Plano de Aula: Comunicar e Ouvir (Educação Infantil) – Crianças Pequenas
Este plano de aula tem como objetivo proporcionar uma abordagem lúdica e interativa para o desenvolvimento da habilidade de comunicação em crianças pequenas, especificamente na faixa etária de 4 a 8 meses. A proposta é reconhecer quando são chamadas, promovendo o desenvolvimento da empatia, a valorização do corpo e a ampliação da comunicação verbal e não verbal, que são essenciais para a convivência em grupo. As atividades sugeridas seguirão uma linha pedagógica que busca respeitar a individualidade de cada criança, ao mesmo tempo em que promovem a socialização e o reconhecimento do outro.
Entender a capacidade da criança de escutar e responder de forma apropriada ao seu entorno é fundamental neste estágio de desenvolvimento. Os pais e educadores têm um papel primordial, pois são os responsáveis por criar um ambiente seguro onde as crianças possam explorar, brincar e, principalmente, comunicar-se. O plano de aula será de curta duração, mas com atividades planejadas para promover um impacto positivo nas habilidades sociais e emocionais das crianças.
Tema: Comunicar e Ouvir
Duração: 30 minutos
Etapa: Educação Infantil
Sub-etapa: Crianças Pequenas
Faixa Etária: 4 a 8 meses
Objetivo Geral:
Desenvolver a capacidade das crianças pequenas de reconhecer e responder quando são chamadas, aprimorando a comunicação e a interação social.
Objetivos Específicos:
– Facilitar a identificação de vozes e sons familiares.
– Promover a empatia e a reconhecimento emocional por meio de jogos e atividades coletivas.
– Fomentar a expressão verbal e não verbal.
Habilidades BNCC:
– (EI03EO04) Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
– (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea).
– (EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções.
Materiais Necessários:
– Brinquedos que emitem sons.
– Livros de figuras e sons.
– Almofadas ou tapetes confortáveis para o chão.
– Cartazes com rostos e expressões emocionais.
Situações Problema:
– Como a criança reage quando escuta um chamado?
– O que acontece quando diferentes vozes fazem sons diferentes?
Contextualização:
Entender que a comunicação inicia-se desde os primeiros meses de vida é crucial. As crianças começam a reconhecer sons familiares. Ao chamar as crianças por seus nomes, os educadores podem perceber como elas reagem. Essa interação inicial é a base para a futura comunicação verbal e não verbal.
Desenvolvimento:
As atividades são fundamentadas em momentos de escuta e resposta. Inicialmente, os educadores devem chamar as crianças pelo nome e observar suas reações. Após entender como as crianças respondem, pode-se introduzir os brinquedos que produzem sons variados, intercalando isso com expressões faciais que ajudam a reconhecer emoções.
Atividades sugeridas:
1. Chamando pelo nome: O educador chama as crianças pelo nome, usando uma entonação suave e encorajando-as a olhar.
– Objetivo: Aumentar a percepção auditiva.
– Instruções: Ao chamar, a educadora deve incentivar a criança a responder com um sorriso ou um movimento.
2. Fazendo som: Utilize brinquedos que emitem sons. Os educadores devem mostrar como cada brinquedo faz um som diferente e incentivá-las a tocá-los.
– Objetivo: Estimular a curiosidade sobre a origem dos sons.
– Materiais: Brinquedos sonoros.
3. Expressões faciais: Mostrar cartazes com diferentes expressões. O educador deve fazer a expressão e perguntar o que a criança acha que aquele rosto está sentindo.
– Objetivo: Aprender a reconhecer emoções através de expressões faciais.
– Instruções: Incentivar a criança a replicar as expressões.
4. Dança dos sons: Criar um momento de dança onde os educadores tocam canções e brincam com o corpo. Eles devem alternar entre momentos de descanso e momentos de atividade, chamando as crianças para participar.
– Objetivo: Estimular o movimento, a escuta e a interação.
– Materiais: Músicas suaves e dançantes.
5. Contação de histórias com som: Ler pequenos livros que façam barulho ou que tenham sons associados, incentivando a participação das crianças ao reproduzirem os sons.
– Objetivo: Desenvolver a escuta e a capacidade de resposta.
– Materiais: Livros de figuras e sons.
Discussão em Grupo:
Para concluir as atividades, os educadores podem abrir espaço para uma conversa sobre o que as crianças sentiram durante as atividades. Incentive-as a expressar, com gestos e sons, o que mais gostaram.
Perguntas:
– O que você sentiu quando ouviu seu nome?
– Como você se sente ao escutar diferentes sons?
– Que sons você mais gosta de ouvir?
Avaliação:
A avaliação neste plano pode ser realizada de forma observacional. O educador deve monitorar a resposta das crianças durante cada atividade, observando sua interação, interesse e capacidade de seguir comandos simples.
Encerramento:
Finalizar a aula com uma roda de conversa, onde os educadores reiteram a importância de ouvir e responder aos outros. As crianças devem ser incentivadas a dizer uma palavra ou som que aprenderam da aula.
Dicas:
– Manter um ambiente acolhedor e alegre.
– Repetir atividades em diferentes dias para reforçar as aprendizagens.
– Focar em pequenos grupos para garantir que cada criança tenha a chance de participar ativamente.
Texto sobre o tema:
A comunicação é um aspecto vital do desenvolvimento humano. Desde os primeiros meses de vida, as crianças começam a se conectar com o mundo que as rodeia através de sons e vozes familiares. O ato de escutar e reagir é a base das interações sociais que elas começarão a formar. Essas interações são importantes, pois não apenas ajudam no desenvolvimento da linguagem, mas também na criação de laços emocionais. À medida que as crianças ouvem seus nomes e reagem, elas começam a formar um senso de identidade e pertencimento.
Portanto, é essencial que educadores e cuidadores pratiquem atividades que promovam a escuta ativa e incentivem as crianças a se expressarem. Expressões faciais e sons podem ser ferramentas poderosas, pois proporcionam um meio para que as crianças entendam e expressem sentimentos. Além disso, a interação social é crucial, pois ensina empatia, colaboração e respeito ao outro. Estimula-se assim um ambiente onde a comunicação é vista como uma via de mão dupla, onde ouvir é tão importante quanto falar.
Desdobramentos do plano:
Os desdobramentos deste plano de aula podem ser extensivos, tendo em vista que a comunicação vai além de ser apenas uma habilidade social. Quando as crianças aprendem a escutar e reagir, elas também estão desenvolvendo uma série de outras habilidades que vão apoiar seu crescimento integral. Por exemplo, a empatia pode ser fortalecida quando as crianças aprendem a ouvir as emoções umas das outras, eventualmente formando laços mais profundos com seus colegas.
Além disso, a configuração de um espaço no qual a comunicação é encorajada permite que as crianças sintam a importância de se expressar. Isso, por sua vez, pode impactar positivamente em seu comportamento, já que crianças que se sentem ouvidas geralmente se tornam mais confiantes. Promover atividades repetidas neste contexto pode eventualmente levar a um aumento da autoestima e autoconhecimento, pois as crianças começam a identificar suas próprias emoções e como elas se manifestam no grupo.
Por fim, o desenvolvimento da capacidade de escuta e resposta é uma base crucial para futuras habilidades acadêmicas. As crianças que são habituadas a interagir com seu ambiente têm mais chances de se tornarem aprendizes ativos e engajados. Isso pode levar à construção de um repertório linguístico mais rico e à capacidade de articular suas ideias e sentimentos de maneira clara e construtiva.
Orientações finais sobre o plano:
Este plano de aula deve ser visto como uma porta de entrada para uma série de atividades futuras que permitirão um aprofundamento nas habilidades sociais e comunicativas das crianças. A implementação de jogos sonoros, contação de histórias e atividades de movimento podem ser facilmente ampliadas para incluir outros conteúdos da Educação Infantil. É vital que os educadores compreendam a importância de ser flexíveis e adaptar o plano conforme as necessidades e respostas do grupo.
A diversidade de abordagens e a interatividade são fundamentais. Cada criança é única e pode ter diferentes maneiras de aprender e expressar o que sente. Portanto, manter um olhar atento e receptivo ao comportamento das crianças durante as atividades é fundamental para o sucesso do plano. Além disso, é recomendável que as interações sejam realizadas em um clima de afeto e respeito, onde todos se sintam confortáveis para se expressar.
Em suma, este plano de aula pode não apenas atender às necessidades imediatas de aprendizagem das crianças, mas também contribuir para o desenvolvimento de habilidades que serão úteis em seu futuro. O legado de comunicação que se inicia nesse momento pode moldar a capacidade da criança de construir e manter relacionamentos saudáveis ao longo da vida.
5 Sugestões lúdicas sobre este tema:
1. Jogo do eco: O educador faz um som com a boca, e as crianças devem replicar. Isso ajuda a reconhecer sons e a praticar a escuta.
– Materiais: Nenhum, apenas a própria voz.
2. Caixa de sons: Criar uma caixa com diferentes materiais que produzem sons (papel celofane, sinos, etc.). As crianças devem adivinhar de onde vem o som.
– Materiais: Caixas e objetos que produzem sons.
3. Teatro de fantoches: Usar fantoches para contar uma pequena história onde os personagens chamam as crianças. Isso estimula a resposta e a interação.
– Materiais: Fantoches e um pequeno cenário.
4. Jogo da imitação: Cada criança deve imitar um som de animal. Após imitar, a criança deve chamar outra para também imitar.
– Materiais: Figuras de animais para inspirar as crianças.
5. Dança de rodas: Com música ao fundo, fazer uma roda onde as crianças podem dançar livremente. O educador pode reforçar o conceito de escutar a música e dançar conforme o ritmo.
– Materiais: Música, espaço para dançar.
Essas atividades devem ser ajustadas conforme o grupo, respeitando suas capacidades e oferecendo alternativas para que cada criança possa participar ativamente do processo de aprendizado.