Plano de Aula: Compreender e analisar as diferenças entre a regência verbal e nominal – 9º Ano

A elaboração de um plano de aula em torno do tema “Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial oral” é fundamental para o desenvolvimento da competência linguística dos alunos do 9º ano. Este tema não só promove o entendimento de uma das nuances da gramática portuguesa, como também incentiva os alunos a refletirem sobre a diversidade da língua, ressaltando as diferenças entre o uso formal e coloquial. Através de atividades práticas e discussões, será possível levar os alunos a uma compreensão mais profunda dessas variações linguísticas.

Neste plano de aula, buscaremos integrar os conceitos gramaticais aos contextos de uso, facilitando uma percepção clara e prática dos alunos sobre como as regras da norma-padrão podem ser diferentes nas conversas cotidianas. Usaremos exemplos de músicas, diálogos de filmes e situações do dia a dia para que os estudantes visualizem essas diferenças na prática.

Tema: Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial oral.
Duração: 50 minutos
Etapa: Ensino Fundamental 2
Sub-etapa: 9º Ano
Faixa Etária: 14 a 15 anos

Objetivo Geral:

Planejamentos de Aula BNCC Infantil e Fundamental

Compreender e analisar as diferenças entre a regência verbal e nominal na norma-padrão e no português brasileiro coloquial, identificando sua aplicação prática no dia a dia.

Objetivos Específicos:

1. Identificar as principais regras de regência verbal e nominal na norma-padrão da língua portuguesa.
2. Comparar essas regras com o uso coloquial observado em situações cotidianas e referências culturais (músicas, filmes etc.).
3. Desenvolver a habilidade de aplicar as regras de regência em produções textuais e falas orais.
4. Promover discussões sobre a importância do uso correto da língua em contextos formais e informais.

Habilidades BNCC:

– (EF09LP07) Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial oral.

Materiais Necessários:

– Quadro branco e marcadores.
– Material impresso com exemplos de frases usando regência verbal e nominal.
– Trechos de músicas e diálogos de filmes.
– Projetor multimídia (opcional).
– Apostilas sobre gramática da língua portuguesa.

Situações Problema:

1. O uso de uma frase coloquial em um contexto formal (como uma apresentação de trabalho).
2. A dificuldade de alguns alunos em entender as regras de regência na norma-padrão.
3. O impacto do uso coloquial na comunicação escrita nas redes sociais.

Contextualização:

Iniciar a aula apresentando aos alunos algumas expressões coloquiais comuns, como: “Eu assisti o filme” versus “Eu assisti ao filme”. Levar os alunos a perceberem intuitivamente a diferença entre o que se usa no dia a dia e as regras da norma-padrão.

Desenvolvimento:

Começar a aula explorando as definições de regência verbal e nominal, suas regras e exemplos. Utilizar o quadro para anotar as principais regras e criar listas de verbos e seus respectivos substantivos que exigem regência. Isso será seguido por exemplos do uso coloquial e da norma-padrão, estimulando a participação dos alunos na construção dos conhecimentos.

Atividades sugeridas:

1. Atividade 1: Comparação de Frases
Objetivo: Identificar e analisar diferenças na regência.
– Fornecer duas listas de frases semelhantes, uma seguindo as regras da norma-padrão e outra utilizando o coloquial.
– Instruir os alunos a sublinharem os verbos e a indicarem a regência utilizada em cada caso.
– Em seguida, discutir em grupos as diferenças entre as frases.

2. Atividade 2: Criação de Frases
Objetivo: Criar frases corretas.
– Os alunos deverão criar frases utilizando verbos que exigem regência e depois reescrevê-las em um estilo coloquial.
– Os grupos apresentarão suas frases, discutindo as escolhas feitas.

3. Atividade 3: Análise de Músicas
Objetivo: Aplicar o conceito à cultura popular.
– Em grupos, os alunos deverão escolher uma música popular que utilize regência de forma coloquial e analisar o trecho, comparando com a norma-padrão.
– Apresentar os achados para a turma.

4. Atividade 4: Duelo de Frases
Objetivo: Incentivar o debate sobre uso da linguagem.
– Criar um “duelo” onde dois alunos apresentam frases: uma utilizando norma-padrão e a outra coloquial. Os colegas devem decidir qual é mais adequada para diferentes contextos, justificando sua escolha.

Discussão em Grupo:

Promover uma discussão onde cada grupo compartilha suas descobertas. Perguntar se encontraram dificuldades no uso das regras e como percebem a linguagem em diferentes ambientes sociais, reforçando a ideia de que uma não anula a outra, mas que são contextos que requerem atenções diversas.

Perguntas:

1. Quais são as possíveis consequências de não usar a regência correta em contextos formais?
2. Como você percebe a diferença entre o que fala na escola e o que fala em casa?
3. Por que é importante entender as diferenças entre a norma-padrão e o português coloquial?

Avaliação:

– Avaliação formativa a partir da participação dos alunos nas discussões e atividades em grupo.
– Correção das atividades escritas feitas em sala.
– Produção de um texto curto que deve incluir no mínimo três exemplos de regência verbal e nominal.

Encerramento:

Recapitular conceitos-chave abordados na aula, reforçando a importância do conhecimento das regras gramaticais e do uso da linguagem de forma adequada, tanto no contexto escolar quanto na conversação diária. Incentivar os alunos a refletir sobre como podem aplicar esse conhecimento em suas práticas sociais e acadêmicas diárias.

Dicas:

1. Utilize exemplos da cultura pop e mídias sociais para aproximar os alunos do tema.
2. Esteja aberto a ouvir as expressões e usos dos alunos, valorizando a diversidade linguística.
3. Estimule a pesquisa extra-classe, solicitando que os alunos tragam exemplos de suas observações.

Texto sobre o tema:

A regência verbal e nominal desempenha um papel crucial na estruturação gramatical da língua portuguesa. Esses mecanismos, além de conferirem clareza e formalidade aos textos, têm o poder de influenciar a semântica das mensagens comunicadas. Usualmente, a norma-padrão se distingue do uso coloquial observado na conversação cotidiana, o que suscita a reflexão sobre a flexibilidade da língua e suas diferentes manifestações.

O uso da língua em diversos contextos requer não apenas compreensão gramatical, mas também sensibilidade cultural. A compreensão de que o português é uma língua viva, sujeita a variações e adaptações, é fundamental. Esse fenômeno é amplificado no Brasil, onde diversas regiões possuem suas peculiaridades linguísticas, o que contribui para a riqueza da linguagem. Nesse sentido, a regência não é apenas um assunto teórico, mas uma prática cotidiana que impacta diretamente na forma como nos comunicamos.

Reconhecer que existem distinções significativas entre a norma-padrão e o uso coloquial permite que estudantes se tornem comunicadores mais eficazes. Essa consciência os prepara não só para o sucesso acadêmico, mas também para interações sociais mais produtivas. Ao entender o contexto e saber aplicar as regras gramaticais de maneira flexível, os alunos se tornam mais confiantes na utilização da língua portuguesa em suas diversas situações.

Desdobramentos do plano:

Os desdobramentos deste plano podem girar em torno de vários eixos, tais como a integração da gramática à produção textual. As habilidades de escrita e redação podem ser aprimoradas por meio de atividades que envolvam a análise de textos, onde os alunos devem identificar como a regência se aplica e se reflete na construção de argumentos coerentes. Esse exercício pode enriquecer a capacidade crítica dos alunos, tornando-os não apenas adeptos da escrita, mas pensadores que sabem articular suas ideias com clareza.

Outro desdobramento interessante pode ser a condução de debates acerca do papel da língua em diferentes contextos sociais. Promover discussões em sala e utilizar mídias sociais como um campo de observação das nuances linguísticas pode instigar o interesse dos alunos pela dinâmica da comunicação. Por exemplo, analisar como artistas e influenciadores utilizam a regência em suas postagens pode ser um vínculo significativo entre teoria e prática.

Por fim, o estímulo à criatividade dos alunos na produção de material audiovisual também pode ser explorado. Propor que eles criem curtas-metragens ou vídeos onde eles aplicam a norma-padrão e o uso coloquial da linguagem em situações específicas, permitirá que exercitem suas habilidades de comunicação e criatividade, além de torná-los mais cientes do impacto que têm ao se expressar de diferentes maneiras.

Orientações finais sobre o plano:

Ao aplicar este plano de aula, o professor deve se atentar à importância da personalização do ensino, adaptando as atividades ao nível de compreensão e ao interesse dos alunos. Cada turma tem sua dinâmica, e é fundamental que as abordagens sejam flexíveis para atender a essas necessidades. Estimular a participação ativa e promover um ambiente de aprendizado colaborativo são essenciais para que os alunos se sintam valorizados e engajados.

Ademais, o professor deve se utilizar de diversas referências culturais e contextos reais que agreguem valor às discussões. O uso de músicas, filmes, e redes sociais pode facilitar a conexão dos alunos com o conteúdo, tornando-o mais palatável e inspirador. Isso não apenas diversifica a metodologia, mas também instiga a curiosidade e a critividade dos estudantes.

Por último, a avaliação contínua deve ser um aspecto relevante na condução do plano. Ao longo das atividades, é necessário realizar feedback constante, onde os alunos possam discutir suas dificuldades e conquistas. Assim, eles estarão mais propensos a reconhecer a importância do aprendizado, e a encarar a regência como uma ferramenta que pode ser utilizada efetivamente na sua comunicação do dia a dia e no desenvolvimento pessoal e acadêmico.

5 Sugestões lúdicas sobre este tema:

1. Jogo da Memória de Regências: Criar cartões com verbos e os correspondentes objetos que regem. Os alunos devem encontrar os pares e, ao fazê-lo, discutir a regência associada.

2. Teatro de Improviso: Solicitar que os alunos encenem pequenas peças onde sejam obrigados a usar uma série de expressões em regência verbal e nominal. Isso promoverá a prática em um formato divertido.

3. Caça ao Tesouro Linguístico: Criar uma caça ao tesouro onde os alunos têm que encontrar exemplos de regências em livros, revistas ou através de uma pesquisa online, e apresentá-los para a turma.

4. Concurso de Frases: Dividir a turma em grupos e realizar um concurso para ver qual grupo consegue criar a maior diversidade de frases corretas utilizando diferentes formas de regência.

5. Paródias linguísticas: Incentivar os alunos a recriar letras de músicas conhecidas, mudando o conteúdo para que refletem erros comuns de regência. Eles devem apresentar suas paródias e analisar o que alteraram e como corrigiriam com a norma-padrão.

Com estas orientações e sugestões, este plano de aula busca não apenas ensinar, mas também envolvê-los e os estimular para a prática respeitosa e consciente da língua portuguesa, valorizando sua diversidade e riqueza cultural.

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