Plano de Aula: Contação de História “Os Três Porquinhos” (Educação Infantil)

Em nosso plano de aula sobre a clássica história dos “Três Porquinhos”, pretendemos promover um ambiente que estimule a criatividade e a imaginação das crianças. A contação de histórias é uma ferramenta poderosa na Educação Infantil, pois não apenas entretém, mas também favorece o desenvolvimento da linguagem, a socialização e a expressão emocional. Nesse contexto, utilizaremos a narrativa dos porquinhos para explorar o lúdico e as artes, criando uma experiência rica e inclusiva para os nossos bebês.

Na faixa etária de 3 anos, as crianças têm uma curiosidade natural e uma grande capacidade de interação com o mundo ao seu redor. Portanto, a proposta é não apenas contar a história, mas também envolver as crianças em atividades que estimulam a audição, a movimentação e a expressão gráfica. As interações proporcionadas durante a contação servirão como catalisadoras para o aprendizado e a socialização, respeitando o estágio de desenvolvimento dos pequenos.

Tema: Contação de História “Os Três Porquinhos”
Duração: 20 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar aos bebês uma experiência lúdica e interativa através da contação da história “Os Três Porquinhos”, promovendo o desenvolvimento da linguagem, a expressão corporal e a interação social.

Objetivos Específicos:

– Estimular a escuta ativa e o interesse pela história.
– Fomentar a expressão corporal em resposta aos eventos da narrativa.
– Incentivar a interação entre as crianças durante atividades coletivas.
– Promover o reconhecimento da narrativa e a identificação de seus elementos.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
(EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
(EI01EO04) Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
(EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI01EF03) Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os movimentos de leitura do adulto-leitor.
(EI01EF06) Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras formas de expressão.

Materiais Necessários:

– Livro ilustrado da história “Os Três Porquinhos”
– Fantoche ou bonecos de porquinhos e lobo
– Materiais gráficos como folhas de papel em branco e lápis de cera
– Instrumentos musicais simples (pandeiros ou maracas)
– Almofadas ou colchonetes (para conforto durante a contação)

Situações Problema:

Como podemos expressar as emoções dos personagens da história?
De que forma a história dos Três Porquinhos pode nos ensinar sobre proteger nossos lares?

Contextualização:

A narrativa dos “Três Porquinhos” é um clássico que aborda temas como o trabalho, a proteção e as consequências das escolhas. A história é simples, mas rica em lições que podem ser traduzidas em atividades práticas que envolvam as crianças. O lúdico, inserido nas experiências cotidianas, potencia o aprendizado e cria um espaço seguro para a expressão de sentimentos e emoções.

Desenvolvimento:

Iniciaremos a atividade encontrando uma posição confortável em círculo. Apresentaremos o livro “Os Três Porquinhos” de forma animada, usando diferentes entonações de voz para os personagens. Durante a leitura, utilizaremos os fantoches ou bonecos para fazer com que os porquinhos e o lobo ganhem vida, incentivando as crianças a imitarem os gestos do lobo soprando ou construindo suas casas com movimentos.

Após a contação, propomos que as crianças desenhem ou traçem no papel como seriam suas próprias casas, utilizando os lápis de cera. Esse momento será acompanhado pelo envio de incentivos verbais e gestuais para que as crianças se sintam à vontade para expressar seus pensamentos e sentimentos sobre as casas por meio do desenho.

Atividades sugeridas:

Contação da História (20 minutos): Narrar a história com expressões faciais, vozes e fantoches.
Objetivo: Sonoridade e competitividade da trama.
Materiais: Livro e fantoches.
Adaptação: Se a criança não puder sentar, propor que ouçam enquanto estão em áreas de conforto.

Imitação de Sons e Gestos (10 minutos): Após a história, as crianças serão convidadas a imitar os sons do lobo e dos porquinhos.
Objetivo: Estimular a expressão corporal e ouvir atentamente.
Materiais: Sons produzidos com o próprio corpo.
Adaptação: Caso alguma criança não compreenda, o adulto poderá demonstrar os gestos.

Desenho Livre (15 minutos): Usar papeis e lápis de cera para desenhar a própria casa.
Objetivo: Estimular a criatividade e a comunicação das emoções.
Materiais: Papel, lápis de cera.
Adaptação: Para os que não podem desenhar, o professor pode ajudar a traçar as formas.

Música e Movimento (10 minutos): Criar uma breve canção relacionada à história que louvem os porquinhos com movimentos que imitam suas ações.
Objetivo: Estimular a coordenação motora e a expressão.
Materiais: Instrumentos simples como pandeiros.
Adaptação: Não forçar as crianças a se moverem, mas incentivá-las a participar de acordo com seu conforto.

Leitura Livre (10 minutos): Convida as crianças a olharem ilustrações e contarem o que veem.
Objetivo: Fomentar o interesse pela leitura e a observação.
Materiais: Livros com ilustrações das histórias.
Adaptação: Além do material impresso, utilizar livros multimídia, se disponível.

Discussão em Grupo:

É importante criar um espaço onde as crianças possam interagir e discutir as histórias. Inicie uma conversa sobre as decisões dos porquinhos e como cada um deles construiu suas casas. Peça que compartilhem suas emoções e o que aprenderam com a história.

Perguntas:

– Como você acha que os porquinhos se sentiram enquanto construíam suas casas?
– O que você faria se fosse o lobo?
– Qual casa você gostaria de morar? Por que?

Avaliação:

A avaliação será contínua e ocorrerá através da observação da participação dos bebês nas atividades propostas. De maneira informal, notaremos se os alunos se engajaram na contação, suas expressões durante as atividades práticas e a capacidade de interação social.

Encerramento:

Para finalizar a sessão, faremos uma breve recapitulação das interações realizadas, reforçando o papel de cada personagem. Poderemos também apresentar de forma dramática, os momentos principais da história, permitindo que todas as crianças participem no fechamento dessa rica experiência.

Dicas:

– Utilize materiais que possam ser explorados pelos bebês.
– Crie um ambiente confortável e sempre respeite os limites de cada criança.
– Incentive a expressão verbal e não-verbal das crianças durante as atividades, elogiando suas tentativas de comunicação.

Texto sobre o tema:

A história dos “Três Porquinhos” é notável por suas lições simples que se entrelaçam com a imaginação. Cada personagem representa uma escolha e cada escolha traz consequências. O primeiro porquinho é despreocupado e constrói sua casa rapidamente, enquanto o segundo é um pouco mais cuidadoso. O terceiro, por outro lado, demonstra sabedoria ao construir uma casa sólida. Essa representação é uma oportunidade perfeita para ensinar às crianças sobre o valor do compromisso e da construção de uma base segura em suas vidas.

Nesse sentido, a contação de histórias, como a dos porquinhos, não é apenas um momento de entretenimento. É uma forma de transmitir valores, encorajar a interação social e promover o desenvolvimento linguístico. As emoções e reações que surgem durante a narrativa são essenciais, pois ajudam os pequenos a reconhecer seus próprios sentimentos e a se conectar com os outros. Esse processo de identificação, somado à imersão no mundo das histórias, fortalece a empatia, um traço fundamental de convivência humana.

Ademais, a experiência do lúdico e das artes na educação infantil é uma ferramenta que permite a exploração criativa e a imersão no aprendizado. Quando as crianças desenham, imitam e respondem a estímulos sonoros, elas não estão apenas se divertindo — estão essencialmente aprendendo sobre o mundo. O cacarejar do lobo ou o barulho dos porquinhos sendo felizes se transformam em vínculos que vão além da contação, criando uma base sólida para suas primeiras interações sociais e emocionais.

Desdobramentos do plano:

A continuidade do plano pode incluir outras histórias que abordam temas semelhantes, adaptando as atividades para diferentes narrativas. Essa abordagem permite que os bebês façam conexões entre as histórias, incentivando a compreensão e a memória. Além disso, atividades artísticas podem ser giradas ao redor do tema, como pintura de personagens ou criações de fantoches de papel. Estas atividades não só envolvem as crianças, mas também os promovem a perceber a importância do coletivo e o trabalho em equipe ao compartilhar suas criações.

Outro desdobramento pode se anexar a práticas de musicalização. Utilizar canções relacionadas às histórias contadas pode fortalecer a atenção das crianças e criar um ambiente de aprendizagem ainda mais dinâmico, transformando o espaço em um verdadeiro palco de criatividade. Essa prática não apenas promove o desenvolvimento auditivo, mas também fortalece o apreciação musical, quando as crianças se envolvem com as diferentes melodias que podem acompanhar suas narrativas. Essa conexão entre música e história é enriquecedora, e traz significados mais profundos às aulas.

Finalmente, a inserção de eletrônicos educacionais e jogos interativos pode também ser uma forma de atualizar a proposta de contação, adequando-se à realidade atual dos pequenos. Mídias que seja acessíveis e que incentivem a leitura interativa podem ser incluídas, sempre respeitando o limite de uso e tendo como prioridade o tempo de qualidade na interação direta entre cuidadores e crianças.

Orientações finais sobre o plano:

Ao elaborar esse plano, é importante lembrar que o tempo adequado para o desenvolvimento das atividades deve sempre ser respeitado, observando os sinais de interesse e cansaço das crianças. Cada grupo pode ter seu próprio tempo de resposta e engajamento, então é essencial manter uma flexibilidade que adapte o plano de acordo com a dinâmica da turma. A contação de histórias é estimular, não forçar — deve ser um momento de alegria e descoberta.

Reforçamos que o ambiente deve ser seguro e acolhedor, permitindo que os bebês se sintam à vontade para explorar e expressar suas emoções. O cuidado com cada criança é fundamental, assim como a capacidade de adaptar a atividade para incluir todos de maneira respeitosa. Com isso, não apenas a narrativa em si tem validade, mas sim todo um contexto emocional e social que se constrói durante a contação.

Por último, é interessante manter uma comunicação constante com os responsáveis sobre as experiências que ocorreram em sala. Compartilhar os aprendizados e as criações das crianças pode reforçar o vínculo entre escola e família, crucial para o desenvolvimento integral do educando e de suas vivências. Essa troca de experiências fortalece as relações e completa o ciclo de aprendizado, criando um ambiente de comunidade e aprendizado contínuo que favorece o desenvolvimento das crianças.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

Teatro de Fantoches: Crie um pequeno teatro de fantoches com caixas de papelão. As crianças podem enviar suas interações com os personagens e recriar a história, estimulando a imaginação e a compreensão narrativa.

Construção de Casas: Utilize blocos de montar para que as crianças construam diferentes casas dos porquinhos. Essa atividade não só fomenta a imaginação, mas também fortalece a coordenação motora.

Música da História: Com os instrumentos simples, crie ritmos que representem os porquinhos e o lobo. Essa atividade pode ser divertida e envolve a música e o movimento, enriquecendo a experiência.

Caça ao Lobo: Jogue um “achando o lobo” onde, com um lobo de pelúcia, as crianças devem procurar pelo ambiente, ao mesmo tempo em que falam sobre as precauções que os porquinhos deveriam ter.

Desenho Coletivo: Ao final da história, proponha um desenho em conjunto em um grande papel. Essa atividade enseja a colaboração e o uso de cores para expressar a história vivida por aquele grupo.

Esse conjunto de sugestões lúdicas visa criar um ambiente de total envolvimento, promovendo o aprendizado através da brincadeira e da interação, essenciais para o desenvolvimento das crianças na Educação Infantil.

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