Plano de Aula: Consciência Negra na Educacao infantil (Educação Infantil) – Bebês

A proposta deste plano de aula é proporcionar uma experiência de aprendizagem rica e significativa para os bebês de 1 ano na Educação Infantil, enfatizando o tema da Consciência Negra. Mesmo nesta faixa etária, é possível começar a introduzir valores de respeito, diversidade e identidade cultural através de atividades que estimulam o desenvolvimento cognitivo, emocional e motor dos pequenos. Por meio de atividades lúdicas e interativas, os educadores têm a oportunidade de apresentar os temas de forma sensível e apropriada à idade, garantindo que os bebês possam explorar e expressar suas emoções e percepções sobre a diversidade étnica.

Este plano de aula é estruturado para atender os Campos de Experiências propostos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), assegurando uma abordagem integral e respeitosa sobre a Consciência Negra, sem deixar de lado a ludicidade e o cuidado que essa fase do desenvolvimento infantil exige.

Tema: Consciência Negra na Educação Infantil
Duração: 50 min
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Bebês
Faixa Etária: 1 ano

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Desenvolver a percepção e a sensibilidade dos bebês para a diversidade cultural e étnica presente no mundo ao seu redor, promovendo a familiarização com a Consciência Negra e suas contribuições.

Objetivos Específicos:

– Estimular a percepção da diversidade por meio de cores, sons e texturas variadas.
– Promover a interação entre os bebês, favorecendo a comunicação, o afeto e o respeito entre as diferenças.
– Incentivar a utilização do corpo para expressar emoções, sentimentos e identidades.
– Auxiliar no reconhecimento e na valorização do próprio corpo e do outro, trabalhando a autoestima e a inclusão.

Habilidades BNCC:

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
– (EI01EO01) Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
– (EI01EO03) Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, brinquedos.
– (EI01EO06) Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
– (EI01CG01) Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
– (EI01CG02) Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e desafiantes.

CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
– (EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.
– (EI01TS02) Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.

Materiais Necessários:

– Tintas de diversas cores (preferencialmente atóxicas)
– Folhas de papel em branco
– Instrumentos musicais simples (como chocalhos)
– Bonecos ou fantoches que representem diferentes culturas
– Espelhos pequenos e seguros
– Material diverso para manipulação (têxtil, plástico, papelão)
– Almofadas ou tapete macio para atividades de movimentação

Situações Problema:

Como os bebês podem expressar suas emoções e percepções sobre as diferentes culturas e etnias que compõem a sociedade?

Contextualização:

No Brasil, a Consciência Negra é uma data importante que nos convida a refletir sobre a história, as lutas e as contribuições da população negra. É essencial que a Educação Infantil inclua esses temas, mesmo que de forma lúdica, para que desde cedo as crianças desenvolvam um olhar respeitoso e sensível às diversidades culturais.

Desenvolvimento:

O desenvolvimento das atividades se dará da seguinte forma:
– Início da aula com uma roda de acolhimento, onde o educador poderá falar sobre cores e ritmos, enquanto os bebês são incentivados a balbuciar e interagir.
– Apresentação de um boneco ou fantoche que represente uma cultura afro-brasileira, estimulando o interesse e ajudando na identificação de sentimentos.
– Exploração com tintas: proporcionar que os bebês usem as mãos e pés para criar obras de arte em papel, com ênfase nas cores da bandeira da África e outras representativas.
– Atividades musicais onde os bebês possam bater os tambores, chocalhos e criar sons, focando nas músicas afro-brasileiras e danças tradicionais.
– Momento de reflexão e diálogo, traduzido em gestos e expressões, onde o educador poderá conversar sobre as diferentes cores, formas e ritmos, promovendo a exploração do próprio corpo.
– Finalização com contação de histórias sobre tradições africanas, adaptando a linguagem e utilizando ilustrações simples para que os bebês possam observar e reagir conforme suas respostas emocionais.

Atividades sugeridas:

1. Explorando Cores e Texturas
Objetivo: Desenvolver a percepção sensorial e a criatividade.
Descrição: Disponibilizar diversas tintas de diferentes cores e texturas, permitindo que os bebês utilizem as mãos e os pés para criar em folhas de papel.
Instruções: Coloque os bebês em um espaço acolhedor, forneça as tintas em recipientes rasos. Auxilie na exploração do uso das mãos e pés, estimulando a comunicação através de balbucios.
Materiais: Tintas atóxicas, folhas de papel e toalhas para limpeza.
Adaptação: Para bebês que não gostam de se sujar, utilize papel toalha úmido para estímulos táteis.

2. Música e Movimento
Objetivo: Fomentar a interação e coordenação motora.
Descrição: Criar um momento para a execução de canções Afro-brasileiras utilizando instrumentos simples.
Instruções: O educador pode iniciar tocando um ritmo e convidar os bebês a imitarem com seus instrumentos, estimulando a imitação de movimentos e sons.
Materiais: Instrumentos musicais como chocalhos e tambores.
Adaptação: Propor ritmos lentos para bebês que necessitam de mais calma.

3. Contação de Histórias com Imagens
Objetivo: Estimular a imaginação e o prazer pela leitura.
Descrição: Apresentar livros com ilustrações que abordem temas de cultura afro-brasileira.
Instruções: O educador pode mostrar imagens, contando histórias simples, utilizando entonações variadas e gestos.
Materiais: Livros ilustrativos sobre a cultura afro-brasileira.
Adaptação: Para bebês que vão dormir, conte histórias mais calmas e suaves.

4. Exploração com Espelhos
Objetivo: Incentivar o reconhecimento do próprio corpo e expressões.
Descrição: Disponibilizar espelhos pequenos para que os bebês possam observar seus rostos e expressões.
Instruções: Os educadores podem incentivá-los a fazer caretas e observar a própria imagem, promovendo esterilidade.
Materiais: Espelhos seguros e adaptados ao tamanho dos bebês.
Adaptação: Acompanhar bebês que mostram resistência, realizando atividades em pares.

5. Brincadeiras com Movimento
Objetivo: Fomentar a exploração corporal e a socialização.
Descrição: Propor um espaço para que os bebês possam caminhar, engatinhar ou explorar com seguridade.
Instruções: Organizar um percurso de almofadas e tapetes para que os bebês se desloquem livremente, com apoio do educador.
Materiais: Almofadas, tapetes e outros materiais macios.
Adaptação: Propor brincadeiras de acordo com as habilidades motoras dos bebês.

Discussão em Grupo:

Ao final das atividades, promover um momento de partilha entre os educadores sobre como cada atividade foi recebida pelos bebês e as reações observadas. O que mais despertou o interesse? Como eles interagiram uns com os outros? O que aprenderam sobre a diversidade e as culturas representadas?

Perguntas:

1. O que você sente ao ver diferentes cores e pessoas?
2. Como podemos respeitar as diferenças entre nós?
3. Você gosta de dançar e ouvir músicas de diferentes culturas?
4. O que você viu no espelho que te deixou curioso?
5. O que mais gostou de aprender sobre as cores e a cultura?

Avaliação:

A avaliação será realizada de forma contínua e observacional, levando em conta a participação dos bebês nas atividades propostas, a interação com os colegas e a resposta a estímulos, como sons e movimentos. O educador irá registrar suas observações de forma descritiva e reflexiva, buscando identificar o desenvolvimento de habilidades sociais, motoras e cognitivas.

Encerramento:

Fechar a aula com um momento de roda de conversa, onde os bebês poderão expressar, através de gestos e balbucios, suas impressões sobre o que vivenciaram. Os educadores podem reforçar a importância da diversidade e como cada um é especial à sua maneira, finalizando com uma música relaxante que possa ser associada à temática discutida.

Dicas:

– Para cada atividade, é importante sempre ter alguém que possa observar o grupo de bebês, garantindo que todos estejam seguros e integrados nas dinâmicas.
– As atividades devem ser adaptadas para o ritmo de cada bebê, respeitando a individualidade e a necessidade de cada um.
– Registrar as reações e interações dos bebês é uma ótima prática para futuros planejamentos e para monitorar o nosso impacto em seu desenvolvimento.

Texto sobre o tema:

A Consciência Negra refere-se à luta e à resistência do povo negro ao longo da história. Esta temática é de extrema importância para ser abordada desde a Educação Infantil, mesmo para bebês, uma vez que os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento da identidade e do respeito às diferenças. Promover a consciência sobre a cultura negra ajuda a construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde a diversidade é valorizada e celebrada. Ao trabalhar essa consciência nas práticas pedagógicas, criamos um ambiente mais inclusivo, onde cada criança pode se reconhecer e sentir-se segura em sua identidade.

Os bebês são seres humanos em formação que, embora muito pequenos, já são capazes de perceber as relações sociais e afetivas ao seu redor. Assim, a educação deve envolvê-los em experiências diversificadas que estimulem a empatia e a convivência respeitosa. Portanto, ao promover atividades que explorem a Consciência Negra, estamos contribuindo para que os pequenos aprendam desde cedo a respeitar e valorizar a diversidade, e a importância de cada cultura em nosso convívio diário.

Por meio de brincadeiras e atividades lúdicas, podemos compreender como os bebês expressam suas emoções e percepções sobre o que vivenciam. As atividades devem ser pensadas de forma a instigar a curiosidade e a interação entre as crianças, possibilitando um ambiente que favoreça descobertas e aprendizagens significativas. Esta abordagem não apenas promove o desenvolvimento cognitivo e motor dos bebês, mas também os prepara para enfrentar um mundo plural, onde o respeito e a convivência harmônica devem ser a base das relações sociais.

Desdobramentos do plano:

Os desdobramentos deste plano podem levar a futuras reflexões e atividades que ampliem o entendimento da diversidade cultural. As interações dos bebês com os materiais e as experiências proporcionadas deverão guiar novos planejamentos, possibilitando ajustes no espaço ou nas propostas de atividades. Observando as reações e interesses, o educador pode aprimorar a forma como aborda a temática da Consciência Negra, garantindo que todas as etapas do desenvolvimento sejam encompassadas, desde o motor até o sócio-emocional.

É fundamental que as práticas pedagógicas não se limitem apenas a uma única atividade; elas devem dar início a um ciclo de aprendizagem e diálogos contínuos sobre as experiências e cultura afro-brasileira. O impacto de tais atividades poderá ser percebido em outras áreas, como o desenvolvimento da linguagem e da socialização, contribuindo significativamente para a formação da identidade e da auto-estima das crianças. Além disso, o contato com a diversidade cultural deve ser contínuo, promovendo novas experiências que desafiem os bebês a interagir de forma significativa com o ambiente e as pessoas ao seu redor.

Dessa forma, as atividades que abrangem a Consciência Negra não devem ser vistas apenas como uma ação pontual, mas como parte de um trabalho contínuo de formação de cidadãos mais conscientes, respeitosos e dispostos a celebrar o que nos torna diferentes e únicos. A educação infantil é o espaço apropriado para que essas sementes de respeito e empatia sejam plantadas e cultivadas ao longo da vida.

Orientações finais sobre o plano:

Ao planejar atividades para bebês, é essencial que o educador esteja atento ao ritmo e às necessidades de cada criança, respeitando seus limites e promovendo sempre um ambiente acolhedor. O foco deve sempre ser a exploração e o prazer de aprender, garantindo que cada bebê se sinta seguro e motivado a participar. Isso envolve não apenas a escolha dos materiais e atividades, mas também a forma como o educador se comunica e interage, utilizando linguagem simples e afetiva que favoreça a compreensão e o engajamento dos pequenos.

Além disso, é importante que os educadores realizem avaliações constantes sobre o desenvolvimento dos bebês e a eficácia das atividades, promovendo reflexões sobre o que funcionou e o que pode ser melhorado. Esse processo de autoavaliação e adaptação é crucial para que se possa planejar projetos futuros mais apropriados e que atendam às necessidades do grupo, respeitando as individualidades e particularidades de cada criança. O aprendizado nunca é linear, e estar aberto a mudanças e inovações faz parte do papel do educador.

Por fim, recomendamos que o educador busque sempre o apoio da família nas atividades de conscientização sobre a diversidade cultural. Envolver os pais e responsáveis nesse processo educativo é fundamental para que as crianças sintam a continuidade dos ensinamentos, reforçando a importância da Consciência Negra e de seus muitos aspectos em nosso dia a dia. Além disso, a participação da família enriquece a experiência e proporciona novos diálogos sobre a identidade e cultura, tornando-se um fator fundamental para o desenvolvimento integral da criança.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Tapete Sensorial de Cores
Objetivo: Estimular a exploração sensorial e visual.
Materiais: Diferentes tipos de tecidos coloridos (algodão, seda, feltro).
Descrição: Criar um espaço com um tapete que tenha diferentes texturas e cores. Os bebês podem explorar tocando



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