“Plano de Aula: Conscientização sobre o Autismo em Crianças”

O plano de aula a seguir foi elaborado para promover a conscientização sobre o autismo em crianças pequenas de 5 anos, utilizando o Dia Mundial da Conscientização do Autismo como tema central. O foco é proporcionar uma experiência educativa que não apenas informe, mas também desenvolva a *empatia*, o *respeito à diversidade* e a *cooperação*, elementos essenciais na formação de alunos mais conscientes e inclusivos.

Este plano de aula é especial, pois busca cultivar um ambiente em que as crianças possam entender e respeitar as diferenças, aprendendo a se colocar no lugar do outro. As atividades serão dinâmicas e lúdicas, promovendo a descoberta e o aprendizado através da *brincadeira*, da *arte* e da *interação social*. A proposta é que a conscientização do autismo não seja apenas um dia de atividades, mas um passo em direção a um aprendizado contínuo sobre *diversidade* e *inclusão*.

Tema: Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Duração: 2 Dias
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças pequenas
Faixa Etária: 5 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar experiências que promovam a conscientização sobre o autismo, estimulando a empatia e o respeito às diferenças entre as pessoas e a valorização da diversidade.

Objetivos Específicos:

– Desenvolver a empatia e o respeito pelas diferenças, compreendendo que cada indivíduo possui sentimentos e necessidades diferentes.
– Fomentar a cooperação e o trabalho em grupo através de atividades coletivas.
– Estimular a expressão artística dos sentimentos e emoções relacionados ao tema.
– Incentivar o uso da linguagem oral para comunicar ideias e sentimentos.

Habilidades BNCC:

– (EI03EO01) Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
– (EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita.
– (EI03TS02) Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e escultura.

Materiais Necessários:

– Papel colorido.
– Tinta guache e pincéis.
– Giz de cera.
– Fantoches ou bonecos.
– Livros ilustrados sobre o autismo.
– Materiais recicláveis (tampinhas, caixas, tecidos).
– Roupas coloridas para atividade de expressão corporal.

Situações Problema:

– Propor a discussão sobre como se sente ao conviver com alguém que possui necessidades diferentes.
– Refletir sobre como ajudar um colega que pode se sentir diferente ou excluído.

Contextualização:

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, comemorado em 2 de abril, é uma data que busca sensibilizar a população a respeito do autismo e fomentar a inclusão. É essencial que as crianças entendam que cada um é único e que isso deve ser celebrado. Por meio de atividades interativas e ludicamente, elas poderão explorar suas emoções e desenvolver habilidades sociais importantes.

Desenvolvimento:

Durante os dois dias de aula, as atividades serão organizadas em um fluxo contínuo, garantindo que as crianças se sintam engajadas e motivadas. As atividades devem ser adaptadas para o nível de desenvolvimento dos alunos, respeitando suas particularidades.

Primeiro Dia:
1. Roda de Conversa: Inicie com uma roda de conversa, onde as crianças poderão falar sobre o que sabem sobre o neurodesenvolvimento e o autismo. Utilize imagens de crianças autistas para iniciar a discussão.

2. Contação de Histórias: Apresentar um livro ilustrado que aborde o tema do autismo de forma sensível, como “A Onda” ou “O Menino que Aprendeu a Ver”. Após a leitura, crie um espaço para que as crianças expressem suas opiniões.

3. Atividade de Artes: Propor que cada criança faça um desenho que represente suas emoções em relação ao tema. Utilize papel e tintas, e incentive-as a se expressar livremente.

Segundo Dia:
1. Teatro de Fantoches: Usar fantoches para dramatizar uma situação em que uma criança se sente diferente. Isso pode ajudar a exemplificar como lidar com esses sentimentos na vida real, abordando o respeito e a empatia.

2. Brincadeira de Movimento: Propor uma atividade onde as crianças devem se movimentar de acordo com emoções (tristeza, alegria, raiva). Isso pode ser feito em parceria com músicas que evoquem essas emoções.

3. Colagem Coletiva: Incentivar uma atividade de colagem onde cada criança adiciona algo que represente sua ideia sobre amizade e inclusão em um painel colaborativo.

Atividades sugeridas:

1. Roda de Amigos:
Objetivo: Promover a empatia e o respeito.
Descrição: Cada criança compartilha algo único sobre si, seja uma habilidade, um gosto ou um sonho.
Instruções: Sentados em círculo, cada um se apresenta e compartilha. O professor deve reforçar a importância da escuta e do respeito.
Materiais: nenhum.
Adaptação: Para crianças mais tímidas, pode-se usar um objeto como um “microfone” para encorajar a fala.

2. Música e Movimento:
Objetivo: Expressar emoções através do corpo.
Descrição: Criar uma coreografia simples sobre aceitação e amizade.
Instruções: Ensair movimentos com as crianças, utilizando músicas relacionadas ao amor e inclusão.
Materiais: Instrumentos musicais simples ou objetos que possam ser usados como percussão.
Adaptação: Permitir que cada criança adicione seus próprios movimentos à coreografia.

3. Caça às Emoções:
Objetivo: Reconhecer e expressar diferentes emoções.
Descrição: Esconder cartões com expressões faciais no pátio e, ao encontrá-los, as crianças devem imitar a emoção do cartão.
Instruções: Formar grupos e dar a cada grupo uma quantidade de cartões. Após encontrá-los, cada grupo deve apresentar a emoção.
Materiais: Cartões com desenhos de expressões faciais.
Adaptação: Crianças podem desenhar suas próprias emoções em vez de usar os cartões.

4. Desenhando Juntos:
Objetivo: Incentivar a colaboração e a expressão.
Descrição: Em um grande papel, as crianças devem desenhar coletivamente sobre amizade.
Instruções: As crianças devem trabalhar juntas, discutindo o que cada um desenhará.
Materiais: Grande papel e lápis de cor.
Adaptação: Para crianças que têm dificuldade em desenhar, o professor pode sugerir que usem símbolos que representem amizade.

5. Histórias em Grupo:
Objetivo: Estimular a criatividade e a comunicação.
Descrição: As crianças devem criar uma história em grupo, onde o personagem enfrenta dificuldades, mas encontra amigos.
Instruções: Cada criança deve adicionar uma parte da história, criando uma narrativa coletiva.
Materiais: Papel e caneta para registrar a história se desejado.
Adaptação: Crianças que preferirem podem desenhar uma parte da história.

Discussão em Grupo:

Organize uma discussão para que as crianças compartilhem suas experiências sobre o tema. Pergunte como se sentiram ao participar das atividades e o que aprenderam sobre a amizade e a empatia.

Perguntas:

– O que você acha que significa ser um bom amigo?
– Como podemos ajudar alguém que se sente diferente?
– Quais são as coisas que você mais gosta em seus amigos?

Avaliação:

A avaliação será feita de forma contínua, observando a participação das crianças nas atividades, sua capacidade de interação e o desenvolvimento da empatia. Além disso, a produção artística e oral das crianças será analisada para verificar a compreensão do tema abordado.

Encerramento:

Finalizar o plano com uma reflexão sobre o que foi aprendido nos dois dias. As crianças podem apresentar suas produções artísticas e discutir como podem continuar a apoiar seus colegas todos os dias.

Dicas:

Promover um ambiente seguro e acolhedor é essencial para que as crianças se sintam confortáveis em compartilhar sentimentos e emoções. Incentivar a escuta ativa entre os colegas durante todas as atividades. Além disso, é importante que o professor esteja atento às necessidades individuais, garantindo que cada criança tenha suas vozes e experiências reconhecidas e valorizadas.

Texto sobre o tema:

O autismo é uma condição que afeta o desenvolvimento e a interação social, e sua compreensão é fundamental na formação de uma sociedade mais justa e inclusiva. A conscientização do autismo é vital, pois é apenas através da educação que podemos combater o preconceito e as desinformações que ainda cercam esta condição. Ações que promovem a inclusão dos autistas proporcionam um espaço onde todas as crianças, independentemente de suas diferenças, possam conviver, aprender e se desenvolver.

Neste contexto, as crianças precisam aprender desde cedo sobre a diversidade e a importância de respeitar as diferenças. O Dia Mundial da Conscientização do Autismo serve como um lembrete sobre a necessidade de empatia e compreensão por parte de todos. Ao se incluir educações sobre o autismo nas práticas pedagógicas, as escolas se tornam ambientes mais acolhedores e propícios ao desenvolvimento de relações humanas saudáveis, essenciais para a construção de um futuro onde todos tenham suas singularidades respeitadas.

Além disso, a implementação de atividades lúdicas e interativas ajuda a facilitar a conversa sobre o autismo, tornando o aprendizado mais acessível e significativo. É importante que as crianças compreendam que o respeito e a aceitação começam na infância e que seus comportamentos e atitudes podem fazer uma grande diferença na vida de alguém. Ao investir na formação de cidadãos empáticos, estaremos contribuindo para uma sociedade mais harmoniosa e justa.

Desdobramentos do plano:

O desdobramento deste plano pode levar a uma integração ainda maior de ações educativas sobre inclusão e diversidade. Após a celebração do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, atividades continuadas poderiam envolver parcerias com familiares e outros segmentos da comunidade escolar, como palestras, oficinas e projetos que fomentem um espaço seguro para o diálogo. Tal aproximação poderia instigar o interesse das crianças em aprender mais sobre diferentes culturas e modos de vida, refletindo em práticas de empatia social e de respeito.

Outro desdobramento poderia ser a criação de um Grupo de Amigos da Inclusão, composto por crianças que se comprometeriam a promover ações de gentileza, amizade e acolhimento. Esse grupo poderia fazer apresentações que mostrem como é possível celebrar as diferenças por meio de histórias e brincadeiras, reforçando o aprendizado que vai muito além da sala de aula. Dessa forma, o aprendizado se torna um ciclo contínuo, em que as crianças passam de receptoras a promotoras de uma Educação Inclusiva.

Por fim, o desdobramento deste plano é uma oportunidade para consolidar a escola como um espaço onde a diversidade é celebrada diariamente. Projetos interdisciplinares que integrem as disciplinas de Artes, Música, e Educação Física em torno do tema da aceitação e da inclusão poderiam ser explorados. Isso permitiria uma abordagem mais holística, onde as crianças veriam o valor do respeito e da amizade nas praticas do cotidiano escolar e social.

Orientações finais sobre o plano:

É fundamental que o professor esteja preparado para lidar com as variadas reações e sentimentos das crianças ao abordar o tema do autismo. O ambiente escolar deve ser um espaço onde todos se sintam seguros para expressar suas emoções e seus pensamentos. Por isso, a construção de um clima de confiança é essencial, e o educador deve sempre estar atento a cada interação.

Incentivar a participação das famílias nesse processo pode ampliar a conscientização sobre o autismo e a importância da inclusão. Os pais e responsáveis devem ser convidados a se juntarem em algumas das atividades, proporcionando um estreitamento dos laços familiares e da comunidade escolar. Além disso, isso possibilita uma sinergia entre as aprendizagens realizadas na escola e em casa, promovendo um entendimento mais profundo sobre o tema.

Por fim, a continuidade do tema nas discussões diárias pode fazer uma grande diferença na forma como as crianças percebem a diversidade ao seu redor. Ao introduzir gradualmente o aprendizado contínuo e as experiências de convivência com a diversidade, estaremos criando cidadãos mais conscientes, compassivos e respeitosos, preparados para transformar a sociedade.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Caça ao Tesouro da Amizade:
Objetivo: Estimular a colaboração.
Descrição: As crianças devem trabalhar em duplas ou grupos pequenos para encontrar itens que representam amizade, como corações de papel e palavras positivas.
Materiais: Papel, canetas e pequenos itens simbólicos.
Como Conduzir: Prepare pistas para cada item escondido e incentive as duplas a compartilharem suas descobertas.

2. Dia de Fantasia:
Objetivo: Celebrar a diversidade.
Descrição: Propor que as crianças vistam roupas que simbolizem suas personalidades ou culturas.
Materiais: Fantasias, acessórios variados.
Como Conduzir: Organizando um desfile onde cada criança apresenta sua roupa e explica sua escolha.

3. Mural das Emoções:
Objetivo: Ajudar a identificar e expressar emoções.
Descrição: Criar um mural onde as crianças adicionam desenhos representando como se sentem em relação ao autismo.
Materiais: Papéis de diferentes cores e canetas.
Como Conduzir: Incentivar que elas expliquem suas escolhas ao grupo.

4. Teatro de Sombras:
Objetivo: Estimular a criatividade.
Descrição: Usar uma tela para criar fantoches de sombras ilustrando a história de um personagem que se inclui através da amizade.
Materiais: Cartolina, lanternas e um espaço adequado.
Como Conduzir: Cada grupo deve apresentar uma parte da história em fantoches.

5. Oficina de Pintura Coletiva:
Objetivo: Estimular a expressão artística e a cooperação.
Descrição: As crianças devem trabalhar juntas para criar uma grande pintura que represente os valores de respeito e amizade.
Materiais: Lona ou cartolina grande, tintas e pincéis.
Como Conduzir: Promover a discussão sobre o que cada cor ou elemento representa após a finalização da obra.

Essas sugestões visam integrar o aprendizado sobre o autismo de forma lúdica, respeitando a faixa etária e promovendo o envolvimento de todos os alunos de forma inclusiva. Ao longo do processo, o foco deve sempre permanecer na celebração das diferenças e na construção de se sentir incluído.

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