Plano de Aula: coordenação motora fina (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas
A coordenação motora fina é uma habilidade crucial para o desenvolvimento das crianças, especialmente na etapa da Educação Infantil. O presente plano de aula visa proporcionar experiências significativas para as crianças de 2 a 4 anos, focando em atividades como colagem, pintura e desenho. Estas atividades não só promovem a destreza manual, mas também ajudam a fortalecer a autoestima e a criatividade dos pequenos. Através de interações lúdicas e criativas, este plano busca engajar as crianças, tornando o aprendizado um momento prazeroso e envolvente.
O desenvolvimento da coordenação motora fina é essencial para a realização de várias tarefas diárias. Ao manipular materiais artísticos, as crianças têm a oportunidade de explorar diferentes texturas, cores e formas, trabalhando também a socialização e a expressão de sentimentos em um ambiente seguro. Este plano de aula foi cuidadosamente elaborado para atender às necessidades de crianças bem pequenas, levando em consideração suas características de desenvolvimento e a importância da experiência prática em suas aprendizagens.
Tema: Coordenação Motora Fina
Duração: 1 hora
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 2 a 4 anos
Objetivo Geral:
Promover o desenvolvimento da coordenação motora fina por meio de atividades artísticas que incentivem a criatividade, a expressão e a socialização entre as crianças.
Objetivos Específicos:
– Estimular a manipulação de diferentes materiais artísticos.
– Fomentar a criatividade e a autonomia nas produções artísticas.
– Promover a interação e o cuidado entre as crianças durante as atividades.
– Favorecer a expressão de sentimentos e ideias por meio da arte.
Habilidades BNCC:
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG05) Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.
– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.
Materiais Necessários:
– Papel sulfite em diferentes cores.
– Tesoura sem ponta.
– Cola.
– Pincéis e tintas de diferentes cores.
– Materiais diversos para colagem (lantejoulas, papéis coloridos, pedaços de tecido).
– Recipientes para a tinta.
– Panos úmidos para a limpeza das mãos.
Situações Problema:
Como podemos transformar um simples pedaço de papel em uma obra de arte? Quais materiais podemos usar para criar algo novo e bonito juntos?
Contextualização:
A proposta de atividades com colagem, pintura e desenho surge da necessidade de trabalhar a coordenação motora fina de forma lúdica e significativa. Ao proporcionar esses momentos, a professora poderá observar o desenvolvimento das crianças em relação à manipulação de objetos e ao espaço ao seu redor.
Desenvolvimento:
Iniciaremos a aula com uma roda de conversa onde as crianças poderão expressar suas experiências com as atividades artísticas. Após isso, a professora apresentará os materiais que serão utilizados e explicará a importância de cada um no processo de criação. A aula será dividida em três momentos: colagem, pintura e desenho, permitindo que as crianças explorem suas habilidades e se divirtam.
Atividades sugeridas:
Primeiro dia:
Atividade de colagem: As crianças deverão escolher diferentes papéis coloridos para colar em um grande papel em branco. O objetivo é que elas explorem a variedade de formas e texturas. A professora poderá ajudá-las a rasgar ou cortar pequenos pedaços.
Materiais: Diferentes papéis, tesouras sem ponta, cola.
Adaptação: Para crianças mais novas, ofereça papéis já cortados.
Segundo dia:
Atividade de pintura: Com tintas à base de água e pincéis, as crianças poderão explorar a liberdade da pintura. Incentive-as a experimentar misturar cores.
Materiais: Tintas, pincéis, papéis.
Adaptação: Proporcione esponjas para as crianças que podem ter dificuldade em usar pincéis.
Terceiro dia:
Atividade de desenho: Distribua papéis e ofereça diferentes tipos de giz de cera, permitindo que as crianças desenhem o que imaginarem.
Materiais: Papéis, giz de cera.
Adaptação: Ofereça materiais que possam ser manipulados facilmente.
Quarto dia:
Atividade combinada: Proporcione um momento em que as crianças possam escolher entre colagem, pintura ou desenho, promovendo a expressão livre.
Materiais: Todos os anteriores.
Adaptação: Monte um espaço onde as crianças possam transitar livremente entre as atividades.
Quinto dia:
Roda de reflexão: Ao final da semana, faça uma roda de conversa onde as crianças possam compartilhar o que mais gostaram e como se sentiram ao criar.
Materiais: Espaço confortável para a roda.
Adaptação: Use bonecos ou fantoches para facilitar a expressão das crianças tímidas.
Discussão em Grupo:
Incentive as crianças a falarem sobre o que mais gostaram nas atividades, como se sentiram e o que aprenderam sobre diversas cores, texturas e formas.
Perguntas:
– Qual foi a cor que você mais gostou de usar?
– O que você criou com o papel?
– Como você se sentiu ao pintar?
Avaliação:
A avaliação deve ser contínua e observacional. Registre como cada criança interage com os materiais, como se comunica com os colegas e qual o nível de autonomia demonstrado em cada atividade. Procure perceber as alegrias e desafios enfrentados por cada criança ao longo da semana.
Encerramento:
Finalize a aula com uma reflexão sobre a importância da coordenação motora fina e como isso se relaciona com outras atividades do dia a dia. Reforce a ideia de que cada um pode criar sua própria arte.
Dicas:
– Tenha sempre um pano úmido à mão para limpar as mãos das crianças durante as atividades.
– Proporcione um ambiente seguro e confortável onde as crianças possam experimentar sem medo de errar.
– Estimule a troca de ideias entre as crianças para que aprendam a respeitar os diferentes processos criativos.
Texto sobre o tema:
A coordenação motora fina é uma habilidade que se desenvolve ao longo dos primeiros anos de vida e é extremamente importante para a autonomia das crianças. As experiências artísticas, como pintura, colagem e desenho, são fundamentais para que as crianças possam explorar suas capacidades manuais e a criatividade. Através dessas atividades, elas não apenas se divertem, mas também descobrem novas formas de se expressar. Esse desenvolvimento é um reflexo do impacto que têm sobre a autoimagem das crianças, incentivando-as a acreditar em suas habilidades.
Além disso, as atividades de artes estimulam a percepção e o reconhecimento das cores, formatos e texturas, elementos que são essenciais na formação do conhecimento visual e estético. Brincar com diferentes materiais, por exemplo, contribui para que as crianças aprendam a respeitar as individualidades dos outros, promovendo atitudes de cuidado e solidariedade. Essa relação interpessoal é vital no desenvolvimento de um ambiente positivo e acolhedor, onde cada um se sente seguro para expressar suas emoções e ideias.
É importante ressaltar que as artes não são apenas uma forma de entretenimento, mas um aspecto crucial da educação que pode impactar significativamente a formação da identidade da criança. Através do fazer artístico, elas têm a oportunidade de contar suas histórias, manifestar seus sentimentos e interagir com o mundo de uma maneira pessoal e única. Dessa forma, o trabalho com a coordenação motora fina deve sempre ser explorado e incentivado dentro das propostas pedagógicas, valorizando cada conquista pequena e a expressão criativa que cada criança traz consigo.
Desdobramentos do plano:
O plano de aula voltado para a coordenação motora fina pode ter desdobramentos variados, promovendo diversas outras aprendizagens. A exploração das artes, por exemplo, pode ser ampliada para incluir técnicas de modelagem com argila ou massinhas coloridas, proporcionando um estímulo significativo para o desenvolvimento da motricidade. Essas experiências auxiliam não somente no aprimoramento das habilidades manuais, mas também no fortalecimento da criatividade e da capacidade de solucionar problemas.
Além disso, a integração de histórias que envolvam materiais artísticos pode ser uma forma de trabalhar aspectos da linguagem oral e da escuta. Narrativas que incentivam a imaginação podem servir de inspiração para as criações artísticas, extraindo das crianças um repertório cultural e social riquíssimo. Essa abordagem interativa estreita as relações interpessoais, favorecendo o compartilhamento de ideias e sentimentos.
Por fim, a relação entre a arte e a natureza é um aspecto que pode ser lapidado neste plano. Propor atividades ao ar livre, como pintura com elementos da natureza (folhas, flores), pode criar uma conexão ainda mais significativa entre as crianças e o ambiente ao seu redor. Essa interação não só amplia a percepção estética, mas também desenvolve a consciência ambiental e o respeito pela diversidade natural.
Orientações finais sobre o plano:
É imprescindível que, ao aplicar o plano de aula sobre coordenação motora fina, os educadores estejam atentos às singularidades de cada criança. Cada uma possui um ritmo e um jeito de aprender que deve ser respeitado. Para tanto, é aconselhável observar o processo de criação e a evolução das habilidades motoras finas ao longo das atividades propostas. Os educadores devem passar confiança às crianças e incentivá-las a explorar os limites de suas capacidades, reforçando sempre a ideia de prazer e descoberta.
Além disso, a promoção de um ambiente de aprendizado seguro e acolhedor é essencial. Para que as crianças se sintam à vontade para experimentar e se expressar, é importante que as interações sejam adequadas e respeitosas. Um espaço bem organizado, onde todos os materiais estejam ao alcance delas, pode facilitar a realização das atividades e incentivar a autonomia.
Por último, vale ressaltar que os pequenos aprendem muito através da observação e da interação. Assim, é fundamental que os educadores também se coloquem como facilitadores, participando das atividades de modo a demonstrar o valor do trabalho em grupo e da troca de experiências. O aprendizado deve ser um processo divertido e gratificante para todos.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
Sugestão 1: As crianças poderão explorar a natureza, coletando folhas e pequenos galhos para realizar uma colagem. O objetivo é promover a exploração ambiental e estimular a criatividade. Os materiais necessários são folhas, galhos e cola. Essa atividade pode ser adaptada levando crianças para um passeio ao ar livre, permitindo maior integração com o ambiente.
Sugestão 2: Realizar uma atividade de pintura onde as crianças usem as mãos e os pés para criar obras de arte. Essa proposta estimula a exploração sensorial e liberta a criatividade. Serão necessárias tintas, papel grande e toalhas para limpeza. Adaptar a atividade para incluir diferentes superfícies, como papelão ou tecido, pode enriquecer a experiência.
Sugestão 3: Organizar uma sessão de histórias onde as crianças possam desenhar o que entenderam da narrativa. Essa atividade promove a escuta ativa e o desenvolvimento da compreensão textual. Serão necessários materiais de desenho e papel. Pode-se adaptar essa atividade pedindo para as crianças desenharem seus personagens favoritos.
Sugestão 4: Montar um espaço de “artes livres” onde as crianças possam escolher entre uma variedade de materiais (massinhas, tintas, papéis, etc.) para criar. O enfoque é na liberdade de expressão e na experimentação. Essa proposta pode ser ajustada para incluir diferentes temas a cada semana.
Sugestão 5: Utilizar instrumentos musicais simples (como tambores feitos com latas) enquanto as crianças pintam. Isso estimulará a percepção rítmica e a coordenação. Os materiais necessários são latas, tampas e tintas. Adaptar para incluir músicas que as crianças disfrutem pode deixar a atividade ainda mais animada.
Essas sugestões visam enriquecer a experiência de aprendizado e tornar o processo de desenvolvimento da coordenação motora fina mais divertido e significativo. Cada atividade deve ser adaptada ao perfil dos alunos, garantindo que todos possam participar e se expressar de forma criativa e autêntica.