Plano de Aula: corfebol (Ensino Médio) – 2º Ano

A proposta deste plano de aula é explorar o tema Corfebol, um esporte coletivo que pode ser utilizado como uma estratégia para discutir aspectos sociais, culturais e de saúde relacionados à prática do esporte. A atividade é planejada para desenvolver a compreensão dos alunos sobre as diversas formas de expressão e identidade presentes nas práticas esportivas, integrando a teoria e a prática para uma aprendizagem significativa.

O corfebol, originado na Holanda, é um esporte extremamente inclusivo, pois é jogado entre equipes mistas, refletindo os valores de equidade e respeito à diversidade. O plano de aula inclui atividades pedagógicas que favorecem um ambiente de apreensão crítica e envolvimento democrático, propiciando um espaço onde o debate sobre os impactos sociais do esporte seja enriquecedor.

Tema: Corfebol
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Médio
Sub-etapa: 2º Ano do Ensino Médio
Faixa Etária: 17 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Propiciar aos alunos uma aprendizagem que permita compreender e analisar criticamente os aspectos sociais e culturais do corfebol, bem como suas implicações no desenvolvimento de valores democráticos e na promoção da inclusão.

Objetivos Específicos:

– Compreender as regras e a dinâmica do jogo de corfebol.
– Refletir sobre a importância do esporte na promoção da saúde e no bem-estar social.
– Analisar como o corfebol pode ser uma expressão de valores democráticos e de respeito à diversidade.
– Discutir os preconceitos e estereótipos relacionados ao esporte, desenvolvendo um posicionamento crítico a respeito.

Habilidades BNCC:

(EM13LGG502) Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos.
(EM13LGG503) Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu projeto de vida, como forma de autoconhecimento, autocuidado com o corpo e com a saúde, socialização e entretenimento.

Materiais Necessários:

– Quadra de esportes ou espaço adequado para atividades físicas.
– Material de marcação do campo, como cones ou fitas.
– Bola de corfebol (ou uma bola de tamanho e peso similar).
– Recursos audiovisuais para apresentação (projetor, computador).
– Folhas de papel e canetas para anotações.

Situações Problema:

Como o corfebol pode contribuir para a promoção da diversidade e inclusão no ambiente escolar? Quais são os desafios enfrentados por estudantes de diferentes gêneros na prática de esportes coletivos?

Contextualização:

O corfebol, além de ser uma prática esportiva, é também um reflexo das dinâmicas sociais e culturais na contemporaneidade. Através deste esporte, discutiremos a importância da inclusão, respeitando as diferenças de gênero e explorando como o esporte pode ser um espaço de aprendizado sobre a cidadania ativa e os direitos humanos.

Desenvolvimento:

A aula será dividida em duas partes: uma teórica, com apresentação de conteúdos sobre o corfebol, e uma prática, onde os alunos irão vivenciar o esporte. Inicialmente, será apresentada uma breve história do corfebol, suas regras e o objetivo do jogo.

1. Parte Teórica (20 minutos)
1.1. Iniciar a aula com uma breve apresentação sobre a origem do corfebol, suas regras e princípios básicos.
1.2. Discuta a importância da inclusão e da diversidade em práticas esportivas, promovendo o diálogo sobre a relevância de jogos mistos.
1.3. Utilizar vídeos ou imagens que mostrem jogos de corfebol, destacando a dinâmica e a forma como o esporte promove a interação entre diferentes gêneros.

2. Parte Prática (30 minutos)
2.1. Dividir a turma em equipes mistas para organizar um jogo de corfebol.
2.2. Explicar as regras básicas do jogo, enfatizando a necessidade de respeitar os colegas.
2.3. Durante o jogo, observar os alunos e registrar as interações, tomando cuidados com práticas inclusivas, e promovendo uma convivência respeitosa.

Atividades sugeridas:

1. Debate sobre inclusão e diversidade (15 minutos)
Objetivo: Discutir os conceitos de inclusão e diversidade em relação ao esporte.
Descrição: Após o jogo, promover um debate em sala com perguntas direcionadas.
Instruções para o professor: Incentivar as opiniões de todos, garantindo um ambiente seguro para a fala dos alunos.
Materiais: Conduzir com folhas e canetas para anotações.

2. Jogo de corfebol (25 minutos)
Objetivo: Vivenciar o corfebol e promover interação entre os alunos.
Descrição: Organizar um mini-torneio, onde as equipes têm que aplicar o que aprenderam.
Instruções para o professor: Conduzir o jogo, ajudando com as regras conforme necessário. Supervisionar a interação dos alunos.
Materiais: Usar bolas e cones para a delimitação do campo.

3. Reflexão escrita (10 minutos)
Objetivo: Propor uma reflexão individual sobre a experiência vivenciada.
Descrição: Pedir aos alunos que escrevam breves reflexões sobre como o esporte gera inclusão.
Instruções para o professor: Coletar as reflexões e, se possível, discutir algumas delas em classe.
Materiais: Folhas de papel e canetas para os alunos.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, promover uma discussão em grupo sobre as percepções do que foi observado durante o jogo e no debate. Sondar: “Como a prática do corfebol poderia ser integrada na rotina escolar para promover inclusão?”

Perguntas:

– Quais foram as principais dificuldades enfrentadas durante o jogo?
– Como o corfebol representa a ideia de coletividade?
– Que aprendizagens vocês podem levar da prática do corfebol para fora do ambiente escolar?

Avaliação:

A avaliação será contínua, com observações durante as práticas, além da análise das reflexões escritas. Considerar a participação dos alunos no debate, a colaboração durante o jogo e a habilidade em expressar opiniões.

Encerramento:

Concluir a aula revisitando os principais pontos discutidos e ressaltando a importância do respeito à diversidade nos esportes. Agradecer a colaboração de todos e convocar os alunos a refletirem sobre como podem ser agentes de mudança em sua escola.

Dicas:

– Incentivar a formação de equipes onde todos se sintam à vontade para participar, promovendo a inclusão desde a formação dos grupos.
– Use um cronograma visual para manter a aula dentro dos horários estipulados.
– Promova um ambiente de respeito e diálogo, onde todos os feedbacks são bem-vindos.

Texto sobre o tema:

O corfebol é um esporte que transcende as barreiras tradicionais das práticas esportivas. Com seu início na Holanda, o corfebol desenvolveu-se para se tornar um símbolo de igualdade, apresentando-se como um jogo onde equipes mistas jogam lado a lado. Esta característica não é apenas uma regra do jogo, mas um princípio fundamental que reflete a importância da igualdade de gêneros e da inclusão nas atividades esportivas. O corfebol propicia um ambiente onde não apenas as habilidades atléticas são testadas, mas onde a *cooperação e o respeito entre os jogadores são primordiais.

Este esporte propõe um espaço de reflexão sobre o significado do jogo para diferentes indivíduos e como isso pode afetar a vida dentro e fora das quadras. A prática do corfebol nas escolas, por exemplo, permite que os alunos discutam, analisem e vivenciem a inclusão em um ambiente de aprendizagem que valorize o respeito às diferenças. Através do diálogo, os alunos podem não apenas desenvolver suas habilidades físicas e estratégicas, mas também fortalecer valores pessoais e coletivos que são essenciais em uma sociedade democrática.

Discutir o papel do esporte na promoção da saúde física e mental é igualmente pertinente. A prática regular de atividades físicas, como o corfebol, tem demonstrado benefícios significativos para a saúde individual e coletiva. Além de contribuir para o condicionamento físico, a prática de esportes melhora a autoestima dos jovens, fomenta habilidades de trabalho em equipe e promove posicionamentos éticos e socialmente responsáveis. Por meio do corfebol, é possível discutir e investigar como as práticas esportivas contribuem para a formação de identidades e como a inclusão é um valor que deve ser defendido nas diversas atividades que realizamos.

Desdobramentos do plano:

Considerando as experiências vividas na aula, os alunos poderão expor suas reflexões sobre a inclusão e a cooperação dentro e fora do ambiente escolar. O corfebol pode ser utilizado não somente como um jogo, mas como uma ferramenta pedagógica que auxilia na construção de saberes e valores que são fundamentais para a formação de cidadãos conscientes e respeitosos com a diversidade. Assim, desdobramentos de atividades relacionadas a debates sobre gênero, esportes e inclusão podem ser aprofundados em futuros encontros.

Esses desdobramentos podem incluir a organização de torneios interclasses no qual o corfebol é promovido, estendendo a experiência vivida ao longo da aula e criando um espaço de integração entre diferentes turmas. Essa possibilidade não apenas enriquece a prática esportiva, mas também fomenta a ideia de que o esporte pode ser um agente de transformação social.

Complementarmente, o desenvolvimento de um projeto onde se investigue a opressão e inclusão dentro de diferentes esportes pode gerar um profundo impacto na formação dos alunos. A pesquisa sobre práticas esportivas em diferentes culturas e como elas se relacionam com políticas sociais será uma continuidade valiosa do que foi discutido e praticado. O corfebol, como um eixo central, poderá ser a porta de entrada para investigações mais profundas sobre como o esporte influencia mudanças sociais.

Orientações finais sobre o plano:

É essencial que o professor esteja preparado para mediar as interações dos alunos, abordando questões de diversidade e inclusão com sensibilidade e respeito. O sucesso desta aula depende, em grande parte, da criação de um ambiente acolhedor onde todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas. O professor deve estar sempre atento às dinâmicas de grupo, intervindo quando necessário para garantir que o debate e a prática no jogo permaneçam inclusivos.

Adicionalmente, promover a reflexão crítica não deve ser um momento isolado, mas uma prática contínua. O professor deve incentivar os alunos a sempre questionarem e debaterem sobre o que observam em suas experiências esportivas, encorajando a construção de um pensamento crítico em relação à diversidade e ao respeito nas práticas corporais. Isso não apenas eleva a consciência a respeito de temas sociais relevantes, mas prepara os alunos para serem cidadãos ativos e engajados nas questões que envolvem a vida em sociedade.

Por fim, o plano de aula pode e deve ser adaptado às particularidades de cada turma. O feedback dos alunos após as atividades é crucial para o aprimoramento das aulas futuras e para que o esporte continue sendo uma poderosa ferramenta de aprendizado e reflexão dentro das escolas.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Oficina de Criação de Regras:
Objetivo: Criar uma nova versão do jogo corfebol, alterando algumas regras para discutir como isso afeta a inclusão.
Materiais: Espaço amplo, folhas, canetas.
Desenvolvimento: Em grupos, os alunos podem criar novas regras e testar suas propostas em um mini-jogo.

2. Teatro do Oprimido:
Objetivo: Utilizar a dramatização para abordar experiências de inclusão e exclusão no esporte.
Materiais: Espaço para apresentações.
Desenvolvimento: Os alunos podem criar e apresentar cenas que retratem situações de opressão ou inclusão, promovendo o diálogo após as apresentações.

3. Criação de Campanha de Sensibilização:
Objetivo: Criar uma campanha que reforce a importância do respeito à diversidade nas práticas esportivas.
Materiais: Materiais de escrita, cartolinas, marcadores.
Desenvolvimento: Os alunos vão elaborar cartazes e mensagens que possam ser expostas na escola, mobilizando a comunidade escolar.

4. Debate Filosófico:
Objetivo: Promover um debate sobre a natureza democráticas do esporte e suas implicações sociais.
Materiais: Ambiente apropriado para discussões.
Desenvolvimento: Escolher um tema controverso e incentivar alunos a argumentar a favor ou contra, usando como base os conceitos discutidos na aula.

5. Jogo de Respeito à Diversidade:
Objetivo: Promover um jogo que estimule a empatia e o respeito.
Materiais: Bola de corfebol ou similar.
Desenvolvimento: Envolver atividades onde os alunos devem passar a bola para colegas de diferentes grupos, refletindo sobre a importância do diálogo e da inclusão.

Este plano de aula sobre o corfebol visa não apenas ensinar uma modalidade esportiva, mas também instigar reflexão, diálogo e inclusão, representando uma prática pedagógica inovadora e relevante para a formação dos alunos.

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