“Plano de Aula: Criação de Coreografias Coletivas no 5º Ano”
O plano de aula elaborado para o 5º ano do Ensino Fundamental aborda uma temática essencial no desenvolvimento das habilidades motoras e da criatividade dos alunos por meio da criação de coreografias coletivas. A aula permitirá que os estudantes explorem seus limites físicos ao buscar soluções criativas em grupo, além de enfatizar a importância da segurança durante as atividades. O objetivo é que os alunos se sintam mais confiantes em suas capacidades corporais e artísticas, ao mesmo tempo em que respeitam os princípios de segurança e acolhimento mútuo.
Este plano de aula busca, portanto, reforçar as potencialidades individuais e coletivas dos alunos, desenvolvendo o trabalho em equipe e a consciência corporal. Ao lidar com as coreografias, os alunos poderão perceber de que maneira as artes corporais podem se conectar com outros saberes, promovendo uma aprendizagem interdisciplinar que os ajudará a valorizar sua cultura e a dos outros.
Tema: Criação e Apresentação de Coreografias Coletivas
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 a 11 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos a oportunidade de planejar, criar e apresentar coreografias coletivas, enfatizando a segurança e a respeito aos limites do corpo durante o processo criativo.
Objetivos Específicos:
– Desenvolver habilidades de coordenação motora e sincronização com os colegas.
– Fomentar a criatividade e a capacidade de trabalho em equipe.
– Aplicar estratégias para a resolução de desafios durante as coreografias.
– Promover a consciência corporal e as noções básicas de segurança nas práticas corporais.
Habilidades BNCC:
– (EF35EF07) Experimentar e fruir, de forma coletiva, combinações de diferentes elementos da ginástica geral, propondo coreografias com diferentes temas do cotidiano.
– (EF35EF08) Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios na execução de elementos básicos de apresentações coletivas de ginástica geral, reconhecendo as potencialidades e os limites do corpo e adotando procedimentos de segurança.
Materiais Necessários:
– Músicas de diferentes gêneros para a criação das coreografias.
– Um espaço amplo e seguro para praticar os movimentos (sala de aula, quadra ou campo).
– Fitas adesivas para demarcação de espaço e segurança.
– Um cronômetro ou relógio para gerenciar o tempo das atividades.
– Material para anotações e esboços de coreografias, como papéis e canetas coloridas.
Situações Problema:
– Como podemos criar uma coreografia que represente nossas individualidades e, ao mesmo tempo, mantenha a unidade do grupo?
– Quais estratégias de segurança podemos adotar para garantir que todos participem ativamente e se sintam confiantes durante a apresentação?
– Como podemos resolver conflitos criativos que surgirem durante o processo de criação da coreografia?
Contextualização:
A dança e a movimentação corporal são formas de expressão que fazem parte da cultura e da identidade de diversos povos. Ao criar coreografias, os alunos estarão não apenas trabalhando aspectos técnicos de movimento, mas também explorando a importância de cada contribuição individual na construção de algo coletivamente significativo. Essa abordagem permite que os alunos se conectem de maneira mais profunda com suas próprias experiências e com as dos outros.
Desenvolvimento:
1. Apresentação Inicial: O professor inicia a aula conversando com os alunos sobre a importância da dança e da expressão corporal, perguntando se eles já participaram de danças ou coreografias.
2. Divisão em Grupos: Os alunos serão divididos em grupos de cinco a seis. Cada grupo deve escolher um tema para sua coreografia (ex: amizade, natureza, super-heróis).
3. Criação da Coreografia: Os grupos terão 20 minutos para criar sua coreografia. Eles devem pensar em formas de incluir todos os membros em diferentes momentos e considerar as segurança na execução dos movimentos. O professor circulará entre os grupos para oferecer orientações e garantir que os alunos respeitem seus limites físicos.
4. Demonstração das Criações: Cada grupo terá 5 minutos para apresentar sua coreografia. Os outros grupos devem observar com atenção e projetar suas impressões e sentimentos.
5. Feedback e Discussão: Após cada apresentação, o professor promove uma discussão em grupo, incentivando os alunos a dar feedback sobre o que gostaram e como se sentiram.
6. Reflexão Final: O professor faz um encerramento com uma reflexão sobre o que aprenderam sobre si e sobre o outro durante o processo criativo.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1 – “Temas em Movimento”
Objetivo: Criar uma mini coreografia que represente um tema escolhido.
Descrição: Os alunos escolhem um tema como natureza ou amizade e desenvolvem uma sequência de movimentos que representem visualmente esse tema.
Materiais: Música, espaço amplo.
Instruções: Em grupos, os alunos devem discutir o tema e criar movimentos que façam sentido juntos.
– Atividade 2 – “Coreografia da Segurança”
Objetivo: Refletir sobre segurança em atividades físicas.
Descrição: Os grupos devem criar movimentos que evidenciem posturas corretas e seguras.
Materiais: Fitas adesivas para demarcar espaços seguros no chão.
Instruções: Os grupos devem apresentar sua coreografia enfatizando movimentos que evitem lesões.
– Atividade 3 – “Cruzando Fronteiras”
Objetivo: Incorporar elementos de diferentes danças.
Descrição: Cada grupo deve incluir pelo menos dois movimentos característicos de danças tradicionais do Brasil ou de culturas diversas.
Materiais: Música variada.
Instruções: As apresentações devem misturar os movimentos a fim de criar algo único.
– Atividade 4 – “Feedback Criativo”
Objetivo: Aprender a dar e receber críticas construtivas.
Descrição: Após cada apresentação, os alunos escrevem elogios e sugestões em papel.
Materiais: Papéis para anotações.
Instruções: Deve haver um compromisso em utilizar o feedback de forma respeitosa.
– Atividade 5 – “Arte da Improvisação”
Objetivo: Desenvolver a criatividade nas danças.
Descrição: Os alunos são convidados a improvisar movimentos individuais que devem ser incorporados nas coreografias criadas.
Materiais: Música livre de estilos diversos.
Instruções: Estimule os alunos a experimentar novos movimentos que vão surgindo durante o improviso.
Discussão em Grupo:
– Como foi trabalhar em equipe para desenvolver a coreografia?
– Quais desafios vocês encontraram e como os superaram?
– De que maneira a segurança se relaciona com o espaço e os movimentos que realizamos?
Perguntas:
– O que você sentiu ao criar sua coreografia em grupo?
– Quais foram os maiores desafios que você encontrou e como se sentiu superando-os?
– Você nota alguma conexão entre a dança e você mesmo, sua cultura ou sua vivência?
Avaliação:
A avaliação será contínua e formativa, baseada no envolvimento dos alunos nas atividades, no trabalho em equipe e na aplicação de conceitos de segurança e criatividade. O professor observará as dinâmicas de grupo e a troca de feedbacks durante as discussões para promover o aprendizado colaborativo.
Encerramento:
No encerramento da aula, o professor reforçará a importância da expressão corporal e da criatividade nas danças e como isso pode refletir nas interações sociais. Ele também incentivará os alunos a explorar mais a dança e o movimento em suas vidas cotidianas, propondo que compartilhem suas experiências em casa.
Dicas:
– Sempre lembre os alunos da importância de ouvir e respeitar os limites do corpo dos colegas.
– Utilize a música como ferramenta de motivação, promovendo um ambiente alegre e positivo.
– Encoraje os alunos a serem autênticos em suas criações, evitando comparações com outros.
Texto sobre o tema:
A dança é uma expressão fundamental da cultura humana, presente em todas as sociedades de diversas maneiras, seja como forma de celebração, ritual ou simples entretenimento. Ela é uma forma de comunicação não-verbal que permite que as pessoas se conectem entre si e apreciem a beleza do movimento. No contexto das práticas escolares, a dança pode ser usada não apenas como uma atividade recreativa, mas também como uma forma acadêmica de desenvolver habilidades motoras, pensamento crítico e colaborativo e, acima de tudo, a capacidade de se expressar.
Ao integrar a dança nas aulas, especialmente em um ambiente de criação coletiva, os alunos têm a oportunidade de explorar seus próprios corpos e limites, enquanto aprendem a cooperar e valorizar o trabalho em equipe. Importante ressaltar que, ao se concentrar na segurança durante esses movimentos, os alunos não apenas se protegem, mas também cultivam uma consciência de cuidado e respeito pelo bem-estar dos colegas. Isso influencia positivamente a dinâmica da sala de aula e promove um ambiente de inclusão e acolhimento.
As coreografias criadas em grupo são um reflexo não apenas do crescimento individual, mas também do aprendizado social, onde as interações e os relacionamentos são fundamentais. Quando os alunos expressam suas ideias e habilidades em movimentos, eles compartilham suas culturas e histórias, enriquecendo o repertório coletivo da turma. Portanto, a dança se torna um meio poderoso para abordar temas relevantes como a convivência, a solidariedade e o respeito às diversidades.
Desdobramentos do plano:
O plano pode ser desdobrado ao longo das semanas, promovendo a prática contínua e a experimentação em diferentes estilos de dança e música. Um próximo passo poderia incluir a organização de um evento de dança na escola, onde as turmas poderiam apresentar suas criações para a comunidade. Isso não apenas desenvolve a habilidade de apresentação, mas também promove o valor da arte e da cultura. Todos são convidados a participar, seja como artista ou como público, criando uma atmosfera de celebração e aprendizado comunitário.
Além disso, os alunos podem ser convidados a explorar a história de danças específicas em suas culturas locais ou ao redor do mundo. Essa pesquisa poderia render apresentações em grupo, onde os alunos compartilhassem os costumes e a evolução de determinadas danças, promovendo o respeito e a apreciação pela diversidade cultural. A intersecção entre dança e aprendizado acadêmico poderá enriquecer as discussões em sala e despertar um maior interesse pela cultura e pela história.
Finalmente, é fundamental que os alunos compartilhem suas experiências sobre o que aprenderam sobre si mesmos enquanto dançam, como as coreografias podem ser uma forma de resiliência e expressão em momentos de dificuldade. Esse tipo de reflexão pessoal é uma forma eficaz de conectar o aprendizado e a experiência emocional, promovendo um ambiente de suporte e autoconhecimento.
Orientações finais sobre o plano:
Ao desenvolver um plano de aula sobre criação e apresentação de coreografias, é importante considerar o contexto escolar e o ambiente em que os alunos se sentem mais confortáveis para se expressar. A segurança deve ser sempre uma prioridade, visando evitar lesões e garantir que todos os alunos possam participar de forma plena e sem medo. Integrações multissensoriais, como o uso de música, podem favorecer a motivação e o envolvimento dos alunos nas atividades.
Além disso, a interação entre alunos deve ser fomentada, incentivando não apenas a colaboração em grupo, mas também a valorização das ideias de cada um. A ideia de que “cada contribuição conta” deve estar presente em todas as atividades. Assim, mesmo que um aluno tenha uma ideia diferente, ela poderá ser integrada e aprimorada, demonstrando que a dança é um espaço dinâmico, onde todos podem encontrar seu próprio ritmo e voz.
Por fim, incentivos para a continuidade no aprendizado da dança fora da escola, como participar de aulas de dança, grupos comunitários ou eventos culturais, podem servir como uma ponte de contato com a arte e a cultura. A intenção é que os alunos levem consigo a apreciação da dança como parte de uma expressão rica e diversificada, proporcionando maior abertura para novas experiências que consolidem o aprendizado adquirido em sala de aula.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Dança de Adivinhação: Divida os alunos em duplas e peça que cada um faça movimentos corporais para que o parceiro adivinhe a dança ou atividade sem som. Esta atividade incentivará a comunicação não-verbal e o entendimento corporal.
– Criação de Máscaras: Os alunos podem criar máscaras ou acessórios que representarão os temas de suas coreografias, enriquecendo a experiência estética. Isso os encoraja a se expressar visualmente e a se sentirem mais à vontade durante as apresentações.
– Caça ao Tesouro de Movimentos: Organize uma atividade de caça ao tesouro, onde os alunos têm que encontrar e realizar diferentes movimentos ou poses escondidos pela sala, promovendo ativação física e explorando novas formas de movimento.
– Circuito de Dança: Crie um circuito onde em cada estação os alunos realizam um estilo de dança diferente (ex.: salsa, hip-hop, sapateado). Isso promove a diversidade e permite que os alunos experimentem diferentes formas de expressão corporal.
– Dia do Movimento: Organizar um dia especial onde alunos e professores se revezem em atividades relacionadas à dança, como workshops ou apresentações ao vivo, promovendo ainda mais a cultura da dança e da expressão corporal na escola.
Com essas sugestões, cada atividade proposta irá enriquecer o aprendizado, promovendo um ambiente diverso e inclusivo para todos os estudantes.