“Plano de Aula: Cordel e Gravura no 5º Ano do Ensino Fundamental”
A proposta deste plano de aula visa engajar os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental em um processo de aprendizagem onde será abordado um simulado de português, enfatizando a formação dos povos e como isso se entrelaça com os ensaios juninos em artes, com foco no cordel e na técnica de gravura. Durante a semana, os alunos terão a oportunidade de explorar essas temáticas por meio de atividades práticas e teóricas, promovendo não apenas a aquisição de conhecimento, mas também o desenvolvimento de habilidades essenciais para sua formação.
Através do estudo do cordel, um gênero de poesia popular tipicamente do Nordeste brasileiro, os alunos compreenderão como essas narrativas refletem a cultura e a identidade dos povos. Além disso, a técnica da gravura será uma maneira de introduzir os estudantes às artes visuais, proporcionando-lhes uma forma de expressão criativa e conexão com o tema proposto. As atividades também incluirão o uso de recursos digitais, como um vídeo da professora Manuela disponível no YouTube, abrangendo de forma dinâmica os conceitos de formação dos povos.
Tema: Simulado de Português e Ensaio Junino: Cordel e Gravura
Duração: 225 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 5º Ano
Faixa Etária: 10 anos
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos a compreensão da formação dos povos por meio do estudo do gênero literário cordel e suas relações com a cultura brasileira, além de desenvolver habilidades na produção artística utilizando técnicas de gravura.
Objetivos Específicos:
– Compreender a importância do cordel na cultura brasileira, especialmente no Nordeste.
– Aplicar técnicas de gravura em exercícios práticos.
– Realizar a leitura e interpretação de textos relacionados à formação dos povos.
– Fomentar a expressão artística e criativa dos alunos através de atividades de produção textual e artística.
– Desenvolver habilidades de leitura e escrita, respeitando as normas gramaticais.
Habilidades BNCC:
– (EF05LP01) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares.
– (EF05LP12) Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de regras de jogo.
– (EF05LP11) Registrar, com autonomia, anedotas e cartuns, de acordo com as convenções do gênero.
– (EF05HI01) Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.
– (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais.
Materiais Necessários:
– Livros didáticos (páginas 63 a 67 e 91 a 95).
– Materiais de arte (papel, tintas, pincéis, lápis e borracha).
– Acesso a computador ou tablet para visualização de vídeo no YouTube.
– Projetor (se disponível) para exibição de conteúdos.
– Cadernos e canetas para anotações.
Situações Problema:
1. Como as tradições culturais dos diferentes povos se refletem nas suas produções artísticas?
2. De que forma o cordel pode ser considerado um meio de preservar a memória e a identidade cultural?
3. Como a técnica de gravura pode ser utilizada para retratar a cultura popular?
Contextualização:
Iniciaremos a aula discutindo com os alunos a importância da cultura na formação da identidade de um povo. A professora deverá apresentar o conceito de cordel e sua relevância no contexto nordestino e brasileiro, usando o vídeo como apoio visual. Em seguida, a relação entre essa forma de arte e suas representações gráficas através da gravura será introduzida. Esse passo é vital para que os alunos compreendam que a arte não é apenas produção estética, mas também um meio de contar histórias e perpetuar tradições.
Desenvolvimento:
A aula será dividida em diferentes partes para facilitar a compreensão e facilitar as atividades práticas.
1. Introdução ao Cordel (45 minutos):
– Assistir ao vídeo da professora Manuela sobre o cordel.
– Discussão em grupo sobre o que os alunos aprenderam e suas impressões.
– Leitura de trechos de cordéis famosos em sala, levantando questões como: “Qual a mensagem que o autor quer transmitir?”.
2. Técnica de Gravura (60 minutos):
– Introdução às técnicas básicas de gravura.
– Demonstração de como criar uma arte em gravura inspirada nos cordéis lidos.
– Desenvolvimento de atividades práticas em grupos, onde cada aluno poderá produzir sua própria gravura.
3. Leitura e Interpretação (30 minutos):
– Trabalhar nas páginas indicadas do livro, fazendo anotações sobre os textos lidos.
– Identificar o caráter polissêmico das palavras retratadas nos textos.
4. Produção de Texto (45 minutos):
– Produzir um cordel em pequenos grupos com base no que aprenderam.
– As produções devem englobar elementos discutidos e podem ser apresentadas no final da semana.
Atividades sugeridas:
– Atividade 1: Leitura do Livro
Objetivo: Compreender os conceitos sobre a formação dos povos.
Descrição: As páginas 63 a 67 e 91 a 95 do livro serão lidas e discutidas em sala.
Materiais: Livro didático.
Adaptação: Para alunos com dificuldades de leitura, o professor pode ajudar na leitura em voz alta e interpretação dos textos.
– Atividade 2: Criação de Gravura
Objetivo: Aplicar a técnica de gravura para expressar a cultura popular.
Descrição: Criação de uma gravura que retrate elementos da cultura brasileira e o que aprenderam sobre o cordel.
Materiais: Papel, tintas, pincéis.
Adaptação: Alunos podem trabalhar em pares para encorajar a colaboração.
– Atividade 3: Produção textual do Cordel
Objetivo: Escrever um cordel refletindo a cultura e formação do povo.
Descrição: Em grupo, escrever um texto seguindo a estrutura de um cordel.
Materiais: Cadernos e canetas.
Adaptação: Fornecer um modelo de cordel para aqueles com dificuldades na escrita.
Discussão em Grupo:
Ao final de cada atividade, haverá um momento de discussão em grupo onde os alunos irão compartilhar suas impressões sobre os textos lidos e as gravuras feitas. Isso estimulará o debate e a interação entre eles, além de desenvolver a argumentação e a capacidade de respeitar a opinião do outro.
Perguntas:
1. O que o cordel nos ensina sobre a cultura brasileira?
2. Como a gravura pode contribuir para a preservação da identidade cultural?
3. De que maneiras diferentes povos expressam suas tradições artísticas?
Avaliação:
A avaliação será contínua e ocorrerá por meio da observação da participação dos alunos nas atividades e discussões. Além disso, as produções em grupos (gravuras e cordéis) serão críticas para a avaliação. Os alunos também podem ser incentivados a autoavaliar sua participação e aprendizagem.
Encerramento:
A aula será finalizada com uma exposição das artes e dos cordéis criados pelos alunos, proporcionando um espaço para que cada grupo apresente seu trabalho para a turma. Este momento será essencial para valorizar os esforços criativos de todos e reforçar o aprendizado coletivo.
Dicas:
– Incentive os alunos a pesquisar cordéis famosos e explorar outras formas de arte popular, como xilogravuras.
– Proporcione um ambiente descontraído durante a criação artística, onde os alunos possam se expressar livremente.
– Utilize recursos visuais, como pôsteres e apresentações, para reforçar o conteúdo abordado.
Texto sobre o tema:
O cordel é uma forma poética que, ao longo dos anos, se tornou um dos símbolos da literatura popular brasileira. Com raízes na tradição oral, o cordel é caracterizado pela sua estrutura em versos, onde as narrativas repletas de ensinamentos e sabedoria popular são amplamente transmitidas. Muitas vezes impressos em folhetos ilustrativos, os cordéis trazem temas que vão desde a vida cotidiana até mitos e lendas, sendo uma janela para a cultura e as crenças do povo nordestino. Além disso, a técnica de gravura utilizada na confecção dos folhetos confere um aspecto visual rico que complementa a experiência literária, facilitando a identificação do leitor com a história contada.
A técnica de gravura, por sua vez, é um dos métodos mais antigos de impressão, utilizado para reproduzir imagens artisticamente. Ao longo da história, a gravura tem sido usada como uma ferramenta de comunicação efetiva, capaz de propagar visualmente ideias e sentimentos. No contexto da literatura de cordel, a gravura não apenas embelleza os textos, mas também contribui para a preservação da cultura popular. O uso de xilogravuras, em particular, representa a arte manual e a tradição, tornando cada folheto uma peça única que conta a história de um povo.
Compreender a relação entre cordel e gravura nos ajuda a desvendar as sutilezas da identidade cultural brasileira. Enquanto o cordel oferece uma voz e uma narrativa, a gravura dá cor e forma, concretizando essa mensagem. Juntas, essas expressões artísticas constituem um patrimônio cultural valioso que entrelaça passado e presente, convidando jovens e adultos a explorar e continuar essa rica tradição. Estimular o interesse por esse tipo de arte em sala de aula significa não apenas preservar esses saberes, mas também incentivar a criatividade e a participação ativa no legado cultural do Brasil.
Desdobramentos do plano:
A implementação desse plano de aula pode abrir portas para novos projetos interdisciplinares, onde os alunos explorem outras formas de expressão artística, como a dança e o teatro, dentro do contexto cultural brasileiro. Por exemplo, poderia ser criado um projeto que envolvesse a criação e a apresentação de peças teatrais baseadas em cordéis, mostrando a interligação tanto da literatura quanto da performance artística. Essa atividade poderia reforçar a aprendizagem da língua portuguesa ao mesmo tempo que desenvolve a expressão corporal, os alunos seriam desafiados a se expressar de diferentes maneiras.
Além disso, seria possível realizar uma feira cultural ao final da semana, onde os alunos exporiam suas obras e os cordéis criados. Esse evento poderia incluir apresentações ao vivo, com música e dança, ampliando ainda mais a conexão com a cultura. Tal iniciativa não só incentiva o aprendizado colaborativo, mas também fortalece o sentimento de pertencimento e de comunidade.
Por último, integrar as tecnologias digitais irá enriquecer a experiência de aprendizagem. Criar um blog ou um canal no YouTube pode servir como um espaço para os alunos publicarem suas produções, discutirem temas relacionados ao cordel e à formação dos povos, além de compartilharem suas gravuras. Isso não só estimularia habilidades de escrita e comunicação, mas também capacitaria os alunos a se tornarem produtores de conteúdo crítico e reflexivo.
Orientações finais sobre o plano:
Uma abordagem integrada do tema, relacionando literatura e artes visuais, é fundamental para proporcionar um aprendizado significativo aos alunos. Os professores devem estar atentos às especificidades do grupo, adaptando as atividades para garantir que todos os alunos tenham a oportunidade de se expressar e participar ativamente. O enriquecimento cultural que vem com a exploração do cordel, além de ser uma prática educativa, é um ato de valorização das ricas tradições brasileiras que precisam ser preservadas e celebradas.
Em suma, o planejamento cuidadoso e a execução de atividades que envolvam um leque de expressões artísticas permitirão que os alunos não apenas se conectem com o conteúdo, mas também com a própria cultura do país. O resultado será uma turma mais envolvida, colaborativa e consciente de seu papel como agentes da cultura e da arte, capazes de transformar a sociedade ao seu redor. É vital que os educadores incentivem a autonomia dos alunos, proporcionando espaços para que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas, e lhes mostrem que são parte de uma rica tradição que merece ser reconhecida e cultivada.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
– Oficina de Criação de Cordel: Os alunos poderão participar de uma oficina onde criarão seus próprios cordéis. O objetivo é aprender a estruturar a narrativa típica desse gênero. Sugestões de temas podem ser propostas, e eles devem trabalhar em duplas ou trios. Materiais como papel, lápis e canetas coloridas serão utilizados para facilitar a escrita e a elaboração de um design visual.
– Jogo da Memória Literária: Criar um jogo da memória com imagens e textos de cordéis. Este jogo irá ajudar os alunos a fixarem os conteúdos de maneira lúdica, associando imagens a versos de cordéis. O objetivo é que cada aluno encontre pares de cartões correspondentes, estimulando a memória e o aprendizado.
– Teatro de Sombras: Introduzir a técnica de leitores interpretativos, onde os alunos criam palcos de sombras usando suas gravuras para representar histórias contadas em cordéis. A atividade incentiva a expressão oral e a criatividade, permitindo que os alunos interpretem os personagens que criaram.
– Cante seu Cordel: Uma ação onde os alunos podem desenvolver e apresentar uma música ou uma rima inspirada nos cordéis que estudaram. O objetivo é que pratiquem a oralidade e a performance, além de desenvolver o ritmo e a melodia das poesias.
– Exposição Cultural: Criar um espaço na escola para expor as gravuras e os cordéis criados. Para a realização dessa atividade, os alunos podem usar cartazes coloridos e decorações que representem o Nordeste brasileiro. Invitar outros alunos e a comunidade para visitar a exposição, permitindo que compartilhem as criações com um público mais amplo.