atividade do Jogo das Linhas: Em um espaço amplo, desenhe diferentes linhas no chão com fita adesiva. Os alunos devem pular de uma linha a outra, criando padrões em movimento.
– Objetivo: Compreender a versatilidade das linhas de forma dinâmica.
– Material: Fita adesiva colorida.
2. Teatro de Sombras com Linhas: Os alunos trazem objetos que tenham formas lineares e, por trás de uma folha branca, projetam sombras enquanto tentam criar personagens e cenários.
– Objetivo: Explorar como as linhas podem se transformar em figuras.
– Material: Lanternas e objetos.
3. Caça ao Tesouro das Linhas: Proponha uma caça ao tesouro na escola onde os alunos devem encontrar objetos que possuem formatos lineares, anotando suas descobertas.
– Objetivo: Reconhecer as linhas em diferentes contextos.
– Material: Fichas para anotações.
4. Construindo Linhas com Materiais Recicláveis: Usando garrafas, papelões e outros materiais recicláveis, os alunos devem criar um mural que represente diferentes tipos de linhas e padrões.
– Objetivo: Integrar a sustentabilidade ao aprendizado artístico.
– Material: Materiais recicláveis diferentes.
5. Linhas Musicais: Os alunos criam uma composição musical baseada no traçado de linhas. Cada linha representa uma nota diferente em instrumentos simples como chocalhos ou tambores.
– Objetivo: Conectar arte com música, reforçando a noção de padrão e repetição.
– Material: Instrumentos musicais simples.
Essas atividades têm como propósito complementar a aprendizagem com um toque de diversão, fazendo com que os alunos se envolvam de uma maneira que vai além do papel e do lápis, trazendo os conceitos de linhas para a vida real de forma lúdica e significativa.

