Plano de Aula: Consciência negara (Educação Infantil) – Criancas bem pequenas

A proposta abaixo contém um plano de aula detalhado que visa trabalhar a consciência negra com crianças bem pequenas, na faixa etária de 3 anos. O foco está na ludicidade e na interação social, promovendo o respeito à diversidade e a construção de uma identidade positiva. As atividades foram desenvolvidas de maneira a garantir uma abordagem lúdica, que é crucial para essa faixa etária, proporcionando um ambiente de aprendizagem enriquecedor.

Tema: Consciência Negra
Duração: 120 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 3 anos

Objetivo Geral:

Promover nos alunos uma consciência sobre a diversidade, especialmente em relação à cultura negra, através de atividades lúdicas, respeitando as diferenças e valorizando a identidade de cada um.

Objetivos Específicos:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

– Estimular a solidariedade e o cuidado nas interações.
– Incentivar a comunicação entre as crianças, promovendo a troca de ideias e sentimentos.
– Promover a valorização da identidade através da descoberta e expressão da cultura negra, incluindo músicas, histórias e danças.
– Fomentar o respeito às diferenças físicas e culturais presentes no grupo.

Habilidades BNCC:

– (EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
– (EI02EO02) Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade para enfrentar dificuldades e desafios.
– (EI02EO05) Perceber que as pessoas têm características físicas diferentes, respeitando essas diferenças.
– (EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
– (EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais para acompanhar diversos ritmos de música.
– (EI02EF06) Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.

Materiais Necessários:

– Livros de histórias sobre cultura africana ou negra.
– Instrumentos musicais simples (pandeiros, tambores, chocalhos).
– Materiais de arte (papéis coloridos, tintas, pincéis, argila).
– Objetos diversos que representem a cultura negra (máscaras, roupas típicas, imagens).
– Espaço amplo para atividades de movimentação.

Situações Problema:

– Como podemos criar um ambiente onde todos se sintam parte e respeitados?
– De que maneira diferentes culturas podem nos ensinar a respeitar e cuidar uns dos outros?

Contextualização:

A consciência negra é um tema fundamental para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária. É essencial que desde cedo as crianças compreendam e respeitem as diferenças, percorrendo o caminho da empatia e do cuidado. Por meio de histórias, músicas e brincadeiras, as crianças poderão vivenciar e interiorizar esses conceitos de forma natural e divertida.

Desenvolvimento:

Para o desenvolvimento da aula, serão realizadas diversas atividades que estimulam a ludicidade e a interação entre as crianças. As atividades propostas poderão ser realizadas ao longo de uma semana, dividindo-se em sessões diárias.

Atividades sugeridas:

1. Dia da Música (Objetivo: Introduzir a cultura negra através da música)
– Descrição: Apresentar às crianças músicas de artistas negros e folclóricas africanas.
– Instruções: Crie um momento de dança, utilizando instrumentos musicais simples que as crianças possam manusear.
– Materiais: Instrumentos como pandeiros, chocalhos, CDs ou reproduzindo músicas.
– Adaptação: Ofereça instrumentos em diferentes tamanhos e texturas para explorar.

2. Contação de História (Objetivo: Valorizar a narrativa cultural e suas diversidades)
– Descrição: Ler histórias que retratem personagens negros ou aspectos da cultura africana.
– Instruções: Após a leitura, discutir as principais ideias, perguntando sobre o que gostaram e quais ensinamentos tiraram.
– Materiais: Livros ilustrados sobre cultura negra.
– Adaptação: Utilizar fantoches para contar a história de forma lúdica.

3. Atividade Artística (Objetivo: Criar uma expressão visual sobre a identidade negra)
– Descrição: As crianças irão criar artes visuais que representem a diversidade local e seus próprios sentimentos.
– Instruções: Ofereça papéis coloridos e tintas, incentivando-as a desenhar ou pintar algo que represente a diversidade de sua cultura.
– Materiais: Papéis, tintas, pincéis, pincéis de esponja.
– Adaptação: Para crianças que não possam usar tintas, ofereça colagens com papéis de cores variadas.

4. Brincadeiras de Roda (Objetivo: Promover a interação e a coletividade)
– Descrição: Brincar de cantigas de roda que, além de serem divertidas, carreguem mensagens sobre respeito e amizade.
– Instruções: Ensinar uma cantiga de roda com mímica ou gestos.
– Materiais: Não são necessários, apenas espaço amplo.
– Adaptação: Criar uma roda com diferentes formas de interagir (abrindo e fechando o círculo).

5. Jardim das Cores (Objetivo: Promover a percepção das cores e a inclusão)
– Descrição: Montar um jardim com flores de papel colorido, onde cada cor representa uma unidade da diversidade.
– Instruções: Cada criança vai desenhar uma flor de uma cor e escrevê-la em uma folha. Posteriormente, as flores serão coladas em uma montagem no espaço da sala.
– Materiais: Papéis coloridos, tesoura, cola.
– Adaptação: Trabalhar com crianças que não conseguem cortar, ajudando-as no processo.

Discussão em Grupo:

As discussões em grupo serão estimularas ao longo de todas as atividades, incentivando as crianças a expressar seus sentimentos sobre a cultura negra, o que aprenderam, e como agora veem a importância da diversidade em suas vidas.

Perguntas:

– Como você se sente quando ouve a música que dançamos hoje?
– O que mais você aprendeu sobre as pessoas diferentes de você?
– Qual foi sua parte favorita da história que ouvimos?

Avaliação:

A avaliação ocorrerá através da observação da interação das crianças durante as atividades. O professor deverá observar a capacidade de diálogo, a participação nas brincadeiras e a forma como expressam respeito e cuidado com os colegas.

Encerramento:

Ao final da semana, o professor promoverá um momento de reflexões sobre tudo o que aprenderam, reforçando a importância da amizade e do respeito às diferenças, e como essa convivência rica pode tornar a sociedade um lugar melhor.

Dicas:

– É importante criar um ambiente seguro onde todas as crianças se sintam à vontade para se expressar.
– Utilize sempre a linguagem positiva e inclua as crianças nas decisões do que criar ou fazer.
– Valorize pontos fortes e características individuais, sempre destacando a beleza da diversidade.

Texto sobre o tema:

A consciência negra é vital para a construção de uma sociedade mais equitativa e para o desenvolvimento de uma compreensão mais profunda da diversidade humana. Desde cedo, é importante que as crianças sejam introduzidas a esse universo de diferenças, onde a cultura negra não é apenas vista como um trecho da história, mas sim como um elemento fundamental na formação da identidade nacional. Ao expor os pequenos a contos, músicas, danças e tradições que fazem parte da cultura africana, conseguimos criar um espaço de respeito, cuidado e apreciação pela convivência mútua.

Histórias de superação, cultura e tradições que falam sobre a luta e a resistência são essenciais nesse contexto. Elas tornam-se ferramentas poderosas que podem ajudar a moldar não apenas a autoreferência de cada criança, mas também como cada uma vê o outro ao seu redor. Essa conexão é importante para que elas desenvolvam a empatia e o entendimento de que, apesar das diferenças, todos somos parte de um mesmo todo. Isso se traduz na prática do respeito e no desejo de coabitação pacífica entre os diversos grupos sociais.

Assim, trabalhar a consciência negra com crianças bem pequenas não é apenas uma questão de ensinar sobre a cultura, mas sim de levar as crianças a possuírem uma visão mais consciente e ecumênica da sociedade. Se nós, educadores, fôssemos capazes de alimentar a semente dessa aprendizagem desde os primeiros anos, estaríamos contribuindo para um futuro mais harmonioso e compreensivo, onde as diferenças são celebradas e respeitadas.

Desdobramentos do plano:

Ao longo do desenvolvimento deste plano de aula, é possível observar vários desdobramentos positivos na interação social das crianças. O contato com a cultura negra através das atividades artísticas, musicais e narrativas não apenas promove o aprendizado sobre essa rica herança, mas também fortalece a autoestima de cada indivíduo na sala. Ao vivenciar práticas que exaltam a diversidade, os pequenos aprendem a se ver como parte de um mosaico humano multifacetado, onde cada um tem seu espaço e valor.

Além disso, a habilidade de resolução de conflitos é aprimorada. Crianças que aprendem a valorizar as diferenças e a cooperar tendem a ser mais abertas ao diálogo e à negociação, habilidades essenciais para a vida social. Através de brincadeiras e discussões mediadas, elas são encorajadas a expressar sentimentos e resolver imprevistos, contribuindo assim para um ambiente mais harmonioso.

Por último, ao incutir uma compreensão e um valor pela diversidade desde tenra idade, estamos investindo na formação de cidadãos mais conscientes e empáticos. Isso não só reafirma a importância da conscientização sobre a cultura negra, mas também lança as bases para uma sociedade onde a tolerância e o respeito são pilares fundamentais. A educação infantil, desse modo, assume um papel transformador, moldando as futuras gerações para um mundo mais justo.

Orientações finais sobre o plano:

Ao final do planejamento e execução deste plano de aula, é vital que os professores reflitam sobre a importância de sua atuação na formação da consciência negra nas crianças. Para isso, é fundamental que as abordagens sejam constantemente avaliadas e adaptadas às necessidades reais dos alunos. Um ambiente de aprendizado inclusivo requer a sensibilidade dos educadores para perceber a dinâmica do grupo, adequando as atividades para atender a todos, independentemente de suas diferenças.

Além disso, os educadores devem ser agentes de transformação, utilizando suas próprias experiências e conhecimentos para enriquecer as abordagens em sala de aula. O compartilhamento de conhecimentos pessoais e o envolvimento com a cultura negra através de vivências e histórias reais reforçam o impacto das atividades, tornando-as mais significativas e contextuais. É crucial que os educadores tenham um forte compromisso com a diversidade, não só em suas práticas pedagógicas, mas também em sua linguagem e interações diárias.

Por fim, criar um espaço onde as crianças possam sentir-se seguras para explorar suas identidades, ser ouvidas e expressar suas emoções é um dos maiores legados que um educador pode deixar. Ao buscar integrar a consciência negra em suas práticas, eles estão não só educando, mas também semeando um futuro de inclusão e respeito, pautado na convivência em harmonia.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches (Faixa etária: 2 a 3 anos)
– Objetivo: Apresentar histórias da cultura negra de maneira interativa.
– Materiais: Fantoches de papel ou tecido, pequenos cenários.
– Modo de condução: Os educadores podem contar histórias e realizar a encenação, permitindo que as crianças interajam com os fantoches.

2. Caça ao Tesouro Empático (Faixa etária: 3 a 4 anos)
– Objetivo: Identificar e respeitar as diferenças.
– Materiais: Objetos que representam diversas culturas.
– Modo de condução: Criar um mapa e promover uma caça ao tesouro onde as crianças precisam encontrar e aprender sobre os objetos.

3. Oficina de Pintura com os Dedos (Faixa etária: 1 a 3 anos)
– Objetivo: Explorar a arte como forma de expressão cultural.
– Materiais: Tintas não tóxicas, papéis grandes.
– Modo de condução: As crianças usarão os dedos para criar arte, enquanto são incentivadas a falar sobre suas obras.

4. Culinária Africana (Faixa etária: 3 a 4 anos)
– Objetivo: Conhecer e experimentar pratos da cultura negra.
– Materiais: Ingredientes de receitas simples.
– Modo de condução: Preparar uma receita rica em cultura, enquanto explica sua origem e significado.

5. Dança Folclórica (Faixa etária: 2 a 3 anos)
– Objetivo: Aprender sobre movimentos e danças tradicionais.
– Materiais: Música folclórica, espaço amplo.
– Modo de condução: Ensinar uma dança simples, permitindo que as crianças imitem e criem seus próprios movimentos.

Este plano de aula é uma abordagem abrangente para introduzir as crianças à consciência negra de maneira lúdica e significativa. O envolvimento em atividades variadas garantirá que as crianças aprendam sobre a valorização da diversidade, criando um ambiente acolhedor e respeitoso.

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