Plano de Aula: Conceito de moradia e seus diferentes tipos (Educação Infantil)

Neste plano de aula, vamos explorar o tema Moradia, um assunto fundamental para o desenvolvimento dos pequenos, que abrange a compreensão do espaço familiar e as relações que eles têm com seu ambiente imediato. Por meio de atividades lúdicas e interativas, as crianças poderão descobrir mais sobre os diferentes tipos de moradia, como casas, apartamentos, e o que cada um deles pode oferecer, além de desenvolver a socialização e a expressão de sentimentos e opiniões.

O foco será a interação e a comunicação entre as crianças, assim como a exploração do espaço ao redor. Ao longo da aula, os alunos vão aprimorar suas habilidades motoras, sociais e cognitivas, vivendo experiências que ajudam na construção da identidade e da autonomia. As atividades propostas buscam não só ensinar sobre moradias, mas também fomentar vínculos de cuidado e solidariedade entre os envolvidos.

Tema: Moradia
Duração: 1 hora
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Bem Pequenas
Faixa Etária: 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Proporcionar experiências lúdicas que ajudem as crianças a entenderem o conceito de moradia e seus diferentes tipos, desenvolvendo ao mesmo tempo habilidades de cuidado, socialização e expressão.

Objetivos Específicos:

– Promover a exploração de diferentes tipos de moradia através de brincadeiras;
– Incentivar a comunicação e a interação entre as crianças;
– Fomentar a percepção dos espaços e relações de convivência em um ambiente seguro;
– Desenvolver habilidades motoras por meio de atividades físicas e criativas.

Habilidades BNCC:

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS”
(EI02EO01) Demonstrar atitudes de cuidado e solidariedade na interação com crianças e adultos.
(EI02EO04) Comunicar-se com os colegas e os adultos, buscando compreendê-los e fazendo-se compreender.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS”
(EI02CG01) Apropriar-se de gestos e movimentos de sua cultura no cuidado de si e nos jogos e brincadeiras.
(EI02CG02) Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS”
(EI02TS02) Utilizar materiais variados com possibilidades de manipulação (argila, massa de modelar), explorando cores, texturas, superfícies, planos, formas e volumes ao criar objetos tridimensionais.

– CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
(EI02EF01) Dialogar com crianças e adultos, expressando seus desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.

Materiais Necessários:

– Materiais para construção de mini-moradias (caixas de papelão, papel colorido, tesoura sem ponta, cola, fita adesiva);
– Flanelógrafo ou cartazes com imagens de diferentes tipos de moradias;
– Música ou cantigas de roda relacionadas ao tema;
– Brinquedos variados que representem artigos de casa (miniaturas de móveis, bonecos);
– Papel e giz de cera para atividades de desenho.

Situações Problema:

1. Como é a sua casa? O que tem dentro dela?
2. Que tipo de moradia você conhece?
3. Como você se sente na sua casa?
4. O que você gostaria de ter na sua moradia?

Contextualização:

Para iniciar a atividade, a professora pode fazer uma roda de conversa, onde cada criança é convidada a compartilhar sobre a sua moradia, o que ela representa, e como é devera. Esse momento permite uma reflexão sobre a importância do lar e como as casas diferem umas das outras, introduzindo o tema com gostinho de novidade e entusiasmo.

Desenvolvimento:

Início (10 minutos): Montar um ambiente onde as crianças possam ver e manusear imagens de diferentes moradias. Conversar e fazer perguntas que incentivem a observação e a curiosidade sobre o que é uma moradia. Estimular os alunos a falarem sobre a casa de cada um deles.

Meio (30 minutos): A partir da conversa inicial, oferecer materiais para construção de mini-moradias. As crianças devem trabalhar em grupos, colaborando umas com as outras para criar suas moradias. Isso promove a solidariedade e a comunicação entre elas. A professora deve circular entre os grupos, incentivando e auxiliando onde for necessário.

Final (20 minutos): Encerrar com uma apresentação das moradias construídas. Pedir para que as crianças expliquem um pouco sobre a sua criação e o que tem dentro da casa que elas montaram. Isso desenvolve a autoestima e ajuda a criança a se expressar.

Atividades Sugeridas:

1. Atividade de Construção de Casa:
– Objetivo: estimular a criatividade e o trabalho em equipe.
– Descrição: As crianças usam caixas de papelão e outras matérias recicláveis para criar as casas, decorando-as como desejar.
– Instruções: Disponibilizar os materiais e incentivar as crianças a conversarem entre si sobre o que colocar em suas casas.
– Materiais: Caixas de papelão, papel colorido, tesoura sem ponta, cola, e canetinhas.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldade com a motricidade, utilizar adesivos para que elas possam facilitar a decoração.

2. Roda de Conversa:
– Objetivo: desenvolver a habilidade de comunicação.
– Descrição: Cada criança deve falar sobre sua moradia, como ela é e o que mais gosta.
– Instruções: Criar um espaço confortável para a roda, facilitando a fala.
– Materiais: Nenhum material necessário, apenas um local tranquilo.
– Adaptação: Para incluir as crianças que falam menos, a professora pode utilizar fantoches que representem as casas.

3. Exploração Musical:
– Objetivo: promover a escuta ativa e a expressão através da música.
– Descrição: Cantar músicas que falem sobre casas e lares, utilizando gestos que refiram a diferentes partes da casa.
– Instruções: Selecionar músicas e auxiliar com gestos para melhor compreensão.
– Materiais: Seleção de músicas, caixa de sons ou caixa de ressonância.
– Adaptação: Para as crianças que não falam ainda, incluir movimentos que ajudem a expressar o significado da música.

Discussão em Grupo:

Promover uma discussão sobre as semelhanças e diferenças nas moradias das crianças permitirá que elas percebam a individualidade e a diversidade do grupo. Questões sobre o que elas apreciam nas moradias dos colegas podem surgir, permitindo um diálogo rico e significativo.

Perguntas:

1. Qual sua parte favorita da sua casa?
2. Você conhece alguém que mora em um lugar diferente do seu? Como é?
3. O que você gostaria de ter em sua casa que você não tem?
4. Como seria a casa dos seus sonhos?

Avaliação:

A avaliação pode ser feita de forma observacional. Os professores devem estar atentos à participação e à interação de cada criança nas atividades e se elas conseguem expressar suas ideias sobre moradia. Também deve ser levada em conta a habilidade de trabalhar em grupo e colaborar nas construções.

Encerramento:

Finalizar a aula revisando os conceitos aprendidos sobre moradia. Fazer um momento de elogios, onde as crianças reafirmam a importância do lar e do cuidado com ele. Além disso, incentivá-las a refletir sobre o que aprenderam e como podemos cuidar melhor do nosso espaço.

Dicas:

Manter um ambiente acolhedor e seguro, que respeite o tempo de cada criança. Além disso, assegurar que haja tempo suficiente para que todas as atividades sejam realizadas sem pressa, pois a paciência é importante para o aprendizado na Educação Infantil. O uso de reforços positivos sempre que as crianças interagirem pode ajudar a criar um ambiente ainda mais favorável.

Texto sobre o tema:

A moradia é muito mais que um abrigo. É o espaço que define nossas vivências, as relações familiares e a cultura de cada um. Compreender o que é uma moradia faz parte do desenvolvimento cognitivo e social das crianças. As primeiras lembranças que temos muitas vezes estão ligadas a lugares: a casa dos avós, o apartamento onde moramos, a casa de um amigo. Esses espaços guardam histórias, momentos de alegria e até de tristeza, e são fundamentais para a formação da identidade.

Ao abordar o conceito de moradia na educação infantil, abrimos um campo vasto para o aprendizado. Através da exploração de diferentes tipos de moradias, como casas, apartamentos ou até mesmo templos, é possível fomentar a empatia e o respeito pelas diferenças entre os indivíduos. É importante ressaltar que em cada moradia existem práticas culturais e pontos de vista que devem ser respeitados e explorados, pois contribuem para uma sociedade mais inclusiva.

É essencial que a nossa abordagem em sala de aula busque entender as vivências de cada aluno e a importância que seus lares têm na formação de sua autoestima e na construção de seu caráter. Por isso, atividades que estimulem a expressão e a comunicação ajudam os pequenos a enxergar que, independentemente de onde vivem, suas vozes são importantes e devem ser ouvidas, promovendo um ambiente de aprendizado rico em diversidade e inclusão.

Desdobramentos do plano:

As atividades sugeridas no plano podem se desdobrar em uma maravilhosa sequência de aulas que explorem ainda mais o tema moradia. Por exemplo, uma excelente continuidade seria trabalhar temas como “A importância do lar” ou “Como cuidar do nosso espaço”. A abordagem pode incluir a construção de regras básicas para conviver em grupo, estimulando a solidariedade e a cooperação, essenciais para um bom convívio. Este aprendizado fundamenta não apenas a convivência entre as crianças, mas também introduz princípios que servirão por toda a vida.

Outra possibilidade é promover atividades de exploração e visitas externas. As crianças podem ser levadas a explorar diferentes moradias na comunidade, como a casa de um amigo, um prédio e até um casarão histórico. Isso indefinidamente enriqueceria o aprendizado, permitindo que as crianças vivenciem de forma prática e concreta o que aprendem em sala. Esse contato oferece uma oportunidade preciosa para exercitar a capacidade de observar, comparar e refletir sobre as diversas habitações e o que as torna especiais.

Por fim, uma proposta de criação de um mural coletivo onde cada criança possa desenhar sua casa ou sua moradia dos sonhos pode ser uma construção ainda mais rica. Conversar e expor essas criações em um espaço comum reforça a ideia de compartimentalizar as vivências. Além de visibilizar as criações pessoais, esse mural atua como uma forma de arte coletiva entre as crianças, sendo um espaço que respira compartilhamento e valorização das histórias que fazem parte dos lares de todos.

Orientações finais sobre o plano:

Ao implementar este plano de aula, é importante lembrar que cada criança tem seu ritmo de aprendizagem e modos diferentes de interação. Portanto, o educador deve estar sempre atento e preparado para adaptar as atividades ao nível de desenvolvimento dos alunos, proporcionando um ambiente que respeite e valorize as singularidades de cada um. Esse cuidado na hora de conduzir as atividades é o que faz a diferença no aprendizado, pois cada pequeno deve se sentir respeitado e valorizado.

Incentivar a participação ativa é fundamental. Propiciar um ambiente onde os alunos possam expressar suas opiniões livremente é um dos principais objetivos ao trabalhar temas que tocam a vida deles diretamente. Essas interações não apenas tornam a atividade mais rica, mas são uma oportunidade para que as crianças aprendam a se escutar e respeitar as ideias dos outros.

Por fim, ao término das atividades, é sempre positivo oferecer um espaço para reflexões. A realização de uma roda de conversa ao final da aula, onde se compartilharão as experiências vividas, pode fortalecer os vínculos e deixar espaço para o surgimento de novos questionamentos e curiosidades. Isso garantirá que as aprendizagens sejam cada vez mais integradas ao cotidiano das crianças.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Teatro de Fantoches: Propor um teatro que conte a história de dois fantoches que vivem em diferentes tipos de moradias. Isso incentivará a comunicação e a empatia.
– Materiais: Fantoches e cenário.
– Adaptação: Para crianças tímidas, permitir que se expressem através de desenhos que representem o que derivam das histórias.

2. Caça ao Tesouro: Criar uma caça ao tesouro em sala que leve os alunos a descobrirem objetos que representem cada parte da casa, como almofadas, pratos de brinquedo, etc.
– Materiais: Brinquedos representativos.
– Adaptação: Para crianças que têm dificuldades, fazer grupos com um adulto para auxiliar.

3. Criação de Histórias: Propor uma atividade onde as crianças criem em conjunto uma história sobre sua casa. Podem podem desenhar e contar a história de um dia normal em suas casas.
– Materiais: Papel, canetinhas.
– Adaptação: Para incluir todos, fazer o desenho em conjunto em um grande papel em grupo.

4. Músicas e Danças: Ensinar músicas tradicionais que falem sobre famílias e lares, integrando movimentos.
– Materiais: Instrumentos musicais simples e um espaço para dançar.
– Adaptação: Incentivar as crianças a criar seus próprios movimentos, respeitando seus ritmos.

5. Colagem de Lar: As crianças podem criar uma colagem com suas casas preferidas utilizando recortes.
– Materiais: Revistas, cola, tesoura.
– Adaptação: Para crianças que têm menos controle motor, oferecer figuras já recortadas.

Com este planejamento detalhado, esperamos que os educadores possam proporcionar uma experiência riquíssima em sala de aula, levando cada criança a perceber a importância da moradia na sua vida e no mundo ao seu redor, sempre respeitando as individualidades e promovendo a aprendizagem coletiva.


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