Plano de Aula: CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS (Ensino Fundamental 1) – 1º Ano

A contação de histórias é um dos recursos mais poderosos e significativos no contexto da educação. Esta atividade não apenas estimula a imaginação e a criatividade dos alunos, mas também promove o desenvolvimento da linguagem, o incentivo à leitura e a formação de uma cultura coletiva. Por meio da contação de histórias, é possível explorar diferentes gêneros textuais, acostumando os alunos com a estrutura narrativa e ajudando-os a expressarem-se tanto oralmente quanto por escrito. Neste plano de aula, o foco será a utilização de contos, cantigas e atividades lúdicas que exacerbem a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento.

A proposta de usar jogos e atividades lúdicas no ensino fundamental inicial visa resgatar e potencializar a experiência de ouvir e contar histórias, criando um ambiente agradável e envolvente. Esta prática não só promove a assimilação de conteúdos de linguagem, como também proporciona momentos de interação social entre os alunos, favorecendo o aprendizado colaborativo e o desenvolvimento de habilidades cognitivas e emocionais. Nessa perspectiva, a contação de histórias se desdobra em várias oportunidades de aprendizagem, sendo uma atividade rica que pode ser explorada em diferentes dimensões.

Tema: Contação de Histórias
Duração: 60 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 1
Sub-etapa: 1º Ano
Faixa Etária: 6 a 8 anos

Objetivo Geral:

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Promover o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e oralidade por meio da contação de histórias, criando um ambiente que incentiva a criatividade, a expressão e o prazer pela literatura.

Objetivos Específicos:

– Estimular a escuta atenta durante a contação de histórias.
– Promover a participação ativa dos alunos na contação e recontagem das histórias.
– Desenvolver a expressão oral e escrita ao criar histórias próprias.
– Incentivar a leitura colaborativa, utilizando livros infantis como base de trabalho.

Habilidades BNCC:

– (EF01LP01) Reconhecer que textos são lidos e escritos da esquerda para a direita e de cima para baixo da página.
– (EF01LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, quadras, quadrinhas, parlendas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana.
– (EF01LP25) Produzir, tendo o professor como escriba, recontagens de histórias lidas pelo professor, histórias imaginadas ou baseadas em livros de imagens, observando a forma de composição de textos narrativos (personagens, enredo, tempo e espaço).
– (EF01LP26) Identificar elementos de uma narrativa lida ou escutada, incluindo personagens, enredo, tempo e espaço.

Materiais Necessários:

– Livros com histórias infantojuvenis.
– Cartolina ou papel Kraft.
– Canetinhas, lápis, e giz de cera.
– Elementos para criar fantoches (papel, tesoura, cola).
– Caixas de papelão ou outros materiais para a criação de cenários.

Situações Problema:

– Como diferentes personagens reagem a eventos similares nas histórias?
– O que podemos aprender com os erros e acertos dos personagens?
– Quais as diferenças e semelhanças entre as histórias contadas e as histórias da família dos alunos?

Contextualização:

A contação de histórias é uma prática que remonta tempos antigos, onde a oralidade tinha grande importância na transmissão de cultura e valores. No contexto do 1º ano do Ensino Fundamental, essa prática se reveste de significado, pois os alunos estão em fase de desenvolvimento de habilidades linguísticas essenciais. Através dessa experiência, os estudantes se tornam agentes ativos do seu aprendizado e têm a oportunidade de relacionar a literatura com a sua realidade e vivências.

Desenvolvimento:

1. Início (15 minutos): Inicie a aula com a apresentação de um livro ilustrado, animando a contação com diferentes entonações de voz, gestos e expressões faciais. Após a leitura, pergunte sobre as emoções e experiências dos personagens, encorajando os alunos a compartilharem suas opiniões e sentimentos.

2. Atividade Principal (30 minutos): Organize os alunos em grupos e escolha uma história conhecida. Cada grupo deve criar um pequeno teatro utilizando fantoches que representam os personagens da história. Os alunos trabalharão em colaboração para planejar a atuação e escolher como contar a história, seja de forma improvisada ou roteirizada. O professor apoia e orienta os grupos, auxiliando na criação dos fantoches.

3. Compartilhamento (15 minutos): Cada grupo apresenta sua recontagem da história para os colegas. Após cada apresentação, aborde as perguntas propostas no início da aula, incentivando a troca de experiências e reflexões sobre as apresentações realizadas.

Atividades sugeridas:

1. Dia 1 – Introdução à Contação de Histórias: As crianças ouvem uma história. O objetivo é reconhecer a estrutura da narrativa (personagens, enredo, etc.). Ao final, os alunos irão desenhar a parte da história que mais gostaram.

2. Dia 2 – Criação de Personagens: Após uma atividade de escuta, os alunos criam o seu próprio personagem com as características que escolheram, desenhando e naming-os.

3. Dia 3 – Recontagem em Grupo: Os alunos em grupos vão recontar uma história conhecida, criando falas e ações para os personagens.

4. Dia 4 – Contos de Família: Cada aluno deve contar uma história de sua família; não precisa ser uma história tradicional, mas algo que constitua uma memória afetiva.

5. Dia 5 – Apresentação de Histórias: Os alunos ensaiam e apresentam suas histórias em formato de teatro, usando os fantoches e cenários que criaram.

Discussão em Grupo:

Promover o diálogo onde os alunos podem compartilhar o que aprenderam sobre os personagens e sobre a estrutura das histórias, qual a emoção que cada história trouxe e as lições que podem ser extraídas.

Perguntas:

– Qual foi o personagem que você mais gostou e por quê?
– O que você faria se estivesse no lugar do personagem principal?
– Que outra história você gostaria de contar?

Avaliação:

A avaliação será contínua e processual, considerando a participação dos alunos nas atividades, a contribuição em grupo e a expressão oral durante as recontagens. O professor deve observar também a capacidade de cada aluno de relacionar as histórias faladas às suas experiências pessoais.

Encerramento:

Finalizar a aula com uma roda de conversa, onde os alunos compartilham as impressões sobre as histórias contadas e o que aprenderam. Incentivar os alunos a continuarem a prática de ler e contar histórias fora da escola.

Dicas:

– Utilize diferentes vozes e entonações durante a contação para manter a atenção dos alunos.
– Introduza músicas ou cantigas relacionadas às histórias para ampliá-las.
– Respeite o tempo de fala de cada aluno, permitindo que todos se expressem.

Texto sobre o tema:

A contação de histórias é uma prática milenar que atravessa gerações e culturas, sendo um dos principais modos de transmitir saberes, emoções e experiências. Através dos contos, as crianças têm a oportunidade de explorar o mundo da imaginação, criando novos universos e personagens que inspiram sua própria criatividade. Estimular a contação de histórias na educação infantil e no início da educação fundamental é fundamental, pois permeia diversas aprendizagens. As histórias ajudam não somente no desenvolvimento da linguagem oral e escrita, mas também na formação da cidadania, ao apresentar valores e dilemas éticos.

Além disso, a contação de histórias fortalece o vínculo entre aluno e professor. Momentos em que o professor assume o papel de contador facilitam a aproximação e a construção de uma relação de confiança e amizade, uma vez que o ato de contar envolve não apenas a história em si, mas também a adequação do tom de voz, a empatia e o domínio de técnicas narrativas. Adicionalmente, a prática da contação de histórias promove habilidades sociais como o respeito pela fala do outro e a capacidade de ouvir, habilidades essenciais no ambiente escolar e no convívio social.

Em um mundo cada vez mais digital, trazer a contação de histórias para as salas de aula é resgatar a importância da oralidade, do afeto e do contato humano. Criar espaços para que as crianças possam se expressar e também escutar histórias é uma forma de valorização cultural e social. Quando a narrativa é participativa, as crianças se tornam o centro do aprendizado, desenvolvendo a confiança necessária para se expressar e se conectar com o outro.

Desdobramentos do plano:

Este plano de aula sobre contação de histórias pode ser expandido em diversas direções, enriquecendo ainda mais a experiência de aprendizado das crianças. Uma das formas de desdobramento seria a formação de um clube do livro, onde uma vez por mês os alunos podem reunir-se para discutir histórias que leram em casa e até mesmo convidar os familiares para compartilharem suas próprias narrativas. Esse espaço seria uma oportunidade enriquecedora para os alunos praticarem a leitura em voz alta e desenvolverem sua capacidade crítica.

Outra possibilidade é a realização de um projeto integrador no qual os alunos escolham uma história, desenvolvam suas versões e montem um teatro de marionetes para apresentá-las. Essa atividade não só estimula a criatividade infantil, mas também a habilidade de trabalhar em grupo, desenvolvendo competências socioemocionais. Além disso, envolver as famílias nesse processo pode fomentar discussões sobre a formação histórica e cultural da comunidade, enriquecendo a identidade familiar e comunitária dos alunos.

Ainda, práticas de contação de histórias podem ser intercaladas com outras linguagens artísticas, como a música e a dança. Após a contação, os alunos podem criar uma música ou uma coreografia inspirada na narrativa, ampliando seu entendimento sobre a relação entre as várias formas de expressão. Essa união de linguagens artísticas, além de potencializar a criatividade, reconstrói o processo de narração, transformando a simples escuta em uma experiência multifacetada e significativa.

Orientações finais sobre o plano:

Finalizando este plano sobre a contação de histórias, é importante ressaltar a importância de um ambiente acolhedor e seguro para que as crianças se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e opiniões. O papel do professor como mediador e facilitador é fundamental nesse processo, pois ele deve criar um espaço onde a liberdade de expressão é respeitada. Um ambiente em que todos se sintam valorizados para compartilhar suas histórias individuais e coletivas fortalece a autoestima e a confiança das crianças.

Adicionalmente, é crucial que as histórias escolhidas reflitam a diversidade cultural e social que compõe nosso país. Diversificar as narrativas apresentadas pode ajudar os alunos a compreenderem melhor a pluralidade de vozes e experiências presentes na sociedade. Assim, a contação de histórias se torna uma ferramenta poderosa para a formação da consciência crítica e da empatia, essencial à construção de um mundo mais justo e igualitário.

Por fim, a contação de histórias é uma prática que deve ser constantemente reavaliada e adaptada às necessidades dos alunos. Incorporar elementos novos, como uso de tecnologias, criação de grupos de leitura e até mesmo integração com outras disciplinas, pode renovar o interesse e o entusiasmo dos alunos em relação às histórias. O importante é manter a essência desse ato simples e ao mesmo tempo complexo, que é contar e ouvir histórias, promovendo a formação integral da criança.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo de Rimas: As crianças devem criar rimas e músicas sobre um personagem da história. Isso pode ser feito usando cartolinas e canetinhas, onde elas desenham o personagem e escrevem frases rimadas.

2. Teatro de Sombras: Usando recortes de papel e uma lanterna, os alunos podem criar um teatro de sombras, onde contarão histórias em formato diferente, introduzindo o uso de sombras como mais uma forma de expressar narrativas.

3. Roda de Histórias: Os alunos se sentam em círculo e cada um conta uma parte da história, passando a “bola” para o próximo aluno. Essa atividade estimula a atenção e a memória, pois cada um deve ouvir atentamente para dar sequência à história.

4. Linha do Tempo das Histórias: Criar uma linha do tempo com diferentes histórias que os alunos conhecem. Cada aluno pode colar a imagem de um personagem em seu local apropriado na linha do tempo, promovendo exercícios de memória e historização.

5. Caixa de Histórias: Construir coletivamente uma caixa de histórias, onde cada aluno pode adicionar objetos que representem suas narrativas ou personagens favoritos. A caixa se torna uma biblioteca de inspirações, que poderá ser utilizada em outras aulas para novas criações e contos.

Essas atividades permitem que as crianças explorem e representem suas histórias e experiências de maneira criativa e interativa. Assim, a contação de histórias se torna um lugar de aprendizado, diversão e descoberta constante!